16.04.2013 Views

Teologia Sistemática de Charles Finney - Igreja do Nazareno ...

Teologia Sistemática de Charles Finney - Igreja do Nazareno ...

Teologia Sistemática de Charles Finney - Igreja do Nazareno ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

percebia que essas coisas não se encontravam ali sob nenhum <strong>do</strong>s princípios sadios<br />

<strong>de</strong> interpretação que pu<strong>de</strong>ssem ser aceitos em um tribunal <strong>de</strong> justiça. Não pu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> perceber que a verda<strong>de</strong>ira idéia <strong>de</strong> governo moral não tinha lugar na<br />

teologia da <strong>Igreja</strong>; pelo contrário, por trás <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o sistema havia pressuposições <strong>de</strong><br />

que to<strong>do</strong> governo era físico (no que se opõe a "moral") e que o peca<strong>do</strong> e a santida<strong>de</strong><br />

são mais atributos naturais que atos morais e voluntários. Tais erros não eram<br />

expressos em palavras, mas não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ver que eram pressupostos.<br />

Desconcertavam-me a distinção entre peca<strong>do</strong> original e peca<strong>do</strong> <strong>de</strong> fato, e a total<br />

ausência <strong>de</strong> uma distinção entre <strong>de</strong>pravação física e moral. Aliás, estava convenci<strong>do</strong>:<br />

ou eu era incrédulo ou eram erros que não encontravam espaço na Bíblia. Fui várias<br />

vezes alerta<strong>do</strong> contra a racionalização e a <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> meu próprio<br />

entendimento. Descobri que os mestres <strong>de</strong> religião discrimina<strong>do</strong>res eram leva<strong>do</strong>s a<br />

confessar que não conseguiam estabelecer a consistência lógica <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong>les e<br />

que eram obriga<strong>do</strong>s a fechar os olhos e crer, quan<strong>do</strong> a revelação parecia entrar em<br />

conflito com as afirmações da razão. Mas eu não podia seguir esse curso. Descobri,<br />

ou pensei ter <strong>de</strong>scoberto, que todas as <strong>do</strong>utrinas <strong>do</strong> cristianismo estão envolvidas<br />

pelas pressuposições acima citadas. Mas o Espírito <strong>de</strong> Deus conduziu-me pela<br />

escuridão e livrou-me <strong>do</strong> labirinto e <strong>do</strong> nevoeiro <strong>de</strong> uma falsa filosofia, firman<strong>do</strong>-me<br />

os pés sobre a rocha da verda<strong>de</strong>, conforme creio. Mas até hoje encontro alguns que<br />

parecem estar muito confusos a respeito da maioria das <strong>do</strong>utrinas práticas <strong>do</strong><br />

cristianismo. Reconhecem que o peca<strong>do</strong> e a santida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ser voluntários, ainda<br />

assim falam em regeneração como qualquer coisa, exceto mudança voluntária, e<br />

dizem que a influência divina na regeneração é tu<strong>do</strong>, exceto moral ou persuasiva.<br />

Parece que não têm consciência alguma das <strong>de</strong>corrências e implicações da admissão<br />

da existência <strong>do</strong> governo moral e <strong>do</strong> fato <strong>de</strong> que o peca<strong>do</strong> e a santida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ser<br />

atos livres e voluntários e esta<strong>do</strong>s mentais. Nesta obra empenho-me por <strong>de</strong>finir os<br />

termos emprega<strong>do</strong>s por clérigos cristãos e as <strong>do</strong>utrinas <strong>do</strong> cristianismo, conforme os<br />

compreen<strong>do</strong>, e levar às conclusões lógicas as conseqüências das admissões car<strong>de</strong>ais<br />

<strong>de</strong> autores teológicos mais recentes e típicos. Insisto, especialmente, em levar às suas<br />

conseqüências lógicas as duas afirmações <strong>de</strong> que a vonta<strong>de</strong> é livre e que o peca<strong>do</strong> e a<br />

santida<strong>de</strong> são atos voluntários da mente. Não vou pressupor que consegui satisfazer<br />

os outros nos pontos que discuti, mas consegui ao menos satisfazer a mim mesmo.<br />

Consi<strong>de</strong>ro perigosa e ridícula a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> que as <strong>do</strong>utrinas da teologia não<br />

po<strong>de</strong>m preservar uma coerência lógica <strong>do</strong> princípio ao fim.<br />

2. De início, meu principal objetivo ao publicar uma <strong>Teologia</strong> <strong>Sistemática</strong> era<br />

prover para meus alunos um livro didático em que fossem discuti<strong>do</strong>s muitos pontos e<br />

questões <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância prática que, segun<strong>do</strong> me consta, não têm si<strong>do</strong><br />

discuti<strong>do</strong>s em nenhum sistema <strong>de</strong> instrução teológica existente. Também espero<br />

beneficiar outras mentes estudiosas e pie<strong>do</strong>sas.<br />

3. Escrevi para aqueles que se disponham a enfrentar a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar e<br />

formar opiniões próprias acerca <strong>de</strong> questões teológicas. Não faz parte <strong>de</strong> meu alvo<br />

poupar meus alunos ou qualquer outra pessoa <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> pensar intensamente.<br />

Caso <strong>de</strong>sejasse fazê-lo, os assuntos discuti<strong>do</strong>s tornariam abortivo tal empenho.<br />

4. Há muitas questões <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância prática e questões em que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!