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Figuras da história de Loriga

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ealizou-se para a sua terra natal, on<strong>de</strong> ficou sepultado no cemitério<br />

local.<br />

<strong>Loriga</strong> ficou mais pobre ao ver <strong>de</strong>saparecer mais um dos seus industriais,<br />

que muito fez pela sua terra e que tanto adorava.<br />

Adélia Alves Martins<br />

1929 - 1974<br />

Nasceu em <strong>Loriga</strong>, no dia 2 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1929, era filha <strong>de</strong> António Alves<br />

Martins e <strong>de</strong> Maria Emília Duarte Jorge.<br />

Des<strong>de</strong> muito nova se começou a <strong>de</strong>stacar como cozinheira, numa maneira<br />

própria <strong>de</strong> muito bem confeccionar a comi<strong>da</strong> regional.<br />

Os seus dotes culinários eram muitos reconhecidos não só em <strong>Loriga</strong>, mas<br />

também pelas outras terras <strong>da</strong> região, para on<strong>de</strong> era solicita<strong>da</strong> com<br />

regulari<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Cozinhava para bo<strong>da</strong>s ou outros eventos, sendo a mais nova <strong>da</strong>s cozinheiras<br />

a trabalhar para a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> em <strong>Loriga</strong>. Tal como era usual nesses tempos,<br />

nunca também fazia preço pelo trabalho que executava, aceitando o que as<br />

pessoas lhe queriam <strong>da</strong>r, sendo que, muitas vezes, o pagamento consistia<br />

apenas em mercearias.<br />

Muito <strong>de</strong>vota e religiosa, teve sempre presente o cumprimento dos <strong>de</strong>veres<br />

<strong>da</strong> Igreja, tendo pertencido à JOCF e à LOCF, logo após a fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>stes<br />

organismos em <strong>Loriga</strong>, pelo Sr. Padre António Roque Abrantes Prata, Pároco<br />

nesta vila (1944-1966).<br />

Foi a primeira cozinheira do Restaurante Império em <strong>Loriga</strong>, quando este<br />

foi inaugurado em 1972 on<strong>de</strong>, durante o tempo que ali trabalhou, a comi<strong>da</strong><br />

que confeccionava, era bastante aprecia<strong>da</strong> pelas pessoas que vinham <strong>de</strong><br />

fora.<br />

Teve sempre a preocupação <strong>de</strong> transmitir aos outros os seus conhecimentos<br />

<strong>de</strong> culinária e, por isso mesmo, os seus ensinamentos vieram a tornar-se<br />

muito úteis, para as pessoas que com ela muito apren<strong>de</strong>ram.<br />

Mãe <strong>de</strong> doze filhos, muito carinhosa e esposa resigna<strong>da</strong> pelo infortúnio <strong>da</strong><br />

doença do marido, viria a morrer relativamente nova, após doença<br />

prolonga<strong>da</strong>, <strong>de</strong>ixando seus filhos ain<strong>da</strong> muito novos e, quando ain<strong>da</strong> tinha<br />

muito para <strong>da</strong>r à família e também à gastronomia loriguense.<br />

Faleceu em 20 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1974, sendo sepulta<strong>da</strong> no cemitério local, on<strong>de</strong><br />

muitos loriguenses se <strong>de</strong>slocaram acompanhando-a até à sua última mora<strong>da</strong>,<br />

num funeral <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro pesar, vendo <strong>Loriga</strong>, <strong>de</strong>saparecer para sempre,<br />

uma <strong>da</strong>s suas cozinheiras, que <strong>de</strong>ixou em todos, recor<strong>da</strong>ções e sau<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

A<strong>de</strong>lino Moura Galvão<br />

1929 - 1990<br />

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