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Implemetação de Práticas de Responsabilidade Social ... - Engema

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Para que a adoção <strong>de</strong>sse instituto incorra em sucesso, é fundamental ampliar a ótica<br />

que orienta as práticas a serem implementadas, investindo nas condições mais relevantes<br />

existentes em seu contexto, para o planejamento <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong> e elaboração <strong>de</strong> suas<br />

estratégias, e que agreguem um maior valor ao seu balanço social, implicando a assunção <strong>de</strong><br />

um compromisso com um processo <strong>de</strong> crescimento e amadurecimento interno.<br />

Pérez Lopez (1994) observa que toda organização possui uma missão interna e uma<br />

externa, e a Responsabilida<strong>de</strong> <strong>Social</strong> Corporativa nada mais é do que o nome genérico <strong>de</strong>ssas<br />

duas missões, ficando o sucesso <strong>de</strong> sua implantação vinculado à clareza acerca <strong>de</strong> sua missão<br />

externa perante a socieda<strong>de</strong> e interna, perante seus funcionários.<br />

Desse modo, a implementação da responsabilida<strong>de</strong> social corporativa <strong>de</strong>ve ser<br />

alicerçada na cultura, nos princípios, na visão e nas políticas da organização, expressos em<br />

sua missão, sendo importante ressaltar que a empresa, ao expressá-la perante seus públicos,<br />

<strong>de</strong>monstra uma atitu<strong>de</strong> ética, base <strong>de</strong> sustentação da responsabilida<strong>de</strong> social corporativa e<br />

temática cuja discussão vem ganhando crescente importância entre estudiosos da<br />

administração e <strong>de</strong> outras áreas das ciências sociais, além dos próprios empresários.<br />

Isto porque as estruturas sociopolíticas e competitivas externas no contexto atual<br />

exigem, cada vez mais, lealda<strong>de</strong> e parceria entre organização e fornecedores, uma atenção<br />

constante com a satisfação do cliente, qualida<strong>de</strong> nas relações meio ambiente e socieda<strong>de</strong>, com<br />

os colaboradores e, também, com os concorrentes.<br />

3.1 Teoria dos stakehol<strong>de</strong>rs e práticas <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> <strong>Social</strong> Corporativa<br />

Além da velocida<strong>de</strong> crescente e acessibilida<strong>de</strong> das mídias nas quais são discutidas<br />

éticas e comportamentos corporativos, nos últimos anos vêm sendo observadas várias<br />

mudanças nas atitu<strong>de</strong>s e expectativas acerca dos que afetam e po<strong>de</strong>m ser afetados pelas<br />

organizações. Um dos assuntos principais que emergiu nesse contexto é o <strong>de</strong>bate acerca das<br />

responsabilida<strong>de</strong>s das organizações para com os grupos <strong>de</strong> stakehol<strong>de</strong>rs, termo que, segundo<br />

Freeman e McVea (2002), apareceu pela primeira vez em 1963, num memorando expedido<br />

pelo Instituto <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong> Stanford, <strong>de</strong>signando as pessoas sem as quais uma empresa não<br />

sobreviveria.<br />

A <strong>de</strong>finição clássica <strong>de</strong> Freeman (1984 apud GIBSON, 2000) <strong>de</strong> stakehol<strong>de</strong>r<br />

referencia-o como “todo grupo ou individuo que po<strong>de</strong> afetar ou ser afetado pela empresa ao<br />

realizar seus objetivos” (comunida<strong>de</strong>s, entida<strong>de</strong>s governamentais, concorrentes, sindicatos,<br />

imprensa), <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo que o valor <strong>de</strong> uma organização <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos custos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong><br />

exigências explicitas e implícitas, que envolvem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a qualida<strong>de</strong> em seus serviços ou<br />

produtos até a responsabilida<strong>de</strong> sobre as conseqüências das ativida<strong>de</strong>s da empresa na<br />

socieda<strong>de</strong>.<br />

Segundo Freeman e Mcvea (2002), a teoria dos stakehol<strong>de</strong>rs vem-se <strong>de</strong>senvolvendo<br />

em relação à responsabilida<strong>de</strong> social corporativa, não como um grupo teórico formalizado,<br />

mas uma série <strong>de</strong> abordagens <strong>de</strong> casos empresariais e <strong>de</strong> testes empíricos, que buscariam<br />

enfatizar a importância da construção <strong>de</strong> relacionamentos fortes e confiáveis e <strong>de</strong> uma boa<br />

reputação com todos os grupos externos à organização, para o sucesso <strong>de</strong> uma administração.<br />

Desse modo, começa a ganhar força o entendimento <strong>de</strong> que apoiar a comunida<strong>de</strong> ou<br />

preservar o meio ambiente não é suficiente para atribuir a uma empresa a condição <strong>de</strong><br />

socialmente responsável. Para Grayson e Hodges (2002), é fundamental para o sucesso da<br />

implantação <strong>de</strong> uma estratégia empresarial voltada à responsabilida<strong>de</strong> social corporativa<br />

envolver as partes interessadas que influenciam nas operações ou são atingidas por elas. A<br />

responsabilida<strong>de</strong> social das empresas passa então a ser usada como uma ferramenta para sua<br />

inserção no mercado globalizado e como instrumento para aumento da competitivida<strong>de</strong>.<br />

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