conto crônica poema coelho de moraes 1 - Página de Ideias
conto crônica poema coelho de moraes 1 - Página de Ideias
conto crônica poema coelho de moraes 1 - Página de Ideias
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>conto</strong> <strong>crônica</strong> <strong>poema</strong> <strong>coelho</strong> <strong>de</strong> <strong>moraes</strong><br />
BOMBA!!!<br />
D. SEBASTIÃO RETORNA DE ALCÁCER-KIBIR<br />
do correspon<strong>de</strong>nte Amenófis Pinto<br />
África ( UPI ) – A notícia caiu como uma bomba em Porto Calle. O amado Don Sebastião, dado como<br />
morto na batalha <strong>de</strong> Alcácer-Kebir, após centenas <strong>de</strong> anos, retorna mais jovial do que nunca,<br />
reclamando tronos e vantagens.<br />
Veio diretamente para a Colônia e hoje o encontramos às portas dos gabinetes governamentais<br />
requisitando o po<strong>de</strong>r que era seu <strong>de</strong> herança e <strong>de</strong> direito e <strong>de</strong> fato – tudo ao mesmo tempo –<br />
mandando que um tal Fernando caia fora – imediatamente – do trono português.<br />
As autorida<strong>de</strong>s européias não querem facilitar a coisa para o fantasmagórico Rei e afirmam que lutarão<br />
nas cortes <strong>de</strong> todo o mundo para a manutenção do status quo daquelas regiões.<br />
D. Sebastião, logo ao chegar, tomara posse <strong>de</strong> terras em Brasília e na Bahia, <strong>de</strong>terminando um Reino<br />
Algarviano na faixa que liga as duas capitanias. Com ele vieram 2 638 soldados muito bem treinados e<br />
mais 1200 mercenários africanos que se aliaram ao reaparecido monarca durante esses anos todos.<br />
Para esse bando <strong>de</strong> gente burra que não sabe nada, D. Sebastião, também conhecido como "o<br />
Desejado", foi o décimo sexto rei <strong>de</strong> Porto Calle, filho do príncipe D. João e sua Mulher D. Joana, o que<br />
até hoje é motivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates e seminários, o fato <strong>de</strong>le ser filho <strong>de</strong> sua própria mulher e ao mesmo<br />
tempo um homem traído. Isso fez com que ele se enfronhasse nas guerras.<br />
Quando alcançou a maiorida<strong>de</strong>, empreen<strong>de</strong>u expedições a Tanger e a Ceuta, <strong>de</strong>saparecendo na<br />
batalha <strong>de</strong> Alcácer-Kebir que é uma cida<strong>de</strong> (alcácer – the castle - o castelo) do Marrocos mais ou<br />
menos do tamanho <strong>de</strong> Casa Branca.<br />
Estamos todos aflitos à espera <strong>de</strong> uma invasão.<br />
O exército se manifesta e se põe <strong>de</strong> prontidão. O TG <strong>de</strong> Mococa está emprestando uma artilharia<br />
pesada para impedir a entrada do monarca em terras mocoquenses. Foi pedida a ajuda <strong>de</strong> El Cid, el<br />
spaniol, que sabe falar e comer muitas línguas.<br />
A guerra parece iminente!<br />
Amenófis Pinto, Irmão <strong>de</strong> Akenathon Pinto, envia do Continente Africano notícias fresquinhas sobre o<br />
mundo mo<strong>de</strong>rno, o <strong>de</strong> 500 anos atrás. Como ainda não mandou nenhuma fotografia sua para a<br />
redação, não sabemos nem como ele é. Mas para não <strong>de</strong>ixar você, leitor, sem nenhuma figura para<br />
abstrair, fica valendo esta mandala. Sem trocadilhos, evite criticar esta matéria e mandá-la para o Cabo<br />
das Tormentas ou, como é chamado nesta porção oci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> terra, "on<strong>de</strong> o Judas per<strong>de</strong>u as botas",<br />
ou as meias (que é mais longe) ou, coisa que o valha.<br />
16