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Cinema - Fonoteca Municipal de Lisboa

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<strong>Cinema</strong><br />

40 • Sexta-feira 4 Dezembro 2009 • Ípsilon<br />

Estreiam<br />

Assusta-me<br />

que eu gosto<br />

Um curioso exercício que<br />

remete para outros tempos<br />

do cinema <strong>de</strong> terror.<br />

Jorge Mourinha<br />

Activida<strong>de</strong> Paranormal<br />

Paranormal Activity<br />

De Oren Peli,<br />

com Katie Featherston, Micah Sloat.<br />

M/12<br />

MMMnn<br />

<strong>Lisboa</strong>: Castello Lopes - Cascais Villa: Sala 3: 5ª 4ª<br />

16h10, 18h10, 21h50 6ª 2ª 16h10, 18h10, 21h50,<br />

00h10 Sábado 13h30, 16h10, 18h10, 21h50, 00h10<br />

Domingo 3ª 13h30, 16h10, 18h10, 21h50; Castello<br />

Lopes - Loures Shopping: Sala 7: 5ª 6ª Sábado<br />

Domingo 2ª 3ª 4ª 13h30, 15h20, 18h10, 21h, 24h;<br />

<strong>Cinema</strong>City Alegro Alfragi<strong>de</strong>: Sala 8: 5ª 6ª 2ª 4ª<br />

13h40, 15h30, 17h30, 19h30, 21h40, 24h Sábado<br />

Domingo 3ª 11h45, 13h40, 15h30, 17h30, 19h30,<br />

21h40, 24h; <strong>Cinema</strong>City Beloura Shopping: Sala 7:<br />

5ª 6ª 2ª 4ª 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, 21h40,<br />

23h40 Sábado Domingo 11h40, 13h30, 15h30, 17h30,<br />

19h30, 21h40, 23h40; Me<strong>de</strong>ia Fonte Nova: Sala 3: 5ª<br />

6ª Sábado Domingo 2ª 3ª 4ª 14h30, 17h, 19h30,<br />

22h; Me<strong>de</strong>ia Saldanha Resi<strong>de</strong>nce: Sala 6: 5ª 6ª<br />

Sábado Domingo 2ª 3ª 4ª 13h50, 15h50, 17h50,<br />

19h50, 21h50, 00h30; UCI <strong>Cinema</strong>s - El Corte Inglés:<br />

Sala 10: 5ª 6ª Sábado 2ª 3ª 4ª 14h05, 16h05,<br />

18h05, 20h05, 22h10, 00h15 Domingo 11h30, 14h05,<br />

16h05, 18h05, 20h05, 22h10, 00h15; ZON<br />

Lusomundo Alvaláxia: 5ª 6ª Sábado Domingo 2ª<br />

3ª 4ª 13h45, 15h55, 18h, 21h55, 00h05; ZON<br />

Lusomundo Colombo: 5ª 6ª Sábado Domingo 2ª<br />

3ª 4ª 13h20, 15h25, 17h25, 19h30, 21h40, 23h45;<br />

Castello Lopes - Rio Sul Shopping: Sala 7: 5ª 6ª 2ª<br />

4ª 15h40, 18h50, 21h50, 00h30 Sábado Domingo<br />

3ª 12h50, 15h40, 18h50, 21h50, 00h30; ZON<br />

Lusomundo Almada Fórum: 5ª 6ª Sábado<br />

Domingo 2ª 3ª 4ª 13h, 15h20, 17h40, 21h, 23h20<br />

Porto: Arrábida 20: Sala 13: 5ª 6ª Sábado<br />

Escolhas<br />

Esco<br />

“Apocalypse Now” acaba<br />

<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado o<br />

melhor fi lmes dos últimos<br />

30 anos pela London<br />

Film Critics’ Circle,<br />

associação <strong>de</strong> críticos<br />

britânicos que <strong>de</strong>sta<br />

forma comemorou o seu<br />

30º aniversário. Eis o “top<br />

10”: “Apocalypse Now”<br />

Domingo 2ª 13h50, 15h50, 18h, 20h10, 22h20,<br />

00h35 3ª 4ª 15h50, 18h, 20h10, 22h20, 00h35; ZON<br />

Lusomundo Marshopping: 5ª 6ª Sábado Domingo<br />

2ª 3ª 4ª 12h40, 14h40, 17h, 19h10, 21h30, 23h40;<br />

ZON Lusomundo Parque Nascente: 5ª 6ª Sábado<br />

Domingo 2ª 3ª 4ª 13h10, 15h20, 17h40, 19h50, 22h,<br />

00h15; ZON Lusomundo Fórum Aveiro: 5ª<br />

Domingo 3ª 4ª 13h, 15h15, 17h40, 19h45, 22h 6ª<br />

Sábado 2ª 13h, 15h15, 17h40, 19h45, 22h, 00h15<br />

Sobre a história – filmezinho caseiro<br />

feito por meia dúzia <strong>de</strong> tostões por<br />

cinco pessoas na própria casa do<br />

realizador torna-se, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> anos<br />

na prateleira, no sucesso-surpresa<br />

da rentrée americana – já se disse<br />

tudo noutras páginas. Sobre o filme,<br />

então, percebe-se que o sucesso <strong>de</strong><br />

“Activida<strong>de</strong> Paranormal” - tal como,<br />

há anos, o do “Projecto Blair Witch”<br />

a que tem sido comparado - está na<br />

inteligência <strong>de</strong> saber a<strong>de</strong>quar a<br />

forma à função, o estilo à história, e<br />

<strong>de</strong> ter sempre presente que tudo o<br />

que é preciso para enervar, assustar<br />

ou perturbar uma audiência existe<br />

nas suas próprias cabeças e precisa<br />

apenas <strong>de</strong> ser activado.<br />

Na sua essência, “Activida<strong>de</strong><br />

Paranormal” é uma história clássica<br />

do cinema <strong>de</strong> terror – a casa<br />

assombrada – que Oren Peli conta<br />

através <strong>de</strong> uma inserção progressiva<br />

<strong>de</strong> estranheza no quotidiano <strong>de</strong> um<br />

casal <strong>de</strong> São Diego, à medida que<br />

esse casal <strong>de</strong>ixa ligada uma câmara<br />

<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o no quarto durante a noite e<br />

começa a perceber o que tem em<br />

mãos. Trata-se, na prática, <strong>de</strong> usar a<br />

titilação do falso “home movie”<br />

(aqui entendido como <strong>de</strong>rivação do<br />

“reality show”) para<br />

simultaneamente alimentar e<br />

<strong>de</strong>fraudar as expectativas da<br />

audiência, jogando <strong>de</strong> modo astuto<br />

com as novas coor<strong>de</strong>nadas do<br />

mundo audiovisual em que vivemos.<br />

aMaumMedíocremmRazoávelmmmBommmmmMuito BommmmmmExcelente<br />

(Francis Coppola, 1980),<br />

“A Lista <strong>de</strong> Schindler”<br />

(Steven Spielberg,<br />

1994), “As Vidas dos<br />

Outros” (Florian Henckel<br />

von Donnersmarck,<br />

2007), “Imperdoável”<br />

(Clint Eastwood, 1992),<br />

“Brokeback Mountain”<br />

(Ang Lee, 2005), “<strong>Cinema</strong><br />

“Activida<strong>de</strong> Paranormal”: um fi lme <strong>de</strong> terror austero que nos recorda<br />

como o medo é uma coisa com a qual vivemos quotidianamente<br />

No entanto, apesar <strong>de</strong>sse “air du<br />

temps” que o filme apanha bem,<br />

quem vier a “Activida<strong>de</strong> Paranormal”<br />

à espera <strong>de</strong> um novo paradigma do<br />

cinema fantástico ou apenas <strong>de</strong> um<br />

gran<strong>de</strong> filme <strong>de</strong> terror não encontrará<br />

nem um nem outro. Não encontra um<br />

novo paradigma porque, na sua<br />

ausência total <strong>de</strong> efeitos visuais, <strong>de</strong><br />

sangue e vísceras, na sua aposta na<br />

construção da tensão apenas por<br />

sugestão e atmosfera, o filme é um<br />

retorno a uma era passada do cinema<br />

<strong>de</strong> terror que apenas parecerá nova a<br />

quem não viu os originais (aqui<br />

estamos, por exemplo, a pensar no<br />

gran<strong>de</strong> “The Haunting” <strong>de</strong> Robert<br />

Wise); quando muito, tratar-se-á da<br />

recuperação <strong>de</strong> um paradigma<br />

anterior.<br />

E não encontra um gran<strong>de</strong> filme<br />

<strong>de</strong> terror porque todo o engenho <strong>de</strong><br />

“Activida<strong>de</strong> Paranormal” está na sua<br />

exacta modéstia, na sua recusa <strong>de</strong><br />

ser um “gran<strong>de</strong>” filme e na sua<br />

insistência em se inserir numa longa<br />

tradição <strong>de</strong> cinema <strong>de</strong> género sem<br />

outras ambições ou vonta<strong>de</strong>s, no<br />

modo <strong>de</strong>sarmante como se recusa a<br />

respon<strong>de</strong>r às expectativas <strong>de</strong> quem<br />

o vê (até no próprio final).<br />

O que se encontra, então, é outra<br />

coisa: um filme <strong>de</strong> terror austero que<br />

nos recorda como o medo é uma<br />

coisa com a qual vivemos<br />

quotidianamente, que está toda na<br />

nossa cabeça, que se escon<strong>de</strong> até<br />

numa banalíssima casa suburbana.<br />

E, <strong>de</strong>pois da recente vaga <strong>de</strong><br />

sanguinolências sortidas que o<br />

“torture porn” <strong>de</strong> “Saw” e “Hostel”<br />

tornou <strong>de</strong> rigor, um filme como este<br />

é uma lufada <strong>de</strong> ar fresco que até<br />

parece qualquer coisa <strong>de</strong> novo. Não<br />

é, mas é refrescante.<br />

Paradiso” (Giuseppe<br />

Tornatore, 1990), “LA<br />

Confi <strong>de</strong>ntial” (Curtis<br />

Hanson, 1997), “Fargo”<br />

(Joel Coen, 1996), “Distant<br />

Voices, Still Lives”<br />

(Terence Davies, 1989)<br />

e “O Rei da Comédia”<br />

(Martin Scorsese, 1983)<br />

A Nova Vida do Senhor O’Horten<br />

O’ Horten<br />

De Bent Hamer,<br />

com Baard Owe, Espen Skjønberg,<br />

Ghita Nørby. M/12<br />

MMnnn<br />

<strong>Lisboa</strong>: <strong>Cinema</strong>City Classic Alvala<strong>de</strong>: Sala 3: 5ª 4ª<br />

13h35, 15h30, 17h25, 19h15, 21h45 6ª 2ª 13h35,<br />

15h30, 17h25, 19h15, 21h45, 24h Sábado 11h35, 13h35,<br />

15h30, 17h25, 19h15, 21h45, 24h Domingo 3ª 11h35,<br />

13h35, 15h30, 17h25, 19h15, 21h45<br />

O sr Horten é um pacato maquinista<br />

<strong>de</strong> comboios norueguês em vésperas<br />

da reforma, a “nova vida” é o modo<br />

como a sua existência or<strong>de</strong>nada e<br />

rotineira <strong>de</strong>scarrila após um <strong>de</strong>svio<br />

para comprar tabaco <strong>de</strong> cachimbo.<br />

A quinta longa-metragem do<br />

norueguês Bent Hamer – cujo

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