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Teologia Sistemática de Charles Finney - Igreja do Nazareno ...

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compreen<strong>de</strong>r a linguagem em que é expressa, e nenhuma <strong>de</strong>claração ou evidência<br />

po<strong>de</strong> dar à mente alguma convicção mais firme <strong>de</strong> sua veracida<strong>de</strong> <strong>do</strong> que a dada<br />

primeiro pela necessida<strong>de</strong>. Isso é verda<strong>de</strong> em relação a todas as verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa<br />

classe. Elas são sempre e necessariamente aceitas por to<strong>do</strong>s os agentes morais, quer<br />

haja um pensamento distinto, quer não. E a maior parte <strong>de</strong>ssa classe <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s é<br />

aceita sem ser objeto freqüente ou, pelo menos, objeto geral <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração ou<br />

atenção direta. A mente as pressupõe, sem que haja consciência direta da pressuposição.<br />

Por exemplo, agimos a cada momento, julgamos, raciocinamos e cremos na<br />

pressuposição <strong>de</strong> que cada efeito precisa ter uma causa mesmo assim não temos<br />

consciência <strong>de</strong> pensar nessa verda<strong>de</strong> nem <strong>de</strong> pressupô-la, até que algo nos chame<br />

atenção para ela. As verda<strong>de</strong>s primeiras da razão, portanto, que sejam lembradas<br />

com niti<strong>de</strong>z, são sempre e necessariamente pressupostas, embora possam receber<br />

pouca atenção. Elas são conhecidas universalmente, antes que se compreendam as<br />

palavras pelas quais possam ser expressas e, ainda que possam ser jamais expressas<br />

numa proposição formal, a mente tem por certo um conhecimento <strong>de</strong>las assim como<br />

tem por certa a existência <strong>de</strong> si mesma.<br />

Mas cabe indagar se existem algumas condições para que sejam pressupostas<br />

e, caso existam, quais são. A inteligência faz essas pressuposições sob certas<br />

condições ou in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> todas ou <strong>de</strong> algumas condições? A verda<strong>de</strong>ira<br />

resposta a essa indagação é que a mente só aceita essa pressuposição após o<br />

cumprimento <strong>de</strong> certas condições. Cumpridas essas condições, a inteligência faz essa<br />

pressuposição <strong>de</strong> maneira instantânea e necessária em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma lei da própria<br />

natureza <strong>de</strong>la e a faz, quer a pressuposição seja um objeto distinto da consciência,<br />

quer não.<br />

A única condição <strong>de</strong>ssa pressuposição que precisa ser mencionada é a percepção<br />

mental daquilo com que a verda<strong>de</strong> primeira mantém a relação <strong>de</strong> um<br />

antece<strong>de</strong>nte lógico ou uma condição lógica. Por exemplo, para <strong>de</strong>senvolver a<br />

pressuposição <strong>de</strong> que cada efeito <strong>de</strong>ve ter uma causa e para necessitar <strong>de</strong>ssa<br />

pressuposição, a mente só precisa perceber ou possuir a concepção <strong>de</strong> um efeito, à<br />

qual a pressuposição em questão segue-se <strong>de</strong> imediato por uma lei da inteligência.<br />

Essa pressuposição não é uma <strong>de</strong>dução lógica a partir <strong>de</strong> alguma premissa; mas a<br />

partir da percepção <strong>de</strong> um efeito ou a partir <strong>do</strong> fato <strong>de</strong> a mente possuir a idéia ou<br />

noção <strong>de</strong> um efeito, a inteligência irresistivelmente, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> leis próprias,<br />

pressupõe a verda<strong>de</strong> primeira da causalida<strong>de</strong> como condição lógica e necessária <strong>do</strong><br />

efeito; ou seja, pressupõe que um evento e to<strong>do</strong>s os eventos precisam ter uma causa.<br />

A condição pela qual as verda<strong>de</strong>s primeiras da razão são pressupostas ou<br />

<strong>de</strong>senvolvidas é chamada a condição cronológica <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento, por ser<br />

anterior em tempo e na or<strong>de</strong>m da natureza para seu <strong>de</strong>senvolvimento. A mente<br />

percebe um efeito. Com isso, pressupõe a verda<strong>de</strong> primeira da causalida<strong>de</strong>. Ela<br />

percebe o corpo e, com isso, pressupõe a verda<strong>de</strong> primeira: o espaço existe e <strong>de</strong>ve<br />

existir. Essas verda<strong>de</strong>s primeiras, vamos repetir, não são pressupostas na forma <strong>de</strong><br />

uma proposição, pon<strong>de</strong>rada ou expressa em palavras, e nem sempre, ou talvez nunca<br />

<strong>de</strong> início, a mente está consciente da pressuposição, ainda que <strong>de</strong>sse momento em

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