plesmente virtual.

a ,pedido dele, mandei-lhe uma fotografia minha.
Depois de meses de conversação, ele conseguiu convencer-me
a encontrarmo-nos nos. Eu não estava muito
segura se o deveria fazer, mas ele era tão giro… Marcamos
um encontro, eu queria que fosse no jardim público,
à beira da minha casa onde havia muita gente, mas
ele preferia um lugar mais calmo onde não houvesse
tanta gente nem tanto barulho. Ao fim ao cabo, acabou
por ser num café.
Combinamos a roupa que iríamos vestir, ele disse
que iria levar um livro de poemas e um ramo de
rosas vermelhas.
O dia do encontro chegou, estava supernervosa,
mas ao mesmo tempo ansiosa. Quando cheguei
ao café, com a fotografia dele na mão para o
identificar melhor, não o encontrei. Pensava que
tinha chegado cedo de mais e por isso ele não
estava lá. Enquanto esperava, para passar o
tempo comecei a olhar para as outras mesas e
foi nessa altura que vi o livro de poemas e o
ramo de rosas, mas, para meu espanto,
aquele rapaz giríssimo com quem eu falava,
não passava de uma mentira, pois quem tinha
o livro e as rosas era um homem já de idade.
Levantei-me da mesa e fui-me embora com a
maior decepção da minha vida. Mas isto até
veio bem a calhar: aprendi que por muito
giras e simpáticas que as pessoas possam
ser na Internet, na vida real podem ser
tudo o contrário e que não devo dar os
meus dados e os meus contactos a ninguém!