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A INVENÇÃO DA CIDADE NOVA DO RIO DE JANEIRO: - Ippur - UFRJ

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Para essa área de difícil acesso, em função das constantes inundações e do solo<br />

alagadiço, por onde penetravam as águas do saco de São Diogo e onde se localizavam a lagoa<br />

da Sentinela e o mangal de São Diogo, apenas tinha-se acesso por meio de pequenas<br />

embarcações que aportavam em atracadouros localizados estrategicamente para o escoamento<br />

da produção dos arrabaldes. Essa região passou a ser conhecida como Cidade Nova a partir da<br />

chegada da Corte portuguesa e de dom João VI, em 1808, que a ela atribuiu um projeto de<br />

ocupação, por meio do aterramento dos pântanos, do saneamento e do arruamento.<br />

Essa parte da cidade, definida como um rossio desde os tempos coloniais, que<br />

abrigava irmandades de negros, escravos e pobres, passaria a representar, a partir da<br />

implantação de infra-estrutura direcionada pelo Estado português no Brasil, um novo e<br />

significativo espaço urbano dentro dos limites do Rio de Janeiro. De rossio pantanoso essa<br />

zona seria incorporada à cidade de forma privada, constituindo-se numa das principais<br />

localidades representativas do governo português e, posteriormente, do império do Brasil.<br />

Os mapas 03 e 04 mostram a distribuição das principais irmandades e atividades<br />

desenvolvidas no Rio de Janeiro durante dois períodos: entre os séculos XVII e XVIII e os<br />

séculos XVIII e XIX.<br />

Mapa 03 – Ordens religiosas, irmandades e confrarias entre os séculos XVII e XVIII<br />

s/escala<br />

Fonte: FRIDMAN, Fania. Donos do Rio em nome do Rei. Uma história fundiária da cidade do Rio de<br />

Janeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor/Garamond, 1999.<br />

Base cartográfica: representação sobre a Planta da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, levantada por<br />

Ordem de Sua Alteza Real o Príncipe Regente no ano de 1808. Impressão Régia, 1812. IN: CUNHA (1971).<br />

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