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Figuras da história de Loriga

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(1925) e na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> expandir as ven<strong>da</strong>s dos tecidos que nesta locali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

se fabricavam e ain<strong>da</strong> para estarem mais perto dos clientes na Beira Baixa,<br />

para on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stinava a gran<strong>de</strong> parte dos mesmos, compraram uma loja <strong>de</strong><br />

mercearia na Covilhã, centro industrial por excelência, alterando a<br />

gerência <strong>da</strong> dita casa comercial com o sócio António Nunes Luis, um mês na<br />

Covilhã e outro em <strong>Loriga</strong>.<br />

Esta casa comercial na Covilhã viria a encerrar em 1935, passando a<br />

Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> a ter os seus negócios sediados apenas em <strong>Loriga</strong>. Entretanto<br />

esta socie<strong>da</strong><strong>de</strong> é extensiva a mais familiares, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

expandirem um pouco mais na industria <strong>de</strong> lanifícios, tendo nesse mesmo ano<br />

arren<strong>da</strong>do a Fábrica <strong>da</strong> Redondinha (Augusto Luis Men<strong>de</strong>s & Comp.). Os sócios<br />

nomearam-no como gerente <strong>da</strong> dita fábrica, funções que viria a <strong>de</strong>sempenhar<br />

até 1953.<br />

Foi também um dos sócios fun<strong>da</strong>dores <strong>da</strong> fábrica Nunes Brito & Comp., cria<strong>da</strong><br />

em <strong>Loriga</strong> no mês <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1948, que nessa época passou a ser uma<br />

<strong>da</strong>s mais mo<strong>de</strong>rnas.<br />

No ano <strong>de</strong> 1939 acontece o falecimento <strong>de</strong> sua esposa, Maria José Nunes<br />

Brito (28.10.1887 - 15.6.1939) com a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 51 anos, uma mulher muito<br />

sensível no seu trato e dota<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma inteligência pouco vulgar para a<br />

época on<strong>de</strong>, o seu gran<strong>de</strong> sentido <strong>de</strong> administração, contribuiu parte muitos<br />

dos êxitos nos negócios do marido. A morte <strong>de</strong> sua esposa foi um duro golpe<br />

que abalou profun<strong>da</strong>mente o Sr. António João.<br />

Esta figura <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> viria a falecer em 5 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1961, ficando<br />

esta Vila mais pobre ao ver <strong>de</strong>saparecer mais um dos seus maiores<br />

industriais que em muito contribuiu na divulgação e expansão <strong>da</strong> industria<br />

<strong>de</strong> lanifícios <strong>da</strong> sua terra.<br />

Carlos Simões Pereira<br />

1890 - 1977<br />

- 12 -<br />

Nasceu em <strong>Loriga</strong> em 9 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1890. Segundo se sabe, parece ter<br />

nascido para a música e, quando surge a i<strong>de</strong>ia <strong>da</strong> fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> nesta<br />

vila, passou logo a fazer parte <strong>de</strong>la, apren<strong>de</strong>ndo música com o mestre<br />

espanhol que viria a ser o primeiro regente.<br />

Eram tão gran<strong>de</strong>s as suas quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s para a música, que <strong>de</strong>pressa apren<strong>de</strong>u o<br />

suficiente e, em 1911, com apenas 21 anos, passou a ser o regente <strong>da</strong> Ban<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Loriga</strong> funções que viria a <strong>de</strong>sempenhar até 1914.<br />

Emigrou um dia tendo como <strong>de</strong>stino o Brasil, on<strong>de</strong> esteve sempre em contacto<br />

com a música, fazendo mesmo parte e sendo até regente <strong>de</strong> diversas tunas.<br />

Regressou a pedido <strong>da</strong> família mas, mais tar<strong>de</strong>, partiu novamente, <strong>de</strong>sta<br />

feita até ao Congo (África), mas só, que por lá, não esteve tão perto <strong>da</strong><br />

música como <strong>de</strong>sejaria.<br />

Regressou a Portugal e a <strong>Loriga</strong> por altura <strong>de</strong> 1937, e é ain<strong>da</strong> com mais<br />

intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> que se <strong>de</strong>dica à música, e entra novamente como músico na Ban<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> sua terra ocupando-se, também, a ensaiar o Grupo Coral <strong>da</strong> Igreja<br />

Matriz.<br />

Era homem <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro sentido <strong>de</strong> interpretação musical, exigente,<br />

disciplinado e educador, ficando para sempre ligado como uma legen<strong>da</strong> pelas<br />

gerações <strong>de</strong> músicos que com ele muito apren<strong>de</strong>ram e, que a instituição<br />

musical <strong>de</strong>sta locali<strong>da</strong><strong>de</strong> muito lhe ficou a <strong>de</strong>ver. Pensou e reuniu uma

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