plesmente virtual.

infeliz que nunca, a minha consola
não vinha e cada dia estava mais
ansioso. Claro, os meus pais repararam
que algo não estava bem, mas eu
conseguia sempre escapar aos interrogatórios.
Até que um dia, após abrir uma carta e
fazer, em seguida, um telefonema, a minha
mãe ficou, de repente, muito pálida. Subiu
rapidamente para o meu quarto e, quando eu
lá cheguei, apenas ouvi “Por causa da consola,
podíamos ter ficado sem nada…”. Não ouvi
mais nada, apenas corri de novo para a sala,
escondi-me num canto e comecei a chorar.
Quando me encontraram, explicaram-me que a
situação não era tão grave como parecia, mas
apenas por um golpe de sorte.
O cartão de crédito que eu tinha “roubado” estava
já anulado e não teve efeitos negativos.
Aquele maldito anúncio apenas se destinava a
enganar meninos como eu, de modo a conseguir
saber alguns detalhes bancários dos pais para lhes
poderem extorquir o dinheiro.
Senti um aperto tão grande!
Saber que tinha ficado sem consola e que poderia
ter levado a minha família à ruína era a pior coisa
de sempre.
A partir daí, jamais voltei a fazer algo tão precipitado
e a Internet passou a ser um instrumento