15.A pedagogia de jesus.pdf - Faculdades INTAEaD
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PRINCÍPIOS SUBJACENTES À OBRA DE<br />
JESUS<br />
À primeira vista parece que o ministério instrutor <strong>de</strong> Jesus não se arraigava<br />
em nenhum princípio particular. Parecia mais uma espécie <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />
espontânea, sem qualquer subjacente filosofia <strong>de</strong>finida. Contudo, não é este o<br />
caso. Estava muito longe <strong>de</strong> ser um processo aci<strong>de</strong>ntal ou a esmo. Quanto mais<br />
estudamos a obra <strong>de</strong> Jesus, mais vemos que ela se baseava em princípios<br />
substanciais. Com efeito, tais princípios não foram apresentados em muitas<br />
palavras. Mas estão claros na obra <strong>de</strong> Jesus, e aparecem quando nos pomos a<br />
examiná-la. Anotaremos aqui alguns <strong>de</strong>sses princípios.<br />
1. Jesus Olhava para Longe<br />
É evi<strong>de</strong>nte que Jesus olhou para longe ao escolher seus auxiliares. Olhando<br />
lá da altitu<strong>de</strong> divina, pô<strong>de</strong> ver neles aquilo que eles e seus companheiros nãq_<br />
podiam enxergar. Olhava suas possibilida<strong>de</strong>s futuras, e não meramente suas<br />
presentes qualificações. Por exemplo, viu naquele Simão impulsivo, radicalista e<br />
vacilante um caráter forte, corajoso e vigoroso, e por isso lhe <strong>de</strong>u o nome <strong>de</strong><br />
Pedro (pedra). Semelhantemente, viu naquele João muito jovem e <strong>de</strong>scaridoso<br />
("filho do trovão") um caráter bem mais amoroso e compreensivo, e mesmo "o<br />
discípulo amado". Jesus podia <strong>de</strong>scobrir num fariseu cheio <strong>de</strong> orgulho ou numa<br />
mulher <strong>de</strong> má vida possibilida<strong>de</strong>s que ninguém enxergava. Afirma Bruce Barton:<br />
"O povo via Zaqueu apenas um ju<strong>de</strong>uzinho <strong>de</strong>sonesto: Jesus viu nele uni homem<br />
<strong>de</strong> generosida<strong>de</strong> incomum... Assim se <strong>de</strong>u também com Mateus: todos viam nele<br />
nada mais que um <strong>de</strong>sprezível coletor <strong>de</strong> impostos, mas Jesus viu nele o<br />
potencial escritor dum livro que viveria para sempre."<br />
Assim como o pintor vê seu futuro quadro na tela ainda em branco, assim<br />
como o escultor enxerga já a futura estátua no mármore bruto, o Mestre via em<br />
cada discípulo a personalida<strong>de</strong> útil e extraordinária que seria no porvir, e por isso<br />
trabalhava com otimismo e paciência na realização do seu plano. "Parece que<br />
Jesus nunca per<strong>de</strong>u a esperança no lidar com os homens. Sempre ele esperava<br />
qualquer coisa dos piores e dos mais fracos <strong>de</strong>les."<br />
Jesus também olhou para longe, quando se lançou à obra <strong>de</strong> criar<br />
caracteres fortes, sabendo que <strong>de</strong> fato é preciso bastante para firmar i<strong>de</strong>ais<br />
para consolidar e para <strong>de</strong>senvolver hábitos nobilitantes. Disse Maltbie D.<br />
Baboock: "Bons hábitos não se formam no dia em que nascemos, e nem se cria<br />
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