Exercícios de História República Velha - Projeto Medicina
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86) (FGV-2004) "Vai-se o marechal ingente, / vai-se o<br />
gran<strong>de</strong> alagoano./ E eu leitor, digo somente: Floriano foi<br />
um pru<strong>de</strong>nte; /seja o Pru<strong>de</strong>nte um Floriano."<br />
Essa é uma quadrinha do escritor Artur <strong>de</strong> Azevedo. A<br />
respeito dos personagens e do período aos quais se refere<br />
po<strong>de</strong>mos dizer que:<br />
a) O escritor, como um crítico dos governos militares,<br />
posicionara-se contra a <strong>de</strong>cretação do estado <strong>de</strong> sítio e o<br />
fechamento do Congresso por parte <strong>de</strong> Floriano Peixoto.<br />
b) O escritor, como um <strong>de</strong>fensor dos i<strong>de</strong>ais socialistas no<br />
Brasil, fora contrário ao estado <strong>de</strong> sítio <strong>de</strong>cretado por<br />
Deodoro da Fonseca e prorrogado por Floriano Peixoto.<br />
c) O escritor, como um <strong>de</strong>fensor do "marechal <strong>de</strong> ferro",<br />
mostrava-se satisfeito com a prudência do presi<strong>de</strong>nte que,<br />
com pulso firme, havia <strong>de</strong>belado a Revolta <strong>de</strong> Canudos.<br />
d) O escritor, como um admirador <strong>de</strong> Floriano Peixoto,<br />
saudava a prudência do ex-presi<strong>de</strong>nte, que teve <strong>de</strong> lidar<br />
com a Revolução Fe<strong>de</strong>ralista e com a Revolta da Armada.<br />
e) O escritor, como um <strong>de</strong>mocrata, reconhecia o<br />
<strong>de</strong>spojamento <strong>de</strong> Floriano, que aceitou a realização<br />
imediata <strong>de</strong> eleições logo após a renúncia <strong>de</strong> Deodoro da<br />
Fonseca.<br />
87) (FGV-2003) “A cida<strong>de</strong> é um monstro on<strong>de</strong> as epi<strong>de</strong>mias<br />
se albergam dançando sabats magníficos, al<strong>de</strong>ia<br />
melancólica <strong>de</strong> prédios velhos e alçapados, a <strong>de</strong>scascar<br />
pelos rebocos, vielas sórdidas cheirando mal.”<br />
Nosso Século. São Paulo: Abril Cultural/Círculo do Livro,<br />
1985, v. 1, p. 37.<br />
Era <strong>de</strong>ssa forma que o jornalista Luiz Edmundo <strong>de</strong>screvia o<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro no começo do século XX. De fato, em 1904<br />
eclodia na cida<strong>de</strong> a chamada Revolta da Vacina. Essa<br />
rebelião popular foi provocada:<br />
A) pelo profundo <strong>de</strong>scontentamento com a epi<strong>de</strong>mia <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ngue que afligia a cida<strong>de</strong>.<br />
B) pela <strong>de</strong>cisão do governo <strong>de</strong> limitar a importação <strong>de</strong><br />
vacinas contra a febre amarela.<br />
C) pela recusa do governo <strong>de</strong> promover a vacinação contra<br />
a peste bubônica.<br />
D) pelo cancelamento da vacinação contra a paralisia<br />
infantil.<br />
E) pelo <strong>de</strong>creto que tornava obrigatória a vacinação contra<br />
a varíola.<br />
88) (UNICAMP-2003) Em 1897 foi inaugurada a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Belo Horizonte, consi<strong>de</strong>rada a mais importante cida<strong>de</strong><br />
planejada do fim do século XIX no Brasil. Seu <strong>de</strong>senho era<br />
regular como um tabuleiro <strong>de</strong> xadrez. Ao substituir Ouro<br />
Preto, a cida<strong>de</strong> almejava aten<strong>de</strong>r aos antigos objetivos <strong>de</strong><br />
se criar uma nova capital que expressasse os i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> um<br />
Brasil republicano.<br />
23 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />
a) Que i<strong>de</strong>ais do Brasil republicano estavam expressos na<br />
criação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo Horizonte?<br />
b) Que paralelos po<strong>de</strong>m ser estabelecidos com a criação da<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília?<br />
c) Caracterize o contexto histórico da transferência da<br />
capital fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro para Brasília.<br />
89) (UERJ-2003) “Se <strong>de</strong> meus ensinamentos colher<strong>de</strong>s<br />
algum fruto, <strong>de</strong>scansarei satisfeito <strong>de</strong> haver cumprido a<br />
minha missão.<br />
Entre esses ensinamentos, avulta o do patriotismo. Quero<br />
que consagreis sempre ilimitado amor à região on<strong>de</strong><br />
nascestes, servindo-a com <strong>de</strong>dicação absoluta, <strong>de</strong>stinandolhe<br />
o melhor da vossa inteligência, os primores do vosso<br />
sentimento, o mais fecundo da vossa ativida<strong>de</strong>, - dispostos<br />
a quaisquer sacrifícios por ela, inclusive o da vida. (...)<br />
Que a vossa geração exceda a minha e as prece<strong>de</strong>ntes,<br />
senão em semelhante amor, ao menos nas ocasiões <strong>de</strong> o<br />
comprovar. Quando disser<strong>de</strong>s: “Somos brasileiros!”<br />
levantai a cabeça, transbordantes <strong>de</strong> nobre ufania.<br />
Convenceivos <strong>de</strong> que <strong>de</strong>veis agra<strong>de</strong>cer quotidianamente a<br />
Deus o haver Ele vos outorgado por berço o Brasil”.<br />
(CELSO, Affonso (1900). Porque me ufano do meu País. Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro: Briguiet, 1943.)<br />
Um chefe, um povo, uma nação: um Estado nacional e<br />
popular, isto é, um Estado em que o povo reconhece o seu<br />
Estado, um Estado em que a Nação i<strong>de</strong>ntifica o<br />
instrumento da sua unida<strong>de</strong> e da sua soberania. Ai está o<br />
Novo Estado Brasileiro. Um Estado que é isto não é uma<br />
simples mecânica <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. É também uma alma ou um<br />
espírito, uma atmosfera, uma ambiência, um clima. (...)<br />
(...) somos todos fundadores [da Nação]. Fundar é <strong>de</strong>dicar<br />
o pensamento, a vonta<strong>de</strong> e o coração (...) Não haveria<br />
pátria, família, igreja, se não renovasse, pelo pensamento<br />
ou pelo espírito, o ato <strong>de</strong> sua fundação (...).<br />
(Francisco Campos - Discurso proferido em 10 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />
1938.)<br />
(Adaptado <strong>de</strong> CAMPOS, Francisco. O Estado Nacional. Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro: José Olympio, 1940.)<br />
A partir dos textos <strong>de</strong> Affonso Celso - no período <strong>de</strong><br />
consolidação da <strong>República</strong> oligárquica - e <strong>de</strong> Francisco <strong>de</strong><br />
Campos - produzido durante o Estado Novo, diferencie os<br />
conceitos <strong>de</strong> “nação brasileira” <strong>de</strong> cada um dos autores.<br />
90) (UERJ-2003)