Exercícios de História República Velha - Projeto Medicina
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9) Opção por 1964<br />
a) No contexto internacional da Guerra Fria, 1964 marcou,<br />
no Brasil, o auge da crise do mo<strong>de</strong>lo liberal-populista,<br />
fundado durante a vigência a Constituição <strong>de</strong> 1946.<br />
O capítulo final da crise <strong>de</strong>senrola-se no governo João<br />
Goulart, alvo <strong>de</strong> um movimento oposicionista<br />
protagonizado por setores civis (empresários, políticos da<br />
UDN e <strong>de</strong> outros partidos) e parte da oficialida<strong>de</strong> das<br />
Forças Armadas. Os conspiradores traçaram o objetivo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>rrubar o governo, que, apoiado em organizações<br />
populares (sindicatos, entida<strong>de</strong>s estudantis etc.), era visto<br />
como aberto à “comunização” (implantação do<br />
comunismo) do país.<br />
b) A ditadura militar, que se implantou no país a partir <strong>de</strong><br />
1964, sustentou-se por longos anos graças ao rígido<br />
controle da vida política, somado à truculência e à prática<br />
corriqueira da tortura. O regime começou a se esgotar nos<br />
anos <strong>de</strong> 1970, diante das crescentes manifestações <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scontentamento social geradas pela crise econômica<br />
que se abatia sobre o país. A crise levaria o governo militar<br />
a promover a chamada abertura política dos anos <strong>de</strong> 1980.<br />
1. 1930.<br />
a) Esgotamento do sistema oligárquico <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />
(dissidência oligárquica e tenentismo); crise <strong>de</strong> 1929.<br />
b) Em termos políticos, <strong>de</strong>vido ao colapso do populismo,<br />
com o golpe político-militar <strong>de</strong> 1964. Em termos<br />
econômicos, com o abandono do mo<strong>de</strong>lo econômico<br />
varguista e a adoção do mo<strong>de</strong>lo neoliberal, na década <strong>de</strong><br />
1990.<br />
2. 1937.<br />
a) Choques entre a esquerda e a direita e caráter<br />
autoritário dos grupos que controlavam o Estado.<br />
b) Desgaste político interno do Estado Novo; reação dos<br />
grupos conservadores à aproximação <strong>de</strong> Vargas com o<br />
setor nacionalista.<br />
3. 1945.<br />
a) Os mesmos fatores que explicam o esgotamento do<br />
Estado Novo.<br />
b) Os mesmos fatores que explicam o golpe político-militar<br />
<strong>de</strong> 1964.<br />
10) O movimento social <strong>de</strong> Canudos enquadra-se ao<br />
contexto rural em que a miséria extrema, a opressão dos<br />
coronéis e a profunda religiosida<strong>de</strong> da população se<br />
mesclam na gestão do messianismo do beato Conselheiro.<br />
A <strong>República</strong>, recém-instituída e sob hegemonia das<br />
oligarquias agrárias viu na mobilização <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong><br />
sertanejos uma ameaça às instituições. Com o apoio dos<br />
coronéis locais, <strong>de</strong>safiados em sua autorida<strong>de</strong>, da Igreja,<br />
<strong>de</strong>spojada <strong>de</strong> fiéis rebel<strong>de</strong>s; e <strong>de</strong> militares, se<strong>de</strong>ntos <strong>de</strong><br />
espaço político, o governo fe<strong>de</strong>ral patrocinou a <strong>de</strong>struição<br />
do arraial em nome da consolidação dos i<strong>de</strong>ais liberais <strong>de</strong><br />
mo<strong>de</strong>rnização, em voga na época.<br />
36 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />
11) a) Nos anos 1920-1930 o Brasil passou por um<br />
processo <strong>de</strong> urbanização e industrialização. Aos poucos, os<br />
centros <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão política e econômica passam do meio<br />
rural para os centros urbanos.<br />
As soluções estéticas consagradas não mais correspon<strong>de</strong>m<br />
à velocida<strong>de</strong> das transformahistória ções. No plano<br />
artístico, essa insatisfação com a tradição e a exigência <strong>de</strong><br />
renovação se expressam na Semana <strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna<br />
(1922). O Mo<strong>de</strong>rnismo representou a assimilação <strong>de</strong><br />
movimentos <strong>de</strong> vanguarda europeus (Futurismo, Cubismo,<br />
Dadaísmo, entre outros) ao meio cultural brasileiro.<br />
Caracterizou-se, entre outros aspectos, pelo sentido<br />
nacionalista voltado para a tentativa consciente <strong>de</strong><br />
estabelecer uma cultura brasileira, baseada sobretudo na<br />
pesquisa estética. Trata-se <strong>de</strong> uma arte revolucionária,<br />
tanto formal, na busca do verso livre e <strong>de</strong> uma linguagem<br />
brasileira mais próxima da fala cotidiana, quanto<br />
tematicamente, buscando aproximar-se do cotidiano e<br />
retratando as mazelas e a gran<strong>de</strong>za da vida urbana,<br />
sobretudo <strong>de</strong> São Paulo.<br />
b) Po<strong>de</strong>-se dividir este período (anos 1950-1960) em dois<br />
momentos característicos e, em certo<br />
sentido, opostos: um, o do <strong>de</strong>senvolvimentismo e outro, o<br />
do reformismo. O primeiro momento (1956-1961)<br />
correspon<strong>de</strong> ao governo Juscelino Kubitschek. Durante seu<br />
governo, procurou-se uma política <strong>de</strong> pleno emprego que<br />
propiciou uma efervescência cultural, do qual o CPC<br />
(Centro Popular da Cultura), o Cinema Novo, a Bossa Nova<br />
e a participação estudantil por meio da UNE (União<br />
Nacional dos Estudantes) são exemplos.<br />
O crescimento econômico e a <strong>de</strong>stinação dos seus<br />
resultados eram <strong>de</strong>batidos e questionados.<br />
O segundo momento (1961-1964) correspon<strong>de</strong> à época <strong>de</strong><br />
crise, culminando com o golpe <strong>de</strong> Estado em 1964. Passase<br />
do <strong>de</strong>senvolvimentismo para o reformismo.<br />
Aumentaram as disparida<strong>de</strong>s sociais e econômicas,<br />
regionais e setoriais. Aos poucos os conteúdos artísticos,<br />
culturais e políticos do movimento anterior colocam à tona<br />
esta contradição entre um país rico e uma socieda<strong>de</strong> tão<br />
pobre.<br />
Dessa forma, nesse segundo período, torna-se legítimo<br />
afirmar-se a existência <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> politização das<br />
manifestações artísticas, que se expressa sobretudo na<br />
música popular, com canções <strong>de</strong> protesto, na literatura e<br />
na dramaturgia engajada, que tem por finalida<strong>de</strong>, entre<br />
outros aspectos, <strong>de</strong>nunciar os problemas, conscientizar<br />
com vistas a promover uma mobilização popular e<br />
apresentar-se também como uma estética alternativa à<br />
cultura norte-americana, que, naquela época, já possuía<br />
uma significativa presença no cenário cultural brasileiro.<br />
12) Alternativa: B