15.A pedagogia de jesus.pdf - Faculdades INTAEaD
15.A pedagogia de jesus.pdf - Faculdades INTAEaD
15.A pedagogia de jesus.pdf - Faculdades INTAEaD
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
atenção e o interesse <strong>de</strong>les, bem mais do que por palavras que lhes dirigimos;<br />
tanto que alguns afirmam que 80% <strong>de</strong> nossos conhecimentos nos vêm pelos<br />
olhos. Quase que invariavelmente lembramos bem mais aquilo que vemos do<br />
que aquilo que ouvimos. Um dos professores mais fracos que este escritor<br />
conheceu ensinou uma das lições mais profundas que ele apren<strong>de</strong>u na vida,<br />
quando <strong>de</strong>senhou no quadro-negro uma escada mais larga no topo do que no<br />
pé, para com aquilo ilustrar que, quanto mais subimos no terreno da educação,<br />
maiores são as oportunida<strong>de</strong>s que temos na vida. Os professores Í3rão muito<br />
bem em buscar usar <strong>de</strong>sembaraçadamente o quadro-negro.<br />
Eduardo Leigh Pell diz: "Falamos <strong>de</strong> princípios gerais, quando <strong>de</strong>víamos<br />
mostrar coisas concretas. Não poucos mestres gastam meia hora, tentando<br />
explicar uma coisa com palavras <strong>de</strong> sua boca, quando um lápis, um pedaço <strong>de</strong><br />
papel e duas ou três linhas retas ou curvas tornariam em dois minutos aquilo tão<br />
claro como a luz meridiana." E acrescenta: Se o católico romano se mostra mais<br />
afeiçoado à sua Igreja do que o protestante, é em gran<strong>de</strong> parte porque àquele se<br />
<strong>de</strong>ixa ver e manusear as coisas ao passo que ao protestante se exige que as<br />
alcance com a imaginação."<br />
2) O uso que Jesus fez <strong>de</strong> objetos<br />
Um dos exemplos mais fortes do uso <strong>de</strong> lições objetivas pelo Mestre é<br />
aquele que nos fala <strong>de</strong> quando ele tomou um menino e o pôs no meio dos<br />
discípulos, para ensinar qual a atitu<strong>de</strong> que <strong>de</strong>vemos tomar para com o Reino <strong>de</strong><br />
Deus (Mat. 18:1-4). Os discípulos pensavam que o Reino era algo com escalas e<br />
or<strong>de</strong>ns hierárquicas, e, portanto, com promoções e distinções especiais. Assim,<br />
ambições e egoísmos ocupavam seus corações, e já discutiam qual <strong>de</strong>les seria o<br />
maior. Daí Cristo perguntou: "Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?"<br />
(v. 1). Ao que parece, sem qualquer outra palavra <strong>de</strong> explicação ou <strong>de</strong> discussão,<br />
chamou uma criança e a pôs no meio <strong>de</strong>les. Vendo eles a modéstia, o<br />
<strong>de</strong>sinteresse e a humilda<strong>de</strong> exemplificados na criança, Jesus lhes disse que<br />
<strong>de</strong>viam tomar a atitu<strong>de</strong> da criança para po<strong>de</strong>rem entrar no Reino. E, daí, acrescentou:<br />
"Quem, pois, se tornar humil<strong>de</strong> como este menino, esse será o maior no<br />
reino dos céus" (v. 4). Era a maior lição sobre a modéstia e contra o mal do<br />
orgulho que a humanida<strong>de</strong> recebia naquela hora.<br />
Temos também exemplo <strong>de</strong> Jesus lavando os pés a seus discípulos (João<br />
13:1-15). Os povos orientais usavam sandálias. Caminhando por estradas<br />
poeirentas, os pés sujavam-se muito. Entrando numa casa, para uma visita ou<br />
uma festa, era costume o criado da casa tomar uma bacia <strong>de</strong> água e uma toalha<br />
para lavar e enxugar os pés dos visitantes. Parece que na hora não estava<br />
nenhum dos da casa, e Jesus foi fazer o papel <strong>de</strong> criado. Assim lavou e enxugou<br />
os pés dos discípulos. Fez aquilo <strong>de</strong> modo mui natural e normal, para aten<strong>de</strong>r a<br />
uma necessida<strong>de</strong>. Assim agindo, o Mestre mostrou a dignida<strong>de</strong> e gran<strong>de</strong>za do<br />
serviço humil<strong>de</strong>. Era uma <strong>de</strong>monstração do que qualquer pessoa <strong>de</strong>ve fazer em<br />
75