R$ 5,90 - Roteiro Brasília
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Ano X • nº 188<br />
Dezembro 2010 / Janeiro de 2010<br />
<strong>R$</strong> 5,<strong>90</strong>
em poucas palavras<br />
O que é o que é? É gelado, mas não é sorvete.<br />
É gostoso, mas não é calórico. É colorido, mas não<br />
tem corantes nem aromatizantes.<br />
Acertou em cheio quem disse frozen yogurt, o iogurte<br />
congelado e cremoso que combina muito bem com frutas<br />
e já está ameaçando o reinado do sorvete, até então a guloseima<br />
preferida do verão. A moda dos “iogos” começou<br />
no Canadá, foi para os Estados Unidos e chegou ao Brasil<br />
no fim do ano passado para, ao que parece, ficar. Aqui na<br />
cidade a mania foi crescendo ao longo deste ano e hoje já<br />
são inúmeras as redes e lojas especializadas, com dezenas<br />
de versões e possibilidades de misturas (página 4).<br />
Já que estamos falando em alimentação leve, não deixe<br />
de ler também a matéria sobre o restaurante Club Nature,<br />
um self-service focado em comida saudável e que não tem<br />
bebida alcoólica no cardápio. A chef e nutricionista<br />
Michele Merlo, a pedido da <strong>Roteiro</strong>, fez quatro harmonizações<br />
de pratos com sucos de frutas. Confira a partir da<br />
página 6.<br />
Nossa matéria de capa, como não poderia deixar de<br />
ser, é sobre esta deliciosa época de abraçar amigos, fazer<br />
balanços, distribuir presentes e renovar as esperanças<br />
de um tempo sempre melhor (página 19). Leia também<br />
“Fim de ano a beber estrelas”, em que o colunista Alexandre<br />
Franco sugere alguns espumantes que podem ser<br />
boas opções para brindar a entrada de 2011 (página 14).<br />
E não perca a sempre refinada ironia do colunista Luiz<br />
Recena sobre o famigerado, segundo ele, EN, ou Espírito<br />
Natalino, que ataca novamente.<br />
Devo confessar não pertencer ao time de Recena,<br />
não muito chegado a essas datas. Faço parte do grupo<br />
que, nesta época de fim de ano, volta um pouco à infância<br />
e curte as festas coletivas, com tudo o que elas implicam:<br />
amigo secreto, presentes, magia do Natal e tudo o mais.<br />
Uma coisa, entretanto, nós temos em comum. Aquela<br />
sensação boa de esperança renovada, que queremos<br />
partilhar com colegas da revista, parentes e leitores.<br />
Então, com muita esperança, um feliz Natal e um<br />
excelente 2011 para todos!<br />
Maria Teresa Fernandes<br />
Editora<br />
28 diáriodeviagem<br />
os peruanos vão comemorar, no primeiro trimestre<br />
de 2011, o centenário da descoberta de Machu picchu<br />
águanaboca<br />
picadinho<br />
garfadas&goles<br />
pão&vinho<br />
boasfestas<br />
diaenoite<br />
culturapopular<br />
galeriadearte<br />
luzcâmeraação<br />
ROTEIRO BRASÍLIA é uma publicação da Editora <strong>Roteiro</strong> Ltda | SHS, Ed. Brasil 21, Bloco E, Sala 1208 – CEP 70322-915 – Tel: 3964.0207<br />
Fax: 3964.0207 | Diretor Executivo Adriano Lopes de Oliveira | Redação roteirobrasilia@alo.com.br | Editora Maria Teresa Fernandes | Capa Carlos<br />
Roberto Ferreira, sobre foto de divulgação da Belini| Diagramação Carlos Roberto Ferreira | Reportagem Akemi Nitahara, Alexandre Marino,<br />
Alexandre dos Santos Franco, Ana Cristina Vilela, Beth Almeida, Bruno Henrique Peres, Eduardo Oliveira, Guilherme Guedes, Heitor Menezes,<br />
Lúcia Leão, Luiz Recena, Quentin Geenen de Saint Maur, Reynaldo Domingos Ferreira, Sérgio Moriconi, Silio Boccanera, Súsan Faria e Vicente Sá<br />
| Fotografia Eduardo Oliveira, Rodrigo Oliveira e Sérgio Amaral | Para anunciar Ivone Carmargo (3349.5061 / 9666.7755) e Ronaldo Cerqueira<br />
(8217.8474) | Assinaturas (3964.0207) | Impressão Gráfica Charbel | Tiragem 10.000 exemplares.<br />
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www.roteirobrasilia.com.br<br />
sérgio alberto<br />
3
4<br />
água na boca<br />
TexTo e foTos akemi NiTahara<br />
Seria o fim do sorvete? Tão rápido<br />
quanto um picolé desaparece nas<br />
mãos de uma criança, as lojas de<br />
frozen yogurt se espalham pela cidade. A<br />
“invasão” começou em 2009, e atualmente<br />
a quantidade de franquias da guloseima<br />
leve já se compara com a de sorveterias.<br />
A moda começou no Canadá e foi<br />
para os Estados Unidos e Coreia do Sul,<br />
onde é consumido desde a década de 80.<br />
O frozen yogurt é exatamente isso:<br />
iogurte congelado. Mas no ponto certo,<br />
mais frio que o sorvete, com adição de ar<br />
para dar a cremosidade ideal. Tem metade<br />
das calorias de um sorvete tradicional<br />
(entre 80 e 100 a cada 100 gramas) e ainda<br />
apresenta propriedades probióticas,<br />
ou seja, tem microorganismos que me-<br />
Verão mais leve<br />
e menos calórico<br />
Frozen yogurt assume o<br />
papel do sorvete na estação<br />
mais quente do ano.<br />
E na mais fria também.<br />
lhoram a flora intestinal.<br />
Além de ser fonte de cálcio. O<br />
nutricionista Klécius Celestino,<br />
coordenador de projetos de<br />
gastronomia do Centro de Exelência<br />
em Turismo da UnB, garante que<br />
o frozen yogurt tem realmente vantagens<br />
sobre o sorvete. A principal delas é o baixo<br />
teor de gordura. “Zero teor de gordura<br />
é improvável, já que todo leite tem gordura,<br />
e o iogurte é feito de leite fermentado”,<br />
explica Klécius. Mas no processo<br />
de fabricação do frozen yogurt não há adição<br />
de gordura, como ocorre na maioria<br />
dos sorvetes tradicionais.<br />
Outra vantagem citada pelo nutricionista<br />
é que normalmente o frozen não tem<br />
corantes nem aromatizantes, e sim frutas<br />
naturais. Para Klécius, a única desvantagem<br />
está no preço, mais<br />
caro que o do sorvete tradicional<br />
(a partir de <strong>R$</strong> 7,<br />
mais <strong>R$</strong> 2 para três coberturas,<br />
na maioria das franquias).<br />
“Também não se deve<br />
abusar do consumo, já que<br />
iogurte demais pode provocar<br />
dessaranjo no intestino”, alerta o<br />
nutriconista. Quanto às calorias, elas podem<br />
se multiplicar de acordo com as coberturas<br />
escolhidas, que variam de frutas<br />
frescas a calda de chocolate, além de balas<br />
de gelatina e frutas em calda e secas.<br />
Franquias<br />
A mais nova loja de <strong>Brasília</strong> é filha da<br />
cidade. A Yogo Fit abriu as portas na 310<br />
Norte há três meses. O frozen yogurt candango<br />
é obra do casal Kadu e Virgínia Gomes,<br />
sócios da rede Crepe au Chocolat.<br />
Um diferencial dos brasilienses é o sistema<br />
de auto serviço, um dos poucos da cidade.<br />
Cada cliente manipula a máquina<br />
mágica, colocando a quantidade do creme<br />
saboroso que quiser, adiciona<br />
quantas coberturas quiser e paga<br />
pelo peso (<strong>R$</strong> 45 o quilo).<br />
A Yogo Fit oferece<br />
ao todo 20 sabores de<br />
frozen yogurt, entre eles<br />
os de frutas vermelhas,<br />
chocolate com avelã,<br />
blueberry, torta de limão,<br />
açaí, café, maracujá e tangerina.<br />
Nas três máquinas,<br />
com capacidade para dois
sabores, são ofertadas seis variedades a<br />
cada dia. “Nossa proposta é ser a segunda<br />
geração de frozen yogurt, com inovação<br />
na quantidade de sabores e no atendimento,<br />
oferecendo um produto saudável<br />
que vai ao encontro da geração saúde de<br />
<strong>Brasília</strong>”, explica Kadu. Para o futuro,<br />
planos de expansão, com a abertura de<br />
lojas na Asa Sul e em shoppings de<br />
Águas Claras e do Sudoeste.<br />
Outra rede brasiliense é a Yogoblue,<br />
com lojas no Gilberto Salomão e na QI 5<br />
do Lago Sul. “Geladinho, cremoso e feito<br />
na hora”, oferece os sabores natural e frutas<br />
vermelhas. A porção sem as coberturas<br />
tem 110 calorias, é low-fat e cobre 13%<br />
das necessidades de cálcio. Entre as propriedades<br />
destacadas pela rede, a de ser<br />
um alimento funcional, que inibe riscos<br />
de doenças coronárias e auxilia na normalização<br />
dos níveis de colesterol.<br />
A primeira – e atualmente a franquia<br />
com mais lojas na cidade<br />
– é a Yogoberry,<br />
também pioneira<br />
no país.<br />
Fundada em novembro<br />
de 2007<br />
no Rio de Janeiro,<br />
a rede logo se expandiu<br />
e hoje tem<br />
mais de 80 lojas em<br />
13 Estados. Só em <strong>Brasília</strong><br />
são cinco: 214 Norte, Conjunto Nacional,<br />
Pier 21, Iguatemi e ParkShopping.<br />
A receita tem baixo valor calórico,<br />
com quantidade pequena de açúcar, e<br />
usa leite desnatado. Resultado: zero gordura<br />
e apenas 88 calorias no potinho de<br />
100 gramas, além de 10% do cálcio necessário<br />
por dia. É disponível nos sabores<br />
natural e chá verde, além de sabores<br />
sazonais, como abacaxi com hortelã. É<br />
um dos mais azedinhos do mercado, acidez<br />
natural da transformação do leite em<br />
iogurte. Também oferece smoothies, batida<br />
do frozen yogurt com polpa de fruta e o<br />
aromatizante francês monin.<br />
Também carioca, a Yoggi produz o<br />
frozen yogurt enriquecido com cálcio e<br />
com culturas vivas que ajudam na regulação<br />
intestinal. O produto também é<br />
fonte de proteínas naturais, zinco e vitaminas.<br />
Além dos sabores natural e jabuticaba,<br />
a rede faz o blend – a mistura do<br />
frozen com até três frutas escolhidas pelo<br />
freguês. A porção tem 85 calorias, 2,2<br />
gramas de fibra e 23% do cálcio diário.<br />
Pelo Brasil, são mais de 50 lojas em 20<br />
Estados. Os endereços de <strong>Brasília</strong> ficam<br />
na 109 Norte e no Park Shopping, mas a<br />
franquia está abrindo lojas na Asa Sul e<br />
em Taguatinga.<br />
A Bendita Fruta está presente no Conjunto<br />
Nacional, Taguatinga Shopping e<br />
em breve chegará ao Alameda Shopping.<br />
Original do Rio de Janeiro, onde tem oito<br />
lojas, a franquia se expandiu também<br />
para São Paulo e Bahia. Oferece os sabores<br />
natural, morango e misto, e a possibilidade<br />
de se escolher até cinco coberturas.<br />
A rede destaca as propriedades de seu frozen,<br />
de combater os radicais livres e fortalecer<br />
o sistema imunológico. Também<br />
oferece saladas de frutas, yogoshake, suco<br />
de fruta e geleias.<br />
Pioneira na região Sul, a paranaense<br />
Yoguland abriu as portas na QI 11 do Lago<br />
Sul (Gilbertinho) há quatro meses.<br />
Também prega a gordura zero, nos sabores<br />
natural, lichia, blueberry e misto, além<br />
dos sabores de temporada. Além do frozen<br />
yogurt, oferece smoothies feitos com o frozen,<br />
frutas e leite, e os potes de frutas com coberturas<br />
e complementos, chamados de<br />
fruit cups. Tudo 100% natural e funcional,<br />
auxiliando na digestão. A franquia tem<br />
quatro lojas no Paraná e está presente<br />
também no Rio Grande do Sul, São Paulo,<br />
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.<br />
A canadense Yogen Früz, criada em<br />
Toronto, em 1986, é líder mundial no<br />
mercado de frozen yogurt, com mais de<br />
1.100 pontos de venda em 20 países. Em<br />
<strong>Brasília</strong> são apenas dois: um no <strong>Brasília</strong><br />
Shopping e outro na quadra 102 do<br />
Sudoeste. Além do natural,<br />
é possível fazer o blend<br />
com frutas congeladas:<br />
uma fruta no frozen<br />
pequeno, duas<br />
frutas no médio<br />
e até três<br />
no grande.<br />
O produto é<br />
menos azedinho<br />
e também<br />
está disponível na<br />
versão diet.<br />
5
6<br />
água na boca<br />
Saudáveis sabores<br />
Sem uma única bebida alcoólica no cardápio, restaurante<br />
Club Nature harmoniza seus pratos com sucos de frutas<br />
por eduardo oliveira<br />
No ano passado, a nutricionista<br />
Michele Merlo aceitou o desafio<br />
de abrir um restaurante na academia<br />
Club 22, administrada pelo marido,<br />
Márcio Machado, no Setor de Clubes Sul,<br />
bem ao lado do Píer 21. Decidiu, então,<br />
que o restaurante seria um self-service focado<br />
em alimentação saudável para, junto à<br />
academia, tornar-se um espaço de saúde.<br />
Surgiu assim o Club Nature. “Eu percebia<br />
que <strong>Brasília</strong> tinha carência de self-services<br />
com comida saudável e ao mesmo tempo<br />
saborosa e bem elaborada”, explica a nutricionista.<br />
Um ano depois, a casa cheia todos<br />
os dias confirma que ela estava certa.<br />
O Club Nature tornou-se uma ótima<br />
opção para quem quer fugir da repetição.<br />
“Os pratos nunca são os mesmos, procuramos<br />
variar bastante, já que tem gente<br />
que almoça aqui todos os dias”, diz Michele.<br />
É o caso do analista judiciário Mauro<br />
Mendlovitz, que elegeu o restaurante<br />
como “o melhor self-service de <strong>Brasília</strong>”.<br />
Ele justifica: “Além de a comida ser mais<br />
saborosa do que em muitos restaurantes<br />
à la carte, tem enorme variedade e um<br />
ambiente agradável”. Faz questão de ressaltar<br />
também o bom atendimento: “As<br />
pessoas trabalham com um sorriso no<br />
rosto, com espírito colaborativo, refletindo<br />
a boa energia dos donos”.<br />
O único prato fixo é a paella. A receita<br />
espanhola fez tanto sucesso que se tornou<br />
obrigatória todas as sextas-feiras. Pode ser<br />
servida nas versões tradicional e vegetariana.<br />
“Apesar de não sermos um restaurante<br />
vegetariano, sempre procuramos dar<br />
opção para quem come e para quem não<br />
come carne”, explica Michele. Tudo, é claro,<br />
preparado da forma mais saudável. “O<br />
alimento não serve só para sustentar suas<br />
atividades diárias. Ele pode ser uma prevenção,<br />
um tratamento e até uma cura para<br />
doenças. Graças aos equipamentos que<br />
adquirimos, conseguimos proporcionar o<br />
mesmo sabor com baixo teor de gordura”,<br />
completa.<br />
Nem só de almoço vive o Club Nature.<br />
A casa funciona o dia todo – entre outras<br />
razões, para atender os clientes da academia.<br />
Das 8 às 12 horas, serve um café da<br />
manhã completo, com frutas, sanduíches,<br />
sucos, cafés, chás etc. Do meio-dia<br />
em diante, é hora do almoço. Das 15 às<br />
19 horas, um lanchinho com o mesmo<br />
cardápio do café da manhã. No jantar,<br />
das 19 às 23 horas, oferece o self-service<br />
normal mas também um bufê de sanduíches<br />
e caldos, além de pratos à la carte.<br />
Já que a proposta é ser saudável, o restaurante<br />
não vende bebidas alcoólicas. Para<br />
substituí-las, oferece um cardápio completíssimo<br />
de sucos. “Hoje, as pessoas<br />
não têm condição de se alimentar como<br />
deveriam, comendo três ou quatro frutas<br />
por dia. Então, o suco torna-se uma complementação<br />
da comida”, recomenda Michele.<br />
Pedimos a ela que escolhesse algumas<br />
combinações de pratos populares entre<br />
os clientes para harmonizá-los com sucos<br />
do cardápio. O resultado você confere<br />
na página ao lado, junto com as justificativas<br />
da nutricionista.<br />
clausem Bonifácio
Michele Merlo e suas combinações<br />
Combinação 2<br />
prato: fettuccine 4 queijos + frango.<br />
suco: abacaxi com hortelã.<br />
Justificativa: “Outra combinação comum<br />
entre os clientes, esse prato tem teor<br />
elevado de proteína, graças à carne e aos<br />
queijos. O abacaxi é rico em bromelina,<br />
uma enzima que atua no metabolismo<br />
da proteína, que é mais demorado, mais<br />
lento. A hortelã tem efeito terapêutico,<br />
estimula a digestão e dá uma sensação<br />
de refrescância. Além disso, é muito<br />
nutritiva e rica em vitaminas e minerais,<br />
como ferro, cálcio e vitamina C”.<br />
Combinação 1<br />
prato: salada + filé mignon<br />
suco: laranja<br />
Justificativa: “Salada com carne é um prato muito usual<br />
entre pessoas que querem emagrecer. Apesar de estar<br />
ingerindo muitos minerais e vitaminas, bons para os<br />
órgãos, o cérebro e o desempenho das funções orgânicas,<br />
você precisa de energia, que vem dos carboidratos,<br />
para lhe dar força. Então, neste caso, você precisa de<br />
um suco rico em calorias, em frutose, que é um carboidrato.<br />
Além disso, o suco de laranja é rico em antioxidante<br />
e vitamina C, que ajuda a absorver nutrientes”.<br />
Combinação 4<br />
prato: proteína de soja + arroz integral<br />
+ feijão + salada.<br />
suco: aipo, maçã e laranja.<br />
Justificativa: “Esse prato é uma opção<br />
completa para os vegetarianos e veganos.<br />
E o suco harmoniza com um prato saudável<br />
e leve, para quem quer ter um dia<br />
tranquilo. Ele complementa a alimentação<br />
com vitaminas do complexo B e C,<br />
além de ter elevado teor de minerais. Um<br />
suco que ajuda a desintoxicar e a reduzir a<br />
acidez do corpo, entre outras funções”.<br />
Combinação 3<br />
prato: salada + arroz + feijão + peixe<br />
do dia.<br />
suco: morango.<br />
Justificativa: “Como essa combinação já<br />
é bem completa, com salada, proteínas e<br />
carboidrato, o suco entra como um extra.<br />
O morango é rico em zinco, potente ativador<br />
de memória. O mineral também é<br />
ótimo para dar vitalidade àquela pessoa<br />
que está meio apagada, de corpo mole,<br />
esquecendo tudo. Atua também potencializando<br />
o paladar dos idosos, que já têm<br />
menos papilas gustativas”.<br />
Fotos: Eduardo oliveira<br />
7
8<br />
Haruo Mikami<br />
água na boca<br />
O técnico em informática Edmar Carvalho<br />
é o que ele mesmo define como “executivo<br />
sem teto”. Não tem escritório fixo e<br />
trabalha em qualquer lugar onde haja internet<br />
para conectar seu laptop. Graças a<br />
isso, quando conheceu o complexo Club<br />
22 / Club Nature, tempos atrás, resolveu<br />
torná-lo seu QG.<br />
O espaço tem conexão de internet sem<br />
fio e computadores à disposição dos clientes.<br />
Edmar consegue unir trabalho, esporte,<br />
lazer e alimentação. “Faço negócios,<br />
Edmar fez do Club 22 o seu quartel general<br />
Espaço de convívio<br />
Eduardo oliveira<br />
tomo café, malho, tenho aula de tênis, tomo<br />
meu banho, almoço e volto ao trabalho”,<br />
conta. “Se precisar ir ao banco ou tiver<br />
um tempo livre para um cinema, ainda<br />
tenho o Pier 21 aqui ao lado”, acrescenta.<br />
“Hoje em dia a correria é tão grande<br />
que é uma maravilha você poder fazer tudo<br />
que precisa no mesmo lugar”, ressalta<br />
Márcio Machado, sócio da academia e do<br />
restaurante, junto com o irmão, Marcelo.<br />
“Isso aqui não é só um lugar onde a pessoa<br />
vem para malhar, mas um centro de convivência<br />
e relaxamento, com vista para o<br />
lago e atividades ao ar livre, como tênis,<br />
vôlei e natação”.<br />
O altíssimo pé direito – foi originalmente<br />
um ginásio de esportes – confere ao<br />
Club 22 um clima agradável, onde se pode<br />
fazer exercícios sem a sensação de confinamento<br />
e o ar abafado comum em academias.<br />
“As pessoas dizem que isso não parece<br />
uma academia, mas um spa”, orgulha-se<br />
Márcio.<br />
Ocupando uma área de 6.000 m 2 na orla<br />
do Lago Sul, o complexo Club 22 / Club<br />
Nature dispõe ainda de cyber café, lounge,<br />
Divulgação<br />
vestiários, quadras de tênis e vôlei de areia,<br />
campo de futebol society, piscina aquecida,<br />
sauna, ofurô, pista de corrida, bicicletário,<br />
lanchonete e loja de roupas e materiais<br />
esportivos.<br />
clubNature / club 22<br />
setor de clubes sul, ao lado do pier 21<br />
(3224.9425). de 2ª a 6ª, das 8 às 23h;<br />
sábados, das 8 às 15h; domingos e feriados,<br />
das 9 às 15h. estacionamento próprio.<br />
Haruo Mikami
10<br />
água na boca<br />
De casa nova<br />
O<br />
nome da guloseima não poderia<br />
ser mais sugestivo: creme de<br />
baunilha Bourbon com caviar de<br />
café. A princípio, a alusão à luxuosa iguaria<br />
do Mar Cáspio soa pretensiosa, mas,<br />
à medida em que se vai sorvendo o conteúdo<br />
da taça, fica fácil entender porque<br />
essa é uma das sobremesas mais apreciadas<br />
do Grenat Cafés Especiais.<br />
E é apenas uma entre as muitas gostosuras<br />
presentes no cardápio do Grenat,<br />
agora de casa nova, após atravessar a rua<br />
que separa a 201 da 202 Sul. Para criar o<br />
projeto de decoração, a arquiteta Circe<br />
Milano inspirou-se nos cafés parisienses.<br />
Uma ampla vidraça coloca os clientes praticamente<br />
debaixo das frondosas árvores<br />
da quadra, conferindo um charme especial<br />
ao ambiente, dividido em dois andares.<br />
No térreo fica a bancada com os cafés<br />
e as sobremesas; na sobreloja, a cozinha<br />
gourmet. As mesas estão espalhadas pelos<br />
dois pavimentos.<br />
Para marcar o início da nova fase, foram<br />
lançadas algumas combinações de<br />
pratos que podem ser harmonizados<br />
com os vinhos da adega da casa. Entre as<br />
opções, pratos de frios (com queijos, presuntos<br />
e salaminhos), quiches fornecidas<br />
por La Boulangerie (nos sabores champignon,<br />
alho-poró e salmão com aspargos)<br />
e, no jantar, creme de cebola com<br />
pão de alecrim e salada caprese.<br />
Fotos: Keka azuos<br />
Para quem gosta de doces, as novidades<br />
são o bolinho Grenat (sem adição de<br />
glúten), a cuca de banana e o moelleux<br />
au chocolat. E para os amantes de café a barista<br />
Luciana Sturba (na foto à esquerda),<br />
proprietária da casa junto com o marido,<br />
Marcos, criou alguns drinques como o fruit<br />
coffee (café, tangerina e pêssego) e o iced coconut<br />
(café, coco e picolé de coco).<br />
Antes de abrir o Grenat, cinco anos<br />
atrás, Luciana e Marcos pesquisaram a<br />
fundo a cultura do café e se especializaram<br />
na Academia de Barismo, em São<br />
Paulo, comandada pela barista Isabela<br />
Raposeiras. Foi ela quem sugeriu as marcas<br />
disponíveis na casa, todas de alta qualidade,<br />
compostas por grãos da espécie<br />
100% arábica.<br />
grenat cafés especiais<br />
202 sul - bloco a<br />
de 2ª a 6ª, das 7h30 às 22h; sábado,<br />
das 9 às 22h; domingo, das 9 às 15h.<br />
picadiNho<br />
sexta super<br />
o restaurante Le Jardin du Golf<br />
lançou um prato especialíssimo<br />
para os jantares de sexta-feira: a<br />
lagosta à moda do chef (<strong>R$</strong> 110).<br />
a proposta da casa é preparar de<br />
maneira ímpar um dos frutos do<br />
mar mais apreciados do mundo.<br />
a carne da lagosta é retirada da<br />
casca, grelhada e, em seguida,<br />
puxada na manteiga de nirá. a<br />
iguaria é servida no próprio molho<br />
e escoltada por arroz preparado<br />
com ervas e amêndoas laminadas.<br />
o Le Jardin fica no clube de Golfe.<br />
sobremesa natalina<br />
a sanduicheria Keb (105 sul)<br />
preparou para o mês de dezembro<br />
um kebab com jeito de natal.<br />
É servido no pão folha com<br />
brigadeiro de leite condensado<br />
e pasta de<br />
pistache<br />
italiana,<br />
pulverizado<br />
com<br />
pedacinhos<br />
de pistache<br />
tostados e<br />
crocantes<br />
(<strong>R$</strong> 6,50).<br />
sobremesa natalina (2)<br />
o nordestino severina (201 sul)<br />
também lançou uma sobremesa
especial<br />
para a<br />
época<br />
de natal:<br />
o bolo<br />
de rolo<br />
de doce<br />
de leite<br />
com<br />
nozes.<br />
Depois<br />
do<br />
sucesso do tradicional bolo de rolo<br />
com recheio de goiabada, servido<br />
com sorvete de tapioca e goiabada<br />
em pasta, a casa criou uma nova<br />
receita, com sorvete, doce de leite<br />
e nozes em pasta.<br />
prestígio<br />
internacional<br />
Galvão Bueno deve estar vibrando<br />
tanto quanto em final de copa do<br />
Mundo vencida pelo Brasil. Lançado<br />
há menos de seis meses, o Bueno<br />
cuvée prestige, espumante produzido<br />
em sua vinícola, acaba de receber<br />
a primeira premiação internacional.<br />
a competição Effervescents du<br />
Monde, realizada em Dijon, na<br />
França, um mês atrás, escolheu seis<br />
espumantes brasileiros, entre eles<br />
o Bueno cuvée prestige, produzido<br />
no Rio Grande do sul com as<br />
variedades chardonnay e pinot noir<br />
pelo método champenoise, o mesmo<br />
utilizado na elaboração dos melhores<br />
champanhes franceses. cerca de 100<br />
degustadores internacionais avaliaram<br />
mais de 500 amostras de<br />
espumantes de 24 países.<br />
café e chocolate<br />
Inaugurada no dia 7 de dezembro,<br />
a comchocolat Bomboniere & café<br />
(214 sul) oferece uma variedade de<br />
chocolates finos e cafés que encantam<br />
os olhos e o paladar.<br />
drink de verão<br />
novidade no cardápio de bebidas<br />
do Bierfass do pontão do Lago sul.<br />
seguindo uma tendência internacional<br />
de misturar espumantes com<br />
gelo, o drink piscine combina o<br />
espumante courmayeur Rose com<br />
pedras de gelo, uma boa pedida<br />
para se refrescar no verão.<br />
restaurante Week<br />
Vem aí mais uma edição do festival<br />
que se tornou um sucesso por<br />
oferecer alta gastronomia a preços<br />
acessíveis. De 17 a 30 de janeiro, o<br />
Restaurant Week oferece menus com<br />
entrada, prato principal e sobremesa<br />
por <strong>R$</strong> 29 no almoço e <strong>R$</strong> 39 no<br />
jantar. Já confirmaram a participação<br />
mais de 60 estabelecimentos,<br />
entre eles Brasserie alice, Lagash,<br />
unanimità, El paso Texas, universal<br />
Dinner, Zuu e oliver. a lista completa<br />
dos restaurantes, cardápios e fotos<br />
poderá ser encontrada em breve no<br />
site www.restaurantweek.com.br.<br />
Fast food da china<br />
a maior rede de fast food oriental<br />
do Brasil acaba de abrir as portas no<br />
pier 21. o Yan ping está no mercado<br />
desde 1981, somando 13 lojas e três<br />
franquias. nasceu a partir da vinda<br />
de imigrantes chineses, liderados<br />
por Wu siu Vai, que fundou o<br />
primeiro em salvador e de lá<br />
expandiu a rede por todo o país.<br />
Novidades<br />
saudáveis<br />
o restaurante Bhumi (113 sul),<br />
especializado em alimentos orgânicos,<br />
passou por uma repaginação<br />
em seu cardápio. Entre as novidades,<br />
o pão de hambúrguer integral<br />
(hambúrguer caseiro de soja, fios<br />
de cenoura, tomate cereja confit,<br />
molho de shiitake e queijo ralado<br />
meia cura, a <strong>R$</strong> 23,<strong>90</strong>) e a baguete<br />
integral (corte bovino filetado e<br />
grelhado com cebola caramelizada,<br />
tomate cereja, queijo minas padrão<br />
na chapa, rúcula e molho barbecue,<br />
a <strong>R$</strong> 27,<strong>90</strong>).<br />
abrasel renovada<br />
a seção brasiliense da associação<br />
Brasileira de Bares e Restaurantes<br />
(abrasel-DF) tem novo presidente.<br />
no último dia 15, sérgio Zulatto,<br />
proprietário do Grande Muralha,<br />
passou o bastão para Jaime Recena,<br />
sócio dos restaurantes parrilla<br />
Madrid e Heat.<br />
Fotos: Divulgação<br />
11
12<br />
LuIz RECENA Ele<br />
garfadas&goles@alo.com.br<br />
GARFADAS & GOLES<br />
voltou...<br />
hegou! o velho Espírito natalino está de volta. o famigerado “E.n.” ataca novamente. perde-se a conta dos anos em que<br />
o E.n. anda pelo mundo a fazer estragos, causando confusão nas cabeças das pessoas, principalmente crianças, e prejuízo<br />
a todos, principalmente aos pais e adultos em geral. É bom para o comércio, certamente, e para a economia em geral, mas<br />
é talvez o tempo do ano mais contraditório e cínico que temos. Todos fingem gostar dos outros, parentes e amigos, ninguém<br />
odeia ninguém, portanto ninguém ama ninguém. Festeja-se em todas as empresas e casas. Repete-se o tradicional “amigo<br />
secreto”, pois seria impossível saudar o “inimigo declarado”. o silêncio, a solidão, a vontade de estar só, quase perdem seus<br />
status de direitos individuais. o coletivo quer essa festa e pronto. Teremos festa, pois. Mais não se escreve, porque o diabinho<br />
que vive nas consciências ficou mais vermelho do que nunca e atacou: “pô, colunista, chega!”. obediente, o colunista acata.<br />
É preciso lembrar que, segundo saramago, até mesmo o sete Quedas comemorou o nascimento do Menino da Manjedoura,<br />
que teria vindo ao mundo para nos salvar. assunto encerrado e Feliz natal a todos!<br />
passemos ao outro tema que igualmente se repete, só que há alguns milênios antes do primeiro: o final de um ano e o começo<br />
de outro. Hora de fazer balanços, de pensar nos erros e acertos, muito mais nestes, mesmo que não tenham sido maiores do<br />
que os primeiros. só que o ano novo tem uma característica especial: a esperança. É ela que move a festa e aposta na roda<br />
que vai girar, sempre para frente, nos 365 dias que virão. para novos erros e acertos, é claro, mas não importa, pois agora, neste<br />
momento, todos esses dias estão pautados pela esperança. só ela, só boa, só esperança, que em qualquer idioma significa a<br />
possível, a sonhada, a esperada coisa melhor. E se for para brindar com espumas, das mais variadas nacionalidades, é preciso<br />
lembrar: brut, sempre brut.<br />
Então, com muita esperança: Feliz ano novo!<br />
a carne nova vem a salvador<br />
Nunca antes neste país foi servido o shoulder steak. Noves fora o<br />
estilo presidencial do discurso, a churrascaria Fogo de Chão apresentou<br />
em Salvador (logo depois de São Paulo e <strong>Brasília</strong>) um verdadeiro<br />
novo corte de carne: o primeiro retirado da parte dianteira<br />
do boi. Um corte de peito. O corte, segundo a explicação, é<br />
uma espécie de filé feito no meio da paleta. Em condições normais,<br />
dizia o velho mercado, o dianteiro não era a fonte das melhores<br />
carnes. Essas, segundo a preferência nacional, viriam sem-<br />
pre do traseiro. Filé mignon, alcatra, ancho, picanha e até a magra<br />
fraldinha estão por aí situadas. As agrestes culturas pecuaristas,<br />
oriundas principalmente do sul, produziram essas inevitáveis<br />
associações... De toda maneira, o colunista atesta a todos(as)<br />
leitores(as) que sempre foi defensor das condições de gênero.<br />
and happy new year<br />
Voltando à filosofia carnívora, o shoulder steak chega suculento<br />
ao prato. Diz o especialista: “Com fibras muito finas, esse pedaço<br />
de carne consegue ser mais macio do que a picanha”. É verdade,<br />
embora alguns fanáticos da picanha reclamassem como se<br />
fossem torcedores de algum time de futebol. É que, na hora de<br />
comer, o cliente deve tirar um pequeno feixe de fibras do centro<br />
do corte. Nesse momento fica estabelecida a cumplicidade<br />
entre o garçon e o consumidor, pois o primeiro avisa e ensina o<br />
movimento ao segundo. O produto final é o prazer completo.<br />
Mais um ponto para Arri Coser, o fundador da Fogo de Chão,<br />
que nos últimos 20 anos só colheu sucessos, no Brasil e nos<br />
Estados Unidos. Desde 1988 a Fogo de Chão tem pesquisado,<br />
comprado e apresentado a seu público uma série de novidades.<br />
O shoulder steak é mais uma dessa grande e saborosa seleção.
Baccala alla romana<br />
-<br />
Receita do chef Alessandro Oliveira, do<br />
restaurante Gero (para quatro pessoas)<br />
INGREDIENTES<br />
• 1 kg de lombo de bacalhau dessalgado<br />
• 200 ml de molho de tomate<br />
• 30 ml de azeite de oliva extra virgem<br />
• 2 cebolas roxas em cubos<br />
• 50 g de uva passa branca hidratada<br />
• 4 tomates, sem pele e sem semente, em cubos<br />
• 30 g de pinoli assado<br />
• ½ maço de manjericão picado<br />
MODO DE PREPARO<br />
Numa assadeira, coloque o lombo de bacalhau temperado com sal e pimenta e o molho<br />
de tomate. Cubra com papel alumínio e asse a 200ºC por aproximadamente 20 minutos.<br />
Numa frigideira, aqueça o azeite e doure a cebola. Junte a uva passa, o tomate e, por<br />
último, o pinoli e o manjericão. Distribua o lombo de bacalhau em pratos individuais<br />
e junte o conteúdo da frigideira sobre ele.<br />
Fotos: Eduardo Divulgação oliveira<br />
13
14<br />
ALEXANDRE FRANCO Fim<br />
pao&vinho@alo.com.br<br />
PÃO & VINHO<br />
de ano a beber estrelas<br />
Reza a lenda que Dom pérignon teria exclamado, ao beber<br />
seu vinho inesperadamente borbulhante, que estaria “bebendo<br />
estrelas”. Embora não passe de lenda, o apelo ao imaginário é<br />
indiscutível, trazendo à mente toda sorte de pensamentos festivos<br />
e alegres.<br />
E é esse, sem dúvida, o espírito que cultuamos ao final de<br />
cada ano em nossas festas familiares. E é por isso que o champanhe<br />
e os espumantes em geral têm presença tão garantida<br />
para regar essas ocasiões.<br />
como é comum na última coluna do ano, vou comentar alguns<br />
espumantes que podem vir a ser boas opções para as festas,<br />
baseando minha escolha nas duas últimas feiras de vinhos<br />
que tivemos em são paulo – a Vinhos do Tejo e a abravinis.<br />
antes, porém, não posso deixar de falar de alguns dos vinhos<br />
tranquilos que pude degustar nessas feiras. na Vinhos do<br />
Tejo, região de portugal antes denominada de Ribatejo, como<br />
exemplar branco escolho, sem medo, o Fiuza premium Branco<br />
2009, um 100% chardonnay com nariz muito típico, à manteiga<br />
e caramelo, e uma boca de acidez vívida que o torna um<br />
dos brancos mais gastronômicos da “terrinha” que já provei.<br />
por <strong>R$</strong> 80, ainda que não barato, é uma ótima opção.<br />
como exemplar tinto, foi indiscutível a soberania do Marquesa<br />
de cadaval 2007, importado pela Mercovino, que traz cada<br />
vez melhores opções. com 60% de Touriga nacional, 20% de<br />
Trincadeira e 20% de alicante Bouschet, apresentou um nariz de<br />
frutas negras com toque de especiarias e pimenta. na boca foi<br />
pleno, cheio, elegante e marcante. sem dúvida um vinho excelente,<br />
mesmo ao preço de <strong>R$</strong> 150, que pode parecer caro mas<br />
é aquém do seu valor.<br />
por fim, como uma surpresa, pude me deliciar com o Quinta<br />
do alqueve colheita Tardia Branco 2005, para minha surpresa<br />
100% Fernão pires, com aromas de mel de laranjeira e tangerina.<br />
na boca, uma doçura profunda, mas cítrica, com a acidez<br />
necessária a um bom vinho de sobremesa. Ótimo vinho, mesmo<br />
pelos seus <strong>R$</strong> 104.<br />
Já na abravinis, uma feira que deixou muito a desejar em todos<br />
os sentidos, gostaria de comentar o chardonnay da cavas<br />
submarinas, que, pasmem, passa por um período de descanso<br />
de quatro a seis meses em garrafa submersa no oceano pacífico.<br />
não sei se pela imersão, mas o fato é que o exemplar é muito<br />
bom, com aromas frescos e tropicais e um toque de mel. na<br />
boca mostra grande mineralidade, que nos remete a um chablis<br />
de boa estirpe, ao preço de <strong>R$</strong> 85.<br />
Já nos tintos, a melhor escolha, aliás da feira toda, recaiu na<br />
península, que apresentou seu fantástico orben 2005, com aromas<br />
de frutas vermelhas e negras e especiarias, com leve tostado.<br />
na boca, carnudo, volumoso, diria mesmo sensacional.<br />
o preço não é dos menores (<strong>R$</strong> 188), mas vale cada centavo.<br />
Mas vamos às bolhas. Do Tejo, apenas um exemplar: o Monge<br />
2007, produzido pelo casal Branco, com 100% da casta castelão,<br />
a mais tradicional da região. apresentou um nariz com leve<br />
aroma de fermento e uma boca razoavelmente cremosa. o vinho<br />
não é nada ruim, mas em minha opinião não vale o preço pedido<br />
de <strong>R$</strong> <strong>90</strong>.<br />
na abravinis, a Interfood dedicou boa parte de sua mostra<br />
às borbulhantes, trazendo nada menos que 22 exemplares, nem<br />
todos, porém, para degustação. Entre os degustados, cabe-nos<br />
comentar o prosecco di Valdobbiadene anella andreani, com uma<br />
cremosidade média em boca, mas com ótima acidez, bastante própria<br />
à gastronomia e por um preço atraente de <strong>R$</strong> 63,<strong>90</strong>. E ainda a<br />
cava anna de codorniu, por <strong>R$</strong> 78,<strong>90</strong>, com boa cremosidade e um<br />
nariz um tanto fechado, prestando-se mais ao “voo solo”.<br />
a melhor surpresa, não só da feira como assumindo o posto<br />
da minha grande dica de fim de ano, mais uma vez veio da península,<br />
com sua cava Juvé y camps Rosado, que, mais do que<br />
os <strong>90</strong> pontos de Robert parker, apresentou uma boca com cremosidade<br />
digna dos bons champanhes, com nariz de frutas silvestres<br />
e toque floral e boca maravilhosa. para resumir, eu comprei<br />
12 garrafas ao ótimo preço promocional de <strong>R$</strong> 98.<br />
Boas festas e um brinde a todos!
16<br />
boas FEsTas<br />
Os (sempre infalíveis)<br />
presentes de última hora<br />
Algumas sugestões para quem ainda não comprou e está sem ideia<br />
por maria Teresa ferNaNdes<br />
É<br />
todo ano a mesma coisa. A gente faz listas de tarefas para cumprir em ritmo alucinado até o Natal, corre atrás dos<br />
presentes de amigo secreto, de namorado, de pai, de mãe, entra em loja, sai de loja e, no final, sempre fica faltando<br />
alguém. Para quem chegou a essa etapa da maratona de fim de ano e está sem ânimo para pensar em sugestões,<br />
a <strong>Roteiro</strong> selecionou algumas opções de presentes que podem agradar os “esquecidos” da lista de Natal.<br />
<strong>R$</strong><br />
15<br />
poesia de parede<br />
pôsteres-poéticos de elefante, cobra, macaco, elefante, girafa, leão e de<br />
mais seis bichos encontráveis no zoológico. Em material plástico e resistente,<br />
medem 44cm x 52cm e decoram com delicadeza e criatividade qualquer<br />
espaço infantil. À venda no Quiosque do Ivan, o sebo e livraria da praça<br />
central do conic (3225.2832), pelo e-mail ivanpresenca@hotmail.com<br />
ou, ainda, diretamente com o poeta Vicente sá (8182.1628).<br />
bravas guerreiras<br />
Está aí um presente ideal para se dar a quem ama <strong>Brasília</strong> e quer conhecer sua história<br />
sob uma ótica diferente, aquela de 50 mulheres que chegaram à cidade quando ela<br />
ainda era um imenso poeirão. o livro Poeira & batom, de Tânia Fontenele e Mônica<br />
Ferreira, mescla textos históricos e depoimentos de 50 pioneiras que viram nascer<br />
nossa cidade. o livro é acompanhado de cD com filme de Tânia Quaresma, também<br />
convidada a participar do projeto. À venda na Livraria Dom Quixote (ccBB).<br />
para eles<br />
Este é um presente que costuma agradar em cheio. Ideal para<br />
dar a pais, maridos, namorados e congêneres. o EDT azzaro<br />
masculino (30 ml) está à venda na rede de perfumarias Lord.<br />
<strong>R$</strong><br />
95,<strong>90</strong><br />
<strong>R$</strong><br />
65
asília de Wagner hermusche<br />
Há três décadas, o artista plástico desenha a cidade, sem nunca ter<br />
perdido a capacidade de se surpreender com o que vê e registra. Ele<br />
sonha com uma <strong>Brasília</strong> ampla, solitária e ao mesmo tempo ocupada,<br />
de lindas noites negras. o resultado dessa imersão na alma da capital<br />
brasileira está no álbum de gravuras Das noites brasilianas, com sete<br />
desenhos no formato 42 x <strong>90</strong>cm, acompanhado de catálogo com 40<br />
imagens de Hermusche. Também na livraria Dom Quixote do ccBB.<br />
sabor caseiro<br />
nos últimos dez anos, Lúcia Leão repete e aperfeiçoa<br />
receita de família. o resultado é um delicioso mangochutney<br />
processado e acondimentando a partir da<br />
matéria-prima que cresce com abundância em seu<br />
quintal. os rótulos vêm em forma de poesias de Vicente<br />
sá e ilustrações dos artistas Wagner Hermusche, Resa,<br />
paulo andrade (foto), adriana cascaes, nanche Las<br />
casas, Fernando Lopes e Ribamar Fonseca. À venda<br />
no Mercado Municipal (508 sul), na Vila Morena<br />
(QI 13 do Lago sul) ou pelo telefone 8520.1752.<br />
móvel fashion<br />
o estiloso banco chandoba é feito para quem adora sair do lugar-comum.<br />
produzido em plástico aBs, resistente e duradouro, pesa apenas seis quilos<br />
e é 100% reciclável. Mede 57 x 45 x 57 cm e aguenta até aquele tio gordo<br />
que pesa 150kg. não mais que isso... À venda na loja Etna do shopping ID.<br />
<strong>R$</strong><br />
18<br />
<strong>R$</strong><br />
700<br />
<strong>R$</strong><br />
299,<strong>90</strong><br />
<strong>R$</strong><br />
130<br />
árvore pra lá<br />
de original<br />
aqueles pequenos suspiros preparados com<br />
farinha de amêndoas, os macarons, não têm<br />
uma origem muito definida. os franceses<br />
assumem a paternidade, muito embora os<br />
italianos garantam que a receita original,<br />
o maccherone, é deles. polêmica à parte, o<br />
certo é que o chef francês Daniel Briand foi<br />
quem criou esta deliciosa árvore de natal,<br />
um cone de 35 cm de altura, todo decorado<br />
por 46 deliciosos macarons. o colorido<br />
variado vem dos sabores de cada delícia: o<br />
verde do pistache, o vermelho da framboesa,<br />
o amarelo da baunilha e assim por diante.<br />
apenas sob encomenda (3326.1135).<br />
Fotos: Divulgação<br />
17
18<br />
Fotos: Divulgação<br />
<strong>R$</strong><br />
35,50<br />
família de adesivos<br />
a mais recente onda das menininhas descoladas é colecionar ou<br />
enfeitar seus computadores com adesivos mil. a inspiradora da vez é<br />
Mabi, a personagem pré-adolescente da novela Tititi, da Rede Globo,<br />
vivida pela atriz clara Tiezzi. pensando nessa galerinha, a artista<br />
plástica Denise Brandt criou toda uma família de adesivos que podem<br />
ser vistas até no notebook daquela precoce personagem. Em 24<br />
modelos, a <strong>R$</strong> 4 cada. À venda na arkitetônikos (409 sul), centopeia<br />
(Terraço shopping), serelepe (108 norte) e Estação da criança<br />
(aeroporto).<br />
<strong>R$</strong><br />
99<br />
<strong>R$</strong><br />
20<br />
para elas<br />
perguntaram uma vez à estilista<br />
coco chanel: “onde uma mulher<br />
deve usar perfume?”. E ela<br />
respondeu, sem titubear: “onde<br />
ela quiser ser beijada”. nada<br />
mau, portanto, presentear a<br />
mulher amada com o Hypnôse,<br />
perfume feminino da Lancôme<br />
(frasco de 30 ml), à venda na<br />
rede de perfumarias Lord.<br />
Quebra-cabeças<br />
Diz a lenda que esses jogos foram inventados no século XV para<br />
divertir os entediados senhores feudais. Três séculos depois, o geógrafo<br />
inglês John spilsbury teve a ideia de colar seus mapas em madeira<br />
e cortá-los em pedaços para, depois, juntá-los novamente. chamou<br />
a brincadeira de “mapas dissecados” e usou-a para fins educativos.<br />
Que tal, então, presentear meninos e meninas a partir de sete anos<br />
com esse brinquedo secular? Tem 108 peças com ilustração de vários<br />
monumentos de <strong>Brasília</strong> e já vem com identificação dos edifícios e<br />
texto sobre a cidade no verso, em português e inglês. produzido pela<br />
<strong>Brasília</strong> conceito, está à venda no quiosque 15 do <strong>Brasília</strong> shopping.<br />
andrea Zayit<br />
<strong>R$</strong><br />
54,99<br />
feng shuy<br />
Em toda família há sempre aquela pessoa ligada<br />
em yang e yin ou em tudo que diga respeito à<br />
sabedoria oriental, não é mesmo? Então está<br />
aí uma ótima dica para presenteá-la neste fim<br />
de ano. um enfeite de madeira em forma de<br />
compasso Feng shuy (vento e água). De acordo<br />
com os praticantes dessa arte milenar, é possível<br />
harmonizar um ambiente, atraindo-se as<br />
boas energias e afastando-se as más.<br />
À venda na loja Etna do shopping ID.<br />
<strong>R$</strong><br />
134<br />
caixa de Natal<br />
Você foi convidado para uma<br />
ceia de natal na casa de um<br />
amigo, perguntou o que era<br />
preciso levar e ele respondeu<br />
que “apenas sua presença<br />
basta?”. Maravilha. Mesmo<br />
assim é de bom tom levar<br />
algum presente comestível<br />
para impressionar. Que tal,<br />
então, esta caixa que vem com<br />
um panetone trufado (720g),<br />
um papai noel de chocolate<br />
(170g), pastilhas de chocolate<br />
e biscoitos mil cocos? Está à<br />
venda na recém inaugurada<br />
comchocolat (214 sul).
oas FEsTas<br />
Então é Natal...<br />
Feliz Ano Novo<br />
Época de rever velhos<br />
amigos, de estar com a<br />
família, de lembrar<br />
sentimentos nobres como o<br />
amor e a solidariedade, de<br />
fazer planos para o futuro<br />
que dificilmente se tornarão<br />
realidade, o Natal e o Réveillon<br />
são também ocasiões<br />
em que até os mais rigorosos<br />
com a manutenção da dieta<br />
dão suas escapulidas. Seja<br />
para quem deseja degustar<br />
alguns pratos especiais, ou<br />
para quem só pensa mesmo<br />
em cair na farra, comemorando<br />
a chegada de um novo<br />
ano, essas datas há muito se<br />
tornaram grandes festas gastronômicas.<br />
Em casa de familiares e<br />
amigos, ou em algum bom<br />
restaurante, o Natal jamais será<br />
completo sem a tradicional<br />
ceia. Este ano, muitos restaurantes<br />
optaram por não abrir<br />
na noite de 24 de dezembro.<br />
É o caso, por exemplo, do<br />
Bier Fass (Pontão do Lago<br />
Sul), Triplex (Centro de Lazer<br />
Beira Lago), Ilê (209 Sul), BSB Grill (304<br />
Norte e 413 Sul), San Marino (210 Sul),<br />
Gula Capital (716 Norte), Oca da Tribo<br />
(Setor de Clubes Sul), Villa Borghese<br />
(201 Sul) e Tratoria Mediterraneo (408<br />
Norte). Em compensação, são inúmeras<br />
as opções para festejar a virada do ano fora<br />
de casa (veja nas páginas 20 e 21)<br />
Um dos restaurantes que vão funcionar<br />
na noite de Natal é o Da Noi, do chef<br />
Dudu Camargo, localizado no hotel Golden<br />
Tulip <strong>Brasília</strong> Alvorada. Lá, a ceia natalina<br />
começa com cinco tipos de saladas e<br />
torta de frango com abacaxi. Como pratos<br />
Peixe Sagres, do Bier Haus<br />
quentes, a casa servirá os mais tradicionais<br />
da época, como lombinho recheado<br />
com damasco e castanhas, leitão a pururuca,<br />
peru ao molho de champanhe e tender,<br />
além de um peixe assado ao molho<br />
de tangerina. De sobremesa, as inevitáveis<br />
rabanadas e pratos à base de panetone –<br />
pavê e panetone trufado com frutas secas.<br />
O Da Noi também abrirá no Réveillon<br />
com cardápio que inclui, entre outros pratos,<br />
quiche de bacalhau, tender ao molho<br />
de mel de laranjeira e capim santo e salada<br />
de arroz com salmão.<br />
Também a rede Dom Francisco criou<br />
Telmo Ximenes<br />
um cardápio especial para as<br />
comemorações natalinas, aten -<br />
den do nas casas da Asbac,<br />
Academia de Tênis e 402 Sul.<br />
São duas opções de entrada,<br />
duas de pratos principais (peito<br />
de peru ou bacalhau na<br />
brasa) e outras duas de sobremesa,<br />
como a rabanada de panetone<br />
com sorvete de baunilha.<br />
No almoço do dia 25 o<br />
mesmo cardápio será oferecido<br />
na Asbac e na Academia<br />
de Tênis. Para a ceia de Réveillon,<br />
o cardápio do Dom<br />
Francisco exibe como pratos<br />
principais o tradicional bacalhau<br />
na brasa da casa e um<br />
prime rib suíno.<br />
Nos restaurantes do Complexo<br />
Brasil 21, no Setor Hoteleiro<br />
Sul, há opções para as<br />
duas datas. O Norton Grill,<br />
por exemplo, terá um bufê natalino<br />
com alentada mesa de<br />
frios – presunto defumado caramelado<br />
com cravos, terrine<br />
de fígado ao champagne, patê<br />
de salmão e robalo em geleia<br />
de limão e espelho de filé de<br />
truta defumada – e saladas especiais. Entre<br />
as opções quentes estarão o tradicional<br />
peru com molho de laranja, leitão a pururuca<br />
com melaço de cana, noisette de filé<br />
café de Paris, suflê de bacalhau na nata e<br />
gruyère, risoto de surubim defumado com<br />
maçã, banana e pêra e arroz natalino com<br />
frutas secas. No capítulo sobremesas, o<br />
imprescindível panetone ao chocolate, o<br />
tradicional tronco de Natal francês, rabanada<br />
ao vinho tinto, torta de ganache e cereja,<br />
torta de morango com suspiro e pudim<br />
de leite. O bufê custa <strong>R$</strong> 80 por pessoa,<br />
fora as bebidas e os 10% da taxa de<br />
19
20<br />
boas FEsTas<br />
serviço. Entre as sugestões etílicas figuram<br />
o espumante nacional Luiz Argenta Brüt<br />
(<strong>R$</strong> 68) e o tinto chileno El Huique Carmenère<br />
(<strong>R$</strong> 65).<br />
Já os restaurantes Miró e Dali, do mesmo<br />
Brasil 21, terão cardápios especiais somente<br />
na noite de Réveillon. De entrada,<br />
“hamoneira’’ de presunto Salamanca com<br />
bruschettas de pão grelhado e foie gras de<br />
canard Mulard perfumado sobre geleia de<br />
sidra, entre outros quitutes. Opções de saladas,<br />
couscous marroquino e ceviches de<br />
robalo e, entre os pratos quentes, picanha<br />
de cordeiro na crosta de macadâmia, lombo<br />
de bacalhau com batatas enrugadas,<br />
alho assado e azeite esporão e paella de<br />
frutos do mar (camarão, lula e lagosta).<br />
esplanada dos ministérios<br />
a comemoração oficial do Réveillon será<br />
novamente no Eixo Monumental. até o<br />
fechamento desta edição a secretaria de<br />
cultura ainda não havia divulgado a programação,<br />
mas o certo é que haverá a<br />
tradicional queima de fogos à meia-noite<br />
e várias atrações musicais.<br />
réveillon preto & branco<br />
Entre as seis opções de sobremesas, gateau<br />
trufado de chocolate amargo e pirâmide<br />
de frutas. Depois da meia-noite, a<br />
tradicional sopa de lentilhas com lombinho<br />
e torradas com parmesão para atrair<br />
bons fluidos para 2011. O bufê, em ambos<br />
os restaurantes, custa <strong>R$</strong> 155 por pessoa<br />
mais taxa de serviço, com direito a<br />
uma garrafa de espumante por casal e música<br />
ao vivo.<br />
Para quem não quiser “enterrar os ossos”<br />
da noite anterior no almoço do dia<br />
25, uma dica é o Bier Hauss, que servirá<br />
bacalhau, peru à moda e leitão à pururuca.<br />
O restaurante também abre na noite<br />
de Réveillon com um cardápio à base de<br />
frutos do mar, como o “camarão da vira-<br />
a consagrada festa (na foto abaixo, a do ano<br />
passado) chega à sua 17ª edição. o bufê assinado<br />
pelo chef gaúcho Richard schneider<br />
é completíssimo, com direito a entradas,<br />
saladas, pratos quentes e sobremesas. para<br />
molhar o bico, open bar com uísque, espumante,<br />
cerveja, refrigerante e água. na<br />
programação musical, samba com a cantora<br />
Renata Jambeiro, choro com o grupo Fina<br />
Estampa e clássicos do pop-rock dos anos<br />
da”, que na verdade contém também lagosta<br />
e badejo grelhados, acompanhados<br />
de risoto de champignon e palmito e batatas<br />
recheadas com catupiry e ervas. Para<br />
essa data, cada mesa será brindada com<br />
uma garrafa de espumante.<br />
Há também quem prefira passar a<br />
noite recebendo parentes e amigos em<br />
torno da árvore de Natal, mas sem enfrentar<br />
a trabalheira da cozinha. Para estes,<br />
a melhor solução é recorrer aos restaurantes<br />
que aceitam encomendas, especialmente<br />
de assados. Na Belini, por<br />
exemplo, algumas opções são o tender, o<br />
peru à Califórnia recheado com farofa, o<br />
salpicão de salmão e o arroz com amêndoas,<br />
damascos e passas. Para a sobreme-<br />
Para virar o ano em alto astral<br />
passar o Réveillon em <strong>Brasília</strong> não costuma ser a primeira opção de quase ninguém. Mas, se não<br />
houve jeito de dar aquela escapada para a praia, a solução é ir a uma dessas festanças recheadas<br />
de comes e bebes - além de muita animação, claro. Fizemos um levantamento de algumas das<br />
melhores e mais tradicionais festas da cidade, para o nosso leitor virar o ano em grande estilo.<br />
80 e <strong>90</strong> com o BsB Disco club. o DJ andré<br />
Raposo toma conta do som mecânico. para<br />
completar, queima de fogos à meia-noite.<br />
local: royal Tulip brasília alvorada, das 22<br />
às 6h. preços (meia entrada, 1º lote): r$ 350<br />
(foyer), r$ 400 (área vip com mesas de 6<br />
e 12 pessoas) e r$ 250 (crianças de 8 a 14<br />
anos). crianças de até 7 anos não pagam.<br />
informações: 3424.7217.<br />
Nossa praia<br />
a nona edição da festa tem open bar, open<br />
food, queima de fogos e quatro ambientes.<br />
o túnel Warung Beach club é para quem<br />
gosta de música eletrônica, com os DJs add<br />
2 Basket (Hungria), Dee Keepers (argentina),<br />
Brankko Von Holleben, arnaldo amaral e Igo<br />
cordoba. na pista Exxclusive Anos 80, as DJs<br />
Telma & selma tocam rock dos anos 80 e o<br />
cantor Leo Maia faz show em tributo a seu<br />
pai, Tim Maia. na área sertanejo premium,<br />
shows com Júnior & Marlon, Marcelo paiva<br />
& santiago e DJ naldo campos.<br />
local: pontão do lago sul, das 22h30 às 7h.<br />
preços: r$ 140 (feminino) e r$ 160 (masculino).<br />
para ter acesso ao louge flutuante i maestri,<br />
r$ 200 (feminino) e r$ 230 (masculino).<br />
informações: www.nossapraia2011.com.br.<br />
bierfass<br />
o restaurante do pontão do Lago sul oferece<br />
bufê especial com entradas, jantar e
Divulgação<br />
sobremesas, além de bebidas variadas, tudo<br />
incluído no preço. a animação fica por conta<br />
da banda de pop-rock Magoo e de DJs<br />
convidados. a cereja do bolo é a queima<br />
de fogos com a bela vista do pontão.<br />
local: pontão do lago sul, a partir das 22h.<br />
preços: r$ 330 (adultos) e r$ 170 (jovens de 6<br />
a 15 anos). crianças de até 6 anos não pagam.<br />
informações: 3364.4041.<br />
carpe diem<br />
um dos restaurantes mais tradicionais de<br />
<strong>Brasília</strong> celebrará o Réveillon em duas de<br />
suas casas. na da 104 sul, música ao vivo<br />
com a banda Galeria. no pier 21, quem<br />
comanda o som é o DJ Fábio. Em ambas<br />
as festas o cliente terá direito ao bufê com<br />
as especialidades da casa, além de open<br />
bar com uísque, chope, vinho e espumante.<br />
local: 104 sul e pier 21, a partir das 22h.<br />
preços: r$ 150 (dinheiro ou cartão de débito)<br />
ou r$ 175 (cartão de crédito). crianças de até<br />
12 anos pagam meia. menores de 4 anos não<br />
pagam. informações: 3225.5301/3223.0544.<br />
kizomba<br />
a festa promovida pelo sindicato dos Jornalistas<br />
do DF terá shows de vários estilos: black<br />
music com Ellen oléria, samba com carnavália<br />
e pop-rock com angel Duarte. além de<br />
música ao vivo, DJs garantirão que a música<br />
não pare nunca. o ingresso dá direito ao bufê<br />
e a open bar com cerveja, vodka, caipiroska,<br />
ice, água e refri.<br />
local: clube da imprensa, a partir das 21h.<br />
preços: r$ 300 e r$ 150 (meia). informações:<br />
3032.6175.<br />
réveillon do iate<br />
a grande atração do jantar de Réveillon<br />
do Iate clube são os fogos de artifício, que<br />
enfeitarão o céu por cerca de 20 minutos.<br />
segundo a organização, é o maior show<br />
sa, torta de morango com chocolate ou o<br />
tronco de Noel.<br />
O Feitiço Mineiro é outro restaurante<br />
que aceita encomendas antecipadas de assados.<br />
No cardápio, pernil, leitoa assada,<br />
lombo à mineira e peru. Todos já decorados<br />
com frutas e prontos para ir diretamente<br />
para a mesa da ceia.<br />
Por falar em decoração: a rede de mercados<br />
Oba Hortifruti elaborou um cardápio<br />
que inclui frutas e frios já prontos para<br />
ir à mesa, entre eles uma árvore de Natal<br />
de frutas secas, torres e tábuas de frios<br />
em apresentações especiais para compor a<br />
decoração da mesa. O mercado também<br />
aceita encomendas de assados, que promete<br />
entregar ainda quentinhos.<br />
pirotécnico da virada em <strong>Brasília</strong>. Quem<br />
anima o baile é a banda DF Music. além<br />
de bufê e coffee break, o ingresso dá direito<br />
a água, cerveja, refrigerante, vinho, uísque<br />
e espumante.<br />
local: iate clube de brasília, a partir das 22h.<br />
preços: r$ 360 (lugar à mesa), r$ 2.160 (mesa<br />
fechada para 6 pessoas) e r$ 320 (ingresso<br />
individual). sócios do iate e dos clubes do<br />
exército, aeronáutica e pioneiros têm desconto.<br />
crianças de até 7 anos não pagam ou pagam<br />
30% com direito a lugar à mesa. crianças de<br />
8 a 14 anos pagam 30% do valor do ingresso.<br />
informações: 3329.8743.<br />
réveillon federal<br />
shows com pedro paulo & Matheus, carnavália,<br />
clima de Montanha e DJs Marcinho e<br />
cláudio Reis. a área Vip dá direito a vodka,<br />
cerveja, água e refrigerante. Quem optar<br />
pela mesa também tem direito ao open bar,<br />
a uma garrafa de espumante e a bufê de<br />
caldos e salgados. Quem preferir a área de<br />
backstage tem tudo isso e mais uísque e acesso<br />
a tendas com DJs de música eletrônica.<br />
local: Ópera hall (antigo marina hall), a partir<br />
das 22h. preços: r$ 60 (área vip), r$ 120<br />
(backstage) e r$ 460 (mesa para 4 pessoas).<br />
informações: 3425.3300.<br />
capital mix<br />
as atrações da festa são os grupos coisa<br />
nossa (samba), capital do samba (samba<br />
e pagode), pá Virada (axé) e o DJ Joãozinho<br />
chapéu de couro. Haverá ainda um ambiente<br />
com música eletrônica. os convites<br />
individuais dão direito a open bar com<br />
vodka, hi-fi, energético, refrigerante e água.<br />
as mesas dão direito a tudo isso e ainda a<br />
uma garrafa de champanhe, bufê de salgados<br />
e frutas da estação.<br />
local: espaço look (ascade Náutica, no setor<br />
de clubes sul), a partir das 22h. preços: r$ 350<br />
(mesa para 4 pessoas) e r$ 50 (individual).<br />
informações: 3226.4503<br />
da Noi<br />
golden Tulip alvorada (3429.8100)<br />
dom francisco<br />
402 sul (3224.1634)<br />
asbac (3224.8429)<br />
academia de Tênis (3316.6285)<br />
Norton grill<br />
complexo brasil 21 (3218.5550)<br />
miró<br />
complexo brasil 21 (3031.2121)<br />
dali<br />
complexo brasil 21 (3039.8162)<br />
bier hauss<br />
402 sul (3224.3535)<br />
belini<br />
113 sul (3345.0777)<br />
feitiço mineiro<br />
306 Norte (3272.3032)<br />
oba hortifruti<br />
www.redeoba.com.br<br />
We love brazil<br />
na boate do Gilberto<br />
salomão, a<br />
virada do ano terá<br />
open bar de uísque<br />
Ballantine’s,<br />
champanhe<br />
Mumm, vodka<br />
absolut, cerveja<br />
skol Beats, sucos<br />
e água. para forrar<br />
o estômago,<br />
festival de sushis e<br />
salgados e doces<br />
finos da Torteria<br />
di Lorenza. Quem<br />
ficar até o final<br />
ainda poderá desfrutar<br />
de um café<br />
da manhã completo. a casa também<br />
oferece lounges exclusivos para 10 pessoas<br />
cheios de mordomias, com preços<br />
sob consulta. no som, house music com<br />
o DJ italiano Gio Di Leva (foto), o argentino<br />
Teclas e a mineira camila peixoto.<br />
local: hype lounge (gilberto salomão), a<br />
partir das 22h. preços: r$ 120 (feminino)<br />
e r$ 180 (masculino). informações:<br />
3365.2005.<br />
réveillon parou Tudo<br />
a festa promovida pelo portal GLs<br />
parou Tudo terá três pistas com os DJs<br />
Breno Barreto (sp), Gustavo scorpio (RJ),<br />
Laurize oliveira (Go), Gilmar Golucho,<br />
costta, Fernando cunha, Hllen chic, Ed<br />
Hollywood, Mindcontrollers, Leo in Hell,<br />
Wilsonemov e Muchacha Loca.<br />
local: blue space brasília (sof sul), a partir<br />
das 22h30. preços: r$ 25 (antecipado 1º<br />
lote), r$ 65 (antecipado camarote chili<br />
pepper), r$ 35 (até 23h30), r$ 45 (após<br />
23h30) e r$ 85 (camarote chili pepper).<br />
informações: 8403.4355.<br />
Fotos: Divulgação<br />
21
22<br />
Iano andrade<br />
dia E NoiTe<br />
mostrafotográfica<br />
Vai até 18 de fevereiro, na Câmara dos Deputados, a exposição<br />
Prêmio Câmara de Fotografia, com 40 trabalhos selecionados por<br />
aquela casa legislativa. Os três primeiros colocados - André Dusek<br />
(foto), Marina Noleto e Maria Silvia do Prado (Mariáh) - ganharam<br />
<strong>R$</strong> 10 mil, <strong>R$</strong> 6 mil e <strong>R$</strong> 3 mil, respectivamente. Os demais 37 fotógrafos<br />
receberam certificados de menção honrosa. O concurso foi criado<br />
para marcar o cinquentenário da cidade e teve como tema “50 anos da<br />
Câmara em <strong>Brasília</strong>”. Como critério de escolha a comissão julgadora<br />
observou, além da técnica, a adequação ao tema, o ineditismo, a criatividade<br />
e a proposta artística. A comissão foi composta pelo supervisor do Espaço Cultural Zumbi dos Palmares, André Amaro, pelos<br />
fotógrafos Sônia Baiocchi e Reynaldo Stavale, além dos funcionários da Câmara, do publicitário Mauro de Deus e do técnico<br />
em licitações Silvio Hofstatter. Diariamente, das 9 às 18h, no corredor de acesso ao plenário. Entrada franca.<br />
seisemuma<br />
O recesso parlamentar promete ser de retrospectiva em matéria<br />
de exposições. Até 16 de fevereiro do próximo ano o brasiliense<br />
poderá ver a mostra <strong>Brasília</strong>, capital da cultura, que reúne trabalhos<br />
de fotógrafos exibidos na Câmara dos Deputados ao longo de<br />
2010 para homenagear o cinquentenário da cidade. A única exceção<br />
a essa regra se refere à mostra Congado Festival <strong>Brasília</strong> 50 anos,<br />
dos fotógrafos Marcelo Cícero e Luiz Alves. Eles registraram apresentações<br />
do congado mineiro durante as comemorações do aniversário<br />
de <strong>Brasília</strong>, dia 21 de abril. As outras cinco são exposições de<br />
Tatiana Reis, que fotografou festivais de cultura popular; Patrick<br />
Grosner, o rock dos anos <strong>90</strong>; Bento Viana, com sua <strong>Brasília</strong> iluminada; Dalton Camargos, em sua homenagem ao teatro da cidade<br />
e, finalmente, dos fotógrafos do Correio Braziliense – Daniel Ferreira, Iano Andrade, Ronaldo de Oliveira, Monique Renne,<br />
Edilson Rodrigues, Bruno Peres, Paulo de Araújo e Gustavo Moreno – que clicaram belos momentos do esporte em <strong>Brasília</strong>,<br />
como o que ilustra esta nota. De segunda a sexta, das 9 às 17 horas, no Espaço Cultural Zumbi dos Palmares, com entrada franca.<br />
Divulgação<br />
Shakira: 16 de março<br />
brasília internacional<br />
Green Day, A-Ha, The Black Eyed Peas, The Cranberries, Franz Ferdinand,<br />
Moby, Simple Minds, Simply Red, B.B. King, Creedence Clearwater Revisited,<br />
Johnny Winter e Peter Frampton são só alguns dos nomes que puseram<br />
<strong>Brasília</strong> de vez na rota dos grandes shows internacionais em 2010. O novo<br />
ano nem chegou e cinco atrações de grande porte já estão confirmadas para o<br />
primeiro semestre. A primeira delas, em 16 de fevereiro, é a banda punk pop<br />
norte-americana Paramore, que se apresenta no Ginásio Nilson Nelson para<br />
delírio do público adolescente. Quatro dias depois, no mesmo local, será a<br />
vez de uma boyband que também já causou muita histeria entre as adolescentes.<br />
Os Backstreet Boys retomaram as atividades recentemente e passam<br />
por <strong>Brasília</strong> para matar a saudade de quem já se descabelou pelos garotos.<br />
No dia 16 de março, a colombiana Shakira encabeça o Pop Music Festival,<br />
que ainda promete confirmar outras atrações. Passando do pop para o heavy<br />
metal, o Iron Maiden volta à cidade depois de dois anos para um show no<br />
estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, dia 30 de março. Apenas alguns<br />
dias depois, outro ícone do heavy metal finca seus pés no Nilson Nelson: o<br />
príncipe das trevas, Ozzy Osborne, se apresenta na capital dia 4 de abril.<br />
andré Dusek
Rômulo Juracy<br />
saidarede<br />
Redes sociais de relacionamento,<br />
sites especializados, blogs e web<br />
rádios são hoje exemplos de como<br />
a revolução digital modificou o<br />
modo de se produzir, difundir e<br />
consumir música. Foi a partir<br />
dessa constatação que o CCBB<br />
concebeu o projeto Sai da rede, em cartaz de 7 a 23 de janeiro.<br />
Artistas como Lucas Santana, Tiê (foto), Isaar, Burro Morto, Lulina,<br />
Instituto, Letuce, Tulipa Ruiz e João Brasil farão nove shows e<br />
poderão mostrar seu trabalho fora dos domínios da rede. A escolha<br />
dos nomes foi feita pelos pesquisadores de música brasileira<br />
Amanda Menezes e Pedro Seiler. Sextas e sábados, às 21h, e<br />
domingos, às 20h. Ingressos a <strong>R$</strong> 15 e <strong>R$</strong> 7,50. Confira a programação<br />
em www.bb.com.br. Informações: 3310.7087.<br />
obracoletiva<br />
A professora Thérèse Hoffman propôs e<br />
um grupo de cinco alunos do Departamento<br />
de Artes Visuais da UnB aceitou o desafio:<br />
produzir uma obra que conseguisse registrar<br />
a essência de <strong>Brasília</strong>, no ano em que<br />
a cidade completou 50 anos. Trabalhando<br />
durante três meses, de oito a dez horas por<br />
dia, Clarissa Paiva, Fernando Nisio, Lauro<br />
Gontijo, Netinho Maia e Wesley Souza criaram uma tela de 2,10 x 1,6 m<br />
em forma de mosaico. O trabalho coletivo, uma pintura a óleo, recebeu<br />
o Prêmio de Artes Plásticas Marcoantonio Vilaça 2009 e está exposto até<br />
28 de janeiro na Casa de Cultura da América Latina da UnB (CAL). De<br />
segunda a sexta-feira, das 10 às 20h; sábados, domingos e feriados, das<br />
12 às 18h. O CAL fica no edifício Anápolis (SCS). Entrada franca.<br />
Iron Maiden: 30 de março<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
andré cypriano<br />
Divulgação<br />
paraquando2011chegar<br />
Quem não for viajar em<br />
janeiro pode – e deve –<br />
aproveitar a chance de visitar<br />
algumas boas exposições que<br />
começaram no fim do ano<br />
e vão ficar em cartaz até<br />
meados ou fim do primeiro<br />
mês do próximo. Uma delas é<br />
Di Cavalcanti desenhista,<br />
com obras do artista<br />
plástico carioca cujo traço<br />
inconfundível retratou até o<br />
poetinha Vinícius de Moraes.<br />
Na Caixa Cultural, só até o<br />
dia 16. Deve-se aproveitar a ida ao local para visitar<br />
a mostra de fotografia<br />
de André<br />
Cypriano, que<br />
fez belo registro<br />
de um patrimônio<br />
cultural brasileiro:<br />
a capoeira.<br />
Também até o dia 16. Ambas têm entrada franca.<br />
As duas exposições em cartaz no Instituto Cervantes<br />
(707/<strong>90</strong>7 Sul) foram prorrogadas até 2011. Na primeira<br />
estão 25 obras arquitetônicas produzidas por arquitetos<br />
formados na Faculdade de Arquitetura de<br />
Montevidéu. Na segunda,<br />
31 fotografias em grande<br />
formato e outras 110<br />
imagens registradas<br />
pelo artista madrilenho<br />
Fernando Manso, todas<br />
tendo como tema o céu<br />
de Madri. A primeira fica<br />
em cartaz até o dia 26 e a<br />
segunda até 29 de janeiro de 2011.<br />
Finalmente, não dá pra deixar passar a prorrogação da<br />
exposição Corpos, no ParkShopping, já visitada por 80<br />
mil pessoas só aqui em <strong>Brasília</strong>. Quem<br />
ainda não foi tem até 30 de janeiro para<br />
conhecer o interessante trabalho<br />
do Dr. Roy Glover, organizador da<br />
mostra, que apresenta 12 corpos<br />
inteiros e quase 250 órgãos reais conservados<br />
em silicone emborrachado líquido.<br />
Ingressos a <strong>R$</strong> 40 e <strong>R$</strong> 20. Até 9 de<br />
janeiro, quem comprar um ingresso<br />
ganha 50% de desconto no segundo.<br />
De segunda a sexta-feira, exceto feriados.<br />
Informações: 4003.5588.<br />
Fernando Manso<br />
Divulgação<br />
23
24<br />
culTura popuLaR<br />
O mímico<br />
de <strong>Brasília</strong><br />
por viceNTe sá<br />
Corre o ano de 1984. A Esplanada dos Ministérios está quase toda tomada<br />
por milhares de jovens que pedem, com músicas e palavras de ordem, eleições<br />
diretas. O clima é de alegria e expectativa. No meio da multidão, um<br />
clown de roupas listradas e rosto pintado de branco mostra, através dos gestos,<br />
seu coração pulsando de esperança. E logo após a derrota da Emenda Dante de<br />
Oliveira o mesmo clown traduz a tristeza da multidão, que é também a tristeza<br />
de todo um país. Essa performance, que apresentou ao Brasil o jovem e talentoso<br />
mímico Miquéias Paz, deu grande impulso a uma carreira em que arte e<br />
poesia estiveram sempre ligadas.<br />
Nascido há 46 anos no Paraná, mas filho de pais nordestinos, Miquéias<br />
chegou a <strong>Brasília</strong> com apenas quatro anos. O menino negro, pequeno e ágil<br />
conheceu logo cedo a experiência de lidar com o público, inicialmente nos<br />
púlpitos da igreja frequentada por sua família. Caminho que ele trocaria<br />
pelos movimentos rápidos das pistas de corrida, onde se tornaria um<br />
fundista durante boa parte da juventude. Ele mesmo acreditava que seu<br />
tipo físico só se adaptaria a esse tipo de atividade. Isso até ser inscrito,<br />
contra a vontade, num grupo de teatro da escola. Aí, um novo universo,<br />
mais rico de almas femininas, conquistou de vez o rapaz que, mesmo<br />
depois de se tornar mímico, jamais abandonaria a carreira de ator.<br />
“Eu me defino assim, como um ator mímico ou um mímico ator. Pois<br />
comecei como ator e quase sem querer, em uma turnê por Paracatu, desenvolvi<br />
meu primeiro trabalho de mímica, que, de tão bem aceito, me levou<br />
para esse rumo da arte”, explica Miquéias. Com o mesmo trabalho criado em<br />
Paracatu, ele passou a se apresentar nas escolas do DF e começou a ser reconhecido<br />
como um dos primeiros mímicos da cidade. Seu trabalho chamava a atenção<br />
pela originalidade e pela tintura social e política que o envolvia.<br />
Já pego pela paixão da mímica, passou a fazer todas as oficinas que apareciam na cidade,<br />
ou mesmo em São Paulo e no Rio de Janeiro, com os maiores nomes da mímica no Brasil.<br />
“Isso me ajudou a elaborar melhor meus quadros e espetáculos e me abriu muito o horizonte<br />
da percepção do que era a mímica, além de me dar a possibilidade de participar de festivais<br />
de mímica e até fazer cursos no exterior”, lembra.<br />
Nos anos 80, Miquéias foi para a Inglaterra e, mesmo sem entender uma palavra de inglês,<br />
fez oficinas com David Glass, mímico que usava sons tirados do próprio corpo em uma sonoplastia<br />
feita ao vivo para cada quadro. A experiência foi tão enriquecedora para o artista candango<br />
que ele define seu trabalho como “antes e depois de David Glass”. A oficina também<br />
rendeu um convite de outro oficineiro para participar de um espetáculo por toda a Europa<br />
durante dois anos, num grupo que reunia seis integrantes, cada um de um país diferente.<br />
Ao retornar ao Brasil, em 1984, é que aconteceu a votação da Emenda das Diretas Já.<br />
Após sua performance, passou a ser convidado para se apresentar em sindicatos e movimentos<br />
sociais de esquerda do Distrito Federal, o que acabou por levá-lo, alguns anos depois,<br />
a candidatar-se pelo PC do B a deputado distrital. Foi eleito com uma votação expressiva,<br />
graças principalmente ao eleitorado jovem da capital da República.
Mas a rigidez de caráter aprendida<br />
ainda nos púlpitos – e estendida pela<br />
poesia aos quadros e espetáculos criados<br />
por Miquéias Paz – não conseguiu<br />
conviver com as jogadas mesquinhas<br />
da política e ele, após cumprir o<br />
mandato, deixou de lado a carreira<br />
parlamentar. Hoje, Miquéias se divide<br />
entre projetos sociais desenvolvidos<br />
com alunos de escolas públicas,<br />
direção de grupos teatrais, espetáculos<br />
criados por ele mesmo e a apresentação<br />
de shows e eventos. É o mestre de<br />
cerimônia das noites culturais do<br />
açougue T-Bone e, entre outras festas<br />
de projeção, apresentou os comícios<br />
de inauguração do comitê e de encerramento<br />
da campanha da presidente<br />
eleita Dilma Roussef em <strong>Brasília</strong>.<br />
Para o ano que vem chegando, Miquéas<br />
reconfigura um espetáculo<br />
cheio de lirismo intitulado Folhas de<br />
outono, onde contracena com um de<br />
seus seis filhos, também mímico, contando<br />
a história de um asilo de idosos.<br />
Quem desconhece ou conhece pouco<br />
seu trabalho também pode encontrálo<br />
na internet, onde vários de seus esquetes<br />
estão disponíveis. Segundo as<br />
más línguas, são trabalhos de deixar<br />
qualquer um sem fala. e<br />
Fotos: Divulgação<br />
Música<br />
Além de formar percussionistas e difundir a<br />
cultura afro-brasileira, projeto Ó Bará oferece<br />
cursos profissionalizantes a 40 jovens carentes<br />
por lúcia leão<br />
foTos rodrigo oliveira<br />
cidadania<br />
Há 26 anos, uma comunidade conhecida<br />
como “do Maciel”, quase<br />
um gueto no alto do Pelourinho,<br />
decidiu que também deveria se beneficiar<br />
da revitalização daquela região do<br />
centro de Salvador, que o governo da época<br />
transformara em bem de capital de<br />
uma promissora indústria do turismo.<br />
Investia-se muito dinheiro para recuperar<br />
o casario e o calçamento das ladeiras<br />
que testemunham a pujança da primeira<br />
capital brasileira, inclusive o largo onde<br />
os negros recebiam os castigos impostos<br />
por seus senhores. Era, portanto, tempo<br />
de resgatar as populações afro-brasileiras<br />
descendentes dos escravos e o patrimônio<br />
imaterial que elas cuidadosamente<br />
guardaram, por gerações, sob o musgo<br />
da exclusão econômico-social.<br />
Daí surgiram a banda Olodum, a festa<br />
dos sons, e seu braço educacional, o Projeto<br />
Rufar dos Tambores. “É lá que estão as<br />
raízes do Ó Bará e de centenas de outros<br />
grupos rítmicos e culturais de fundamento<br />
africano que se espalham pelo Brasil e<br />
pelo mundo”, faz questão de destacar Geor-<br />
ge Angelo, enquanto prepara mais uma<br />
aula aberta do Ó Bará, que acontece nas<br />
manhãs de sábado no Parque da Cidade,<br />
bem atrás do prédio da administração.<br />
Um a um, no ritmo lento e cadenciado<br />
que tão bem caracteriza a cultura baiana,<br />
os participantes se aprochegam e esco-<br />
25
26<br />
culTura popuLaR<br />
lhem um entre os quase 50 instrumentos<br />
que o Ó Bará guarda no depósito da administração<br />
do Parque e que George e a “turma<br />
da diretoria” retiram e dispõem em fileiras:<br />
à frente os repiques, tambores menores<br />
e de som agudo, e na sequência os três<br />
tipos de surdo que os criadores do Olodum,<br />
e depois todos os seus seguidores,<br />
identificam como de “marcação de um”,<br />
“marcação de dois” e “de fundo”, com diâmetro,<br />
timbre e ritmo básico distintos.<br />
George foi formado – ou forjado, como<br />
prefere – no Olodum e no Rufar dos<br />
Tambores, a “escola sem paredes” onde<br />
até hoje meninos e meninas do Maciel recebem<br />
o ensino fundamental, aprendem<br />
o beabá do inglês e do espanhol, são iniciados<br />
na dança afro, na capoeira e, é claro,<br />
na música, não apenas rítmica mas<br />
também harmônica, inclusive na leitura<br />
de partituras. De lá, alçou voo para outras<br />
bandas e correu mundo tocando<br />
tambor até chegar em <strong>Brasília</strong>, há três<br />
anos, para plantar, junto com o companheiro<br />
de jornada Zeu Goes, a semente<br />
que traz desde o Pelourinho.<br />
“Assim como o Olodum não é só<br />
uma banda, o Ó Bará também é muito<br />
mais. Na nossa sede, no Guará, oferecemos<br />
cursos inteiramente gratuitos de<br />
música, de edição e montagem de vídeo,<br />
de fabricação de instrumentos e de serralheria.<br />
Atualmente temos 40 alunos”,<br />
conta um orgulhoso George.<br />
O ensaio semanal no Parque já formou<br />
ritmistas que garantem uma formação<br />
básica à Ó Bará – “o caminho da<br />
prosperidade” –, que até se apresenta profissionalmente<br />
em alguns eventos. Mas<br />
segue aberta a quem chegar. E chegam<br />
desde os capoeiristas da UCDF (União de<br />
Capoeira do Distrito Federal), que também<br />
utilizam o espaço do Parque para<br />
suas rodas, até caminhantes desavisados,<br />
que cedem à atração fatal dos tambores.<br />
A americana Jana Hannigan (abaixo): duas horas de ensaio no Parque da Cidade sob a batuta do mestre George<br />
Foi assim com Jana Hannigan, que já<br />
havia se fascinado pelos tambores de um<br />
grupo de imigrantes brasileiros que conheceu<br />
na pequena cidade onde morava,<br />
no interior dos Estados Unidos. Hoje<br />
professora da Escola Americana, em <strong>Brasília</strong>,<br />
não hesitou em gastar todo o seu<br />
parco português e pedir licença para ela<br />
e os dois filhos se agregarem ao Ó Bará.<br />
Na hora recebeu um surdo de “marcação<br />
de dois” e as crianças foram encaminha-<br />
das para os repiques da primeira fila, ao<br />
lado do filho de George. Jana e suas<br />
crianças, assim como os demais integrantes<br />
da Ó Bará, repetiram disciplinadamente<br />
e por quase duas horas os exercícios<br />
comandados com vigor e humor pelo<br />
mestre George. E garantiram que no<br />
outro sábado iriam voltar.<br />
O Ó Bará estará lá, pra quem quiser<br />
participar – ou apenas ver. É assim que se<br />
espalham as sementes do Olodum.
galeria DE arTe<br />
A arte conectada de Mariko Mori<br />
Pela primeira vez no Brasil, pintora japonesa expõe no CCBB até abril<br />
De acordo com o budismo, todas as<br />
coisas do universo estão conectadas.<br />
Esse princípio norteou o trabalho<br />
da artista plástica japonesa Mariko<br />
Mori, que a partir de 24 de janeiro vai ocupar<br />
os amplos espaços do CCBB, no Setor<br />
de Clubes Sul. Mundos fantásticos e seres<br />
espetaculares estarão representados em<br />
grandes instalações, fotografias e vídeos<br />
que parecem surpreendentemente reais,<br />
“numa mescla de temas aparentemente<br />
opostos como religião e ciência, natureza e<br />
cultura, passado e futuro”.<br />
Com trabalhos em espaços cultuados,<br />
como Guggenheim e MoMa, de Nova<br />
York, Museu de Arte Contemporânea, de<br />
Tóquio, e Centro Georges Pompidou, de<br />
Paris, Mariko Mori expõe pela primeira<br />
vez no Brasil. Segundo disse em entrevista<br />
recente, “um artista vê o mundo, olha para<br />
o momento presente, com um ponto<br />
de vista especial; ele expressa o que vê em<br />
seu campo particular de visão”. E faz questão<br />
de enfatizar: “Tenho que criar o mundo<br />
para poder respirar no mundo; eu não<br />
existo se não crio”.<br />
A exposição Mariko Mori – Oneness,<br />
que fica em cartaz até 3 de abril, trará dez<br />
trabalhos da artista, todos imensos, co-<br />
mo o Wave Ufo (acima) com mais de seis<br />
toneladas. Trata-se de um interessante<br />
objeto híbrido, máquina e escultura ao<br />
mesmo tempo, com uma espécie de cápsula<br />
capaz de acolher três visitantes por<br />
vez e que funde, em tempo real, computação<br />
gráfica, ondas cerebrais, som e engenharia<br />
arquitetônica para criar uma experiência<br />
interativa dinâmica. A obra se renova<br />
incessantemente; nunca é a mesma.<br />
O trabalho que dá nome à exposição,<br />
Oneness, apresenta um círculo de seis figuras<br />
confeccionadas em technogel (mate-<br />
rial novo, que fica entre o sólido e o líqui-<br />
do), medindo 1,35 m, que interagem ao<br />
toque do visitante. Oneness é uma alegoria<br />
da conectividade, “uma representação<br />
do desaparecimento dos limites entre<br />
si mesmo e os outros”. É, segundo a<br />
artista plástica, “um símbolo da aceitação<br />
do outro e um modelo do conceito<br />
budista de unidade, de que o mundo<br />
existe como organismo interconectado”.<br />
Outro destaque da exposição é o Trans-<br />
circle, anel de nove pedras de vidro coloridas<br />
e brilhantes, controlado interativamente,<br />
numa fantástica reinterpretação<br />
dos círculos de monolitos pré-históricos.<br />
Mori recebeu vários prêmios ao longo<br />
da carreira, entre eles a Menção Honrosa<br />
da 47ª Bienal de Veneza, em 1997, e o 8º<br />
Prêmio Anual como artista e pesquisadora<br />
no campo da arte contemporânea japonesa,<br />
em 2001, da Fundação de Artes<br />
Culturais do Japão. Atualmente, ela está<br />
radicada em Nova York.<br />
De <strong>Brasília</strong>, a mostra segue para o<br />
CCBB do Rio de Janeiro (9 de maio a 17<br />
de julho) e de São Paulo (22 de agosto a<br />
23 de novembro de 2011).<br />
mariko mori – oneness<br />
de 24/1 a 3/4 no ccbb (de 3ª a domingo,<br />
das 9 às 21h). entrada franca<br />
Richard Learoyd<br />
Mariko Mori<br />
27
diário DE viagem<br />
Peru express e encantador<br />
Em pouco mais de quatro horas de voo, somos transportados para<br />
uma nova realidade, com cores, sabores, sons e atmosferas únicos<br />
por rafael imoleNe<br />
foTos sérgio alberTo<br />
O<br />
Peru não é nada daquilo que<br />
eu imaginava. É melhor. Muito<br />
melhor. Sou daqueles brasileiros<br />
que conhecem mais a Europa do que<br />
os nossos vizinhos sul-americanos. Estava<br />
na hora de começar a mudar essa situação<br />
vexaminosa. E o Peru foi um pontapé inicial<br />
certeiro.<br />
Na verdade, tudo começou em 2009,<br />
quando eu estava nas Muralhas da China<br />
e encontrei um casal de ingleses que<br />
me disse: “As Muralhas são de tirar o fôlego.<br />
Mas não se comparam às paisagens<br />
do Lago Titicaca”. Incrível. Eu atravessei<br />
o mundo para ouvir que tem coisa mais<br />
deslumbrante bem do lado do Brasil.<br />
Prometi a mim mesmo visitar o quanto<br />
antes o Peru, a Bolívia, a Colômbia<br />
e o Chile. O voo direto ligando <strong>Brasília</strong><br />
Vale Sagrado<br />
a Lima foi o empurrão que faltava. São<br />
quatro horas e meia no avião, o mesmo<br />
tempo de uma viagem de ônibus até<br />
Caldas Novas.<br />
No fim de novembro, embarquei em<br />
<strong>Brasília</strong> com destino a Lima. Uma programação<br />
de cinco dias, incluindo no roteiro<br />
Cusco e Machu Picchu. Para a primeira<br />
experiência no Peru, segui um planejamento<br />
que recomendo aos interessados<br />
em explorar novas cores, sabores, culturas<br />
e emoções.<br />
1º dia: Cusco<br />
Eu e um grupo de amigos chegamos a<br />
Lima pouco antes do almoço. Logo embarcamos<br />
para a bela Cusco, em um voo<br />
de 50 minutos. A cidade, antiga capital da<br />
civilização inca, fica a 3.400 metros de altitude,<br />
onde as montanhas peruanas parecem<br />
estar ao alcance da asa do avião.<br />
É melhor tomar ainda em Lima as<br />
Soroche Pills, pílulas que ajudam a evitar<br />
o mal-estar causado pela altitude.<br />
Visitamos o templo inca de Korikancha,<br />
sobre o qual está construída a Igreja<br />
de Santo Domingo. Era costume dos conquistadores<br />
espanhóis erguer suas igrejas<br />
sobre os templos incas, para enterrar a<br />
cultura local e estabelecer o cristianismo<br />
entre os nativos. Logo ao lado fica a imponente<br />
catedral, com mobiliário e pinturas<br />
coloniais.<br />
Desde o primeiro dia experimentamos<br />
a riquíssima gastronomia peruana. Peixes,<br />
milhos, batatas, filé de alpaca, condimentos<br />
andinos e temperos da Amazônia,<br />
sempre acompanhados de pisco sour, o<br />
tradicional e refrescante drink feito de pisco,<br />
limão, claras em neve, gelo e canela.<br />
Jantamos no restaurante Tunupa,<br />
que oferece bufê com pratos locais,<br />
além de apresentações de música e dança<br />
tradicionais.
2º dia: Vale Sagrado<br />
e Ollantaytambo<br />
Pela manhã, visitamos a colossal<br />
Ollantaytambo, cidade inca de seis séculos<br />
que abrigava templos e serviu como<br />
fortaleza durante a resistência dos nativos<br />
contra os espanhóis, situada a aproximadamente<br />
<strong>90</strong> km de Cusco. No caminho,<br />
uma parada para apreciar a paisagem fascinante<br />
do Vale Sagrado. Fotos e mais fotos,<br />
de todos os ângulos.<br />
Depois do almoço, pit stop no mercado<br />
de Pisac, para comprar artesanato e<br />
lembrancinhas para a familia. No retorno<br />
a Cusco, visita ao Parque Arqueológico<br />
de Sacsayhuaman, de onde vislumbramse<br />
paisagens impressionantes a partir da<br />
fortaleza real. É possível avistar a cidade<br />
de Cusco entre as montanhas. Ao cair do<br />
dia, com o sol descendo vagarosamente<br />
por trás das cordilheiras, a sensação é de<br />
paz absoluta.<br />
3º dia: Machu Picchu<br />
Madrugamos para chegar antes das<br />
6h30 à estação ferroviaría de Urubamba,<br />
a 75 km de Cusco. De lá, seguimos no<br />
charmoso trem da Inca Rail por quase<br />
duas horas até Aguas Calientes, povoado<br />
fincado nos pés da montanha cujo topo<br />
abriga a cidade sagrada de Machu Picchu.<br />
Subimos pela montanha de ônibus,<br />
chegando ainda cedo ao parque de Machu<br />
Picchu. Passamos quase quatro horas percorrendo<br />
as encostas e a cidade que atravessou<br />
mais de cinco séculos intacta frente<br />
à ação de terremotos e exploradores.<br />
A cada cinco minutos, um novo suspiro.<br />
A genialidade da arquitetura inca nos<br />
faz questionar se aquele império grandioso<br />
foi realmente obra humana. Como era<br />
possível transportar por montanhas pedras<br />
que chegavam a pesar toneladas? Como<br />
construir uma cidade no cume da<br />
América e resistir a meio milênio de abalos<br />
sísmicos?<br />
As paisagens, de beleza extraordinária,<br />
foram capturadas pelo fotógrafo Sérgio<br />
Alberto em inéditas imagens de 360 graus.<br />
Serão exibidas em exposição programada<br />
para o primeiro trimestre de 2011, em<br />
dicas<br />
À esquerda, viela na cidade<br />
de Pisac; acima, apresentação<br />
de grupo musical e dança no<br />
restaurante Tunupa, em Cusco;<br />
abaixo, algumas variedades<br />
de batatas e milho.<br />
homenagem aos 100 anos de descobrimento<br />
de Machu Picchu pelo historiador<br />
norte-americano Hiram Bingham.<br />
• O clima de outubro a abril é instável em Cusco. Leve roupas para dias<br />
quentes e noites frias. Capa de chuva e gorro são indispensáveis.<br />
• Repelente e muito protetor solar para as caminhadas em Machu Picchu.<br />
Bonés e chapéus são encontrados a preços acessíveis nas feirinhas locais.<br />
• As Soroche Pills, pílulas contra o mal-estar provocado pela altitude, devem<br />
ser tomadas todos os dias. Chá, bala e folha de coca também ajudam, já<br />
que são estimulantes.<br />
• Tente preparar uma mala compacta, pois o trem para Machu Picchu tem<br />
pouco espaço para bagagem. Outra opção é deixar as malas no hotel em<br />
que estiver hospedado em Cusco.
30<br />
diário DE viagem<br />
4º dia: Matrimônio inca<br />
Pela manhã, por cortesia do excelente<br />
Hotel Sumaq, localizado às margens do Rio<br />
Urubamba, assistimos a um Arac Masi. É o<br />
tradicional casamento inca, uma cerimônica<br />
cercada de música andina, oferendas, pétalas,<br />
energização e interação com os convidados.<br />
O matrimônio ocorreu numa montanha,<br />
em meio à vegetação amazônica.<br />
Depois de saborear um suculento filé de<br />
alpaca no restaurante do Hotel Sumaq, pegamos<br />
o trem de volta a Cusco. Incrível como,<br />
em poucos minutos, o verde das altas<br />
árvores da Amazônia dá lugar a uma vegetação<br />
rala e inóspita, porém bela, dos Andes.<br />
A noite de Cusco é agitada sete dias por<br />
semana, já que a cidade é tomada por turistas<br />
de todo o mundo. Ótimos restaurantes,<br />
bares e muita música madrugada adentro.<br />
O agito se concentra nos arredores da Praça<br />
de Armas, fundada em 1533.<br />
5º dia: Lima<br />
Embarcamos cedo para Lima. A metrópole<br />
de 8 milhões de pessoas vive uma ebulição<br />
gerada pelo crescimento econômico<br />
do país e pela ascensão de uma classe média<br />
cada vez mais interessada em moda, arquitetura,<br />
cultura e gastronomia.<br />
Deixamos a bagagem no hotel Casa<br />
Andina Private Miraflores, onde reservamos<br />
um day use. Em poucas horas fizemos<br />
city tour pelo centro histórico, o Parque del<br />
Amor, em Miraflores, com vista para o<br />
Oceano Pacífico, e um passeio pelo charmosíssimo<br />
bairro de San Isidro, centro financeiro<br />
da capital.<br />
Reservamos a tarde para as compras, já<br />
que Lima oferece cosméticos, artesanato,<br />
roupas e acessórios de grife a preços muito<br />
inferiores aos praticados no Brasil. Com o<br />
tempo curto, os shoppings acabam sendo<br />
uma opção mais prática.<br />
Depois das compras, voltamos ao hotel<br />
para tomar banho e seguir para o aeroporto<br />
de Lima. Partimos à 0h30, com a certeza de<br />
que retornaríamos.<br />
O charmoso<br />
trem da Inca Rail<br />
leva os turistas a<br />
Águas Calientes,<br />
aos pés da<br />
montanha que<br />
abriga a cidade<br />
sagrada de<br />
Machu Picchu;<br />
ao lado, feira de<br />
artesanato em<br />
Ollantaytambo;<br />
abaixo, uma<br />
tradicional<br />
cerimônia de<br />
casamento inca.
luz câMERa ação<br />
Filosofia de<br />
eletrodoméstico<br />
Novo longa-metragem de André Klotzel retoma a atmosfera<br />
fantástica já experimentada em Memórias póstumas de Brás<br />
Cubas, sua adaptação para o clássico de Machado de Assis<br />
por sérgio moricoNi<br />
Apesar do preço salgado do ingresso<br />
no Brasil, não é difícil imaginar<br />
alguém se deixar levar e entrar na<br />
sala de cinema movido apenas pela curiosidade<br />
do cartaz de Reflexões de um liquidificador.<br />
Como assim? – ele diria para ele<br />
mesmo, observando a expressão de espanto<br />
da atriz Ana Lúcia Torre, vivendo<br />
dona Elvira, a protagonista, carregando o<br />
velho eletrodoméstico de cuja boca emerge<br />
o título mencionado acima e ainda a<br />
ressalva, igualmente insólita: “pensar é<br />
moer, moer é pensar!”. Estranho, muito<br />
estranho, não é mesmo? Especialmente<br />
num país onde o fantástico, o surrealismo<br />
e mesmo o macabro (apesar de Zé do Caixão/José<br />
Mojica Marins e Ivan Cardoso)<br />
não costumarem atrair o interesse nem serem<br />
levados muito a sério por nossos produtores<br />
e realizadores de filmes.<br />
Óvnis na cinematografia brasileira, Jo-<br />
sé Mojica Marins e Ivan Cardoso, marginais<br />
e independentes, podem ter deixado<br />
um improvável legado entre jovens cineastas<br />
saídos dos bancos das universidades,<br />
jovens com um background intelectual<br />
muito diferente do deles, mas que flertam<br />
com estéticas popularescas de gênero tentadas<br />
por Marins e Cardoso, assim como<br />
por centenas de cineastas espalhados por<br />
todo o mundo nos mais diversos períodos<br />
históricos. Aparentemente, as coisas podem<br />
estar mudando por aqui. Há pouco<br />
mais de um mês, a dupla carioca Felipe<br />
Bragança e Marina Meliande apresentou<br />
no Festival de <strong>Brasília</strong> o filme A alegria,<br />
terceira parte de uma trilogia fantásticoesotérica<br />
iniciada com Coração no fogo, seguida<br />
de A fuga da mulher gorila, reafirmando<br />
a viabilidade de uma tendência de<br />
filmes que procuram se afastar de uma<br />
narrativa realista strictu senso, preferindo<br />
investir fortemente na estranheza e na fantasia<br />
deslavada. Durval Discos, de Anna<br />
Muylaert, seria outro exemplo de filme<br />
que vai na mesma direção.<br />
Mais refinado, sutil e de outra geração,<br />
André Klotzel faz com Reflexões de um<br />
liquidificador uma fábula macabra divertidíssima.<br />
Independentemente de todos os<br />
méritos do filme – e eles são muitos – a<br />
interpretação de Ana Lúcia Torre, como<br />
dona Elvira, é simplesmente antológica.<br />
Dona Elvira, dizíamos, é a protagonista,<br />
uma senhora, dona de casa comum, subitamente<br />
preocupada com o sumiço do<br />
marido, seu Onofre (Germano Haiut),<br />
desaparecido há mais de uma semana. O<br />
casal não tem filhos, detalhe importante<br />
para a trama que envolve ainda a jovem<br />
vizinha (Fabíula Nascimento), o carteiro<br />
(Marcos Cesana, ator falecido no último<br />
mês de maio) e o investigador de polícia<br />
Fuinha (Aramis Trindade). De posse dessa<br />
pequena galeria de personagens, Klotzel<br />
vai aos poucos nos fazer ver o que de<br />
fato aconteceu com seu Onofre.<br />
31
32<br />
Baseado num argumento de José Antônio<br />
de Souza, Reflexões de um liquidificador<br />
usa e abusa do humor negro a partir<br />
do momento em que o autor da história e<br />
o realizador de Marvada carne e Capitalismo<br />
selvagem (outros dois longas em que<br />
Klotzel lança mão de atmosfera mágica<br />
e surreal) alçam o prosaico eletrodoméstico,<br />
o liquidificador, à categoria de protagonista!<br />
Mas, afinal, não era dona Elvira<br />
a protagonista? Pois muito bem, chamado<br />
de “Caco Velho” por dona Elvira<br />
– por estar em desuso, peça de museu,<br />
aposentado depois que o boteco de seu<br />
Onofre fecha as portas – o liquidificador<br />
é restaurado e levado para a casa do velho<br />
casal e, pasmem, desanda a falar!<br />
Antes objeto inanimado, Caco Velho<br />
(com voz de Selton Mello) agora se torna<br />
testemunha e cúmplice da trama macabra<br />
e mórbida que vai se seguir. Klotzel – seguindo<br />
as indicações do roteiro, claro –<br />
humaniza Caco Velho em todos os sentidos!<br />
Falastrão, o velho liquidificador entabula<br />
longas conversações com Elvira. Mas<br />
não só com ela: é antológica a cena em<br />
que Caco Velho, jogado na caçamba de<br />
uma camionete junto às tralhas remanescentes<br />
da lanchonete, emite opiniões críticas<br />
sobre a paisagem que vê no trajeto até<br />
a casa de Onofre e Elvira. No bairro do velho<br />
casal, as casas velhas e humildes, dis-<br />
postas circularmente para acompanhar as<br />
pequenas elevações do terreno, são engolfadas<br />
e quase desaparecem em meio aos<br />
tentaculares espigões de pedra dos bairros<br />
mais novos e ricos.<br />
O filme de Klotzel é também uma crônica,<br />
entre o sinistro e o singelo, desse<br />
bairro de classe média baixa da cidade de<br />
São Paulo. Uma crônica pitoresca – picaresca,<br />
talvez – de seus tipos humanos, indivíduos<br />
anônimos, invisíveis para aqueles<br />
que não se dão ao trabalho de olhar e<br />
ver. Invisíveis como alguns de nossos vizinhos,<br />
seres ordinários, cotidianos. Em<br />
sua autobiografia, o grande diretor espanhol<br />
Luis Buñuel relata seu espanto ao<br />
perceber que ninguém o notara, nem sequer<br />
se dignara a lhe dirigir o olhar, quando,<br />
certa vez, decidiu vestir um uniforme<br />
de operário e perambular pelas ruas de<br />
Madri. As pessoas são desprezivelmente<br />
indiferentes em relação aos indivíduos<br />
das classes mais baixas, ele conclui.<br />
Reflexões de um liquidificador faz a narrativa<br />
– lúgubre, reiteramos – do que há<br />
de extraordinário no ordinário. É igualmente<br />
um filme sobre a melancolia, sobre<br />
a solidão, sobre almas e criaturas vazias,<br />
sem vida. Inanimadas como os bichos<br />
empalhados de dona Elvira, taxidermista<br />
por necessidade, para aumentar um pouco<br />
o orçamento da casa, depois que seu<br />
Onofre se vê constrangido ao trabalho de<br />
vigia noturno. Dona Elvira, entretanto,<br />
não está morta. Caco Velho está ali para<br />
nos fazer lembrar de vidas passadas, de vidas<br />
mal vividas ou desperdiçadas, ou simplesmente<br />
de vidas vividas no presente como<br />
a vida vivida pela jovem e erotizada vizinha<br />
de dona Elvira. Cacos velhos, quinquilharias<br />
guardadas no porão, são muitas<br />
vezes a memória de ilusões perdidas.<br />
São os nossos bichos de pelúcia empalhados.<br />
As memórias não são necessariamente<br />
tristes, ainda que, invariavelmente, traduzam<br />
o banzo de épocas passadas e da<br />
idealizada aurora de nossas vidas.<br />
reflexões de um liquidificador<br />
brasil/2010, 80min. direção e produção:<br />
andré klotzel. roteiro: José antônio de<br />
souza. com ana lucia Torre, selton mello,<br />
fabíula Nascimento, germando haiut,<br />
marcos cesana, aramis Trindade.<br />
Fotos: Divulgação
luz câMERa ação<br />
A rede social<br />
por reyNaldo domiNgos ferreira<br />
O<br />
cineasta David Fincher retoma<br />
a linguagem dinâmica de seus<br />
principais filmes para narrar, em<br />
A rede social, a pouco edificante história<br />
da criação do Facebook, repleta de golpes<br />
e de traições entre seus formuladores,<br />
ainda no meio universitário, que resultaram<br />
em diversas ações judiciais para partilhar<br />
o êxito do empreendimento avaliado<br />
hoje em 33,7 bilhões de dólares. O<br />
roteiro, de Aaron Sorkin, tem a grande<br />
qualidade de, sem ser biográfico – não<br />
detalhando, por isso, aspectos psicológicos<br />
das personagens –, criar uma competente<br />
dramatização dos fatos, de cunho<br />
jornalístico, levantados por meio de entrevistas,<br />
de informações colhidas de diversas<br />
fontes não reveladas e de documentos<br />
inseridos nos processos judiciais.<br />
O ambiente em que transcorre a ação<br />
é o da tradicional Universidade de Harvard,<br />
onde Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg),<br />
um garoto de jeito desengonçado,<br />
aluno do segundo ano, já tem fama de<br />
gênio da computação. Corre até, pelo<br />
campus, o boato de que recusara oferta<br />
de trabalho da Microsoft, de dois milhões<br />
de dólares. Apesar disso, no prólogo ele<br />
está, numa festa, recebendo o fora da namorada<br />
Erica Albright (Rooney Mara),<br />
que, cansada de suas conversas de garoto<br />
nerd, voltadas sempre para os assuntos da<br />
computação, o chama de babaca.<br />
Magoado com a namorada, e reconhecendo<br />
sua incapacidade de se relacionar<br />
com as pessoas, Mark começou a desenvolver<br />
a ideia da criação de um site, a fim<br />
de superar sua inabilidade social. E mergulhou<br />
no paraíso hacker para roubar fotos<br />
do banco de dados dos alojamentos.<br />
Para ele, entrar no sistema de computadores<br />
de Harvard era simples brincadeira.<br />
Mostrava-se mais esperto do que os próprios<br />
administradores e, como tudo o<br />
que fazia registrava no blog, achava que<br />
lhes estava dando ajuda, por lhes mostrar<br />
as falhas do sistema. Ao contrário do<br />
que pensava, entretanto, acabou sendo<br />
advertido pelo Conselho Universitário.<br />
Isso prejudicou sua reputação no<br />
meio universitário, o que deu ensejo aos<br />
gêmeos Winklevoss (Amie Hammer) de<br />
se aproximarem dele a fim de convidá-lo a<br />
criar outro site, como forma de se reabilitar<br />
do vexame que sofrera. Mas Mark não<br />
aceitou o convite. Queria desenvolver<br />
seu próprio projeto e, para isso, precisava<br />
de dinheiro, que conseguiu com Eduardo<br />
Saverin (Andrew Garfield), brasileiro<br />
que imigrara com a família de origem<br />
judaica, quando tinha 13 anos, para Miami.<br />
Estudante de economia, Eduardo já<br />
ganhara bom dinheiro especulando no<br />
mercado futuro de petróleo. Logo ele se<br />
interessou pela ideia de Mark, que achava<br />
superior às demais que conhecia.<br />
Quando o site começou a se propagar<br />
pelo campus e as garotas, movidas pelo su-<br />
cesso, se puseram a se oferecer a Eduardo<br />
e a Mark, eis que aparece em cena Sean<br />
Parker (Justin Timberlake), um dos fundadores<br />
do Napster (site de compartilhamento<br />
de arquivos musicais), interessado<br />
em levar o portal dos dois para o Vale do<br />
Silício, na Califórnia. O conflito então se<br />
estabelece, pois Eduardo tinha outros planos,<br />
com mudança já prevista para Nova<br />
York. Para expor essas tensas desavenças<br />
entre jovens, sustentadas por excessivos<br />
diálogos, Fincher, diferentemente do que<br />
fizera no malogrado O curioso caso de Benjamin<br />
Button, usa linguagem alegre e irônica<br />
– o que torna a película divertida, na<br />
linha de Frank Capra.<br />
Esmera-se Fincher em recriar o ambiente<br />
universitário de Harvard, com suas<br />
festas e disputas esportivas, além de comandar<br />
um elenco de brilhantes atores jovens.<br />
Jesse Eisenberg (Lula e a baleia e O<br />
solteirão) e Justin Timberlake (Alpha dog)<br />
não surpreendem com suas magníficas<br />
atuações, confirmadoras de seu talento.<br />
Os que surpreendem são Andrew Garfield<br />
e Amie Hammer, também dois intérpretes<br />
notáveis. O primeiro aparecerá, em<br />
breve, na pele do Homem Aranha.<br />
a rede social (The social network)<br />
eua/2010, 120min. direção: david fincher.<br />
roteiro: aaron sorkin, com base no livro<br />
Bilionários por acaso – A criação do Facebook,<br />
de ben mezrich. com Jesse eisenberg,<br />
andrew garfield, Justin Timberlake, amie<br />
hammer, rooney mara, James shanklin<br />
e dakota Johnson.<br />
Fotos: Divulgação<br />
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