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O Sr. "Manuelzinho" como assim era chamado pelo povo, passou os últimos<br />
anos <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> em Lisboa. No entanto, nunca esqueceu a sua terra, on<strong>de</strong><br />
quis <strong>de</strong>scansar para sempre, junto dos seus pais, vendo <strong>Loriga</strong> partir em<br />
27.03.1989, um dos seus filhos que muito fez para o seu <strong>de</strong>senvolvimento e<br />
progresso.<br />
Herculano Brito Leitão<br />
1914 - 1997<br />
- 28 -<br />
Nasceu em <strong>Loriga</strong>; em 12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1914, e era filho <strong>de</strong> José <strong>de</strong> Brito<br />
Crisóstomo e <strong>de</strong> Maria do Anjos Leitão Brito.<br />
Um ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro bairrista que, apesar <strong>de</strong> estar afastado <strong>da</strong> sua terra,<br />
tinha-a junto ao coração e queria para ela o que <strong>de</strong> melhor pu<strong>de</strong>sse haver.<br />
Sempre que tinha conhecimento <strong>da</strong>s várias carências existentes em <strong>Loriga</strong>,<br />
tudo fazia para conseguir que essa carência fosse ultrapassa<strong>da</strong> estivesse<br />
on<strong>de</strong> estivesse.<br />
Notabilizou-se por ser o gran<strong>de</strong> impulsionador e fun<strong>da</strong>dor dos Bombeiros<br />
Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, uma <strong>da</strong>s carência existentes na sua terra,<br />
concretizando, assim, não só o seu sonho, como todos os loriguenses.<br />
Homem amigo do seu amigo, era <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias firmes e claras, colocando nos<br />
seus objectivos as i<strong>de</strong>ias em que acreditava. Os Bombeiros para <strong>Loriga</strong> eram<br />
uma priori<strong>da</strong><strong>de</strong> mas, para a pôr em prática, teve que percorrer um longo<br />
caminho, dirigindo-se aos organismos competentes, vencer a burocracia,<br />
socorrer-se <strong>de</strong> gente influente, e <strong>de</strong>bater-se também com algumas<br />
frustações. Contudo, no final, viu o seu trabalho recompensado com a<br />
fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Associação do Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, em 16 <strong>de</strong> Abril<br />
<strong>de</strong> 1982, o maior organismo criado em <strong>Loriga</strong> nas últimas déca<strong>da</strong>s.<br />
Tinha apenas 12 anos quando foi para o Brasil, na companhia <strong>da</strong> sua<br />
família, passando a viver na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém-Pará. Por lá se manteve<br />
durante 25 anos, não esquecendo nunca a sua terra, notabilizando-se também<br />
em iniciativas em prol <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>.<br />
Regressou a <strong>Loriga</strong> na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1940, tendo fun<strong>da</strong>do na sua terra a<br />
Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Industrial <strong>de</strong> Malhas e a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Comercial Irmãos Leitão L<strong>da</strong>.<br />
Mais tar<strong>de</strong> partiu para Lisboa on<strong>de</strong> se fixou, para tempos <strong>de</strong>pois se radicar<br />
em Santarém on<strong>de</strong> permaneceu largos anos.<br />
Do casamento com D.Inadina Ferreira Leitão, tiveram dois filhos António<br />
José Ferreira Leitão e Maria <strong>de</strong> Fátima Ferreira Leitão. Viria a ter um<br />
segundo casamento com Maria Eugénia Ma<strong>de</strong>ira Pereira Leitão.<br />
Depois <strong>de</strong> ter concretizado o sonho dos Bombeiros <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>, num novo<br />
<strong>de</strong>safio se envolveu. Desta vez, era no projecto <strong>de</strong> um Jornal para <strong>Loriga</strong>,<br />
uma i<strong>de</strong>ia pela qual também muito viria a lutar, sem no entanto po<strong>de</strong>r ver a<br />
sua concretização.<br />
Apesar <strong>de</strong> ter a convicção <strong>de</strong> que o projecto do Jornal não seria fácil, não<br />
era, no entanto pessoa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistir logo que surgissem os primeiros<br />
obstáculos. Mas também foi certo, que estaria longe <strong>de</strong> imaginar as<br />
complica<strong>da</strong>s barreiras que lhe apareceram pelos caminho e que foram<br />
difíceis <strong>de</strong> ultrapassar, e que contribuíram para atrasar todo esse<br />
processo, nunca chegando a concluir o sonho então i<strong>de</strong>alizado que era o