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Teologia Sistemática de Charles Finney - Igreja do Nazareno ...

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Todas as verda<strong>de</strong>s conhecidas <strong>do</strong> homem são divinamente reveladas a ele em<br />

algum senti<strong>do</strong>, mas falo aqui <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s reveladas ao homem pela inspiração <strong>do</strong><br />

Espírito Santo. A Bíblia anuncia muitas verda<strong>de</strong>s manifestas e muitas verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>monstração. Elas po<strong>de</strong>m ou po<strong>de</strong>riam ser conhecidas, pelo menos muitas <strong>de</strong>las,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da inspiração <strong>do</strong> Espírito Santo. Mas a classe <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> que<br />

falo aqui baseia-se inteiramente no testemunho <strong>de</strong> Deus, sen<strong>do</strong> verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

inspiração pura. Algumas <strong>de</strong>ssas verda<strong>de</strong>s estão acima da razão, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que a<br />

razão não po<strong>de</strong>, a priori, nem afirmar nem negá-las.<br />

Quan<strong>do</strong> se afirma que Deus as afirmou, a mente não precisa <strong>de</strong> outra evidência<br />

<strong>de</strong> sua veracida<strong>de</strong>, pois por uma lei necessária <strong>do</strong> intelecto, to<strong>do</strong>s os homens<br />

afirmam a veracida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. Mas apesar <strong>de</strong>ssa lei necessária da mente, os homens<br />

não conseguem apoiar-se no simples testemunho <strong>de</strong> Deus, solicitan<strong>do</strong> evidências <strong>de</strong><br />

que se <strong>de</strong>ve crer em Deus. Mas tal é a natureza da mente, conforme constituída pelo<br />

Cria<strong>do</strong>r, que nenhum agente moral necessita provar que o testemunho <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong>ve<br />

ser recebi<strong>do</strong>. Uma vez estabeleci<strong>do</strong> que Deus <strong>de</strong>clarou um fato ou verda<strong>de</strong>, essa é,<br />

para to<strong>do</strong>s os agentes morais, toda a evidência necessária. A razão, por leis próprias,<br />

afirma a perfeita veracida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, e embora a verda<strong>de</strong> anunciada possa ser tal,<br />

que a razão, a priori, não consiga nem afirmar nem negá-la; ainda assim, quan<strong>do</strong><br />

afirmada por Deus, a razão confirma irresistivelmente que o testemunho <strong>de</strong> Deus<br />

<strong>de</strong>ve ser recebi<strong>do</strong>.<br />

Essas verda<strong>de</strong>s exigem prova no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar que se <strong>de</strong>monstre que<br />

foram dadas por inspiração divina. Demonstra<strong>do</strong> esse fato, as próprias verda<strong>de</strong>s só<br />

precisam ser compreendidas, e a mente necessariamente afirma sua obrigação <strong>de</strong><br />

crer nelas.<br />

Meu presente objetivo mais particular é observar:<br />

VERDADES QUE NÃO EXIGEM PROVA.<br />

Essas são verda<strong>de</strong>s a priori da razão e verda<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s; ou seja, são<br />

verda<strong>de</strong>s que não exigem prova porque são intuídas ou observadas diretamente por<br />

uma <strong>de</strong>ssas faculda<strong>de</strong>s.<br />

As verda<strong>de</strong>s a priori possuem os seguintes atributos.<br />

(1) São verda<strong>de</strong>s absolutas ou necessárias no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que a razão afirme<br />

que é preciso que sejam verda<strong>de</strong>iras. Cada efeito tem uma causa a<strong>de</strong>quada. O espaço<br />

<strong>de</strong>ve existir. E impossível que não exista, mesmo que qualquer outra coisa exista ou<br />

não. O tempo <strong>de</strong>ve existir, haja ou não eventos que se sucedam no tempo. Assim, a<br />

necessida<strong>de</strong> é um atributo <strong>de</strong>ssa classe.<br />

(2) A universalida<strong>de</strong> é um atributo <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong> primeira. Ou seja, as<br />

verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa classe não comportam exceção. To<strong>do</strong> efeito <strong>de</strong>ve ter uma causa; não<br />

po<strong>de</strong> haver efeito sem uma causa.<br />

(3) As verda<strong>de</strong>s primeiras são verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conhecimento necessário e<br />

universal. Ou seja, não são meramente cognoscíveis, mas conhecidas <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />

agentes morais por uma lei necessária <strong>de</strong> seu intelecto.<br />

O espaço e o tempo existem e <strong>de</strong>vem existir; que cada efeito possui e <strong>de</strong>ve<br />

possuir uma causa, e verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sse tipo são conhecidas universalmente e

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