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Teologia Sistemática de Charles Finney - Igreja do Nazareno ...

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necessariamente muito limita<strong>do</strong>.<br />

DA RAZÃO<br />

A autoconsciência também nos revela a razão ou a função a priori <strong>do</strong> intelecto.<br />

A razão é aquela função <strong>do</strong> intelecto que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> ou intui <strong>de</strong> imediato uma classe <strong>de</strong><br />

verda<strong>de</strong>s que, pela natureza <strong>de</strong>las, não po<strong>de</strong>m ser conhecidas nem pelo<br />

entendimento nem pelos senti<strong>do</strong>s. Tais, por exemplo, são os axiomas e postula<strong>do</strong>s da<br />

matemática, filosofia e moral. A razão fornece leis e princípios primeiros. Ela fornece<br />

o abstrato, o necessário, o absoluto, o infinito. Ela fornece todas as suas afirmações<br />

pela contemplação ou intuição direta, não por indução ou raciocínio. As classes <strong>de</strong><br />

verda<strong>de</strong>s dadas por essa função <strong>do</strong> intelecto são manifestas. Ou seja, a razão intui ou<br />

as contempla <strong>de</strong> maneira direta, assim como a faculda<strong>de</strong> <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s intui ou<br />

contempla <strong>de</strong> maneira direta uma sensação. Os senti<strong>do</strong>s fornecem à consciência a<br />

visão direta <strong>de</strong> uma sensação e, assim, a existência da sensação é conhecida <strong>de</strong><br />

maneira inegável por nós. A razão fornece à consciência a visão direta da classe <strong>de</strong><br />

verda<strong>de</strong>s das quais toma conhecimento; e da existência e valida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas verda<strong>de</strong>s já<br />

não po<strong>de</strong>mos duvidar, assim como não po<strong>de</strong>mos duvidar da existência <strong>de</strong> nossas<br />

sensações.<br />

Há uma diferença entre o conhecimento <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s e o <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> da<br />

razão: no primeiro caso, a consciência nos dá a sensação: po<strong>de</strong>-se questionar se as<br />

percepções <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s são uma contemplação direta <strong>do</strong> objeto da sensação e, por<br />

conseguinte, se o objeto realmente existe e é o real arquétipo da sensação. De que a<br />

sensação existe estamos certos, mas se existe o que supomos ser o objeto e causa da<br />

sensação, admite dúvida. A questão é: será que os senti<strong>do</strong>s intuem ou contemplam<br />

<strong>de</strong> maneira imediata o objeto da sensação? O fato <strong>de</strong> nem sempre ser possível<br />

confiar no relato <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s parece mostrar que a percepção <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s não é<br />

uma contemplação imediata <strong>do</strong> objeto da sensação; a sensação existe, isso sabemos;<br />

que possui uma causa, sabemos; mas talvez não saibamos se conhecemos corretamente<br />

a causa ou o objeto da sensação.<br />

Mas a respeito das intuições da razão, essa faculda<strong>de</strong> contempla diretamente<br />

as verda<strong>de</strong>s que afirma. Essas verda<strong>de</strong>s são os objetos <strong>de</strong> suas intuições. Não são<br />

recebidas em segunda mão. Não são inferências ou induções, não são opiniões, nem<br />

conjecturas ou crenças; são conhecimentos diretos. As verda<strong>de</strong>s fornecidas por essa<br />

faculda<strong>de</strong> são vistas e conhecidas <strong>de</strong> maneira tão direta que é impossível duvidar<br />

<strong>de</strong>las. A razão, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> leis próprias, contempla-as face a face à luz das<br />

evidências <strong>de</strong>las próprias.<br />

DO ENTENDIMENTO<br />

O entendimento é aquela função <strong>do</strong> intelecto que toma, classifica e arranja os<br />

objetos e verda<strong>de</strong>s da sensação sob uma lei <strong>de</strong> classificação e arranjo dada pela<br />

razão, e assim forma noções e opiniões e teorias. As noções, opiniões e teorias <strong>do</strong><br />

entendimento po<strong>de</strong>m ser errôneos, mas não é possível haver erros nas intuições a<br />

priori da razão. O conhecimento <strong>do</strong> entendimento é com tamanha freqüência o<br />

resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> indução ou raciocínio, fican<strong>do</strong> com isso totalmente distante <strong>de</strong> uma

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