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conto crônica poema coelho de moraes 1 - Página de Ideias

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<strong>conto</strong> <strong>crônica</strong> <strong>poema</strong> <strong>coelho</strong> <strong>de</strong> <strong>moraes</strong><br />

UMA ABORDAGEM SEMÂNTICA E FILOSÓFICA<br />

SOBRE A PALAVRA BOSTA<br />

Dr. Boiardo Masca-Aranias<br />

Boiardo Masca-Aranias é terapeuta psicofísicopropedêutico e tem como lema "LEVAR A VIDA BOIANDO", ao invés<br />

<strong>de</strong> "flauteando", como era <strong>de</strong> se esperar. numa região inóspita da Austrália e vive <strong>de</strong> recuperar cangurus<br />

estressados.<br />

A palavra BOSTA nos remete a estudos especializados da linguagem humana. Em<br />

muitos momentos ela reflete o DaSein (ou seja, o ser <strong>de</strong> si mesmo, enquanto outro); em<br />

outros muitos momentos ela é negativa e bastante plástica na sua textura, o que nos faz<br />

pensar em material em <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> uma Psiché conturbada. Somando-se esses muitos<br />

momentos, vimos que <strong>de</strong>u mais <strong>de</strong> 130% e que alguma coisa nessa conta <strong>de</strong>ve estar errada.<br />

Como Filosofia e Semântica não são Matemática, por enquanto, tanto faz.<br />

A origem da palavra BOSTA remonta à antigüida<strong>de</strong>. Não se encontrou nenhuma referência a<br />

ela no futuro. O que mais se aproxima <strong>de</strong> BOSTA é uma referência a Boeotarches que foi uma<br />

dos principais magistrados da Beócia ou Boeotia (a letra "t" falada com uma leve sibilância, um<br />

quase c). A Boeotia era uma província central da Grécia (Héla<strong>de</strong>) continental.<br />

Lá viviam os Beócios, e consta que eram muito burros, daí o epíteto.<br />

De Beócio para Beostios foi um "t" na cara.<br />

Outros povos — certamente os bárbaros que não sabiam falar bla-blá-blá, mas<br />

somente bar-bar-bar — não sabendo ou não po<strong>de</strong>ndo falar: — "Beostios!", acabaram por<br />

falar: "Bóstos!", don<strong>de</strong> a possível origem <strong>de</strong>sse vernáculo curioso e, não vai aquí, nem alí, nem<br />

acolá, trocadilho algum, se é que o caríssmo leitor está pensando nisso.<br />

Uma outra referência, no entanto, muda a geografia da coisa.<br />

Encontraremos em Cartago um certo Bóstar, a<strong>de</strong>strador <strong>de</strong> bois (bos) e iniciador das atuais<br />

touradas <strong>de</strong> Madrid. Naquela época eram as Bostárias <strong>de</strong> Cartago muito concorridas, tanto<br />

que Asdrúbal e Aníbal — os irmãos Barca — não perdiam uma, só que teimavam em correr<br />

com elefantes. Pagavam uma multa e corriam. Podiam per<strong>de</strong>r corrida <strong>de</strong> elefantes mas as<br />

Bostárias <strong>de</strong> Cartago, nunca! Sempre aos domingos. Hoje conseguimos dizer: "Isso é uma<br />

bosta!", e queremos dizer que aquilo não passa <strong>de</strong> uma bosta mesmo.<br />

Também falamos: "Bom por bosta!", e que po<strong>de</strong>mos nos referir a um elogio apreciável,<br />

<strong>de</strong> alguém que por coisa pouca, e sem esperar nada em troca, pratica o bem. É que BOSTA é<br />

um vocábulo muito rico.<br />

Vejam bem: Em 1630 os puritanos chegaram aos Estados Unidos e fundaram uma<br />

cida<strong>de</strong> entre os Rios Charles e Mistic. Traziam muitos carneiros — não me perguntem como<br />

— e tais carneiros eram muito cagadores. Encheram aquelas cercanias <strong>de</strong> bosta <strong>de</strong> carneiro,<br />

toneladas e toneladas <strong>de</strong> um adubo excrementoso, importado da Europa. Foi então que surgiu<br />

a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Boston e todos os produtos que po<strong>de</strong>m vir <strong>de</strong> um centro como esse, tendo como<br />

exemplo a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Harvard. Harvard é pura Boston!<br />

Assim, caros leitores e pesquisadores, findaremos o nosso brevíssimo estudo sobre a<br />

origem da palavra BOSTA e esperamos que — como essa não é uma obra fechada — que nos<br />

enviem, pelo correio eletrônico, mais informações sobre tão sugestivo tema.<br />

Sabemos que há BOSTA para o mal e BOSTA para o bem.<br />

Mas, esse já é um conjunto <strong>de</strong> idéias a serem <strong>de</strong>senvolvidas com o auxílio <strong>de</strong> um certo<br />

Teodoro, <strong>de</strong> São João da Boa Vista, que está escrevendo um ensaio que versa sobre as quinze<br />

mil maneiras <strong>de</strong> se falar a palavra BOSTA.<br />

Até mais.<br />

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