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Carlos Manuel da Silva Gonçalves EMERGÊNCIA E ...

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fiscais de serviços contabilísticos e "comissários de contas" de empresas<br />

industriais e comerciais eram algumas dessas funções.<br />

Entretanto, a conjugação <strong>da</strong>s alterações introduzi<strong>da</strong>s pela Reforma do<br />

ensino técnico de 1931 - criação do curso de contabilista com a duração de 4<br />

anos e do curso complementar de comércio leccionado nas escolas comerciais<br />

igualmente de 4 anos - com a passagem de 5 para 6 anos do 2 o ciclo do ensino<br />

liceal, em 1936, originou uma situação paradoxal ao nível do sistema de ensino.<br />

Os contabilistas diplomados pelos IC apresentavam a seguinte trajectória<br />

educativa, após a conclusão <strong>da</strong> instrução primária: 4 anos do curso complementar<br />

feito nas escolas comerciais, mais 4 anos do curso nos IC, perfazendo um total de<br />

8 anos. Se o aluno entrasse nos IC com o 2 o ciclo dos liceus, depois de 1936,<br />

concluindo o curso de contabili<strong>da</strong>de passados 4 anos, perfazia um total de 10<br />

anos de escolari<strong>da</strong>de. Os licenciados pelo ISCEF que tivessem prosseguido<br />

sempre a via do ensino técnico teriam frequentado igualmente o curso<br />

complementar, nos IC realizavam os 2 anos do curso de admissão e<br />

posteriormente os 4 anos deste Instituto ou então no mínimo 5, se quisessem<br />

obter a aprovação em to<strong>da</strong>s as secções, o que totalizava 10 ou 11 anos. Outra<br />

trajectória subsistia recorrentemente: os alunos possuíam o 7 o ano dos liceus e<br />

prosseguiam depois o ISCEF, sendo o total de anos de estudo, pós primária, de<br />

11 ou 12 anos com to<strong>da</strong>s as secções.<br />

O exercício comparativo entre aqueles 4 trajectos educativos permite-nos<br />

destacar dois pontos. Em primeiro, a obtenção do diploma de contabilista era<br />

penalizante para os alunos provenientes do liceu. Com o mesmo tempo de<br />

escolari<strong>da</strong>de, 10 anos ou então 11, finalizava-se a licenciatura do ISCEF. A<br />

consequência foi visível a partir de 1936, traduzindo-se na redução do número de<br />

alunos que se transferiam do liceu para o ensino médio comercial 115 . Em segundo,<br />

Cf. "Relatório <strong>da</strong> Comissão <strong>da</strong> Reforma do Ensino Técnico", in Escolas Técnicas, n°s 3 e 4,<br />

1947, p. 256.<br />

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