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Informação, Cultura e Livre Expressão - Alumiar

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IMPRESSO<br />

Peregrino<br />

<strong>Informação</strong>, nformação, <strong>Cultura</strong> ultura e e <strong>Livre</strong> ivre <strong>Expressão</strong> xpressão<br />

www.jperegrino.com.br 1ª edição - Maio / 2000 Ribeirão Preto - SP - Ano V - Nº 7 - Novembro/2004 - R$ 1,00<br />

Vamos falir a Roubrasil S.A.?<br />

Após a relevante aprovação da volta dos bingos, o Congresso<br />

acena na pauta com uma decisiva proposta para o País, a ser<br />

votada em breve: a criação de 13 novos Estados (sim, amigo<br />

leitor, E-S-T-A-D-O-S da Federação), num pacote que já vem<br />

até com nome e embalagem, onde se destacam pérolas como<br />

Maranhão do Sul e São Paulo do Leste, dentre outras...<br />

PÁGINA 6<br />

FALAR BEM... a Língua Portuguesa.<br />

Ela teve duas GRAVIDEZ difíceis?<br />

Lamentável, Prezado Leitor. Mas não posso deixar de contribuir<br />

com suas GRAVIDEZES, pelo menos no que diz respeito à<br />

Língua Portuguesa.<br />

O correto é GRAVIDEZES.<br />

Lembre-se que também temos o plural de invalidez(es),<br />

mesquinhez(es), estupidez(es)...<br />

PÁGINA 4<br />

Florais de Bach<br />

Perguntas freqüentes<br />

13 - Sei que é indicado colocar-se no máximo cinco florais no<br />

mesmo frasco. Mas quero saber qual a coisa certa a fazer se<br />

alguém necessita mais do que cinco florais? É correto colocarse<br />

os outros florais em outro frasco e tomá-los alternadamente?<br />

O que vocês sugerem?...<br />

PÁGINA 12<br />

DOULA – Uma nova luz no nascimento<br />

Certamente você nunca ouviu falar em doula. Ainda não presente<br />

nos dicionários da maioria dos brasileiros, a palavra “doula”<br />

vem do grego e significa “mulher que serve”, sendo hoje utilizada<br />

para referir-se às Acompanhantes de Parto - mulheres com<br />

experiência no nascimento que dão suporte físico, informativo<br />

e emocional a outras mulheres antes, durante e após o<br />

nascimento...<br />

PÁGINA 4<br />

Una burla a los verdaderos escritores<br />

Una burla, una gran burla a la creación, al esfuerzo y a “ese<br />

querer creer en la transparencia de los concursos literarios”.<br />

Puedo ser yo - y muchos otros escritores chilenos o de otro país<br />

- excelente escritora, excelente poetisa, puedo tener cuentos,<br />

poemas sociales, de amores, crónicas duras y que acusan a<br />

culpables.- He ahí la razón...<br />

Acupuntura e Doenças Psicossomáticas<br />

PÁGINA 9<br />

A acupuntura é com certeza um dos mais antigos tratamentos<br />

para as doenças psicossomáticas.<br />

Os textos antigos de acupuntura afirmam que se o psiquismo<br />

estiver em paz, equilibrado, o ser estará menos sujeito e até<br />

mesmo isento de doenças, mesmo as de origem externa, pois<br />

ele não contrairá doenças, mesmo contagiosas...<br />

PÁGINA 5<br />

PIMENTA-DA-JAMAICA<br />

Pimenta dioica<br />

Este condimento foi encontrado pelos<br />

colonizadores espanhóis nas terras da<br />

América Central e México e chamou<br />

atenção pelo seu aroma característico...<br />

PÁGINA 7


2 Peregrino<br />

<strong>Informação</strong>, <strong>Cultura</strong> e <strong>Livre</strong> <strong>Expressão</strong><br />

Editorial<br />

A morte como tema nunca é coisa bem aceita.<br />

Parece que a moira torta, a ceifadora é algo distanciado<br />

de nós anos-luz. Ela atinge os vizinhos e é tudo muito<br />

triste, porém nós somos imunes. Pois é. Que ironia!<br />

Morremos todos os dias na medida em que<br />

envelhecemos e que células velhas vão-se embora.<br />

Morrem pequenas e grandes coisas. Morrem nossas<br />

ilusões, morrem muitas vezes nossas esperanças. Tudo<br />

que é vivo morre. Estamos atrelados à morte desde<br />

que nascemos. Ainda assim fazemos um esforço<br />

danado para ludibriá-la, boicotando a velhice,<br />

afastando-a de nossos pensamentos.<br />

Dizem que há muito tempo um homem, que tinha<br />

doze filhos, engravidou a mulher pela décima terceira<br />

vez. Ele não tinha um padrinho para ser escolhido já<br />

que houvera escolhido todos da cidade. Pensou e<br />

pensou e resolveu escolher a morte como sua comadre.<br />

Afinal de contas era vantagem escolher a morte. Quem<br />

sabe seu filho pudesse escapar-lhe e tornar-se eterno.<br />

Assim foi. A morte tornou-se madrinha do rapaz.<br />

Passaram-se os anos e ele tornou-se médico. A<br />

madrinha ofereceu-lhe uma erva curadora e explicoulhe<br />

que todos que a tomassem seriam curados, porém<br />

se ao visitar o doente ela estivesse na cabeceira da cama, nada poderia ser<br />

feito. Durante anos tudo funcionou e o rapaz tornou-se famoso.<br />

Porém - há sempre um porém nas estórias - um dia o médico foi atender<br />

o rei e viu a morte à sua cabeceira. Simplesmente ele girou a cama e o<br />

doente se curou. A morte não gostou nem um pouco, mas deixou passar.<br />

Posteriormente a filha do rei adoeceu e ele proclamou que quem a curasse,<br />

casaria com ela. Lá foi o doutor e quem ele viu: a morte plantada na<br />

cabeceira da cama. E o que ele fez: virou a cama.<br />

A morte ficou possessa, mas não disse nada. Ela o convidou para<br />

conhecer uma caverna profunda onde mostrou as velas que representavam<br />

as vidas na terra. Lá estava a vela do médico luzindo fracamente. Ele<br />

pediu para a madrinha que trocasse a vela por uma de chama alta e ela<br />

disse que sim. Fingindo que ia fazer a troca ela assoprou a chama da vela<br />

do afilhado. No mesmo instante, ele caiu morto.<br />

JPeregrino Comunicação Visual Ltda.<br />

Direção<br />

José Roberto Ruiz - MTb 36.952<br />

Redatora<br />

Mariza Helena R. Facci Ruiz<br />

redacao@jperegrino.com.br<br />

Mariza Helena<br />

marizahrfruiz@jperegrino.com.br<br />

Temas Abordados<br />

Arte (Música, Pintura, Escultura, Arquitetura, Cinema), Ecologia, Misticismo,<br />

Ciência, Filosofia, Psicologia, História, Mitologia, Museus, Povos, Países<br />

e Costumes, Saúde, Literatura e outros que se enquadrem na filosofia de<br />

nosso periódico.<br />

WebDesign<br />

Francisco G. R. Ruiz<br />

Impressão<br />

Gráfica Spaço<br />

As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade<br />

de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação<br />

explícita neste sentido.<br />

Endereço para correspondência:<br />

Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - City Ribeirão - Ribeirão Preto - SP<br />

14021-520 - Telefone: (0**16) 621 9225 / 9992 3408<br />

Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: falecom@jperegrino.com.br<br />

<strong>Informação</strong>, <strong>Cultura</strong> e <strong>Livre</strong> <strong>Expressão</strong><br />

Como se as tâmaras<br />

e as palmeiras desistissem<br />

do lento crescimento<br />

e na semente da semente<br />

- por não suportar o futuro -<br />

o presente detonassem,<br />

como se as cabras<br />

o leite das crias<br />

na areia urinassem,<br />

como se no poço<br />

a possibilidade<br />

de água se esgotasse<br />

e no deserto a sede<br />

fosse tanta,<br />

que o sedento<br />

o oceano incendiasse,<br />

como se a travessia<br />

a nenhuma saída<br />

levasse,<br />

como se a terra prometida<br />

fosse estéril areia<br />

que nenhum oásis<br />

abrigasse,<br />

como o narrador<br />

que pelo fim<br />

sua estória contasse<br />

e o autor<br />

que pusesse o epílogo<br />

no lugar do prefácio,<br />

o homem-bomba<br />

não é um simples suicida,<br />

é aquele que pela morte<br />

decide<br />

inaugurar sua vida.<br />

O homem-bomba<br />

é o jardineiro<br />

que arranca a planta<br />

como se a plantasse<br />

que apaga a própria luz<br />

como se nele algo<br />

se iluminasse.<br />

Não bastasse<br />

o homem-bomba<br />

ejaculando estilhaços<br />

apunhando-se a si mesmo<br />

JPeregrino<br />

Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

O HOMEM BOMBA<br />

quando o amante<br />

da mulher encontrasse,<br />

há nele outra face<br />

a mulher<br />

grávida de bomba<br />

que chega à rua ou praça<br />

como se à maternidade<br />

chegasse,<br />

de cujo útero explosivo<br />

fecundada<br />

a morte nasce.<br />

O que é preciso<br />

para destampar o pino<br />

de uma jovem bomba-viva?<br />

O que no adolescente<br />

já explodiu<br />

quando nele<br />

sob a primeira barba<br />

a bomba entumece<br />

ativa?<br />

Noutras terras<br />

diante da conjuntura<br />

ninguém diz:<br />

meu filho está se formando<br />

e pretende explodir<br />

na formatura.<br />

Noutras terras<br />

ninguém diz:<br />

meu filho<br />

decidiu formar-se<br />

em arquitetura:<br />

mas seu projeto<br />

é projetar-se pela morte<br />

na utopia futura.<br />

Noutras terras<br />

ninguém diz:<br />

meu filho sairá essa noite<br />

para uma bela aventura.<br />

vai dar tremenda festa<br />

dentro e ao redor<br />

de sua sepultura.<br />

Affonso Romano de<br />

Sant’Anna<br />

santanna@novanet.com.br<br />

Errata<br />

Na edição do mês anterior por equívoco de nossa parte, deixamos de<br />

colocar a autora do texto - Reiki - sua Origem, Níveis, Benefícios e<br />

Princípios, que é a Dra. Claudete França, pelo que pedimos desculpas<br />

aos nossos leitores e a Dra. Claudete França.<br />

(16) 621 9225 /<br />

Comunicação Visual Ltda. 9992 3408<br />

e-mail: falecom@jperegrino.com.br


Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

O ISOLAMENTO SOCIAL<br />

DA PERDA AUDITIVA<br />

O estresse e a falta de paciência<br />

são comuns atualmente. Quanto<br />

mais a humanidade tem evoluído,<br />

o convívio social, principalmente no<br />

âmbito familiar, inexoravelmente<br />

tornou-se parte de um plano<br />

secundário.<br />

Não podemos negar que estamos<br />

sempre sem tempo para olharmos<br />

mais atentamente aqueles que<br />

fazem parte da nossa vida. Se na<br />

maioria das vezes deixamos de lado<br />

os que julgamos não precisarem de<br />

uma atenção especial, imagine<br />

então, como estamos tratando os<br />

que necessitam de um pouco mais<br />

de carinho.<br />

Infelizmente, as<br />

vítimas são as<br />

pessoas que de<br />

um modo ou de<br />

outro não estão<br />

dentro da normalidade<br />

com<br />

parte dos seus<br />

“sentidos”.<br />

Desta feita,<br />

vou detalhar apenas<br />

o caso dos<br />

que não ouvem<br />

bem. Sem me reportar diretamente<br />

à sua idade ou a causa da sua “Perda<br />

de Audição”, quero destacar apenas<br />

o fato de alguém que não pode<br />

participar de nosso dia-a-dia, por<br />

precisar de um “olhar” mais<br />

cuidadoso dos que vivem ao seu<br />

redor.<br />

Quase sempre, pelo fato de<br />

termos que, rotineiramente, repetir<br />

tudo o que dizemos para uma<br />

pessoa, a nossa falta de paciência,<br />

indiretamente, sem qualquer intenção<br />

de ferir, nos condiciona a<br />

afastar, ou pior, evitar um diálogo<br />

com aqueles que não podem mais<br />

nos ouvir com clareza.<br />

O isolamento social é a primeira<br />

causa da “Perda Auditiva”. O fato<br />

é que com o passar do tempo, outros<br />

distúrbios surgem na vida de quem<br />

sofre desse mal:- Depressão,<br />

desinteresse, solidão, angústia,<br />

desestímulo e a sensação de ser um<br />

enorme peso na vida dos que<br />

amamos são os principais problemas<br />

causados pela “Perda de<br />

Audição”.<br />

Precisamos prestar maior atenção<br />

a esse tipo de problema.<br />

Soluções simples como amor,<br />

carinho e paciência, são apenas o<br />

primeiro passo. È muito importante<br />

amenizar o sofrimento dos acometidos<br />

pela “Perda de Audição”.<br />

O avanço tecnológico está cada<br />

vez mais apresentando soluções<br />

para os que sofrem por não ouvirem<br />

bem. Uma prótese auditiva hoje em<br />

dia tem se tornado principal fator<br />

de reintegração social.<br />

Procure conhecer<br />

melhor como você<br />

pode se ajudar, ou<br />

auxiliar quem realmente<br />

precisa de<br />

você. Um simples<br />

aparelho pode tornar-se<br />

o único remédio<br />

para muitos,<br />

cuja esperança de ter<br />

uma vida normal já<br />

não existe mais.<br />

Todavia, nunca devemos nos esquecer<br />

que, apesar de tudo o que o<br />

nosso dinheiro puder comprar, o<br />

“amor” jamais deixará de ser o<br />

ingrediente principal para uma<br />

receita de vida harmoniosa. Viver<br />

em paz e feliz depende diretamente<br />

do quanto somos capazes de amar<br />

o próximo como a nós mesmos.<br />

Charles Berbare<br />

Biomédico e Administrador<br />

de Empresas<br />

Consultor na área de<br />

Audiometrias Ocupacionais<br />

CESAUDIO “M.V.” - Centro<br />

Especializado em Audiologia<br />

c.berbare@itelefonica.com.br<br />

cesaudio2@ig.com.br<br />

Telefones: (16) 636 7836 /<br />

3916 1104<br />

Peregrino<br />

<strong>Informação</strong>, <strong>Informação</strong>, <strong>Cultura</strong> <strong>Cultura</strong> e e <strong>Livre</strong> <strong>Livre</strong> <strong>Expressão</strong><br />

<strong>Expressão</strong><br />

O peregrino do Universo<br />

Ao me levarem de vez, não digam “à eterna morada!”:<br />

coloquem, junto à mortalha, sapatos de caminhada!<br />

Três dias descansarei. Depois, seguirei meu destino.<br />

Aqui geleira, ali brasas: árduo é o caminho ao divino.<br />

O ar das alturas faz bem; em breve estarei sem mazelas.<br />

Meu passo liberto ascende por sete cirandas de estrelas.<br />

Veste terrena eu usava, que não era imaculada;<br />

o orvalho, ao plenilúnio, já a fará purificada.<br />

Se eu trilhara penitência, fiel ao argênteo rastro,<br />

Mercúrio emprestará, a meus pés, áleos sapatos.<br />

O cansaço do caminho recua ao rumor divino:<br />

A graça de Vênus brilha e remoça o peregrino.<br />

Fulgurante como a rosa, como os lírios inocente,<br />

a alma humana transpõe o portal do Sol ardente.<br />

O anjo solar acena: “Escudo e lança maneja!<br />

O campo de Marte chama-te à universal peleja.<br />

P’ra no Espírito do Cosmo, humano espírito, acordares,<br />

teu lume no brilho de Júpiter é preciso inflamares!”<br />

Na morte e na vida cuida Saturno do abrigo eterno;<br />

silêncio matura o nascer: “No princípio era o Verbo”.<br />

De estelares profundezas soa o Verbo Universal<br />

p’ra desenlaçar da morte a eterna forma espiritual.<br />

Assim o espírito humano à luz de Deus vem crescer,<br />

até que o impulso do amor à Terra o reinduza a descer.<br />

“Eterna morada” ignora quem na veste é peregrino,<br />

com sapatos de jornada, apto à trilha do destino!<br />

3<br />

Rudolf Meyer<br />

Fonte: Tomar a vida nas próprias mãos – Gudrun Burkhard –<br />

Editora Antroposófica Ltda.<br />

Esperanto<br />

Fale com o mundo<br />

Se você deseja conhecer e/ou aprender esta língua internacional, visite a página<br />

de Esperanto em nosso site (www.jperegrino.com.br) e, faça o download em<br />

seu computador pessoal (elsuto em Esperanto) de dicionários, gramáticas, livros<br />

e cursos, possibilitando assim um primeiro contato. Em nossa página de<br />

Links, indicamos alguns endereços, onde você poderá conhecer um pouco mais<br />

sobre o universo oferecido pelo Esperanto.


4 Peregrino<br />

FALAR BEM...<br />

Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer<br />

algumas dúvidas a respeito da Língua Portuguesa.<br />

1) Ela teve duas GRAVIDEZ difíceis?<br />

Lamentável, Prezado Leitor. Mas não posso deixar de contribuir com suas<br />

GRAVIDEZES, pelo menos no que diz respeito à Língua Portuguesa.<br />

O correto é GRAVIDEZES.<br />

Lembre-se que também temos o plural de invalidez(es), mesquinhez(es),<br />

estupidez(es)...<br />

2) Abreviatura da palavra PÁGINA leva acento?<br />

Com certeza, leva.<br />

Dica: quando houver acento gráfico na parte restante da palavra que foi<br />

abreviada, esse acento sempre se manterá.<br />

Ex.: número: núm.; página: pág.; gênero: gên.<br />

3) Ganhou o prêmio NÓBEL e ficou feliz?<br />

Para aumentar a sua felicidade, acerte no prêmio de forma correta...<br />

A sílaba forte (tônica) dessa palavra é a última (e sem acento).<br />

O certo é dizer NOBEL (bel é a sílaba forte).<br />

Colaboração: Renata Carone Sborgia<br />

Advogada e Profª de Português e Inglês<br />

renatacs@freemail.convex.com.br<br />

“Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais,<br />

três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso<br />

relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia. E, no<br />

entanto, o leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros<br />

mais áridos do que três desertos.”<br />

Nelson Rodrigues<br />

Para anunciar ligue<br />

(16) 621 9225 / 9992 3408<br />

<strong>Informação</strong>, <strong>Informação</strong>, <strong>Cultura</strong> <strong>Cultura</strong> e e <strong>Livre</strong> <strong>Livre</strong> <strong>Expressão</strong> <strong>Expressão</strong><br />

<strong>Expressão</strong><br />

Certamente você nunca ouviu<br />

falar em doula. Ainda não<br />

presente nos dicionários da<br />

maioria dos brasileiros, a palavra<br />

“doula” vem do grego e significa<br />

“mulher que serve”, sendo hoje<br />

utilizada para referir-se às<br />

Acompanhantes de Parto -<br />

mulheres com experiência no<br />

nascimento que dão suporte<br />

físico, informativo e emocional a<br />

outras mulheres antes, durante e<br />

após o nascimento.<br />

Antigamente o nascimento<br />

humano era marcado pela<br />

presença experiente das mulheres<br />

da família: irmãs mais velhas,<br />

tias, mães e avós acompanhavam,<br />

instruíam e apoiavam a parturiente<br />

e recém mãe durante todo<br />

o trabalho de parto, o próprio<br />

parto e os cuidados com o recémnascido.<br />

E hoje que cenário temos? Os<br />

partos acontecem em ambiente<br />

hospitalar e rodeado por especialistas:<br />

o médico obstetra, a enfermeira,<br />

o pediatra... cada qual com<br />

sua especialidade e preocupação<br />

técnica pertinente. O cuidado com<br />

o bem estar físico e emocional da<br />

parturiente acabou ficando<br />

perdido em meio ao ambiente<br />

impessoal dos hospitais, tendendo<br />

a aumentar o medo, a dor e a<br />

ansiedade daquela que está dando<br />

a luz. A doula veio justamente<br />

para preencher esta lacuna,<br />

suprindo a demanda de emoção e<br />

afeto neste momento de intensa<br />

importância e vulnerabilidade.<br />

Assim, a doula está presente<br />

no parto a fim de diminuir a dor,<br />

a tensão e o desconforto ajudando<br />

a parturiente a comunicar-se com<br />

a equipe médica, entender os<br />

complicados termos e procedimentos<br />

hospitalares, encontrar<br />

posições mais confortáveis,<br />

propondo medidas naturais e<br />

simples que ajudam a minimizar<br />

a dor, como banhos, massagens,<br />

Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

DOULA<br />

Uma nova luz no nascimento<br />

relaxamento e técnicas de<br />

respiração.<br />

A descoberta da função das<br />

doulas deu-se acidentalmente na<br />

década de 70, quando dois<br />

médicos norte-americanos, J.<br />

Kennel e M. Klaus realizavam<br />

uma pesquisa sobre o vínculo<br />

entre mãe e recém-nascido logo<br />

após o parto e perceberam que os<br />

partos mais fáceis e com menos<br />

complicações tinham em comum<br />

a presença da observadora da<br />

pesquisa, uma menina chamada<br />

Wendy, que também dava<br />

atenção, fazia carinho e segurava<br />

a mão das parturientes.<br />

Atualmente, muitas pesquisas<br />

apontam que a atuação da doula<br />

no parto pode diminuir em 50%<br />

as taxas de cesáreas, diminuir em<br />

20% a duração do trabalho de<br />

parto, diminuir em 40% o uso de<br />

fórceps e em 60% o uso de<br />

anestesia, além de promover<br />

significativamente o vínculo entre<br />

mãe e bebê.<br />

A doula chega ao cenário do<br />

nascimento apenas para somar.<br />

Não substitui qualquer profissional<br />

da área médica (não realiza<br />

exames, não questiona decisões)<br />

e não substitui o marido ou o<br />

acompanhante de escolha da<br />

parturiente. Veio a fim de auxiliar<br />

na conquista de um parto seguro<br />

e gratificante, sendo assim um elo<br />

de ligação e uma nova luz entre a<br />

mulher, sua família e a equipe que<br />

a assiste.<br />

Eleonora de Moraes<br />

Psicóloga – Coordenadora do<br />

Curso para casais gestantes<br />

“Nove Luas”<br />

Doula pela ANDO<br />

(Associação Nacional de<br />

Doulas)<br />

Tel.: (16) 9705 8922 / 629<br />

0625<br />

eleonoramoraes@hotmail.com


Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

A acupuntura é com certeza um<br />

dos mais antigos tratamentos para<br />

as doenças psicossomáticas.<br />

Os textos antigos de acupuntura<br />

afirmam que se o psiquismo estiver<br />

em paz, equilibrado, o ser estará<br />

menos sujeito e até mesmo isento<br />

de doenças, mesmo as de origem<br />

externa, pois ele não contrairá<br />

doenças, mesmo contagiosas.<br />

Sabemos que o fator psíquico<br />

desempenha um papel importante<br />

na vulnerabilidade das doenças,<br />

pois pela Medicina Tradicional<br />

Chinesa podemos adoecer quando<br />

respiramos mal, nos alimentamos<br />

mal, quando temos alguma falha em<br />

nossa energia ancestral, ou quando<br />

temos algum distúrbio de ordem<br />

emocional. Haverá dessa forma um<br />

desequilíbrio na circulação de<br />

energia dos meridianos, que<br />

posteriormente poderá se transformar<br />

no que chamamos doença.<br />

A Medicina Tradicional Chinesa<br />

nos mostra cinco emoções<br />

principais: A raiva, o medo, a<br />

alegria ou euforia, a preocupação,<br />

e a tristeza. Cada emoção está<br />

ligada a um órgão. Por exemplo: A<br />

raiva em excesso irá após algum<br />

tempo lesar o meridiano do fígado,<br />

a alegria em excesso lesará o<br />

coração, o excesso de preocupação<br />

lesará o Baço-Pâncreas, a Tristeza<br />

prejudicará o pulmão e o medo<br />

lesará após um certo tempo os rins.<br />

Pela Medicina Tradicional<br />

Chinesa sabemos que cada órgão<br />

possui uma alma vegetativa, que<br />

indica um principio psíquico muito<br />

abstrato, e é vegetativa por mostrar<br />

a relação com a fisiologia corporal,<br />

que lhe deu origem. Essa energia<br />

que é uma essência psíquica será<br />

elaborada pelo coração, e depois<br />

subirá para o cérebro através dos<br />

meridianos distintos.<br />

Por exemplo, a alma vegetativa<br />

do fígado é o hum, assim um<br />

excesso de atividade do órgão<br />

fígado, produz um excesso de hum<br />

e leva a um comportamento<br />

colérico. Já uma insuficiência no<br />

fígado causa uma insuficiência na<br />

Acupuntura e<br />

Doenças Psicossomáticas<br />

elaboração do hum e uma dificuldade<br />

de agir em seu meio, de<br />

agredir, ou de se defender e leva a<br />

timidez, à ansiedade, e à falta de<br />

confiança em si.<br />

Os textos clássicos Chineses de<br />

Acupuntura lembram tanto essa<br />

relação que dizem: A alegria em<br />

excesso ou euforia, reduz o<br />

funcionamento da circulação de<br />

energia nos meridianos, a tristeza<br />

oprime o coração e prejudica o<br />

pulmão, o temor espolia a energia<br />

essencial ou ancestral, o excesso de<br />

preocupação pode prejudicar o<br />

baço-pâncreas, a cólera pode causar<br />

morte súbita por apoplexia e um<br />

medo muito grande pode enlouquecer<br />

uma pessoa ou lhe causar<br />

um acidente vascular cerebral.<br />

Quando a Medicina tradicional<br />

Chinesa fala que os humores<br />

psíquicos são elaborados no<br />

coração, e enviados para o cérebro,<br />

quer dizer que esses humores são<br />

um conceito imaterial energético e<br />

psíquico, se dirigindo também para<br />

um coração energético, um centro<br />

organizador em contato direto com<br />

os meridianos.<br />

Para resumir, a atividade<br />

psíquica não está separada da<br />

atividade orgânica e quando<br />

estamos cuidando do paciente o<br />

olhamos de uma forma integral,<br />

cuidando tanto dos problemas<br />

físicos e emocionais, no sentido de<br />

equilibrá-lo amplamente.<br />

Para tanto a acupuntura possui<br />

pontos psíquicos específicos e<br />

pontos determinados para combater<br />

problemas como, Síndrome do<br />

pânico, depressão, fíbromialgia,<br />

estresse, e outros tantos distúrbios<br />

de fundo emocional com somatização<br />

no corpo físico.<br />

Colaboração: Lauro Pereira<br />

Pagani e Ana Maria Barbosa<br />

Pagani<br />

Fisioterapeutas, Acupunturistas<br />

e Kirliangrafistas<br />

Tel.: (16) 636 5968<br />

Peregrino<br />

<strong>Informação</strong>, <strong>Informação</strong>, <strong>Cultura</strong> <strong>Cultura</strong> e e <strong>Livre</strong> <strong>Livre</strong> <strong>Expressão</strong><br />

<strong>Expressão</strong><br />

Aprendizagem significativa e<br />

Aprendizagem Memorística<br />

É importante e inclusive<br />

necessário que os alunos retenham<br />

alguns dados do conteúdo em sua<br />

memória para que possam acionálos<br />

quando necessário. Porém, esse<br />

tipo de aprendizagem deve restringir-se<br />

a uma proporção adequada,<br />

evitando que represente para<br />

os alunos a forma fundamental de<br />

aprender uma matéria. O objetivo<br />

maior da retenção de alguns dados<br />

deve ser o de poder interpretá-los,<br />

ou seja, devem ter um significado<br />

para eles.<br />

Os dados fundamentais são úteis<br />

quando são relevantes, ou seja,<br />

quando facilitam a compreensão de<br />

uma tarefa e quando servem para<br />

adquirir novos conceitos.<br />

Compreender é psicologicamente<br />

mais complexo do que<br />

memorizar, de tal forma que, para<br />

um aluno poder compreender um<br />

material, é necessário que tanto o<br />

material quanto o aluno preencham<br />

certas condições. Do contrário, é<br />

muito provável que, embora o<br />

objetivo da tarefa seja a<br />

compreensão, essa acabe produzindo<br />

principalmente memorização.<br />

Para tanto o material deve estar<br />

internamente organizado, onde<br />

cada parte tenha uma conexão<br />

lógica ou conceitual com o restante<br />

das partes.<br />

Para ser significativo um texto,<br />

por exemplo, sobre as mudanças<br />

produzidas pela revolução industrial<br />

deve remeter aos efeitos da<br />

industrialização sobre o meio<br />

ambiente e as mudanças climáticas<br />

que podem ser provocadas.<br />

O aluno precisa perceber a<br />

importância do conteúdo para sua<br />

realidade a fim de ter interesse por<br />

ele, acionando o desejo que lhe dá<br />

energia para a aprendizagem do<br />

conteúdo.<br />

5<br />

Por fim deve ter a possibilidade<br />

de realização de uma prática<br />

consciente, ativa e transformadora,<br />

que supere o viés “reprodutivista”<br />

(fazer sem crítica o que sempre se<br />

fez) ou idealista (ficar nas idéias e<br />

não alterar a realidade).<br />

Colaboração: Débora Mourão<br />

Mantovanini<br />

Psicopedagoga<br />

Professora de metodologia do<br />

ensino fundamental e psicologia<br />

da educação<br />

Aprendiz da UNIPAZ<br />

Tel.: (16) 3916 2277


6 Peregrino<br />

Após a relevante aprovação da<br />

volta dos bingos, o Congresso acena<br />

na pauta com uma decisiva proposta<br />

para o País, a ser votada em breve:<br />

a criação de 13 novos Estados (sim,<br />

amigo leitor, E-S-T-A-D-O-S da<br />

Federação), num pacote que já vem<br />

até com nome e embalagem, onde<br />

se destacam pérolas como Maranhão<br />

do Sul e São Paulo do Leste,<br />

dentre outras.<br />

A aguardar a criação dos<br />

Estados da Berinjela, do Torrone e<br />

da Bigorna.<br />

Como sempre, a proposta dos<br />

políticos tem beneficiários diretos:<br />

a criação de mais 13 cargos de<br />

governadores, 200 Secretários de<br />

Estados, 300 Deputados Estaduais,<br />

e cerca de 5000 Assessores de<br />

segundo escalão, só para chegar até<br />

esse “nível”.<br />

Não vamos mencionar os<br />

Tribunais, autarquias, cartórios,<br />

etc..., etc...<br />

Um dos últimos cabra-macho da<br />

Nação, o economista Eduardo<br />

Gianetti da Fonseca vem lutando na<br />

mídia incessantemente, numa<br />

batalha solitária e inglória,<br />

alertando para o enorme perigo<br />

representado por outra medida que<br />

o pessoal da Ilha da Fantasia está<br />

para votar, e que pretende criar mais<br />

algumas milhares de “vagas” para<br />

vereadores nos municípios (independentemente<br />

da criação dos<br />

Estados do Aipim e da Borduna).<br />

Somente em salários diretos,<br />

onerariam o Tesouro em alguns<br />

bilhões por “legislatura”, sem<br />

contar os estragos que os nobres<br />

Edis costumam causar na coisa<br />

pública e notória, com suas inventivas<br />

do gênero “Dia do<br />

Implantador de Silicone” e que<br />

tais...<br />

O economista Gianetti não se<br />

cansa de lembrar que há poucas<br />

décadas, quando o Brasil era um<br />

País pobre, mas limpinho, os<br />

vereadores de municípios modestos<br />

eram pessoas da sociedade local<br />

(barbeiros, alfaiates, médicos) que<br />

trabalhavam de graça, em prol da<br />

melhoria do município e tendo<br />

como importante missão, que<br />

cumpriam à risca, a de fiscalizar os<br />

atos do prefeito. Só. E com muito<br />

orgulho em representar a comunidade.<br />

Tempos em que a escola pública<br />

municipal era motivo de júbilo<br />

nacional, onde se aprendia latim e<br />

todas as crianças escreviam o<br />

português correto, por exemplo, e<br />

os serviços públicos de medicina<br />

salvavam vidas, ao invés de deixar<br />

pobres coitados com apendicite<br />

aguda esperando na fila.<br />

Passar a pagar essa gente (a<br />

“nova classe”) foi um dos artifícios<br />

maléficos dos militares para<br />

perpetuarem vinte anos de ditadura<br />

militar, à custa de privilégios, mas<br />

garantindo medidas maravilhosas<br />

como a inclusão da Educação Moral<br />

e Cívica nos currículos, para<br />

decorar a letra da “Canção do<br />

Soldado” e saber com que idade o<br />

general Médici teve coqueluche,<br />

dentre outras relevâncias...<br />

A Moral da história a gente já<br />

conhece: nunca se viu tanta falta de<br />

Civismo no País, que virou uma<br />

terra de ninguém, de mondrongos,<br />

gente esculachada, mal vestida,<br />

enfiando dois “aí, ó” por frase, e<br />

sem um pingo de educação, respeito<br />

aos idosos e honestidade nas coisas<br />

mínimas.<br />

Fui criado num meio em que<br />

pessoas modestas tinham orgulho<br />

em trabalhar por anos na mesma<br />

empresa. E agora estamos formando<br />

uma geração (por incrível que<br />

pareça, dentre os mais humildes)<br />

cujo único pensamento é arrumar<br />

um emprego para, segundo seu<br />

plano de carreira, aprontar e ganhar<br />

“os ‘direito’ na Justiça”.<br />

O que estamos presenciando é a<br />

evolução de um quadro caótico,<br />

que vai da falta de respeito e<br />

cordialidade no trânsito à violência<br />

nos estádios de futebol, das<br />

madrugadas em lojas de (in)conveniência<br />

às brigas de gang em<br />

casas noturnas.<br />

Assim vai o Brasil, à deriva.<br />

Aos amigos, digo que lutei pela<br />

volta da democracia, com sacrifício<br />

em certo momento até de minha<br />

liberdade individual, e por isso falo<br />

com todas as letras, sem medo de<br />

passar por adepto do autoritarismo:<br />

o estado a criar no Brasil, do jeito<br />

que vai, é o Estado de Sítio.<br />

Não há mais como conviver com<br />

a IMPUNIDADE que campeia, com<br />

políticos fazendo o que bem<br />

entendem, e considerando-se que o<br />

que eles entendem não é o BEM<br />

público.<br />

O Jáder está lá de novo? O<br />

Estevão tá solto? Desses exemplos<br />

de malversação impune do dinheiro<br />

que deveria se destinar a escolas,<br />

hospitais, saneamento e estradas, e<br />

da continuidade ad eternum dessa<br />

casta no poder, surge o câncer da<br />

revolta e da falta de autoridade<br />

geral, que deságua no cidadão<br />

comum da periferia e termina<br />

dentro dos lares.<br />

Se os “grandes” prevaricam,<br />

todo e qualquer funcionário público<br />

investido de alguma autoridade (dos<br />

policiais aos oficiais de justiça,<br />

passando por qualquer tipo de<br />

“fiscal”, do tributário ao de<br />

estabelecimentos gastronômicos) só<br />

não vai “achacar” se tiver uma<br />

formação muito, mas muito sólida.<br />

Essa é outra herança da ditadura<br />

militar que foi de 1964 a 1984,<br />

revistando gente de bem na rua, sem<br />

prévia explicação: como resultado,<br />

o medo da população investiu toda<br />

e qualquer “autoridade” de um<br />

poder absoluto.<br />

E já disse um pensador: “O<br />

poder corrompe. O poder absoluto<br />

corrompe absolutamente”.<br />

<strong>Informação</strong>, <strong>Informação</strong>, <strong>Cultura</strong> <strong>Cultura</strong> e e <strong>Livre</strong> <strong>Livre</strong> <strong>Expressão</strong><br />

<strong>Expressão</strong><br />

Vamos falir a Roubrasil S.A.?<br />

À época, disse Pedro Aleixo:<br />

“Numa ditadura, o que me mete<br />

medo não é o general de plantão,<br />

mas o fiscal da esquina”.<br />

São poucos, infelizmente, mas<br />

gigantes, os honestos, esses<br />

verdadeiros heróis do serviço<br />

público, cujo idealismo e luta diária<br />

começa pelo calvário do “clima”<br />

interno criado na própria repartição<br />

onde trabalham: minoria são mal<br />

vistos. Atrapalham o “esquema”.<br />

É preciso punir exemplarmente,<br />

começando urgentemente pela<br />

pessoa investida de algum poder<br />

público.<br />

É preciso colocar os corruptos<br />

na cadeia.<br />

Eles são o câncer, a causa<br />

primeira de tanta criminalidade e<br />

da bagunça geral que assola a<br />

Nação...<br />

É preciso dar um basta nessa<br />

gente, sob severo risco do País<br />

descambar, num futuro não muito<br />

distante, para uma insurreição<br />

popular, e um “salve-se quem<br />

puder”, tamanho o descalabro e a<br />

falta de qualidade de vida, situação<br />

surrealista onde gente de bem, além<br />

de não encontrar trabalho, ainda é<br />

assaltada à luz do dia, recorrentemente,<br />

nos mesmos lugares,<br />

sem que o Estado saiba sequer<br />

responsabilizar-se pela Segurança<br />

Pública.<br />

Falam em colocar o exército<br />

para patrulhar o Rio de Janeiro.<br />

Como vão fazer isso, se não<br />

conseguem tomar conta nem sequer<br />

do próprio quartel, invadido por<br />

bandidos que levaram fuzis de<br />

guerra, para usar na “proteção” do<br />

tráfico?<br />

Onde está a autoridade, meu<br />

Deus? A quem vamos recorrer?<br />

É preciso dar um basta nisso.<br />

Ouço agora pela manhã que<br />

num único município do Nordeste,<br />

com cerca de 5000 habitantes<br />

(deveria ser um bairro), descobrese<br />

um rombo de 3 milhões, na<br />

“construção” de uma estrada que vai<br />

do nada para lugar nenhum.<br />

Multiplique-se por mais de 5000<br />

municípios de maior porte e chegarse-á<br />

rapidamente à conta que não<br />

fecha: a de um País com PIB de US$<br />

500 bilhões (!), com assalto<br />

tributário de 36%, onde se marca<br />

uma operação “urgente” no hospital<br />

público para daqui a quatro meses<br />

e crianças na 5ª série não conseguem<br />

escrever o próprio nome.<br />

Vai mal.<br />

Não tenho receio de passar por<br />

“catastrofista” (um passeio pela<br />

periferia de São Paulo dá uma<br />

ducha de noção histórica): vem<br />

coisa ruim por aí, gente, se a<br />

sociedade não se organizar e parar<br />

a “classe” política (olho no MST,<br />

e nos movimentos urbanos de<br />

“ocupação”, que proliferam silenciosamente).<br />

O povo brasileiro é pacato por<br />

natureza histórica.<br />

Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

Mas no decorrer de minha vida<br />

já vi gente em cujas veias parecia<br />

correr suco de maracujá , num<br />

determinado momento, virar<br />

“bicho”: é o tipo que ninguém segura,<br />

depois que explode.<br />

Multiplique por uma centena de<br />

milhão de insatisfeitos e revoltados.<br />

Não é bom nem pensar nisso.<br />

É hora de união nacional.<br />

É hora de todo e qualquer<br />

cidadão comum, mas que teve<br />

o privilégio de um mínimo de<br />

instrução, como você e eu, em<br />

nossos círculos de convivência<br />

diários, abandonarmos a postura<br />

jocosa e distante, na base do “o que<br />

eu posso fazer...?” Para assumirmos<br />

a importância de cada um de nós<br />

nos destinos de nossas vidas e<br />

batermos na tecla diária e<br />

incessantemente contra a falta de<br />

rumo que os políticos estão dando<br />

à Nação.<br />

É hora de cada brasileiro<br />

assumir o papel de agente do<br />

processo, em cada conversa, no<br />

trabalho, no seio da família, pois o<br />

momento é grave e com alto teor<br />

latente de explosão social, como<br />

provavelmente nenhum outro<br />

na história do País.<br />

Há muito desemprego (e desespero).<br />

Há muita insatisfação.<br />

Há muita violência.<br />

E, pior, há uma crise de<br />

autoridade.<br />

O Brasil precisa acabar com a<br />

IMPUNIDADE.<br />

Esse é o monstro a derrotar, a<br />

tirar a vida, cremar e enterrar as<br />

cinzas, por precaução.<br />

Das mínimas transgressões no<br />

trânsito ao Crime Organizado, mas<br />

com foco centrado na vigília e<br />

punição exemplar dos maus atos<br />

políticos em alto escalão.<br />

Hei de ver essa pasmaceira de<br />

“direitos humanos” sepultada e<br />

assistir na TV à imagem de um exministro<br />

ou governador, com uma<br />

bola de ferro acorrentada à canela,<br />

colocando dormentes na estrada de<br />

ferro Rio - São Paulo; hei de ver o<br />

homicida colocando pedras na<br />

encosta do canal criado com a<br />

transposição do rio São Francisco,<br />

que vai irrigar o Nordeste e fazer<br />

do País o celeiro do mundo.<br />

Vamos mudar o País.<br />

A Roubrasil S.A. é a única<br />

empresa próspera hoje, em suas<br />

várias facetas.<br />

Precisamos falir a Roubrasil<br />

S.A., antes que ela acabe com o<br />

País. Chega de impunidade.<br />

Chega de impunidade.<br />

Colaboração: Marcio de Mello<br />

Castanho<br />

marciocastanho@superig.com.br


Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

Peregrino<br />

<strong>Informação</strong>, <strong>Informação</strong>, <strong>Cultura</strong> <strong>Cultura</strong> e e <strong>Livre</strong> <strong>Livre</strong> <strong>Expressão</strong><br />

<strong>Expressão</strong><br />

Hoje alguém, amanhã ninguém PIMENTA-DA-JAMAICA<br />

enho conversado com<br />

muitas pessoas que<br />

perderam o emprego e não<br />

encontram outro, embora procurem<br />

desesperadamente. O motivo:<br />

Adentraram a provecta fase dos<br />

“enta” e têm ainda o defeito imenso<br />

de ter um bom currículo. Isto<br />

significa que ninguém vai querer<br />

empregá-los porque terão que lhes<br />

pagar bem e é melhor contratar dois<br />

“incompetentes” ganhando pouco<br />

do que um competente oneroso.<br />

Pode significar, também que as<br />

pessoas têm medo de alguém que<br />

as supere. Alguém cuja experiência<br />

ameace o “status quo” da empresa.<br />

Pode ser é claro que lhe falte mérito,<br />

mas poucas vezes são eles de fato<br />

testados. Currículos são enviados<br />

onde deve ser especificada a idade<br />

e sabemos que ela é fator de<br />

rejeição. Muitas desculpas aparecem.<br />

O estranho é pensar que o<br />

sujeito, de repente, desaprendeu<br />

tudo o que acumulou no decorrer<br />

de sua vida profissional. Em um<br />

passe de mágica ele perdeu seu<br />

valor. Se estivesse trabalhando aos<br />

quarenta anos como funcionário<br />

credenciado, seria considerado pela<br />

sua experiência, porém se aos<br />

quarenta e um anos e um mês fosse<br />

demitido e se pusesse a procurar<br />

emprego ser-lhe-ia imputada a<br />

pecha de estar defasado e velho.<br />

Não é preciso que muito tempo se<br />

passe. O desempregado pode ser<br />

recente e mesmo assim alguém pode<br />

vir e dizer-lhe que ele agora é um<br />

programa ultrapassado. Como tal<br />

deverá ser deletado? Não haverá<br />

uma maneira da sociedade utilizar<br />

o potencial desses indivíduos?<br />

Utilizá-los como uma espécie de<br />

educadores das novas gerações nas<br />

firmas? Talvez se olharmos à nossa<br />

volta e nos lembrarmos de que<br />

aquele fulano está precisando de<br />

emprego nossos olhos possam ver<br />

algum cartaz escondido, oferecendo<br />

adivinhemos o quê: emprego! Pode<br />

ser que se pensarmos neles, naqueles<br />

de que acabamos de falar,<br />

nos lembremos que temos um<br />

amigo, que tem uma empresa, que<br />

tem uma vaga...Talvez possamos<br />

oferecer parcerias em que não entre<br />

tanto dinheiro, mas que ofereçam<br />

possibilidades de algo criativo e<br />

digno. Talvez possamos apenas<br />

tratá-lo como alguém em situação<br />

difícil da mesma forma que<br />

gostaríamos de ser tratados se<br />

estivéssemos em seu lugar. E,<br />

principalmente devêssemos deixar<br />

de lado a solidariedade do faz-deconta<br />

de que estou contribuindo<br />

com as pessoas quando na verdade<br />

estou defendendo meus próprios<br />

interesses e, realmente abrir-lhes<br />

uma porta.<br />

Caso contrário poderá ele querer<br />

bandear-se para o mundo de Hades.<br />

Provavelmente não vai poder<br />

porque não possuirá moeda para<br />

negociar com Caronte. É que não<br />

se oferecem empregos de menor<br />

monta para alguém que já foi<br />

alguém. No entanto embora ele já<br />

tenha sido “alguém”, hoje é<br />

ninguém para arranjar um emprego<br />

bom ou mediano. É bem possível<br />

que não tenha nenhuma moeda no<br />

bolso nem para tomar um ônibus<br />

que dirá para o barqueiro<br />

mitológico!<br />

Mariza Helena Ribeiro Facci<br />

Ruiz<br />

Terapeuta Floral<br />

Practitioner pela Dr. Edward<br />

Bach Foundation, escritora e<br />

membro da UBE<br />

marizahrfruiz@jperegrino.com.br<br />

(Pimenta dioica)<br />

Este condimento foi<br />

encontrado pelos colonizadores<br />

espanhóis nas<br />

terras da América Central<br />

e México e chamou<br />

atenção pelo seu aroma<br />

característico. Já era<br />

utilizado pelos povos<br />

pré-colombianos em sua<br />

cultura diária. Principalmente<br />

os Maias já a<br />

empregavam para aromatizar<br />

o chocolate e até mesmo nos processos de embalsamamento dos<br />

cadáveres dos sacerdotes devido à presença de óleos essenciais nos frutos<br />

desta espécie. Atualmente é utilizada em alguns pratos e em algumas<br />

regiões. Seu aroma é uma mistura de canela, gengibre, cravo-da-índia e<br />

noz-moscada, daí o nome em inglês all spice (todas as especiarias). Na<br />

Europa é empregado por alguns cozinheiros, e está presente, segundo<br />

alguns autores, no movimento francês conhecido por “Nouvelle Cousine”.<br />

É uma planta de porte arbóreo, de crescimento não tão rápido, com folhas<br />

elípticas, coriácea, de coloração verde escuro, e de aroma característico da<br />

espécie, lembrando muito o cravo-da-índia, só que menos intenso quando<br />

comparado com os frutos. As flores são de pequeno porte e de coloração<br />

branca. Os frutos são pequenos, de coloração escura, quase que preta quando<br />

secos. Em Ribeirão Preto temos alguns pés plantados já há mais de 15<br />

anos, e até o momento ainda não vimos a presença de flores e conseqüentemente<br />

nem de frutos.<br />

Os frutos são empregados como especiarias. Para a destilação e obtenção<br />

de óleo essencial utilizam-se as folhas, já que este óleo é rico em eugenol,<br />

substância de grande valor comercial. Como quase todos os condimentos,<br />

possui ação digestiva e carminativa. Também é anti-séptico, por isso era<br />

empregado para conservar os cadáveres. É tido também como afrodisíaco.<br />

Como a noz-moscada, é um condimento empregado tanto em pratos<br />

salgados quanto em pratos doces. Muito usado em bolos e pudins,<br />

principalmente pelo aroma que lembra o cravo e a canela. Também pelo<br />

seu aroma exótico é muito empregado no preparo de marinadas de carnes,<br />

principalmente de carneiro e porco. Utiliza-se na produção de patês,<br />

presuntos e até mesmo picles, mas isto já para a área industrial. Em<br />

embutidos de uma forma geral também vai muito bem, como no codeguim,<br />

salames e até mesmo salsichas. No preparo de vinagres aromáticos coloque<br />

alguns grãos da pimenta dentro de uma garrafa de um bom vinagre e<br />

deixe macerar por uns 15 a 20 dias antes de usar. Quem trabalha com<br />

chocolate, experimente preparar um chocolate com pimenta, mas pimentada-jamaica<br />

e não pimentas do gênero Capsicum, como a dedo-de-moça,<br />

ou pimenta-do-reino como estivemos vendo nos últimos tempos.<br />

Ademar Menezes Jr<br />

Eng. Agrônomo – Especializado em Plantas Medicinais<br />

ademar@oficinadeervas.com.br<br />

7


8 Peregrino<br />

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<strong>Expressão</strong><br />

Natureza - Flora e Fauna<br />

Maravilhas do Maracujá<br />

Foi uma das primeiras delícias que os portugueses<br />

descobriram no Brasil: uma planta que os índios<br />

chamavam mboruku’ya, lindamente decorativa<br />

e com propriedades medicinais no<br />

fruto e nas folhas. O maracujá é tão bonito,<br />

gostoso e saudável que merece um lugar em<br />

sua casa. A melhor época para o plantio é de<br />

julho a setembro; resistente ao sol, a planta se<br />

desenvolve bem no quintal ou em vasos (adubados com<br />

terra vegetal e esterco curtido). Conheça as mil e uma utilidades dessa<br />

maravilha.<br />

Folha - Excitações nervosas, depressão, insônia, asma, bronquite,<br />

coqueluche, disenteria, diarréia, convulsão infantil, dor de cabeça nervosa...<br />

Quase não tem fim a lista de males curados pela infusão das folhas do<br />

maracujá. Os adeptos da medicina caseira descobriram também que, usadas<br />

como loções ou cataplasmas, as folhas curam feridas. Para a infusão,<br />

coloque as folhas para ferver numa panela com água (quatro folhas por<br />

copo de água); a cataplasma você faz passando as folhas secas no ferimento<br />

ou socando as folhinhas até virarem uma pasta (se estiverem secas, jogue<br />

água fervendo até formar a pasta).<br />

Fruto - Há quem goste do fruto, que é um excelente diurético; outros<br />

reclamam da consistência e do sabor ligeiramente azedo. Mas quase todo<br />

mundo adora o suco de maracujá, que não é só bom como refresco: combate<br />

inflamações e males do estômago e intestino. Plantando a semente em<br />

casa, apenas seis meses depois da germinação você vai ter o fruto formado.<br />

Flor - Famosa pela beleza e pela variedade de tonalidade (lilás, vermelha,<br />

rosa), a flor de maracujá pode enfeitar casas e até apartamentos, surgindo<br />

em trepadeiras muito decorativas. Você não terá muito trabalho: o principal<br />

é criar um suporte para a evolução das gavinhas que sustentam a planta.<br />

Sugerimos dois tipos de suporte: para apartamentos, basta esticar<br />

horizontalmente alguns fios de arame numa janela, a uma distância de 10<br />

em um do outro, e as gavinhas terão onde se a enrolar; num quintal, o<br />

melhor é fazer um caramanchão com ripas estreitas ou com os mesmos<br />

fios de arame.<br />

Açafrão - (Crocus officinalis)<br />

Essa planta, originária da região onde hoje se encontram a<br />

Grécia, a Itália e a Turquia, já foi citada nas lendas<br />

mitológicas. Seus efeitos embriagadores provocavam, nos<br />

antigos, euforia e estados alterados de consciência. O corante<br />

vermelho, fluorescente, obtido a partir das flores, é até hoje<br />

utilizado no tingimento de tecidos.<br />

Partes utilizadas: Estigmas da flor.<br />

Ajuda a tratar de: Espasmos, suspensão de menstruação,<br />

tensão nervosa, insônia. Em excesso, leva à embriaguez e a<br />

estados alterados de consciência.<br />

Laranja-amarga – (Uso cosmético)<br />

Coloque dois litros de água em fogo brando.<br />

Acrescente quatro colheres (sopa) de folhas bem<br />

picadas, quatro colheres (sopa) de casca ralada<br />

ou picada e quatro colheres (sopa) de flores em<br />

botão. Meia hora depois, coe e junte à água da<br />

banheira, ou passe pelo corpo lentamente, com uma esponja macia.<br />

Deixe agir por no mínimo quinze minutos.<br />

Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

Afelandra – (Aphelandra squarrosa)<br />

A afelandra é uma dessas plantas que sempre provocam amor à primeira<br />

vista. E não é para menos. A folhagem, brilhante, fica bonita o ano todo e,<br />

sob condições adequadas de luz, ela ainda produz.florzinhas amarelas.<br />

Ela cresce no máximo 30 cm e fica realmente magnífica dentro de casa.<br />

Luz - Média a alta intensidade durante o crescimento e altíssima<br />

intensidade durante a floração.<br />

Temperatura - 18 a 20ºC, tolerando até 10ºC.<br />

Água - Conserve o solo do vaso úmido, mas não encharcado.<br />

Adubação - A cada dois meses.<br />

Propagação - Estacas de ponteiros (prefira os galhos mais velhos).<br />

Cuidados específicos - Passe mensalmente um pano úmido na folhagem,<br />

para remover a poeira.<br />

Problemas comuns - Se houver perda de folhas, encharque bem o solo<br />

para eliminar o excesso de sais.<br />

A ficha<br />

Borboleta-rabo-de-andorinha<br />

Nome popular: Borboleta-rabo-de-andorinha<br />

Nome científico: Parides ascanius<br />

Onde vive: vive nas praias do Estado do Rio<br />

O que come: a trepadeira Aristolochia macroura<br />

Quanto mede: 10 centímetros<br />

Esta borboleta de asas branca, rosa e negra foi o primeiro<br />

inseto brasileiro ameaçado de extinção.<br />

A borboleta é tão bonita que já em 1775 os cientistas a estudaram,<br />

publicaram sua descrição em livros e os museus conseguiram o inseto<br />

para suas coleções, mas sempre morto, porque viva a borboleta-rabo-deandorinha<br />

é raríssima.<br />

O azar da borboleta é que a única planta que serve de alimento para sua<br />

lagarta é uma trepadeira que nem tem nome popular, só científico,<br />

Aristolochia macroura. Essa plantinha nascia nos terrenos baldios de<br />

Copacabana, do Leme, que hoje não existem mais, e nas áreas alagadas do<br />

Estado do Rio, que foram sendo aterradas e descaracterizadas.<br />

Atualmente, só na Reserva Biológica de Poço das Antas, onde é preservado<br />

o mico-leão-dourado, há algumas dessas borboletas, e alguns entomólogos<br />

tentam com algum sucesso sua criação em cativeiro, a partir do cultivo da<br />

planta-alimento.<br />

Na natureza, formigas predam os ovos da borboleta e as lagartas que nascem<br />

20 dias após da postura com 1,5 milímetros de comprimento. As lagartas<br />

que conseguem crescer tecem um casulo para a metamorfose. No fim de<br />

um mês, nasce a borboleta, que tem como único inimigo o homem, pois as<br />

cores de suas asas são um símbolo, no mundo animal, de que a borboleta é<br />

venenosa e por isso ela é poupada pelos passarinhos.<br />

Fontes: Flora: Essencial - Um guia prático pra a saúde e beleza; Fauna: 100 Animais<br />

Brasileiros publicados no Estadão de Luiz Roberto de Souza Queiroz.<br />

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Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

Una burla, una gran burla a la<br />

creación, al esfuerzo y a “ese querer<br />

creer en la transparencia de los<br />

concursos literarios”. Puedo ser yo<br />

- y muchos otros escritores chilenos<br />

o de otro país - excelente escritora,<br />

excelente poetisa, puedo tener<br />

cuentos, poemas sociales, de<br />

amores, crónicas duras y que acusan<br />

a culpables.- He ahí la razón.<br />

Cada uno de los Concursos<br />

Literarios convocados van directamente<br />

de la mano del que está en<br />

el poder, está amarrado a lo que se<br />

quiere ocultar y como los escritores,<br />

novelistas, cuentistas y poetas que<br />

NO SE VENDEN, Y SOMOS LOS<br />

CRONISTAS DE UNA EPOCA O<br />

DE LA HISTORIA, y acusamos a<br />

estos “demonios de la mente y de la<br />

carne”, seguramente estaremos<br />

vedados en los concursos<br />

nacionales.<br />

Personalmente, he enviado<br />

excelentes trabajos de poesía y<br />

biografías, y nadie ha sido capaz<br />

siquiera de decir por qué no quedé<br />

seleccionada en un Concurso que se<br />

dice organizado por un “Comité del<br />

Libro y la Lectura”.<br />

También he sido columnista de<br />

diarios y dejé de serlo, desde el<br />

momento en que me colocaron<br />

“trabas” o cambios a lo que yo<br />

quiero expresar, a mi sentimiento.<br />

¿Debo escribir de acuerdo al partido<br />

político que impera o a la enemistad<br />

que se genera entre estos partidos?<br />

¡¡Qué vergüenza!! Y sin<br />

embargo, quienes no son ni siquiera<br />

escritores, han ganado concursos de<br />

“el Libro y la Lectura” y quizás<br />

cuántos más. Sé de personas que<br />

publican un libro con esos fondos y<br />

luego el mismo libro es “adquirido”<br />

por la entidad correspondiente para<br />

ser repartido en todas las bibliotecas<br />

del país. ¡¡Gran negocio!! Recupero<br />

y gano dinero a montones.<br />

¡Felicitaciones a tan insigne autor<br />

y ser humano! Y cosa mejor es<br />

cuando un solo ser humano presenta<br />

varios proyectos con nombres de sus<br />

amigos que ni siquiera son<br />

escritores ni trabajan en la cultura<br />

pero “ganan un concurso”... y<br />

ganan todos.<br />

No quiero decir con estas<br />

palabras que todos los concursantes<br />

ganadores no lo hayan merecido, lo<br />

que quiero decir es que, seguramente,<br />

han tenido muchos amigos<br />

(“pitutos” como le llamamos en<br />

Chile”, ese amiguito o amiguita que<br />

te debe favores y te paga con plata<br />

del estado). Gran negocio. Yo callo<br />

y me editas, yo soy de tu bando y<br />

me haces popular.<br />

Y lo más increíble que los<br />

diarios locales publican “críticas<br />

literarias” de señores que apenas<br />

saben escribir literatura, que tienen<br />

una vergüenza de libros publicados<br />

y, si es uno, es un librillo de mala<br />

calidad, hasta literaria, pero como<br />

el individuo conoce su amistad, no<br />

coloca su nombre en la crítica sino<br />

que utiliza un nombre de un Sr. X y<br />

lo ubica en la Universidad de ….<br />

aquí en Chile. Esto no es un decir.<br />

Se ha investigado y se ha<br />

comprobado este delito literario, y<br />

si hace más de “su famosas críticas<br />

literarias” nunca coloca su nombre,<br />

va de un nombre a otro, inventando<br />

señores sesudos que sólo existen en<br />

su cabeza y que al periódico al que<br />

los envía no le interesa saber quién<br />

es ni lo que dice si es de su agrado<br />

político.<br />

Si, triste realidad que hace que<br />

los buenos y honestos escritores<br />

editen de su bolsillo sus propias<br />

obras – escritores, empleados de una<br />

empresa con 8 ó 12 horas de trabajo,<br />

que editan restando horas al<br />

descanso.<br />

Y como no soy ACTIVISTA de<br />

un partido político, no participo<br />

más en Concursos Literarios, pierdo<br />

tiempo, dinero en materiales, en<br />

arriendo de computadores y me<br />

desilusiona cada día más esta mugre<br />

en la literatura.<br />

Sé que Neruda, para mí, es uno<br />

de los mejores poetas de Chile junto<br />

a la Mistral. Bueno, y muchísimos<br />

más. Sin embargo, políticamente,<br />

Neruda ha sido alabado, festejado,<br />

requetefestejado porque estamos en<br />

un gobierno de su partido.<br />

Peregrino<br />

<strong>Informação</strong>, <strong>Informação</strong>, <strong>Cultura</strong> <strong>Cultura</strong> e e <strong>Livre</strong> <strong>Livre</strong> <strong>Expressão</strong><br />

<strong>Expressão</strong><br />

Una burla a los verdaderos escritores<br />

Maria Cristina Aliaga Luna – Chile<br />

maluna_33@hotmail.com<br />

Indignada me encuentro cuando<br />

hasta las mujeres que están en el<br />

poder actual en mi país hablan de<br />

la “igualdad entre hombre y mujer”.<br />

¿Y qué de Gabriela Mistral?<br />

Alguna vez recordarán que fue y es<br />

la única mujer de Chile capaz de<br />

decir las verdades y por eso fue<br />

vilipendiada y rechazada en una<br />

sociedad decadente y prejuiciosa, y<br />

es la única mujer ganadora de un<br />

PREMIO NOBEL, que no bajó la<br />

cabeza ni perdonó el olvido ni el<br />

desaire y la terrible marca “DE<br />

HABER SIDO MUJER” en un<br />

tiempo en que el hombre (y hoy<br />

también) no soportaba que una<br />

mujer fuera superior a él y las que<br />

lo son deben aceptar ciertas<br />

condiciones que les impone un<br />

partido. “Cómo vender el alma al<br />

diablo” igual, pero sin uniforme.<br />

No pongo en duda mi capacidad<br />

literaria y la de muchos que<br />

permanecen en silencio, simplemente<br />

quise decir la verdad de lo<br />

que sucede con los escritores<br />

chilenos.<br />

Tampoco pongo en dudo que en<br />

provincias existen, y desde allí<br />

emigran, algunos - los mejores -<br />

escritores de la literatura chilena; y<br />

creo que ellos también deben tener<br />

esta espinita clavada en sus<br />

corazones.<br />

Siendo escritora he ganado<br />

amigos, he participado en encuentros<br />

- que nada dejan al final.<br />

Fui Presidente de una Sociedad de<br />

Escritores que terminó en solamente<br />

hacer ¡!Salud!! por el poema,<br />

razón por la cual me retiré. Hoy en<br />

día hago mis creaciones sola, las<br />

comparto con mis amigos de la red<br />

y cuando escribo esto, lo escribo por<br />

ellos y por nosotros, porque las<br />

realidades deben ser muy similares.<br />

Es una lástima.<br />

Pero las verdades seguirán<br />

saliendo de mi alma, aunque jamás<br />

pueda obtener la regalía de “ganar<br />

un concurso literario”, simplemente<br />

porque el arte va más allá de un fajo<br />

de billetes inmundos.<br />

Colaboração: Antonio Carlos<br />

Tórtoro – Presidente da ARL –<br />

Academia Ribeirãopretana de<br />

Letras.<br />

Auto-retrato - 1919<br />

Pintor<br />

9<br />

Amedeo Modigliani – (1884 –<br />

1920) – pintor, escultor e<br />

desenhista italiano. Pinta, com<br />

poucas exceções, nus femininos,<br />

enquanto as esculturas<br />

representam cabeças ou figuras<br />

recurvadas. Sua obra caracteriza-se<br />

por apresentar formas<br />

simplificadas, extremamente<br />

alongadas, com grande senso<br />

de vitalidade rítmica.<br />

Nu - 1913


10 Pilgrimanto<br />

La urbo San Pauxlo, cxefurbo de<br />

nia samnoma sxtato, estas ne nur<br />

la plej granda urbo de Brazilo. Gxi<br />

estas ankaux ties gastronomia<br />

cxefurbo. Tamen unu el la plej<br />

reprezentaj mangxajxoj de la urbo<br />

estas la unuavide simpla kaj singela<br />

pico. Certe nekonata al plej multaj<br />

brazilanoj, mi kredis interesa la<br />

prezentadon en La Lampiro de eta<br />

historio pri gxi.<br />

La inventadon de la pico oni<br />

atribuas al egiptoj aux<br />

grekoj. Oni kredas, ke la<br />

paston inventis la egiptoj,<br />

kiel la unuaj, kiuj miksis<br />

farunon kaj akvon kaj bakis<br />

tion sur varmaj sxtonoj.<br />

Historiaj raportoj asertas, ke<br />

la grekoj pioniris en la<br />

preparado de pasto el tritika<br />

faruno, rizo kaj kikero,<br />

bakita sur varmaj brikoj.<br />

Tamen la kovrajxoj kaj formo de<br />

pico naskigxis en Italio. Napolanoj<br />

aldonis tomatan sauxcon kaj<br />

oreganon al la pasto. La plej ricxaj<br />

aldonigis fromagxon mozarelan,<br />

kalabriajn kolbasojn kaj ovojn al la<br />

supra tavolo. Oni mangxis la pecojn<br />

falditaj, kvazaux sandvicxon.<br />

En Brazilon la pico venis kun la<br />

unuaj italaj enmigrintoj, kiuj alfluis<br />

en la dua duono de la 19-a jarcento.<br />

La cxefenirejo estis la havenurbo<br />

Santos, en nia sxtato, kaj la celo de<br />

tiuj italoj estis labori en bienoj de<br />

la internlando kaj industrioj de la<br />

cxefurboo San Pauxlo. En la<br />

cxefurbo, ili instaligxis unue en<br />

kvartalo Bras, kaj poste Bom Retiro,<br />

Barra Funda (baha funda] kaj<br />

Bixiga [bisxiga]. Krom la lingvo,<br />

ilin markis la esprimivaj gestoj, la<br />

muziko kaj la kuirarto.<br />

Dum multaj jaroj picoj estis<br />

troveblaj nur en restoracietoj kaj<br />

italaj bakejoj de Bras, kiujn oni<br />

starigis en fino de la 19-a jarc. Tiam<br />

Informado, Informado, Kulturo Kulturo kaj kaj Libera Libera Esprimado<br />

Esprimado<br />

Historio de la pico James Rezende Piton - Campinas-SP<br />

la preferata pico inter<br />

(sanpauxlanoj)sanpaýlanoj estis la<br />

t.n. Margherita, elpensajxo de la<br />

napolano Raffaele Esposito, kiel<br />

omagxo al la regxino Margherita el<br />

Savojo. Sxi petis de li la preparadon<br />

de unu el tiuj bakajxoj, tiel<br />

popularaj inter la plebanoj. Esposito<br />

kreis picon kun la koloroj de la flago<br />

de la lando, per la rugxa tomato, la<br />

blanka mozarela (bubalina)<br />

fromagxo kaj la verda bazilio.<br />

Niaj nuntempaj kovrajxoj, je<br />

centoj da variajxoj) (ecx<br />

viandaj, dolcxaj, cxokoladaj,<br />

ekaperis en la 50-aj jaroj,<br />

cxefe laux usona influo.<br />

«Prenu iom da pana pasto,<br />

bone platigu gxin per<br />

rulbastono aux la manplato,<br />

kovru tion per kio ajn placxa<br />

al vi, spicu per olivoleo,<br />

enfornigu, magxu kaj vi<br />

trovos tion, kio estas pico.»<br />

Boucard, Napolo 1850.<br />

Fonto: La Lampiro / 45a jaro /<br />

N-ro 108 / Januaro-Aprilo 2004.<br />

Pilgrimanto<br />

(16) 621 9225<br />

9992 3408<br />

Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

No Esperanto em determinados<br />

momentos algumas letras são<br />

acentudas (c, g, h, j, s levam<br />

acento circunflexo e o u braquia).<br />

No momento não estamos, no<br />

PageMaker, conseguindo fazer<br />

uso desses acento. Por este motivo<br />

nos textos em Esperanto lançamos<br />

mão de um recurso utilizado<br />

pelos esperantistas que é o<br />

de colocar a letra “x” em seguida<br />

da letra acentuada. Se alguém<br />

puder nos ajudar neste sentido,<br />

contate-nos através do e-mail<br />

esperanto@jperegrino.com.br.


Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

Dinastia Americana – A aristocracia, a<br />

fortuna e a política da fraude na casa dos Bush<br />

- Kevin Phillips<br />

Neste livro o autor, comentarista político e<br />

econômico, revela como quatro gerações dos<br />

Bush, começando com a aliança original entre<br />

George Herbert Walker e Samuel Prescott Bush,<br />

subindo a escada do poder nacional desde a<br />

Primeira Guerra Mundial, solidificaram o seu<br />

lugar no estabelecimento dos EUA – em Yale,<br />

em Wall Street, no Senado, na CIA, na vicepresidência<br />

e na Casa Branca.<br />

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Peregrino<br />

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<strong>Expressão</strong><br />

Leitura<br />

Filosofia de Banheiro – Gregory Bergman<br />

Refletir, meditar, formar ou combinar<br />

pensamentos ou idéias, lembrar são todos<br />

sinônimos de pensar. O ser humano é movido<br />

pelo pensamento. Mas o fato de pensar envolve<br />

uma ciência que há séculos vem ensinando o<br />

homem não somente a pensar mas como pensar,<br />

desenvolver melhor o seu intelecto, as suas idéias.<br />

Esta ciência é a Filosofia. Para o iniciante no<br />

assunto, o autor incluiu, em cada capítulo, uma<br />

metáfora comum para ser usada como uma<br />

ferramenta de explicação. Conheça o mundo de<br />

Tales, Sócrates, Platão... e outros pensadores que<br />

fizeram a história da Filosofia.<br />

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SUA CIDADE<br />

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11<br />

História de um Sonho – Adolpho Bezerra de<br />

Menezes<br />

Com este livro resgatamos para o público espírita<br />

uma eletrizante história contada por um dos<br />

maiores benfeitores do espiritismo no Brasil,<br />

Bezerra de Menezes, publicada, quando ele ainda<br />

estava em vida, em folhetins pela revista<br />

Reformador. O romance traz a história do próprio<br />

narrador. O desenrolar dá-se nos dois planos:<br />

ora no espaço, ora em estado de vigília. Vale a<br />

pena conferir. Boa leitura!<br />

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Se você tem uma editora ou livraria e deseja divulgar GRATUITAMENTE os livros que estão disponíveis para venda em nosso periódico e site -<br />

www.jperegrino.com.br, basta enviar-nos um exemplar do livro a ser divulgado. Os livros assim recebidos são ao final/início de cada ano doados às<br />

bilbiotecas Padre Euclides e Altino Arantes de Riberião Preto.<br />

Curiosidades em Geral<br />

*Nos conventos, durante a leitura das Escrituras Sagradas, ao se referir a São José, diziam sempre “Pater<br />

Putatibus”, abreviando em “P.P”. Assim surgiu a idéia, nos países de colonização espanhola, de chamar os<br />

José de Pepe.<br />

*Cada rei no baralho representa um grande Rei/Imperador da história:<br />

Espadas: Rei David (Israel)<br />

Trevo: Alexandre Magno (Grécia/Macedônia)<br />

Coração: Carlos Magno (Franca)<br />

Diamantes: Júlio César (Roma)


12 Peregrino<br />

13 - Sei que é indicado colocar-se<br />

no máximo cinco florais no mesmo<br />

frasco. Mas quero saber qual a<br />

coisa certa a fazer se alguém<br />

necessita mais do que cinco<br />

florais? É correto colocar-se os<br />

outros florais em outro frasco e<br />

tomá-los alternadamente? O que<br />

vocês sugerem?<br />

Na realidade é usual dar-se seis<br />

ou sete florais juntos ao mesmo<br />

tempo, e isto é o máximo que<br />

sugerimos. O Dr. Bach é conhecido<br />

por ter dado nove essências juntas<br />

em duas ocasiões, mas lembre-se de<br />

que ele estava acompanhando<br />

milhares de pessoas durante um<br />

período de vários anos.<br />

É muito comum as pessoas<br />

sentirem que precisam muito mais<br />

do que este número. A resposta a<br />

isto é não fazer digamos dois<br />

frascos, mas ao invés utilizar uma<br />

quantidade de florais inferior a seis<br />

ou sete. O importante é pensar sobre<br />

a maneira como você se sente agora<br />

e tratar isto. Trate os sentimentos<br />

principais que você tem agora, e<br />

quando os florais lidarem com eles<br />

você pode então tratar outras<br />

questões que vierem.<br />

14 – Pode-se tomar os florais de<br />

Bach com chá, café?<br />

Você pode colocar as essências<br />

florais no chá, café, refrigerantes e<br />

neste aspecto elas não funcionam<br />

como os remédios homeopáticos.<br />

15 – Gostaria de saber se posso<br />

colocar gotas do floral em bebidas<br />

quentes sem destruir a capacidade<br />

de cura do floral.<br />

Sim, você pode colocar gotas de<br />

floral em bebidas quentes – água,<br />

chá, café, etc... Isto não afetará a<br />

potência dos florais, e por causa do<br />

calor fará com que o álcool colocado<br />

junto com o floral evapore. É um<br />

método que às vezes recomendamos<br />

para pessoas que por uma razão ou<br />

outra desgostem do álcool.<br />

16 – Um par de meses atrás eu<br />

derrubei um vidro de Rescue e o<br />

vidro quebrou-se em dois pedaços<br />

na parte superior, mas o líquido<br />

ainda ficou dentro. Eu o guardei<br />

desta forma, coberto, mas certamente<br />

o ar entrou. Ainda é<br />

usável?<br />

O ar não estragará o floral,<br />

embora o brandy possa começar a<br />

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<strong>Expressão</strong><br />

Florais de Bach - Perguntas freqüentes (continuação)<br />

perder o sabor. A única coisa a nos<br />

preocupar poderia ser pedaços de<br />

vidro. A melhor coisa a fazer seria<br />

filtrar o floral em um vidro para<br />

floral sobressalente. Um simples<br />

filtro de café pode ser usado.<br />

17 - Ouvi dizer que se você toma<br />

Pine por muito tempo você experimentará<br />

o estado negativo de<br />

Pine.<br />

Isto não é verdade. Os florais são<br />

totalmente positivos e não podem<br />

sob nenhuma circunstância provocar<br />

o aparecimento de um estado<br />

negativo.<br />

18 – Você deve adicionar álcool<br />

em um vidro de floral?<br />

O modo padrão de misturar os<br />

florais em um vidro é colocar duas<br />

gotas de cada essência selecionada<br />

em um vidro de 30 ml e, depois<br />

preencher com água mineral. Se<br />

você mantém em lugar fresco –<br />

preferivelmente no “refrigerador” –<br />

e se você tomar o cuidado de não<br />

deixar o conta-gotas tocar sua<br />

língua, então a água permanecerá<br />

fresca por duas ou três semanas,<br />

período que deve durar o conteúdo<br />

do frasco.<br />

Você somente necessita<br />

adicionar álcool se a garrafa não<br />

ficar em lugar fresco – se, digamos,<br />

você pretende carregá-la em seu<br />

bolso durante todo o tempo. A única<br />

razão pela qual você necessita do<br />

álcool é para que a água não se<br />

evapore. Uma colher de chá de<br />

brandy, de cerca de 5 ml, é o<br />

suficiente para este fim.<br />

Alternativamente você pode se<br />

utilizar vinagre de cidra ou<br />

glicerina vegetal.<br />

19 – Quando se deve parar de<br />

tomar os florais?<br />

Quando o problema que está<br />

sendo tratado for embora, não há<br />

necessidade em continuar tomando.<br />

20 – Se as coisas pioram uma vez<br />

que você tenha começado a tomar<br />

os florais, deve-se parar ou<br />

continuar a tomá-los?<br />

Os florais de Bach não causam<br />

efeitos colaterais ou agravantes,<br />

mas pode ser que os florais estejam<br />

trazendo à tona sentimentos<br />

represados que devem ser clareados<br />

antes que uma cura completa possa<br />

ter efeito. Se você sente isto neste<br />

caso então você pode olhar para ver<br />

se há uma necessidade de outro<br />

floral em vez dos que você está<br />

tomando.<br />

Quando as coisas estão piorando<br />

a despeito dos florais isto pode<br />

significar uma de duas coisas. Ou<br />

os florais não tiveram tempo de agir<br />

(dois ou mais meses ou mesmo anos<br />

de doses regulares podem ser<br />

necessários para lidar com<br />

problemas profundos enraizados)<br />

ou a seleção foi errada.<br />

Em qualquer caso, os florais não<br />

irão por conta própria causar<br />

sintomas ou problemas que já não<br />

estavam em você e são totalmente<br />

benéficos em seus efeitos. Isto<br />

significa que não há necessidade de<br />

parar de tomar os florais.<br />

21 – É sempre melhor indicar<br />

poucos florais?<br />

É sempre melhor indicar poucos<br />

florais. A linha normal de conduta<br />

é tentar não usar mais do que seis<br />

ou sete de uma só vez, desde que a<br />

experiência tem mostrado que mais<br />

do que este número é desnecessário.<br />

Tomando mais florais do que o<br />

necessário, podemos perder o foco,<br />

e os que são realmente necessários<br />

não funcionarão tão bem ou tão<br />

rápido como poderiam.<br />

Também, não é verdade de que<br />

três florais são melhores do que<br />

quatro, ou de que o tratamento ideal<br />

é com um simples floral: se seis (ou<br />

oito, ou mesmo nove) florais<br />

realmente são necessários é o<br />

quanto você deve tomar.<br />

22 – Existem algumas combinações<br />

de florais que nunca<br />

deveriam ser usadas?<br />

Não. Mesmo os florais que<br />

parecem ir em direções opostas<br />

(Vervain e Wild Rose, por exemplo,<br />

ou Vine e Centaury) podem<br />

ocasionalmente ser necessários uma<br />

vez para a mesma pessoa. Tudo<br />

depende da personalidade e dos<br />

estados emocionais de quem está<br />

sendo tratado.<br />

23. Estou procurando ajuda para<br />

clarear meu entendimento sobre<br />

o floral Sweet Chestnut. Como é<br />

a depressão do Sweet Chestnut<br />

comparada ao do Mustard? E<br />

como se compara a desesperança<br />

do Gorse e a falta de fé do<br />

Gentian?<br />

Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004<br />

Tradução: Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz<br />

Gentian é para uma branda<br />

melancolia após um transtorno. Por<br />

exemplo, você pode ter concorrido<br />

a um emprego e falhado em obtêlo.<br />

Você diz “Eu poderia desistir” –<br />

mas, porém, com um coração<br />

pesaroso, você inscreve-se em outra<br />

função para um trabalho diferente.<br />

Gorse é para quando você se<br />

sente muito pessimista. Alguma<br />

coisa saiu errado e você decide<br />

desistir porque não há “razão” em<br />

tentar novamente. Para usar o<br />

mesmo exemplo, você se candidata<br />

para um emprego e falha em<br />

consegui-lo. Em um estado Gorse<br />

você diz “É isto, desisto” e rasga o<br />

outro formulário para outro<br />

emprego.<br />

Sweet Chestnut é uma coisa<br />

totalmente diferente. Dr. Bach<br />

classificou o Gentian e o Gorse no<br />

grupo da “Incerteza”, porque nos<br />

dois momentos o problema não é<br />

desespero genuíno, mas falta de fé.<br />

O estado de Sweet Chestnut é para<br />

quando realmente todas as avenidas<br />

estão fechadas. Imagine alguém que<br />

tentou e tentou conseguir um<br />

emprego. Todo tempo ele está em<br />

busca de trabalho e o aluguel<br />

permanece não pago. Sua mulher e<br />

filhos estão morrendo de fome. Ele<br />

não tem dinheiro para viajar para<br />

uma entrevista e suas roupas estão<br />

muito desgastadas para que ele<br />

consiga um emprego de qualquer<br />

maneira. Então os fiadores chegam<br />

para retirá-los da casa. Isto é<br />

absolutamente desesperador. A<br />

noite escura da alma, quando todos<br />

os possíveis caminhos foram<br />

cortados. Porém ele não pensa em<br />

suicídio e continua lutando. A<br />

diferença entre Gentian e Gorse e<br />

Sweet Chestnut é clara.<br />

Finalmente, Mustard é um floral<br />

para quando tudo na vida está bem,<br />

mas ainda sentimos desânimo,<br />

como se houvesse uma nuvem<br />

pairando sobre nós. Para usar o<br />

mesmo exemplo, você pode ter<br />

conseguido o emprego que você<br />

realmente queria. Você pode estar<br />

excitado, mas seu espírito está em<br />

baixa. Quando as pessoas dizem<br />

“Por que você está tão desanimado?”<br />

Você pode apenas<br />

balançar seus ombros e não saber o<br />

porquê.<br />

(Continua na próxima edição)<br />

Fonte: www.bachcentre.com

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