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Teologia Sistemática de Charles Finney - Igreja do Nazareno ...

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necessariamente e pressuposta por to<strong>do</strong>s os agentes morais. Também, que algo não<br />

po<strong>de</strong> ser e não ser ao mesmo tempo.<br />

Uma terceira classe <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s manifestas são verda<strong>de</strong>s particulares da<br />

razão. A razão as intui e afirma diretamente. São verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conhecimento certo,<br />

mas não possuem os atributos <strong>de</strong> universalida<strong>de</strong> ou infinitu<strong>de</strong>. A essa classe<br />

pertencem as verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nossa existência, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> pessoal e individualida<strong>de</strong>.<br />

Não são verda<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s nem são verda<strong>de</strong>s primeiras ou manifestas, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com o uso comum <strong>de</strong>sses termos. Mas são verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intuição racional e são<br />

consi<strong>de</strong>radas verda<strong>de</strong>iras à luz da própria evidência <strong>de</strong>las e, como tais, nos são dadas<br />

como verda<strong>de</strong>s indubitáveis pela consciência.<br />

Todas as verda<strong>de</strong>s que ficam no âmbito <strong>de</strong> nossa experiência, ou seja, to<strong>do</strong>s os<br />

nossos exercícios e esta<strong>do</strong>s mentais são verda<strong>de</strong>s manifestas para nós. Não<br />

precisamos prová-las. Quer sejam fenômenos, quer sejam esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Intelecto, da<br />

Vonta<strong>de</strong> ou da Sensibilida<strong>de</strong>. Quan<strong>do</strong> se fala <strong>de</strong>las no coletivo, não po<strong>de</strong>m ser<br />

chamadas verda<strong>de</strong>s manifestas, exceto no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que para nós manifestam-se no<br />

campo da consciência, como fatos ou realida<strong>de</strong>s, e que as conhecemos ou as<br />

afirmamos com certeza indubitável.<br />

As verda<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s, como dissemos, são em certo senti<strong>do</strong> verda<strong>de</strong>s<br />

manifestas. Ou seja, são fatos <strong>do</strong>s quais a mente possui conhecimento direto por<br />

intermédio <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s. Ao falar que as verda<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s são <strong>de</strong> certa forma<br />

manifestas, falo, é claro, <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s ou fatos <strong>de</strong> nossos senti<strong>do</strong>s ou daqueles<br />

revela<strong>do</strong>s a nós diretamente pelos nossos senti<strong>do</strong>s. Sei que não é comum falar <strong>de</strong>ssa<br />

classe <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s como manifesta; e não o são no senti<strong>do</strong> que são as intuições<br />

racionais simples. Ainda assim, são fatos ou verda<strong>de</strong>s que não precisam <strong>de</strong> provas<br />

para nos serem estabelecidas. O fato <strong>de</strong> que seguro esta caneta na mão é uma<br />

realida<strong>de</strong> manifesta para mim, tanto quanto três e <strong>do</strong>is são cinco. Percebo uma e<br />

outra com a mesma realida<strong>de</strong> e nenhuma <strong>de</strong>las precisa <strong>de</strong> prova alguma. Não é meu<br />

intuito exaurir este assunto, nem entrar em distinções sutis e altamente metafísicas,<br />

mas só dar indicações e <strong>de</strong>ixar sugestões que o façam estar atento ao assunto, e<br />

suprir nossas necessida<strong>de</strong>s durante nosso curso <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> a seu critério<br />

entrar numa análise mais crítica <strong>do</strong> assunto.<br />

Das verda<strong>de</strong>s que exigem prova, a primeira classe para a qual <strong>de</strong>vo chamar<br />

atenção é a das verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração. Essa classe <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s admite grau tão<br />

eleva<strong>do</strong> <strong>de</strong> prova que, completada a <strong>de</strong>monstração, a inteligência confirma que é<br />

impossível não serem verda<strong>de</strong>s. Essa classe, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstrada com eficiência, são<br />

consi<strong>de</strong>radas verda<strong>de</strong>iras com não menos certeza que as verda<strong>de</strong>s manifestas: mas a<br />

mente não chega à percepção <strong>de</strong>las por algum caminho. Chega-se àquela classe <strong>de</strong><br />

maneira universal e direta, a priori, pela intuição direta, sem argumentação. Chega-se<br />

a esta classe universalmente pela argumentação. Aquelas são obtidas sem nenhum<br />

processo lógico, enquanto esta última classe é sempre e necessariamente obtida por<br />

conseqüência <strong>de</strong> um processo lógico. Muitas vezes obtemos essas verda<strong>de</strong>s por um<br />

processo estritamente lógico, sem consciência alguma da maneira pela qual as<br />

obtivemos. Essas classes, portanto, diferentes das outras, não <strong>de</strong>vem ser<br />

comunicadas e estabelecidas sem argumentação, mas pela argumentação. Nessas

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