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Peregrino - Alumiar

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PREÇO NAS BANCAS R$1,00<br />

IMPRESSO<br />

<strong>Peregrino</strong><br />

Informação, Informação, Cultura Cultura e e Livre Livre Expressão<br />

Expressão<br />

www.jperegrino.com.br<br />

das Letras<br />

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA<br />

Ribeirão Ribeirão Preto Preto - SP SP - Ano - Ano IV - VI Nº 41 - Nº - Setembro/2003 10 - fevereiro/2006 - R$ 1,00<br />

“Que a tua sabedoria não seja uma humilhação para o teu próximo”. Omar Khayyan<br />

PROPOSTA DE ORTOGRAFIA FONÊMICA PARA A LÍNGUA PORTUGUESA<br />

A LÍNGUA PORTUGUESA, nas suas formas falada e escrita, é certamente um patrimônio coletivo de valor inestimável de que<br />

desfrutam brasileiros, portugueses e africanos. Contudo, a ortografia de que dispomos, erigida sobre um alfabeto com letras multíssonas,<br />

conduz a freqüentes dúvidas ao escrever, tornando muitas vezes obrigatória a consulta a dicionários só por razões de ortografia.<br />

Visando eliminar tais irregularidades, propõe-se seja adotada na prática, a ortografia fonêmica definida como: “Cada letra só tem um<br />

som, e vice-versa”...<br />

PÁGINAS 6 e 7<br />

FEBRE MACULOSA<br />

A Febre Maculosa é uma zoonose (doença que pode ser<br />

transmitida de um animal para a espécie humana) somente através<br />

da picada de carrapatos da espécie Amblyomma cajennense,<br />

popularmente conhecidos como “carrapato estrela” ou “carrapato<br />

do cavalo”, seja tanto na forma adulta quanto na forma de larvas<br />

ou ninfas (popularmente chamados de “micuins”), portanto não é<br />

possível a transmissão direta do homem para o homem e nem de<br />

animal para animal...<br />

PÁGINA 3<br />

PLANTAS,<br />

FRUTAS E<br />

ERVAS<br />

Begônia<br />

Essência de alfazema<br />

Amendoeira<br />

Abacaxi<br />

PÁGINAS 3 e 9<br />

A HORA E A VEZ DA POESIA<br />

Folheando uma revista de meses atrás, numa sala de espera,<br />

encontrei um artigo sobre “poesia na era da pressa”, ou seja, a<br />

atual..<br />

O artigo dizia que hoje não se tem tempo mais para ler<br />

romances, porque são muito longos. Essa idéia de que o romance<br />

consome muito tempo seria de Camile Paglia, também comentada<br />

numa edição do “Mais” da Folha de São Paulo. O mundo hoje é<br />

da pressa, da televisão, do cinema, do videogame e tantas outras<br />

coisas que incluem rapidez. Então é tempo de ler poesia...<br />

PÁGINA 5<br />

SÍSIFO NÃO MORREU<br />

“Não terei compaixão de seus filhos, pois são filhos da<br />

prostituição”. (Oséias – 1,6)<br />

Embora todos os pensadores preconizem que, ao longo dos<br />

séculos, o homem vem evoluindo e, mais recentemente, o vem<br />

fazendo a passos largos em vista dos incontroláveis efeitos da<br />

tecnologia de comunicação, a verdade é que, na essência, este<br />

homem continua (quase) o mesmo.<br />

No livro Ponto de Ruptura e Transformação, Cultrix, 1990,<br />

George Land e Beth Jarman afirmam “o que hoje experimentamos<br />

não tem precedentes na história registrada. (...) As constantes<br />

comutações que se operam sob as manchetes do dia-a-dia<br />

assinalam mudanças, não de grau, mas de tipo. O fato que<br />

devemos encarar é: a própria mudança mudou!” (p. 16) De que<br />

mudança da mudança falam eles?...<br />

PÁGINA 8<br />

LIVROS<br />

Entre o céu e a terra – Nilva<br />

Mariani – Editora Legis<br />

Summa<br />

Gestão de Recursos Humanos<br />

– Gilson José Fidelis, Márcia<br />

Regina Banov - Editora Érica<br />

Ltda.<br />

Dominando a Arte da Guerra<br />

– Liu Ji e Zhuge Liang – Grupo<br />

Editorial Madras<br />

Ninguém morre de trabalhar –<br />

Osmar de Almeida Santos –<br />

Editora Textonovo<br />

PÁGINA 11


2<br />

Editorial<br />

E lá vem carnaval. Parece que foi ontem, não é? O tempo anda<br />

passando depressa demais. Ainda bem que as coisas boas não<br />

passam. E falando em coisa boa, resolvemos relembrar uma música<br />

de carnaval composta por Paulinho da Viola, em 1969, em<br />

homenagem à Portela, escola de seu coração. Lá vai a letra. Letra<br />

com sentimento dos bons. Música que faz sentir. Bom Carnaval<br />

para todos.<br />

Foi um rio que passou em minha vida<br />

Se um dia<br />

Meu coração for consultado<br />

Para saber se andou errado<br />

Será difícil negar<br />

Meu coração tem mania de<br />

amor<br />

Amor não é fácil de achar<br />

A marca dos meus desenganos<br />

Ficou, ficou<br />

Só um amor pode apagar!<br />

Porém, ai, porém<br />

Há um caso diferente<br />

Que marcou num breve tempo<br />

Meu coração para sempre<br />

Era dia de carnaval<br />

Carregava uma tristeza<br />

Não pensava em novo amor<br />

J<strong>Peregrino</strong> Comunicação Visual Ltda.<br />

<strong>Peregrino</strong> - 1ª edição - Maio / 2000<br />

Direção<br />

José Roberto Ruiz - MTb 36.952<br />

Redatora<br />

Mariza Helena R. Facci Ruiz<br />

redacao@jperegrino.com.br<br />

Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz<br />

marizahrfruiz@jperegrino.com.br<br />

J<strong>Peregrino</strong><br />

Comunicação Visual Ltda.<br />

e-mail: falecom@jperegrino.com.br<br />

As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade<br />

de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação<br />

explícita neste sentido.<br />

Endereço para correspondência:<br />

Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - City Ribeirão - Ribeirão Preto - SP<br />

14021-520 - Telefone: (0**16) 3621 9225 / 9992 3408<br />

Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: falecom@jperegrino.com.br<br />

<strong>Peregrino</strong><br />

Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão<br />

Expressão<br />

Quando alguém que não me<br />

lembro<br />

Anunciou!<br />

Portela, Portela!<br />

O samba trazendo alvorada<br />

Meu coração conquistou<br />

Ah! Minha Portela<br />

Quando vi você passar<br />

Senti meu coração apressado<br />

Todo meu corpo tomado<br />

Minha alegria voltar<br />

Não posso definir aquela azul<br />

Não era do céu<br />

Nem era do mar<br />

Foi um rio que passou em<br />

minha vida<br />

E meu coração se deixou<br />

levar...<br />

(16) 3621 9225 /<br />

9992 3408<br />

WebDesign<br />

Francisco Guilherme R. Ruiz<br />

Impressão<br />

Gráfica Spaço<br />

Envelhecemos todos os dias<br />

porque o envelhecer outra coisa não<br />

é que a passagem do tempo e<br />

Cronos come seus filhos sem dó<br />

nem piedade. Envelhecemos mesmo<br />

quando não nos damos conta disso,<br />

mesmo quando ainda não surgiram<br />

os sinais de velhice. Sabemos que<br />

somos seres fadados a envelhecer a<br />

não ser que morramos antes. No<br />

entanto a velhice nos surpreende.<br />

Surpreendemo-nos quando nos<br />

olhamos no espelho e percebemos,<br />

de repente, as primeiras rugas, a<br />

flacidez no rosto, a flacidez no corpo.<br />

Surpreendemo-nos com as primeiras<br />

inseguranças no andar, com a<br />

constatação de que já não temos a<br />

mesma energia de antes. Não nos<br />

preparamos para a velhice, assim<br />

como não nos preparamos para a<br />

morte. O ficar velho, que faz parte<br />

de nossa estadia aqui na Terra,<br />

apresenta-se a nós como um castigo.<br />

Queremos evitá-lo a qualquer<br />

custo.<br />

A indústria de cosméticos<br />

apregoa que pode adiar a passagem<br />

dos dias. Corremos como loucos<br />

contra o relógio. Hoje, mascaramos<br />

os sinais de velhice no decorrer dos<br />

quarenta, dos cinqüenta, dos<br />

sessenta. Nada contra tratarmos do<br />

corpo, da pele, envelhecermos belos<br />

e atraentes. Porém há que ter certeza<br />

que a velhice virá. Ela nos concede<br />

um tempo e chega calma e tranqüila<br />

a nos impor sua presença. Aos<br />

setenta não há como enganar<br />

ninguém.<br />

Por outro lado mesmo que<br />

consigamos enganar as pessoas -<br />

tive uma tia que diminuía de idade a<br />

cada década – não podemos nos<br />

enganar. Sabemos quantos anos<br />

vivemos, sabemos de nossas lutas,<br />

de nossos cansaços. Sabemos dos<br />

esforços que tivemos de fazer para<br />

esconder nossa idade. Nossos<br />

olhos refletem nossas experiências,<br />

mesmo que o corpo as desminta.<br />

A velhice não é aceita porque<br />

não nos preparamos para ela. Não<br />

se trata de nos tornarmos velhos(as)<br />

mocorongos(as). O cuidado com<br />

nossa aparência é e deve ser fundamental.<br />

Podemos chegar à velhice<br />

belos(as), atraentes e plenos<br />

mentalmente, intelectualmente,<br />

espiritualmente. Não chegaremos,<br />

porém, se não a aceitarmos. É como<br />

deixar algo guardado no armário por<br />

muitos anos a portas cerradas. Um<br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006<br />

Envelhecer<br />

dia a porta será aberta e teremos que<br />

olhar o que deixamos de olhar. O<br />

impacto será então muito maior.<br />

E porque não aceitamos a velhice<br />

nos afastamos dela e não respeitamos<br />

os velhos e não queremos<br />

olhá-los porque revelam o que nos<br />

tornaremos. O respeito a meu ver<br />

significa tratá-los como pessoas<br />

ativas e não como crianças<br />

balbuciantes, não como se não<br />

entendessem o que dizemos, não<br />

como se jamais tivessem vivido<br />

experiências como as nossas.<br />

E porque não aceitamos a velhice<br />

nos tornamos velhos e sentimos<br />

culpa por chegarmos a tal fase da<br />

vida. E nos recolhemos, e temos<br />

medo de que a nossa presença<br />

incomode as pessoas. O círculo se<br />

torna vicioso.<br />

É preciso que nos demos conta<br />

disso. É preciso mudar o conceito<br />

de que velhice é algo de que temos<br />

que nos envergonhar. O velho perde<br />

o poder da presença. Só não o perde<br />

o velho famoso. Imaginem se alguém<br />

vai depreciar um José Saramago!<br />

Então como farão os velhos<br />

comuns e nós que nos tornaremos<br />

ou que estamos nos tornando<br />

velhos comuns para fazermos<br />

presença, para que nos enxerguem<br />

como seres em nova fase de vida,<br />

tão importantes quanto cada<br />

pequeno ser que habita nosso<br />

planeta?<br />

Bem, penso que os velhos podem<br />

começar a parar de culpar-se porque<br />

são velhos, parar de se colocarem<br />

na posição de vítimas porque ficaram<br />

velhos. É um caminho.<br />

No entanto o primeiro passo é<br />

começar por informar as crianças<br />

sobre os ciclos da vida. Nascemos,<br />

vivemos, morremos. Ficamos<br />

velhos. Tudo deve ser levado em<br />

conta. Tudo tem sua importância.<br />

Não somos melhores na infância,<br />

nem na juventude. Somos seres que<br />

evoluem, para os quais toda fase é<br />

importante. Devemos nos desgarrar<br />

do que já se foi para vivermos o<br />

novo. O novo da adolescência, o<br />

novo da maturidade, o novo da<br />

velhice.<br />

Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz<br />

Terapeuta Floral<br />

Practitioner pela Dr. Edward Bach<br />

Foundation, Escritora e membro<br />

da UBE<br />

marizahrfruiz@jperegrino.com.br<br />

Assinatura do <strong>Peregrino</strong><br />

06 meses - R$15,00 / 12 meses - R$30,00<br />

Telefones<br />

(16) 3621 9225 / 9992 3408<br />

e-mail:<br />

falecom@jperegrino.com.br


<strong>Peregrino</strong><br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006 Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão Expressão<br />

Expressão<br />

A Febre Maculosa é uma<br />

zoonose (doença que pode ser<br />

transmitida de um animal para a<br />

espécie humana) somente<br />

através da picada de carrapatos<br />

da espécie Amblyomma<br />

cajennense, popularmente<br />

conhecidos como “carrapato<br />

estrela” ou “carrapato do<br />

cavalo”, seja tanto na forma<br />

adulta quanto na forma de larvas<br />

ou ninfas (popularmente<br />

chamados de “micuins”),<br />

portanto não é possível a<br />

transmissão direta do homem<br />

para o homem e nem de animal<br />

para animal.<br />

O agente causador dessa<br />

enfermidade é uma bactéria<br />

denominada Rickettsia rickettsii,<br />

que necessita do<br />

carrapato como hospedeiro<br />

intermediário, que a contrai<br />

picando um animal portador da<br />

doença, denominado “reservatório”,<br />

ou seja, que convivem<br />

com a bactéria mas não<br />

apresentam sinais clínicos da<br />

doença (portadores sãos).<br />

Dentre esses “animais reservatórios”<br />

podemos citar o<br />

Febre Maculosa<br />

coelho, aves, eqüinos, bovinos,<br />

além dos silvestres, capivara e<br />

roedores. Os cães raramente<br />

apresentam sintomas da doença,<br />

que são bastante leves quando<br />

ocorrem e podem nem ser<br />

percebidos pelos proprietários.<br />

Em alguns casos podem ocorrer<br />

febre alta, inapetência, além de<br />

manchas ou pontos avermelhados<br />

na pele. Quando o<br />

carrapato se fixa à pele, devido<br />

a questões metabólicas de seu<br />

organismo, o tempo que transcorrerá<br />

para ocorrer a infecção<br />

será em torno de 4 a 6 horas,<br />

portanto é preciso que se fique<br />

bastante atento e caso ocorra<br />

uma infestação é de fundamental<br />

importância que se elimine o mais<br />

rápido possível os parasitas da<br />

pele.<br />

No caso do homem, os<br />

principais sinais de infecção são<br />

febre bastante alta, além da<br />

presença de manchas avermelhadas<br />

pelo corpo. O médico<br />

deverá ser procurado o mais<br />

rápido possível para que se inicie<br />

o tratamento, aumentando assim<br />

as chances de uma cura mais<br />

rápida. No Brasil a incidência<br />

dessa enfermidade felizmente é<br />

baixa, apresentando maior<br />

ocorrência em zonas rurais,<br />

muito embora a mídia venha<br />

divulgando com muita veemência<br />

casos confirmados<br />

positivos ocorridos em diversas<br />

regiões do país. Portanto,<br />

finalizando, caso seu cão<br />

apresente infestação por<br />

carrapatos, não há motivos para<br />

alarde com relação à Febre<br />

Maculosa, a não ser que na<br />

região haja a presença de algum<br />

foco da doença. É de fundamental<br />

importância o controle<br />

e a erradicação dos carrapatos,<br />

que também transmitem outras<br />

doenças aos cães, dentre elas a<br />

erlichiose, sobre a qual já<br />

discorremos há algum tempo<br />

neste jornal, além da babesiose<br />

e anaplasmose, cujos quadros<br />

são bastante parecidos e devem<br />

ser diagnosticados com a<br />

máxima precocidade pelo clínico<br />

veterinário, que também será o<br />

melhor consultor para a<br />

indicação de produtos com<br />

maior eficácia e eficiência para<br />

o controle e erradicação dos<br />

carrapatos, tanto do meio<br />

ambiente quanto dos animais.<br />

Deve-se ter em conta que o<br />

produto de eleição seja mortal<br />

para os parasitas e atóxico para<br />

os animais, pois costumamos<br />

atender diversos casos de<br />

intoxicação, muitas vezes fatais,<br />

pelo uso indiscriminado de<br />

produtos “vendidos em balcões<br />

e indicados por leigos”. Procure<br />

sempre um profissional da sua<br />

confiança.<br />

Dr. Mussi A. de Lacerda<br />

Médico Veterinário<br />

CRMVSP 3065<br />

Begônia-asa-de-anjo<br />

Begonia “Corallina de<br />

Lucerna”<br />

A begônia-asa-de-anjo fica<br />

florida quase o ano todo<br />

chamando a atenção também<br />

para seus bonitos cachos de<br />

flores cor de coral. Como ela<br />

cresce vigorosamente e forma<br />

densas touceiras, você deve<br />

podar pelo menos uma vez<br />

por ano.<br />

Luz: Média a alta intensidade,<br />

próximo a uma janela de face<br />

norte ou leste.<br />

Temperatura: 18 a 24 ºC,<br />

tolerando até 13ºC.<br />

Água: Regue generosamente,<br />

mas espere o solo do vaso<br />

secar, antes de regar novamente.<br />

Adubação: A cada 1 ou 2<br />

meses.<br />

Propagação: Estacas de<br />

ponteiros ou de folhas.<br />

Cuidados especiais: Quando<br />

a planta atingir cerca de<br />

1,50 m, pode para estimular<br />

a brotação, deixando-a com<br />

30 cm.<br />

Problemas comuns: Se<br />

houver perda excessiva de<br />

folhas, diminua a freqüência<br />

das regas.<br />

Fonte: Flora – Essencial –<br />

Um guia prático para a<br />

saúde e beleza.<br />

3


4<br />

(16) 3621 9225 /<br />

9992 3408<br />

O conteúdo do Site do <strong>Peregrino</strong><br />

- www.jperegrino.com.br, mudou.<br />

Os textos que receberam<br />

mais visitas, de acordo com o relatório<br />

de nosso provedor -<br />

Locaweb e, que foram mais comentários<br />

por parte de nossos<br />

leitores, estão agora disponibilizados<br />

para consulta.<br />

Em nossa página na internet -<br />

www.jperegrino.com.br, você encontra<br />

: Antroposofia, Arte, Astrologia,<br />

Educação, Esperanto,<br />

Fauna e Flora, Fitoterapia, I<br />

Ching, Literatura, Língua Portuguesa,<br />

Poesias, Psicologia, Tai<br />

Chi, Tarô, Terapias, Saúde, ...<br />

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Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão<br />

Expressão<br />

No capítulo anterior, vimos a<br />

importância da comunicação<br />

frente a frente. Independente do<br />

aparelho de projeção, retroprojetor<br />

ou projetor multimídia, o<br />

apresentador deve olhar para o<br />

público o máximo de tempo<br />

possível. De pé, jamais sentado,<br />

o apresentador distribui o seu<br />

olhar de modo a varrer todo o<br />

público. Nada de estabelecer um<br />

ponto fixo ou de priorizar algumas<br />

pessoas do auditório.<br />

À comunicação frente a<br />

frente se adicionam os chamados<br />

recursos de oratória. O<br />

primeiro deles é a movimentação.<br />

De maneira moderada, movimentar-se<br />

o tempo todo. Não<br />

ficar imóvel, nem preso ao<br />

microcomputador. Com a<br />

necessidade de clicar o teclado<br />

do microcomputador para<br />

avançar os slides ou os tópicos<br />

de cada slide, muitos apresentadores<br />

descuidam e se<br />

acomodam junto ao micro.<br />

Outro recurso é a gesticulação.<br />

Usar sempre uma<br />

gesticulação moderada, alternando<br />

as duas mãos, entre a linha<br />

de cintura e o queixo. Nunca<br />

abaixo da linha de cintura, nem<br />

acima do queixo.<br />

Por último, a voz. Em apresentações<br />

orais, obviamente a<br />

voz tem importância capital. Não<br />

havendo microfone, o volume ou<br />

intensidade de voz tem que ser<br />

compatível com o tamanho da<br />

sala e a sua acústica. Até na<br />

última fila tem que ser audível.<br />

O ritmo da fala deve ser moderado,<br />

nem muito acelerado,<br />

como certos nordestinos falam,<br />

nem muito devagar como alguns<br />

mineiros típicos do interior. A<br />

dicção, ou articulação como<br />

preferem os fonoaudiólogos,<br />

também precisa ser bem exercida<br />

para que as palavras sejam<br />

pronunciadas claramente. E,<br />

para completar, a entonação não<br />

pode ser esquecida. É a melodia<br />

fala. A ausência da entonação é<br />

que estabelece a monotonia<br />

(etimologicamente, um único<br />

tom).<br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006<br />

Apresentações orais - V: Recursos de oratória<br />

O Moço<br />

Não me perguntem quantos anos<br />

tenho, e, sim,<br />

quantas cartas mandei e recebi.<br />

Se mais jovem, se mais velho...o<br />

que importa,<br />

se ainda sou um fervilhar de<br />

sonhos,<br />

se não carrego o fardo da<br />

esperança morta...<br />

Não me perguntem quantos anos<br />

tenho, e sim,<br />

quantos beijos troquei - beijos de<br />

amor!<br />

Se a juventude em mim ainda é<br />

festa,<br />

se aproveito de tudo a cada<br />

instante,<br />

e se bebo da taça gota a gota...<br />

Ora! Então pouco se me dá quanta<br />

gota resta!<br />

Não me perguntem quantos anos<br />

tenho, mas...<br />

queiram saber de mim se criei<br />

filhos,<br />

queiram saber de mim que obras<br />

fiz,<br />

queiram saber de mim que amigos<br />

tenho,<br />

e se alguém pude eu tornar feliz.<br />

Não me perguntem quantos anos<br />

tenho, mas...<br />

queiram saber de mim que livros li,<br />

queiram saber de mim por onde<br />

andei,<br />

queiram saber de mim quantas<br />

histórias,<br />

Concluindo essa série de<br />

cinco capítulos sobre as apresentações<br />

orais, lembremos que<br />

as apresentações são sempre<br />

oportunidades de sucesso. Para<br />

que essas oportunidades não<br />

sejam desperdiçadas, basta<br />

empregar a técnica de apresentação.<br />

A técnica, que desempenha<br />

o papel de embalagem<br />

do produto (considerando como<br />

produto o conteúdo da apresentação),<br />

é constituída por uma<br />

tríade. A elaboração dos slides,<br />

usando de criatividade e fugindo<br />

das regras de texto, a utilização<br />

do aparelho de projeção, de<br />

modo a priorizar a comunicação<br />

frente a frente, e o emprego dos<br />

chamados recursos de oratória.<br />

Muito sucesso nas suas<br />

próximas apresentações!<br />

Colaboração: José Carlos<br />

Cintra<br />

Prof. Titular, USP / São<br />

Carlos<br />

cintrajc@sc.usp.br<br />

quantos versos ouvi, quantos<br />

cantei.<br />

E assim, somente assim, todos<br />

vocês,<br />

por mais brancos que estejam<br />

meus cabelos,<br />

por mais rugas que vejam em meu<br />

rosto,<br />

terão vontade de chamar “O<br />

Moço!”<br />

E, ao me verem passar aqui...alí...<br />

não saberão ao certo a minha<br />

idade,<br />

mas saberão, por certo, que eu<br />

vivi!<br />

Moacyr José Sacramento<br />

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<strong>Peregrino</strong><br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006 Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão Expressão<br />

Expressão<br />

A hora e a vez da poesia<br />

Folheando uma revista de meses<br />

atrás, numa sala de espera, encontrei<br />

um artigo sobre “poesia na era da<br />

pressa”, ou seja, a atual..<br />

O artigo dizia que hoje não se<br />

tem tempo mais para ler romances,<br />

porque são muito longos. Essa idéia<br />

de que o romance consome muito<br />

tempo seria de Camile Paglia,<br />

também comentada numa edição do<br />

“Mais” da Folha de São Paulo. O<br />

mundo hoje é da pressa, da televisão,<br />

do cinema, do videogame e<br />

tantas outras coisas que incluem<br />

rapidez. Então é tempo de ler poesia.<br />

Curiosa colocação. Está correta,<br />

colocando-se o tempo como mediador<br />

entre a arte literária e os<br />

entretenimentos citados cada vez<br />

mais convidativos. Todos, porém,<br />

consomem tempo, mais, ou menos,<br />

mas consomem. E tempo é uma<br />

questão de preferência. Cabe à<br />

pessoa decidir se prefere um seriado<br />

ruinzinho na televisão, desses<br />

importados a granel, um programa<br />

de auditório, uma novela ou ler um<br />

bom romance ou outro livro mais útil<br />

e interessante que tais programas.<br />

A poesia ganha espaço nessa<br />

competição porque consome menos<br />

tempo, a não ser que se queira ler<br />

Os Lusíadas ou A Divina Comédia.<br />

Hoje não mais se escrevem<br />

poemas épicos e epopéias, especialmente<br />

tão longas como essas.<br />

Mesmo no conceito moderno de<br />

épico, em que o “eu” do poeta<br />

funciona como uma espécie de<br />

grande tela onde se projetam os<br />

“eus” da Humanidade, ou, se se<br />

quiser, o “eu” essencial de todo<br />

homem”, conforme o professor<br />

Massaud Moisés; os poemas são<br />

mais curtos e seus temas são<br />

universais, nascem das inquietudes<br />

humanas, dos eternos problemas<br />

fundamentais que afligem o ser<br />

humano.<br />

O mesmo poeta pode ser ora<br />

lírico, expressando emoções e sentimentos<br />

comuns à maioria das<br />

pessoas, ora épico, mergulhando em<br />

profundidade no “eu”, para transcendê-lo<br />

e tentar abarcar toda a<br />

Humanidade. Poetas como Fernando<br />

Pessoa, Cruz e Sousa,<br />

Baudelaire, Walt Whitman e tantos<br />

outros.<br />

São poetas que merecem ser<br />

lidos sempre, mesmo que tomem o<br />

tempo de um romance, voltando à<br />

idéia inicial. Ou então, ler devagarinho,<br />

um poema por vez,<br />

sentindo-o, impregnando-se dele,<br />

sempre que o tempo permitir, mas<br />

não deixar de ler. Um antigo mestre<br />

dizia que a literatura é a rainha das<br />

artes e a poesia a pedra mais<br />

preciosa de sua coroa. E literatura é<br />

uma arte temporal, não nos<br />

esqueçamos.<br />

O artigo, a que me referi no início,<br />

diz ainda que hoje é o dia D da<br />

poesia, como uma vingança contra<br />

a prosa, mas que é preciso reaprender<br />

a ler poesia. De fato. Há<br />

gente, entretanto, que nunca leu<br />

poesia, gente que se considera<br />

razoavelmente culta, boa classe<br />

social e educação. Nem sequer<br />

imagina o que está perdendo ou<br />

deixando de ganhar em aprimoramento<br />

do espírito, sensibilidade,<br />

beleza, cultura...<br />

Uma vez, num curso de<br />

reciclagem para professores, li um<br />

poema como gosto de fazer, declamando,<br />

com toda a sensibilidade<br />

que o texto exigia e de que eu era<br />

capaz, e disse aos alunos-colegas<br />

aos quais fazia a palestra, que assim<br />

é que deveriam ler os poemas para<br />

seus alunos, expressivamente, para<br />

que o entendessem bem, porque os<br />

alunos não sabem ler poesia. Uma<br />

jovem professora perguntou então:<br />

“Mas quem tem coragem?” Francamente...na<br />

hora, o impacto foi tão<br />

grande que demorei a responder.<br />

Assim nunca haverá hora e vez da<br />

poesia, nem para essa professora de<br />

Português que tem vergonha de ler<br />

para seus alunos.<br />

Infelizmente, como tudo na vida,<br />

há professores e professores. Por<br />

isso, conheço outras que até<br />

estimulam os alunos a escreverem<br />

poemas, orientando-os, fazendo<br />

concursos de composição e interpretação<br />

e publicando, depois,<br />

antologias das turmas. Assim, como<br />

dizia um ex-colega e amigo que já se<br />

foi para outros planos, “nem tudo<br />

está perdido”.<br />

Nilva Mariani<br />

ARL - Academia Ribeirãopretana<br />

de Letras<br />

Crianças cuidadas por mãos<br />

conscientes e amorosas<br />

Conscientizar a sociedade a<br />

respeito da importância do<br />

cuidado para com a preservação<br />

da singularidade que<br />

cada criança representa e<br />

necessita vivenciar é fundamental.<br />

Desta forma ela<br />

pode contribuir para o processo<br />

criativo da estória de<br />

seus filhos. Educar uma criança<br />

seja no âmbito familiar ou<br />

social, hoje em dia, requer a<br />

abertura da percepção amorosa<br />

para compreender seu<br />

mundo.<br />

Na fase da infância (0 –12<br />

anos) a criança apreende o<br />

mundo através do imitar, copiar<br />

e, portanto ela se espelha em<br />

todo e qualquer adulto que<br />

com ela se relacione. Portanto,<br />

todo adulto com o qual mantém<br />

uma relação afetiva, tornase<br />

professor, pois a criança o<br />

tem como modelo.<br />

No mundo atual onde a<br />

realização profissional da<br />

mulher está cada vez mais<br />

sendo solicitada, a criança tem<br />

se tornado uma vítima do<br />

sistema sendo literalmente<br />

desconsiderada em suas necessidades<br />

básicas de contato<br />

amoroso, íntimo, estável e<br />

permanente de uma figura<br />

parental (pessoa que se<br />

comporta e se relaciona com a<br />

criança como um pai ou mãe<br />

amorosos e com maturidade<br />

emocional adequada) que lhe<br />

transmita total segurança,<br />

apoio, aceitação, aprovação,<br />

consideração, reconhecimento<br />

de sua potencialidade e do<br />

espaço que veio ocupar dentro<br />

da grande família humana à<br />

qual todos nós pertencemos.<br />

A criança que antes tinha a<br />

oportunidade de usufruir um<br />

espaço sagrado dentro de seu<br />

lar, no qual se sentia segura<br />

com seus objetos de amor<br />

pessoais (brinquedos, irmãos,<br />

pais, avós...) que contribuíam<br />

para seu desenvolvimento, hoje<br />

se encontra dividindo e sendo<br />

dividida logo na primeira<br />

infância pulando etapas de<br />

amadurecimento o que repercutirá,<br />

no futuro, em problemas<br />

de adaptação.<br />

A primeira infância é<br />

reconhecidamente uma fase<br />

egóica em que a criança exige<br />

ser o centro das atenções<br />

amorosas e objetivas, através<br />

do qual vai realizando a percepção<br />

da própria identidade<br />

e aprendendo a amar. Se lhe<br />

for solicitada, de forma<br />

precoce, a convivência social<br />

fora do seu ambiente familiar e<br />

se suas necessidades não<br />

forem atendidas a contento,<br />

torna-se insegura diminuindo o<br />

senso de confiança, que é a<br />

base para adaptação psicossocial<br />

futura.<br />

Silvana Cecílio Janeiro<br />

Telefones: (16) 3620 7708<br />

ou 9129 2066<br />

PAE – PROTEÇÃO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO<br />

BABÁS CONSCIENTES<br />

A empresa PAE - Proteger Através da Educação - visa<br />

atender a necessidade do mercado assegurando à família<br />

a colocação de profissionais, babás conscientes,<br />

previamente preparadas para atender as necessidades<br />

básicas da criança em seu desenvolvimento físico, mental<br />

e emocional.<br />

Levar pessoas conscientes para cuidar da criança<br />

evitará muitos contratempos no processo de<br />

amadurecimento e desenvolvimento de sua identidade.<br />

Telefones: (16) 3620 7708 ou 9129 2066<br />

Silvana Cecílio Janeiro<br />

5


6<br />

Introdução<br />

A LÍNGUA PORTUGUESA,<br />

nas suas formas falada e escrita,<br />

é certamente um patrimônio<br />

coletivo de valor inestimável de<br />

que desfrutam brasileiros,<br />

portugueses e africanos. Contudo,<br />

a ortografia de que<br />

dispomos, erigida sobre um<br />

alfabeto com letras multíssonas,<br />

conduz a freqüentes dúvidas ao<br />

escrever, tornando muitas vezes<br />

obrigatória a consulta a dicionários<br />

só por razões de<br />

ortografia. Visando eliminar tais<br />

irregularidades, propõe-se seja<br />

adotada na prática, a ortografia<br />

fonêmica definida como: “Cada<br />

letra só tem um som, e viceversa”.<br />

Mudanças propostas para<br />

escrita lógica e regular<br />

1- G, com som de GUÊ. Ex:<br />

gitarra, gerra, água.<br />

2- J (substituindo o G com som<br />

de J). Ex: jente, jirafa.<br />

<strong>Peregrino</strong><br />

Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão<br />

Expressão<br />

3- Não há letras mudas. Ex: oje,<br />

otel.<br />

4- Dígrafos NH, LH, RR<br />

mantidos. Ex: manhã, folha,<br />

karro.<br />

5- N antes de qualquer<br />

consoante e em sons nasais. Ex:<br />

tanbén, tanpa, mantén.<br />

6- K em lugar de C e Q. Ex:<br />

kaza, keijo.<br />

7- KS em lugar de X com som<br />

de KS. Ex: sekso, táksi.<br />

8- S em lugar de C com som de<br />

S. Ex: senoura, sinema, sidade.<br />

9- S em lugar de X com som de<br />

S. Ex: esplikar, êstaze.<br />

10- S em lugar de SS. Ex: misa,<br />

asado.<br />

11- X em lugar de CH. Ex: xave,<br />

xamar.<br />

12- Z em lugar de X com som<br />

de Z. Ex: ezenplo, ezame, ezato.<br />

13- Z em lugar de S com som<br />

de Z. Ex: fraze, múzika.<br />

14 - Palavras terminadas em A<br />

nasal recebem apenas um til (~).<br />

Ex: irmã, Irã, rã.<br />

15- ALFABETO: 5 vogais: A,<br />

E, I, O, U e 17 consoantes:<br />

B(BÊ), D(DÊ), F(FÊ), G(GUÊ),<br />

H(AGUÊ), J(JÊ), K(KÊ),<br />

L(LÊ), M(MÊ), N(NÊ), P(PÊ),<br />

R(RÊ), S(SÊ), T(TÊ), V(VÊ),<br />

X(XÊ), Z(ZÊ).<br />

Acentuação<br />

Os monossílabos tônicos são<br />

acentuados. Ex: só, pó, nó, sé,<br />

pé.<br />

As palavras oxítonas seguidas<br />

ou não de S são acentuadas. Ex:<br />

kajá, kajás, rapé, rapés.<br />

As oxítonas, terminadas em L,<br />

R não são acentuadas. Ex:<br />

animal, farol, amar, pedir.<br />

As paroxítonas não são<br />

acentuadas. Ex: estudo, ponte,<br />

ponbo, bonito.<br />

Toda palavra proparoxítona é<br />

acentuada. Ex: gramátika,<br />

prédio, krítiko, próprio.<br />

Texto exemplo<br />

Konplikasão Ortográfika da<br />

Antolojia ortofonêmika<br />

brazileira – Volume nº1<br />

Ningén ignora, todos senten<br />

na pele: a ortografia do Brazil<br />

está muito konplikada<br />

atualmente. Ningén konsege<br />

aprendê-la por konpleto. E os<br />

ke aprenden kon serta<br />

dezenvoltura fíkan uzando iso<br />

para demonstrar status e<br />

sabedoria - mas kuando<br />

akaba, terminan senpre por<br />

nesesitar de ir ao disionário de<br />

vês en kuando para tirar<br />

dúvidas ortográfikas. Mesmo<br />

profisionais da palavra<br />

kalejados, komo os revizores,<br />

tên o disionário komo instrumento<br />

de trabalho.<br />

Perdemos uma longa parte de<br />

noso tenpo e de nosas enerjias<br />

eskolares estudando ke ou tal<br />

kual palavra se eskreve kon<br />

“x” e não kon “z”, kon “ss”<br />

e não kon “c”, kon “j” e não<br />

kon “g”. E pior akabarnos<br />

não aprendendo nunka. Uma<br />

konplikasão!<br />

Tudo iso porkê? Tudo devido<br />

a uma tal “ortografia<br />

etimolójika” ke andava em<br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006<br />

Proposta de ortografia fonêmica para a língua portuguesa (brasileira?)<br />

(Segundo o KOF - Klube de Ortografia Fonêmika)<br />

moda na Fransa no fin do<br />

sékulo pasado e ke os<br />

portugezes adotaran ao fazer<br />

sua reforma ortográfika en<br />

1911. A mesma ortografia ke,<br />

kon pekenas modifikasões, foi<br />

adotada pelo Brazil en 1945 e<br />

uzamos oje.<br />

A etimolojia, todos saben,<br />

ningén duvida, é uma siênsia<br />

muito interesante, fasinante<br />

mesmo, ke estuda a istória e a<br />

orijen das palavras. Mas não<br />

konfundamos as koizas. A<br />

ortografia etimolójika não<br />

estuda koiza nenhuma, apenas<br />

atrapalha o estudo. Ou seja:<br />

etimolojia é uma siênsia,<br />

ortografia etimolójika, não.<br />

Porkê ortografia, kualker ke<br />

ela seja - é senpre apenas um<br />

konvensão, a maneira<br />

konven-sional de se pasar o<br />

kódigo eskrito da língua. Deve<br />

ser o mais sinples posível.<br />

Kon efeito - pergunto eu -<br />

porkê diabos deverian as<br />

palavras fikar demonstrando<br />

de onde vieran kada vês ke<br />

são eskritas? Ke “mesa” se<br />

eskreva kon “s” (enbora se<br />

pronunsie “z”) porkê ven do<br />

latin “mesan”.<br />

E ke, ao kontrário, “razão”<br />

(kujo “z” pronunsiamos igual<br />

ao “s” de “mesa” se eskreve<br />

kon “z” por ke ven do latin<br />

“rationen” - e kovensionou<br />

(veja ben: se konvensionou!)<br />

ke o ke en latin se eskreveria<br />

kon “t” deve en portugês ser<br />

eskrito kon “z”... E asin por<br />

diante, en milhares de<br />

palavras.<br />

(Afinal, kuando falamos, não<br />

presizamos demonstrar a


<strong>Peregrino</strong><br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006 Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão Expressão<br />

Expressão<br />

orijen de palavra nenhuma no<br />

son da fala...)<br />

E o pior ainda não é iso. Animados<br />

kon sua pretensa<br />

siênsia, os pretensos sientistas<br />

da língua inventaram<br />

etimolojias! Estabeleseran,<br />

por ezenplo, ke kuando uma<br />

palavra ven de linguas<br />

nativas de negros afrikanos<br />

ou índios brazileiros, o son “j”<br />

é eskrito kon “j” mesmo e não<br />

kon “g”: “jiló”, “canjica”.<br />

Mas akontese, ke não é só a<br />

orijen ke konta.<br />

A istória da palavra tanbén!<br />

Asin, a palavra “girafa”, ke é<br />

de orijen afrikana, e deveria<br />

pela própria konvensão dos<br />

“sientistas ortográfikos” ser<br />

eskrita “jirafa” não é, porkê<br />

antes de vir para o portugês<br />

pasou pelo italiano “giraffa”!<br />

Iso é sério? Iso é sientífiko?<br />

Siênsia não é brinkadeira,<br />

jente! Siênsia é para<br />

simplifikar, e não para<br />

konplikar! Se os sientistas de<br />

verdade fosen konplikados<br />

komo eses tais “sientistas<br />

orto-gráfikos”, jamais o omen<br />

teria seker inventado a roda,<br />

kuanto mais pizado na Lua!<br />

Ainda ben ke eziste a proposta<br />

fonétika kujo lema é a biunivosidade<br />

entre as letras e sons:<br />

“Os mesmos sons as mesmas<br />

letras; as mesmas letras os<br />

mesmos sons”. Tudo aplikado<br />

sobre uma língua padrão<br />

média do falar dos brazileiros.<br />

Sonho inposível? Utopia?<br />

Não.<br />

Os de língua alemã tên<br />

ortografia fonétika perfeita,<br />

bazeada na língua padrão<br />

kuja orijen foi a tradusão feita<br />

por Lutero da Bíblia: O<br />

hochdeutsch. Os xine-zes<br />

bazearan a fonetizasão de sua<br />

eskrita no mandarin falado en<br />

Pekin. E línguas ben prósimas<br />

à nosa, komo o kasteliano e o<br />

italiano, são línguas fonétikas.<br />

Porkê não deskonplikarmos<br />

tanbén nós, a nosa eskrita?<br />

Eno Teodoro Wanke<br />

Kolaborador do Klube de<br />

Ortografia Fonêmika – KOF<br />

(fundado en 1983)<br />

Vantagens defendidas<br />

Escrever é basicamente combinar<br />

consoantes com vogais, o<br />

que pode ser feito conforme<br />

padrões regulares. Assim,<br />

acreditamos que tal proposta<br />

para ortografia pelo som<br />

facilitará a alfabetização das<br />

crianças que usarão apenas a<br />

lógica ao escrever.<br />

Os professores não terão que<br />

explicar o inexplicável, supervalorizando<br />

a etimologia. E<br />

poderão se dedicar, com os<br />

alunos, a estudos mais nobres,<br />

como análise sintática, redação<br />

e interpretação de textos.<br />

Para quem está alfabetizado,<br />

basta meia hora, ou até menos,<br />

para adaptar-se à nova<br />

ortografia.<br />

A função morfológica das<br />

palavras homógrafas seria<br />

deduzida do contexto da frase<br />

(como a palavra viajen - verbo<br />

e substantivo).<br />

A Língua Portuguesa ficaria<br />

inteiramente preservada, sujeita<br />

apenas às flutuações de<br />

neologismos ou de semântica,<br />

fenômenos dinâmicos independentes<br />

desta proposta.<br />

A escrita é convencional. A<br />

Língua Portuguesa já sofreu<br />

reformas ortográficas. Ex:<br />

Commissão - Comissão, Phísica<br />

- Física, Chímica - Química,<br />

Suísso - Suíço (algumas das<br />

várias alterações ocorridas na<br />

Língua Portuguesa Moderna)<br />

Note-se que o comércio é<br />

bastante receptivo à nova<br />

ortografia fonêmica: Kibon,<br />

Kazinha, Sinteko, Kombi,<br />

Kalçados, Kodak, Sukita, Skol,<br />

S.M. Kato, Kero Dose, Disk,...<br />

Opinião do gramático<br />

Domingos Paschoal Cegalla<br />

Sem dúvida, para os brasileiros<br />

de hoje o sistema ortográfico de<br />

1943 representa uma reforma<br />

muito tímida. Uma simplificação<br />

mais audaciosa haveria de ir<br />

muito além, eliminando outros<br />

signos inúteis, como o h inicial,<br />

o s do dígrafo sc, o x do dígrafo<br />

xc, etc., e restringindo o mais<br />

possível o emprego do hífen e<br />

dos acentos gráficos.<br />

É sumamente desejável um<br />

código ortográfico mais fácil e<br />

mais adequado à comunicação<br />

moderna.<br />

Fonte: Cegalla, Domingos<br />

Paschoal; Novíssima Gramática<br />

da Língua Portuguesa; página<br />

31; Companhia Editora<br />

Nacional.<br />

Obs.: Esta proposta foi apresentada<br />

no Congresso Brasileiro de Lingüística<br />

e Literatura, na SUAM,<br />

1985, Rio de Janeiro, RJ - Brasil.<br />

Prof. Manoel Moacir<br />

Sisccati<br />

ALARP – Academia de<br />

Letras e Artes de Ribeirão<br />

Preto, Delegado de<br />

Esperanto<br />

FALAR BEM...<br />

Prezado Leitor, nesta coluna,<br />

espero poder esclarecer<br />

algumas dúvidas a respeito da<br />

Língua Portuguesa.<br />

1. AO NOSSO VER a política<br />

brasileira está com sérios<br />

problemas.<br />

...e a Língua Portuguesa escrita<br />

e/ou falada assim também!<br />

Prezado amigo leitor, a forma<br />

correta é A MEU VER.<br />

O mesmo vale para a nosso ver, a<br />

seu ver... (formas corretas).<br />

2. Ele disse:<br />

- ANSEIO POR um mundo<br />

melhor!!!<br />

Prezado leitor, todos nós<br />

ansiamos por um mundo melhor...<br />

Podemos dizer:<br />

a) ANSIAR alguma coisa. Ex.:<br />

Anseio um mundo melhor.<br />

b) ANSIAR POR alguma coisa.<br />

Ex.: Anseio por um mundo<br />

melhor.<br />

3. Dúvida que muitos questionam...<br />

E agora ANTÁRDIDA ou AN-<br />

TÁRTICA?<br />

Veja, amigo leitor: ANTÁRDIDA<br />

designa o continente. Ex.: Os<br />

cientistas foram à Antárdida.<br />

ANTÁRTICA é o adjetivo que se<br />

refere à Antárdida. Ex.: Ele está<br />

estudando sobre a região antártica.<br />

(região é substantivo e<br />

antárdida é o adjetivo).<br />

Renata Carone Sborgia<br />

Advogada e Profª de Português<br />

e Inglês<br />

renatacs@freemail.convex.com.br<br />

O CONTEÚDO do Site do <strong>Peregrino</strong> mudou.<br />

Visitem-nos:<br />

www.jperegrino.com.br<br />

7


8<br />

Sísifo não morreu<br />

“Não terei compaixão de<br />

seus filhos, pois são filhos da<br />

prostituição”. (Oséias – 1,6)<br />

Embora todos os pensadores<br />

preconizem que, ao longo<br />

dos séculos, o homem vem<br />

evoluindo e, mais recentemente,<br />

o vem fazendo a passos largos<br />

em vista dos incontroláveis<br />

efeitos da tecnologia de<br />

comunicação, a verdade é que,<br />

na essência, este homem<br />

continua (quase) o mesmo.<br />

No livro Ponto de Ruptura e<br />

Transformação, Cultrix, 1990,<br />

George Land e Beth Jarman<br />

afirmam “o que hoje experimentamos<br />

não tem precedentes<br />

na história registrada. (...) As<br />

constantes comutações que se<br />

operam sob as manchetes do<br />

dia-a-dia assinalam mudanças,<br />

não de grau, mas de tipo. O fato<br />

que devemos encarar é: a<br />

própria mudança mudou!” (p.<br />

16) De que mudança da<br />

mudança falam eles?<br />

A pergunta que intriga a<br />

todos nós e desafia nosso poder<br />

de raciocínio é: o homem mudou<br />

mesmo?!<br />

Ousamos uma pequena<br />

reflexão a partir do livro de<br />

Oséias, do Velho Testamento,<br />

que profetizou entre os anos 750<br />

e 722 a.C., no mesmo tempo do<br />

Profeta Isaías, portanto a fonte<br />

não é nova. O Eclesiastes, 250<br />

a.C., nos alerta que “geração<br />

vai, geração vem, e a terra<br />

permanece sempre a mesma”.<br />

(1,4) Oséias amava de todo o<br />

coração e de todo o seu ser sua<br />

esposa, mas essa o traiu com<br />

vários amantes. A dor dele foi<br />

tanta que a prostituição tornouse<br />

um símbolo e incorporou-se<br />

à sua linguagem. Para ele, todo<br />

tipo de traição e idolatria<br />

metaforizava-se em prostituição:<br />

<strong>Peregrino</strong><br />

Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão<br />

Expressão<br />

as alianças políticas e espúrias<br />

para preservar o poder das<br />

minorias, as articulações para<br />

manter o autofavorecimento, a<br />

concentração de riquezas e<br />

flagelamento das camadas<br />

sociais menos favorecidas. Tudo<br />

era denunciado por esse profeta<br />

a partir de sua amarga experiência<br />

pessoal, porque, na<br />

essência ele era um profundo<br />

conhecedor da alma humana e<br />

sabia que todas as suas atitudes<br />

estavam entrelaçadas e interrelacionadas.<br />

A idolatria denunciada<br />

– para ele um tipo de<br />

prostituição – há quase trinta<br />

séculos ia além da simples<br />

adoração fundamentalista de<br />

imagens. “Há juramento falso e<br />

mentira, assassínio e roubo,<br />

adultério e violência; e sangue<br />

derramado se ajunta a sangue<br />

derramado”. (4,2)<br />

Como são atuais suas<br />

palavras, frente a tudo que está<br />

acontecendo! O que a mídia<br />

tem-nos mostrado nos bastidores<br />

podres da política<br />

brasileira não é diferente de<br />

“juramento falso e mentira”;<br />

nossos homens públicos hoje<br />

são, em grande parte, a vergonha<br />

nacional, um teatro de<br />

prostitutos, que chafurda todo o<br />

país no que há de mais desprezível<br />

no homem: a autolocupletação<br />

descabida, sem<br />

levar em conta quem quer que<br />

seja, nivelando por baixo toda a<br />

alma nacional. Numa dimensão<br />

maior, o mesmo acontece com<br />

o discurso bushniano quando<br />

interfere na autodeterminação<br />

de outros povos e tenta impor<br />

os valores americanos aos deles.<br />

Isso se repete com Blair, com<br />

Putim... Os noticiários dão-nos<br />

conta, a todo o momento, de<br />

“assassínio e roubo” e estes, que<br />

causavam comoção na po-<br />

O conteúdo do Site do <strong>Peregrino</strong> - www.jperegrino.com.br, mudou.<br />

Os textos que receberam mais visitas, de acordo com o relatório<br />

de nosso provedor - Locaweb e, que foram mais comentários<br />

por parte de nossos leitores, estão agora disponibilizados para<br />

consulta.<br />

Em nossa página na internet - www.jperegrino.com.br, você encontra<br />

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e Flora, Fitoterapia, I Ching, Literatura, Língua Portuguesa, Poesias,<br />

Psicologia, Tai Chi, Tarô, Terapias, Saúde, ...<br />

Visite-nos.<br />

pulação já não escandalizam<br />

mais – nós corremos o risco de<br />

perder a capacidade de nos<br />

indignar com tamanho<br />

descalabro, tal a freqüência com<br />

que ocorrem, seguidos pela<br />

impunidade. A inversão de<br />

valores essenciais chegou a tal<br />

ponto que “adultério e violência”<br />

são justificados a partir da<br />

relativização das liberdades<br />

pessoais e dos direitos humanos;<br />

por trás de procedimentos<br />

imorais e violentos há sempre<br />

alguma argumentação, travestida<br />

de sociologismo, para amenizar<br />

os seus efeitos perniciosos e<br />

preservar o direito (discutível)<br />

de se fazer o que se quiser, a<br />

ponto de a sociedade moderna<br />

transformar-se no paraíso dos<br />

advogados expertos em defender<br />

homens endinheirados de<br />

má-índole, bandidos de colarinho<br />

branco. As guerras entre<br />

os povos e as guerrilhas urbanas<br />

são exemplos acabados de<br />

“sangue derramado” se juntando<br />

a mais “sangue derramado”,<br />

fazendo um círculo vicioso<br />

interminável, justificado por<br />

conceitos convenientes e<br />

relativos de democracia ou<br />

justiça social, que camuflam<br />

fortes interesses de impérios ou<br />

grupos econômicos – estes, sim,<br />

verdadeiros deuses adorados,<br />

cuja idolatria tomou conta da<br />

mente e do coração do homem<br />

moderno. Ah, Oséias, moderno<br />

profeta de quase trinta séculos,<br />

como suas palavras teimam em<br />

não calar! Os Baais do século<br />

XXI estão vivos como nunca.<br />

Se o homem continua tão-omesmo,<br />

de que mudanças então<br />

falam Land e Jarman? Talvez de<br />

um homem novo que deva<br />

mudar o paradigma de suas<br />

buscas. Menos procura externa<br />

e mais interna. Menos busca<br />

atrás de ter e mais do ser, o<br />

caminho de volta para dentro de<br />

si mesmo, para a sua essência.<br />

Talvez o homem novo deva ser<br />

menos relativizado e mais<br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006<br />

absolutizado, mais voltado para<br />

os valores eternos como amor e<br />

justiça. Como nos aconselha o<br />

próprio Oséias: “Semeiem<br />

conforme a justiça e colham o<br />

fruto do amor”. (10,12 a ).<br />

Buscar a essência de si<br />

mesmo para se renovar no que<br />

temos de mais eterno exige<br />

criatividade e esforço cooperativo<br />

constante. Nas palavras<br />

de Land e Jarman, emprestadas<br />

de Teillard de Chardin: “Um dia,<br />

depois de dominarmos os<br />

ventos, as ondas, as marés e a<br />

gravidade, teremos de subjugar,<br />

para Deus, as energias do amor.<br />

Então, pela segunda vez na<br />

história do mundo, o homem terá<br />

descoberto o fogo”.<br />

Ser ou não ser, e sua paráfrase<br />

ter ou não ter, são as<br />

questões que se colocam. Ser,<br />

sim, da forma mais absoluta<br />

possível; ser cada vez mais. E<br />

ter, também sim, mas não<br />

absolutamente; somente o que<br />

se puder de forma lícita e<br />

honesta, levando em conta a<br />

relação com o outro. Ser e ter,<br />

conceitos eternos, talvez seja o<br />

caminho do homem novo, que<br />

exigem criatividade... e amor.<br />

Eclesiastes nos questiona<br />

sobre “que proveito tira o<br />

homem de todo o trabalho com<br />

que se afadiga debaixo do sol”.<br />

Tomara que, em meio a tantas<br />

atrapalhadas, pelo menos o Anjo<br />

Torto de Garanhuns tenha razão:<br />

que a esperança vença o medo<br />

e o brasileiro continue com<br />

forças para subir com seu fardo<br />

nas costas.<br />

Sísifo não morreu. Sísifo não<br />

morre. Sísifo é teimoso. Sísifo<br />

salvará o homem?<br />

Waldomiro W. Peixoto<br />

ARL – Academia<br />

Ribeirãopretanta de Letras<br />

lit@flash.tv.br


<strong>Peregrino</strong><br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006 Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão Expressão<br />

Expressão<br />

Essência de Alfazema<br />

O clima ideal para o plantio<br />

da alfazema é o das regiões frias<br />

e nevoentas, como as da<br />

Inglaterra, onde ela se espalha<br />

formando lindos campos perfumados<br />

e é colhida como<br />

matéria-prima para excelentes<br />

lavandas. No calor brasileiro,<br />

porém, a alfazema não costuma<br />

florir sendo cultivada mais para<br />

fins medicinais. É um remédio<br />

eficaz para combater asma,<br />

cólicas intestinais, enxaquecas,<br />

falta de apetite, nervosismo,<br />

tonturas e outros males.<br />

A lavandula spica - ou<br />

alfazema começou a ser cultivada<br />

na região do Mediterrâneo,<br />

nas ilhas Canárias e<br />

na Índia. Com ela fabricou-se a<br />

primeira loção para lavar os<br />

cabelos. Mas, antes disso, já era<br />

largamente usada pela nobreza<br />

européia como água-de-colônia.<br />

E sua responsabilidade não era<br />

pouca: ela devia substituir os<br />

banhos, que só aconteciam uma<br />

vez por mês. Dos palácios, seu<br />

perfume intenso e suave ganhou<br />

lentamente as ruas das principais<br />

cidades européias, onde era<br />

jogada para perfumar o ar.<br />

Hoje, em sachês, ela perfuma as<br />

roupas nos armários e gavetas,<br />

funcionando também no combate<br />

a traças e baratas.<br />

A alfazema é um pequeno<br />

arbusto da família das labiáceas,<br />

com pequenas flores azuladas.<br />

Embora seja originária de regiões<br />

quentes, ela só floresce<br />

quando cultivada em regiões de<br />

clima frio. Mas mesmo sem<br />

flores seu perfume não é menos<br />

intenso: ele está presente em<br />

todas as partes da planta. Como<br />

remédio, suas aplicações são<br />

muitas: a alfazema é antiespasmódica,<br />

estimulante do<br />

cérebro, excitante do sistema<br />

nervoso e tônico do estômago.<br />

É recomendada também para<br />

combater vertigens, leucorréia e<br />

paralisação da língua. A receita<br />

é simples: ferva um punhado de<br />

folhas secas de alfazema em 2<br />

copos de água, abafe e deixe<br />

esfriar. Está pronto. Da alfazema<br />

também é extraído o óleo de<br />

aspic, um líquido incolor utilizado<br />

como inseticida e desinfetante,<br />

além de ter larga<br />

aplicação em veterinária.<br />

Fonte: Flora – Essencial –<br />

Um guia prático para a<br />

saúde e beleza.<br />

Amendoeira<br />

(Amygdalus communis)<br />

Árvore frutífera com flores<br />

cor-de-rosa e frutos alongados,<br />

de cor verde-acinzentado, dos<br />

quais se consome a semente<br />

(amêndoa). Originária da África<br />

e da Mesopotâmia, a amendoeira<br />

foi trazida ao Brasil pelos<br />

europeus. Há variedades doces<br />

e amargas. O óleo de amêndoas<br />

doces é utilizado em produtos<br />

de beleza. As essências de<br />

amêndoas amargas servem para<br />

preparar pomadas e ungüentos,<br />

contra o reumatismo. As amêndoas<br />

doces são usadas na<br />

culinária, no preparo de pratos<br />

doces e salgados.<br />

Parte utilizada: amêndoa.<br />

Ajuda a tratar de: Tosse,<br />

falta de ar, reumatismo, dores<br />

musculares.<br />

Fonte: Flora – Essencial –<br />

Um guia prático para a<br />

saúde e beleza.<br />

Lembrança de uma<br />

canoa (*)<br />

É simples deslizar<br />

corrente abaixo em uma<br />

canoa.<br />

Assim também é no mundo.<br />

Mas não esqueças de<br />

pensar no leme<br />

Abacaxi<br />

Máscara Rejuvenescedora<br />

Descasque metade de um<br />

abacaxi e corte a polpa em<br />

pedacinhos. Coloque quatro<br />

colheres (sopa) da fruta em um<br />

recipiente, com duas colheres<br />

(sopa) de farinha de trigo e<br />

quatro colheres (sopa) de<br />

farinha de arroz. Amasse até<br />

formar um creme bem pastoso.<br />

Passe no rosto, deixe agir por<br />

meia hora e depois retire com<br />

água morna. Atenção: evite<br />

aplicar a máscara na região dos<br />

olhos.<br />

Fonte: Flora – Essencial –<br />

Um guia prático para a<br />

saúde e beleza.<br />

Água (*)<br />

Que pena!<br />

Mesmo quando<br />

a fonte é clara e pura,<br />

a água se suja ao encontrar<br />

um riacho poluído.<br />

Diplomados (*)<br />

Bacharel: tu podes pensar que,<br />

por fim, o deixaste para trás.<br />

Não, o aprendizado não tem<br />

fim!<br />

(*) Poemas recomendados por<br />

Mikao Usui - REIKI -Editora<br />

Madras<br />

9


10<br />

Pri kio ni plej suferas<br />

Ni plej suferas en la mondo —<br />

Ne pro la malfacilajxo, sed pro la senkuragxeco superi gxin.<br />

Ne pro la provo, sed pro la malespero antaux la sufero.<br />

Ne pro la malsano, sed pro la timego gxin ricevi.<br />

Ne pro la malfelicxa parenco, sed pro la cxagreno familie kunvivi kun li.<br />

Ne pro la malsukceso, sed pro la obstino ne rekoni niajn erarojn.<br />

Ne pro la maldankemo, sed pro la nekapablo ami sen egoismo.<br />

Ne pro la propra nenobleco, sed pro la ribelemo kontraux alies supereco.<br />

Ne pro la ofendo, sed pro la vundita memestimo.<br />

Ne pro la tento, sed pro la volupto sekvi gxiajn sugestojn.<br />

Ne pro la kadukigxo de la korpo, sed pro la pasio al gxiaj sxajnoj.<br />

Kiel facile oni perceptas, cxe la solvo de ajna problemo, la plej grava problemo<br />

estas la sxargxo de afliktoj, kiun ni kreas, disvolvas kaj tenas kontraux ni<br />

mem.<br />

El la libro “Passos da Vida”— Eldono IDE<br />

Notícia sobre o Esperanto<br />

Porto - O Museu Nacional da Imprensa lançou, a versão em<br />

Esperanto do Museu Virtual do Cartoon que além do Português<br />

contava já com uma versão em Inglês.<br />

A nova versão foi vista em primeira-mão pelo ministro das<br />

Finanças, Teixeira dos Santos, durante a inauguração da exposição<br />

«Bordallo Pinheiro: um génio sem fronteiras», no átrio do Ministério<br />

das Finanças, em Lisboa.<br />

Criado em 1887 por Ludwik Zamenhof, o Esperanto tinha como<br />

objectivo tornar-se a linguagem universal de todo o mundo, sendo<br />

actualmente falado por mais de três milhões de pessoas em cerca<br />

de 100 países. «Esta latitude geográfica está na base da escolha<br />

do Esperanto como terceira língua deste Museu Virtual», adianta<br />

o Museu da Imprensa em nota informativa.<br />

O Museu Virtual do Cartoon (*), que passou agora a ser<br />

trilingue, foi lançado em Novembro de 2005 durante a abertura<br />

oficial do VII PortoCartoon-World Festival.<br />

Insere-se no quadro da Galeria Internacional do Cartoon que<br />

está a ser criada e visa a divulgação global de um conjunto de<br />

referências que assinalam a importância do desenho de humor no<br />

mundo.<br />

De acordo com os seus responsáveis, o Museu Virtual deve<br />

ser visto como “um espaço dinâmico que pretende valorizar a<br />

linguagem universal do cartoon”, na “linha de excelência do<br />

humor” que tem marcado o PortoCartoon.<br />

Está dividido em vários «espaços», dos quais se destacam a<br />

Galeria de Honra, onde se podem encontrar vários marcos da<br />

história da caricatura, a partir do século XIX, e outro dedicado<br />

especialmente ao PortoCartoon-World Festival. Nas outras<br />

secções pode aceder-se a informação sobre cartunistas,<br />

concursos e festivais, museus e galerias, organizações de cartoon<br />

e notícias.<br />

(*) (http://www.cartoonvirtualmuseum.org/)<br />

(c) PNN Portuguese News Network.<br />

Fonte: http://www.jornaldigital.com/<br />

noticias.php?noticia=9042<br />

<strong>Peregrino</strong><br />

Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão<br />

Expressão<br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006<br />

O que mais sofremos<br />

O que mais sofremos no mundo –<br />

Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.<br />

Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.<br />

Não é a doença. É o pavor de recebê-la.<br />

Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.<br />

Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.<br />

Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.<br />

Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.<br />

Não é a injúria. É o orgulho ferido.<br />

Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.<br />

Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.<br />

Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior<br />

problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e<br />

sustentamos contra nós.<br />

A ficha do bicho<br />

Livro: “Passos da Vida” - Edição IDE<br />

Tatu-bola<br />

Nome popular: Tatu-bola<br />

Nome científico: Tolypeutes tricinctus<br />

Quanto mede: 50 centímetros<br />

Onde vive: Na caatinga do Nordeste<br />

O que come: Formigas, escorpiões, frutas, ovos<br />

Filhotes: Um, no máximo dois filhotes<br />

O tatu-bola é o menor tatu brasileiro, o único tatu endêmico, isto<br />

é, que existe apenas no nosso Brasil e o mais ameaçado, porque,<br />

como não cava bem como os outros tatus, é mais fácil de ser caçado<br />

na região de seca, onde há pouca comida.<br />

Para se defender, esse tatu se enrola completamente, formando<br />

uma bola, daí o nome popular, e o rabo e a cabeça se adaptam como<br />

num quebra-cabeça, protegendo o corpo do tatu, o que não o defende<br />

do homem, porém, porque fica fácil pegar a bola que é o tatu e enfiar<br />

num saco.<br />

Por ser ainda muito caçado, o tatu-bola desapareceu em Sergipe<br />

e no Ceará, mas ainda existe na Bahia, Pernambuco, Alagoas, Paraíba,<br />

Piauí e Rio Grande do Norte, nas regiões ainda despovoadas. Apesar<br />

de protegido por lei, esse animalzinho é caçado até dentro do Parque<br />

Nacional da Serra da Capivara e da Estação Ecológica do Raso da<br />

Catarina, áreas de conservação, onde no passado o tatu-bola existia<br />

em quantidade.<br />

Para salvar essa espécie, os cientistas estão propondo estudos<br />

para criação em cativeiro e principalmente programas de educação<br />

ambiental para a população da área onde ainda sobrevive esse tatu.<br />

O problema é que esse bicho vive justamente na região mais pobre e<br />

carente do Brasil e, sem educação, nunca se conseguirá que um<br />

caboclo com fome deixe de pegar o tatu para comê-lo, se tiver<br />

oportunidade.<br />

Fonte: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão<br />

Luiz Roberto de Souza Queiroz.


<strong>Peregrino</strong><br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006 Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão Expressão<br />

Expressão<br />

O conteúdo do site do <strong>Peregrino</strong> mudou. Visite-nos.<br />

Dominando a Arte da Guerra<br />

– Liu Ji e Zhuge Liang<br />

A China, uma das civilizações<br />

mais antigas da Terra, já se<br />

preocupava com a luta da<br />

humanidade pela sobrevivência.<br />

Por isso, a literatura clássica<br />

chinesa já examinava a guerra e<br />

seu impacto sobre a sociedade<br />

e das implicações éticas<br />

resultantes. Este livro reúne<br />

comentários das estratégias do<br />

clássico de Sun Tzu e ensinamentos<br />

sobre a disputa e ação<br />

militar delineados no I Ching, um<br />

livro a respeito de avaliações<br />

estratégicas, cujo desígnio seria<br />

o de ajudar o indivíduo a levar<br />

uma vida mais racional e efetiva.<br />

Grupo Editorial Madras<br />

Tel.: (11) 6959 1127 – Fax: (11)<br />

6959 3090<br />

www.madras.com.br<br />

Entre o céu e a terra – Nilva<br />

Mariani<br />

As narrativas apresentam<br />

características marcantes:<br />

personagens contidas, castradas<br />

pelo cotidiano... a vida pregando<br />

peças, ironizando. (...) Os finais<br />

são quase sempre abertos, temse<br />

a idéia de que a autora quer<br />

obrigar o leitor, o fruidor a<br />

tornar-se seu co-autor. (Ely<br />

Vieitez Lisboa) – Nilva leva<br />

sempre sua “mensagem a<br />

Garcia” (...) no servir<br />

espontaneamente e no transformar<br />

em crônicas os sentimentos<br />

mais profundos do ser<br />

humano na busca incansável do<br />

seu Deus interior. (Prof. Antônio<br />

Carlos Tórtoro)<br />

Editora Legis Summa<br />

Tel/Fax: (16) 3626 0492<br />

Gestão de Recursos Humanos<br />

– Gilson José Fidelis,<br />

Márcia Regina Banov<br />

O conjunto de conhecimentos e<br />

práticas de gestão, em linguagem<br />

coloquial, é a composição desta<br />

obra que aborda os processos<br />

inerentes à área de recursos<br />

humanos e aplicável no cotidiano<br />

acadêmico e profissional.<br />

Sua didática facilita a utilização<br />

em faculdades, universidades,<br />

empresas e profissionais da área.<br />

Oferece um panorama da gestão<br />

de recursos humanos, detalha<br />

a integração gerada pelo<br />

processo de socialização e trata<br />

a avaliação de desempenho<br />

como instrumento estratégico<br />

dos gestores.<br />

Editora Érica Ltda.<br />

Tel.: (11) 2295 3066 / Fax: (11)<br />

6197 4060<br />

www.editoraerica.com.br<br />

11<br />

Ninguém morre de trabalhar<br />

– Osmar de Almeida Santos<br />

O livro pretende ser uma<br />

ferramenta de ajuda, contribuindo<br />

para que se fique menos<br />

preocupado em relação ao<br />

estresse e, por conseqüência,<br />

menos vulnerável a ele. Escrito<br />

em linguagem clara e direta, não<br />

perde o vigor científico que um<br />

assunto dessa natureza requer.<br />

É dirigido a todas as pessoas que<br />

se sentem estressadas e, às que,<br />

na indústria, no comércio e no<br />

ramo de serviços, se sentem<br />

responsáveis pelo bem-estar,<br />

saúde e moral de seus subordinados.<br />

Editora Textonovo<br />

Tel.: (11) 3085 4879 / 3088<br />

6221 – Telefax: (11) 3088 0130<br />

www.editoratextonovo.com.br


12<br />

Assinar / Anunciar<br />

(16) 3621 9225 /<br />

9992 3408<br />

<strong>Peregrino</strong><br />

Informação, Informação, Cultura Cultura e e e Livre Livre Expressão<br />

Expressão<br />

Quero deixar bem claro o<br />

quanto nossos amigos animais se<br />

beneficiam com o uso dos<br />

elixires de cristais.<br />

Por serem muito mais puros<br />

em sua natureza e com muito<br />

menos defesa psicológica do<br />

que nós humanos, as respostas<br />

ao tratamento vibracional são<br />

muito mais rápidas e nítidas.<br />

Tanto nos casos de disfunções<br />

orgânicas, como nos<br />

traumas físicos e psicológicos, a<br />

recuperação é efetiva.<br />

Minha experiência é caseira,<br />

moro em chácara e tenho muitos<br />

animais de várias espécies e<br />

sempre com a orientação de<br />

amigos veterinários tratamos<br />

todos os nossos animais com os<br />

elixires de cristais.<br />

E sempre observamos impressionados<br />

as grandes e<br />

rápidas evoluções.<br />

Até no caso de infestação por<br />

carrapatos ou pulgas, podemos<br />

controlar e evitar através de um<br />

tratamento para aumentar a<br />

resistência (imunidade) dos<br />

animais infestados, afastando<br />

naturalmente os parasitas.<br />

Observamos nitidamente<br />

mudanças comportamentais<br />

Ribeirão Preto - SP - fevereiro/2006<br />

Os elixires de cristais e os animais<br />

saudáveis após o uso dos elixires<br />

de cristais que podem ser<br />

aplicados topicamente (na pele<br />

ou no pêlo) ou ingeridos através<br />

da água do bebedouro.<br />

Temos a responsabilidade de<br />

cuidar bem de nossos amigos<br />

animais que tanto nos ajudam<br />

em nossa evolução pessoal.<br />

Dr. Osvaldo Coimbra Junior<br />

Sintonizador do Sistema de<br />

elixires Cristais de Oz<br />

Médico Clínico Geral<br />

Radiestesista Holístico -<br />

CRM: 54.243<br />

(16) 3941 6116<br />

osvaldocoimbrajr@terra.com.br<br />

O conteúdo do Site do <strong>Peregrino</strong> - www.jperegrino.com.br, mudou. Os textos que receberam mais visitas, de acordo com<br />

o relatório de nosso provedor - Locaweb e, que foram mais comentários por parte de nossos leitores, estão agora<br />

disponibilizados para consulta.<br />

Em nossa página na internet - www.jperegrino.com.br, você encontra : Antroposofia, Arte, Astrologia, Educação, Esperanto,<br />

Fauna e Flora, Fitoterapia, I Ching, Literatura, Língua Portuguesa, Poesias, Psicologia, Tai Chi, Tarô, Terapias, Saúde, ...<br />

Visite-nos.

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