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qual se associou muito povo, recebendo também muitas ofertas em nome <strong>da</strong><br />
Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Loriguense.<br />
Faleceu subitamente em <strong>Loriga</strong>, em Janeiro <strong>de</strong> 1976 com a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 56<br />
anos.As cerimónias fúnebres foram presidi<strong>da</strong>s pelo senhor Bispo <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>,<br />
D. Policarpo <strong>da</strong> Costa Vaz, concelebrando com muitos sacerdotes que se<br />
<strong>de</strong>slocaram a <strong>Loriga</strong>. O funeral realizou-se para o cemitério local, on<strong>de</strong> se<br />
incorporaram muitas pessoas que o acompanharam à última mora<strong>da</strong>, on<strong>de</strong> ficou<br />
sepultado.<br />
Carlos Pinto Ascensão<br />
1922 - 1997<br />
- 44 -<br />
Nasceu em <strong>Loriga</strong> no dia 25 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1922, on<strong>de</strong> também frequentou a<br />
escola primária, filho <strong>de</strong> Joaquim Pinto Ascensão e <strong>de</strong> Amélia <strong>de</strong> Jesus<br />
Florêncio. Com 13 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> seguiu para o Seminário tendo passado por<br />
Santarém, Alma<strong>da</strong> e Olivais. Anos mais tar<strong>de</strong> abandonou a vi<strong>da</strong> eclesiástica<br />
e, no ano <strong>de</strong> 1944, ingressou como funcionário na Casa Pia <strong>de</strong> Lisboa.<br />
Entregando-se ao trabalho <strong>de</strong> educação dos adolescentes especialmente aos<br />
<strong>de</strong>ficientes visuais e auditivos, foi ocupando nesta instituição sempre<br />
cargos <strong>de</strong> relevância, on<strong>de</strong> foi também granjeado a simpatia geral, vindo<br />
mesmo a ocupar funções directivas, nomea<strong>da</strong>mente no Instituto Jacob<br />
Rodrigues Pereira, tendo sido também Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação Portuguesa<br />
<strong>de</strong> Professores e Técnicos <strong>de</strong> Reabilitação <strong>de</strong> Surdos.<br />
Personali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecido prestígio no plano internacional, viajou por<br />
todo o mundo em representação <strong>da</strong> Casa Pia, sempre com gran<strong>de</strong> sentido do<br />
cumprimento do <strong>de</strong>ver. Foi representante <strong>de</strong> Portugal no BIAP - Bureau<br />
Internacional <strong>de</strong> Audiophonologie, sendo por sua iniciativa cria<strong>da</strong> uma<br />
Comissão Internacional a que presidiu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua criação.<br />
Ao longo <strong>da</strong> sua carreira escreveu muito, principalmente dos temas que ele<br />
tão bem conhecia relacionados com o <strong>de</strong>ficiente, colaborando em vários<br />
jornais e revistas <strong>de</strong>stacando-se entre outros:- Diário popular; A Capital;<br />
o Diário <strong>de</strong> Noticias e a Flama.<br />
Dedicando to<strong>da</strong> a sua vi<strong>da</strong> àquela Instituição, apesar <strong>de</strong> aposentado em 1992<br />
a ela continuou ligado como Director <strong>da</strong> Revista <strong>da</strong> Casa Pia <strong>de</strong> Lisboa e<br />
também como Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação Portuguesa <strong>de</strong> Professores e Técnicos<br />
<strong>de</strong> Reabilitação <strong>de</strong> Surdos.<br />
Era por vezes acusado <strong>de</strong> ter esquecido <strong>Loriga</strong>, ao que ele respondia "Que<br />
se lembrava <strong>da</strong> sua terra todos os dias, e se há quem pense que ser<br />
bairrista é estar sempre presente em cima <strong>da</strong> terra, ser bairrista é fazer<br />
pela terra tudo quanto se po<strong>de</strong> sem se esquecer <strong>de</strong>la".<br />
Foi um dos fun<strong>da</strong>dores do Jornal "A Neve" em 1949, tendo colaborado com os<br />
seus escritos nos programas <strong>da</strong>s Festas <strong>da</strong> Vila realiza<strong>da</strong>s na déca<strong>da</strong> 50 e<br />
60, escrevendo ain<strong>da</strong> alguns artigos no Jornal "Garganta <strong>de</strong> <strong>Loriga</strong>" nestes<br />
tempos mais recentes.<br />
Em 17 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1993, no Palácio <strong>da</strong> Aju<strong>da</strong>, o Dr. Carlos Ascensão recebeu<br />
<strong>da</strong>s mãos do então Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, Dr. Mário Soares, as insígnias<br />
<strong>de</strong> Comen<strong>da</strong>dor <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Mérito, numa consagração oficial e pública <strong>de</strong><br />
uma vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>dica<strong>da</strong> à soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Faleceu no dia 23 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1997, vendo <strong>Loriga</strong> partir um dos seus