Parker Blue – Bite-Me - CloudMe

Parker Blue – Bite-Me
Senti um toque em minha manga, e o dublê de Bela Lugosi estava ali, dizendo, “Micah vai te ver
agora”.
Congelei. Estava realmente pronta para isso?
Bom, tarde demais para voltar atrás. Reprimindo uma onda de alegria pelo encontro com apreensão,
segui Bela até os bastidores, um simples quarto sem qualquer marcação. Parecia um pouco
envergonhado, provavelmente por não ter acreditado em mim, mais cedo. Bela me fez passar,
dizendo, “Micah estará com você em pouco tempo”.
Ele me deixou só em um escritório que era maior do que eu esperava. Não chamativo, só simples e
elegante, com cadeiras que pareciam confortáveis para os convidados. Não sabendo o que esperar,
fiquei parada no meio do lugar. Depois de alguns minutos, ouvi o som de uma porta se abrindo, e
girei para ela. Obviamente a porta contígua dava para um banheiro, pois Micah estava ali, cheirando
fresco pelo banho, seu cabelo molhado.
Descalço, mas agora usando calças jeans e uma camisa, ele parou de abotoar para me dá uma olhada
enigmática, dizendo, “Finalmente, nos encontramos... Valentine”.
“Val”, consegui dizer. “Me chamam de Val”.
“Eu sei. E eu esperei muito tempo para que nos encontrássemos”. Ele estendeu seus braços,
oferecendo um abraço, e mesmo que eu evitasse contato pessoal com homens por toda a minha vida,
me movi para seus braços como se ele fosse um irmão perdido há muito tempo.
Oh Deus, eu me sentia bem. As lágrimas picaram meus olhos e eu o abracei ferozmente. Isto... havia
estranhado isto, se bem que eu nunca tinha tido antes. Nunca havia podido abraçar os homens, nem
sequer Rick, por medo que o demônio se soltasse e chupasse toda a vida deles.
Não sei se era por que nós tínhamos tipos similares de demônios, mas meu succubus e o incubus de
Micah estavam inativos, me deixando sentir‐me como uma pessoa normal enquanto o sujeitava perto.
Que sensação tão maravilhosa. De fato, me sentia cheia de emoções, quase explodindo por causa
disso, mas não conseguia explicar que emoções eram. Não românticas, não turvas de qualquer forma,
simplesmente estava cheia de alegria por encontrar alguém com quem eu poderia ser eu mesma.
Rompemos o abraço e Micah me conduziu até uma cadeira diante da mesa. Enquanto me sentava, ele
se apoiou contra a mesa e me sorriu. “O que foi que te fez finalmente sair para me procurar?”
Dissimuladamente enxuguei a umidade dos meus olhos e disse, “Descobri sobre seu pai há poucos
dias, como ele ajudou meus pais e me ajudou. Não tinha nem idéia de que houvesse outros como eu.
Estamos relacionados?” Eu, na verdade, tinha família do lado de meu pai?
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