JPeregrino - Alumiar
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<strong>Alumiar</strong><br />
<strong>Alumiar</strong><br />
Ribeirão Preto - SP - Ano IX - Nº 108 - abril/2009<br />
De Peregrino para <strong>Alumiar</strong><br />
Antônio Carlos Tórtoro<br />
A magnífica obra A Escola de Atenas, de Rafael, representa o encontro dos grandes filósofos da<br />
Antiguidade (Platão, apontando para cima, e Aristóteles estão ao centro), simbolizando a procura<br />
racional pela verdade.<br />
Página 8<br />
Peregrino das Letras<br />
Informação, Informação, Cultura Cultura e e Livre Livre Livre Expressão<br />
Expressão<br />
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA<br />
www.alumiar.com<br />
Ribeirão Preto - SP - Ano IV - Nº 41 - Setembro/2003 - R$ 1,00<br />
No Houaiss, um peregrino é um indivíduo andante, que viaja, que empreende longas jornadas.<br />
No mesmo Houaiss, alumiar quer dizer dar à luz, iluminar ou ficar iluminado, dar ou adquirir conhecimento, cultura, esclarecimento.<br />
Logo, o peregrino não encontra obrigatoriamente o que busca.<br />
<strong>Alumiar</strong>, por outro lado, não deixa dúvidas de que significa dar a alguém todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento<br />
de sua personalidade, inclusive cultura: conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes que<br />
distinguem um grupo social...<br />
Página 3<br />
Ribeirão Preto - SP - Ano IV - Nº 41 - Setembro/2003 - R$ 1,00<br />
A beleza interna<br />
Triangles - Bulletin no. 162 - December 2007<br />
Página 6<br />
Natura<br />
Cléo Reis<br />
Página 6<br />
Construindo bonecas: Construindo a mim mesma!<br />
Lílian de Almeida Pereira Bustamante Sá<br />
Página 4<br />
Falsas impressões dos pais<br />
Claubete Nóbrega<br />
Página 5<br />
Animais Brasileiros - Cachorro-do-mato<br />
A ficha do bicho<br />
Nome popular: Cachorro-do-mato, graxaim, lobinho.<br />
Nome científico: Cerdocyon thous.<br />
Onde vive: Da Venezuela ao sul do Brasil.<br />
O que come: Aves, frutas, insetos, ataca galinheiros.<br />
Quanto pesa: 8 quilos.<br />
Quanto vive: 10 anos.<br />
Filhotes: Três a seis, gestação de 55 dias.<br />
Página 8<br />
Livros<br />
Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS<br />
versus Normas Brasileiras<br />
Essencial da Golden Dawn<br />
Fireworks CS3, Flash CS3, Dreamweaver CS3 Ferramentas<br />
para criar sites<br />
Página 7
2<br />
Editorial<br />
Peregrino das Letras<br />
Informação, Cultura e Livre Expressão<br />
Hoje quero falar das estações. Daquelas partes em que é dividido o ano, com duração de quatro meses,<br />
cíclicas, cada qual com sua especificidade. Os mitos falam das estações. Na Mitologia grega conta-se que Zeus,<br />
o Deus supremo do Olimpo, teve com Têmis, a Deusa da Justiça, três filhas a quem foi dado o nome de Horas.<br />
Uma se chama Talo e é a que faz brotar, outra se chama Auxo e é a que faz crescer, a última se chama Carpo e é a<br />
que faz frutificar. Cada uma tem uma função, cada uma a seu tempo contribui para mudanças necessárias ao<br />
equilíbrio da vida em sociedade.<br />
Na mitologia tupi-guarani temos o Deus Ñmandu, que é o Deus Grande Escuta. Ele vem em cada estação, com<br />
diferentes rostos, com diferentes roupagens, com diferentes melodias. Na Primavera é representado pela beleza<br />
das flores, no verão pelo sol majestoso, no outono pelas cores amarelo-avermelhadas das árvores, no inverno<br />
pelos dias curtos e frios de esplendorosos por-de-sóis vermelhos.<br />
Em quatro tempos as estações chamam nossa atenção para a mutabilidade de nossas existências. Momentos<br />
de plenitude, de reflexão, de decadência, de finitude. E são belas em todas as suas faces, mesmo quando sujeitas<br />
aos destemperos pelos quais passa o Planeta.<br />
Quanto a mim, fascino-me por todas, mas tenho uma quedinha pelo Outono. Cheira à maturidade. Não à<br />
beleza explícita da primavera, não à emoção acalorada do verão, não à algidez do inverno. Outono é para estar<br />
comigo mesma. É para perceber que há coisas que devem ser trocadas, substituídas. As folhas que caem em<br />
momento de se irem, a temperatura amena que permite e convida à reflexão. A colheita de frutos maduros, em<br />
tempo certo e permitido pelos Deuses. No Outono, o Deus Todo Escuta dos Tupis-Guaranis, Ñmandu surge e as<br />
folhas caem sob Seu comando que se apresenta em forma de canção. Carpo, a Terceira Hora, apresenta seu<br />
produto: as sementes em seu apogeu. Nós seres humanos nos perguntamos: A infância e a mocidade foram boas<br />
estações? Na maturidade estamos colhendo doces frutos? Se as respostas forem afirmativas, o inverno de<br />
nossas vidas será aceito com galhardia e coragem. Um presente pela reverência aos ciclos, inerentes à nossa<br />
evolução e crescimento.<br />
Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz<br />
marizahrfruiz@alumiar.com<br />
Nesta edição o Peregrino, que até aqui nos acompanhou, dá espaço para o <strong>Alumiar</strong> e, continua seu caminho.<br />
Caminho este iniciado em maio de 2000 pelo Eduardo Luís Cardoso e José Luiz Rosa de Araújo e no o qual<br />
eu, José Roberto Ruiz, tive a honra de ser convidado a trilhar. A vida como sempre nos prega surpresas e, não<br />
foi diferente nesta parceria. Meses mais tarde, por força do destino, vi-me na incumbência de continuar<br />
sozinho e de levar adiante o projeto iniciado. Hoje, entendo que um novo momento chegou e, a mudança era<br />
necessária. Eduardo e Luís, hoje, tenho a certeza de que nossos caminhos não se separaram, mas, multiplicaram-se.<br />
Obrigado. José Roberto Ruiz<br />
<strong>Alumiar</strong><br />
<strong>Alumiar</strong><br />
José Roberto Ruiz<br />
(16) 3621 9225 / 9992 3408<br />
falecom@alumiar.com<br />
As idéias emitidas em artigos,<br />
matérias ou anúncios publicitários,<br />
são responsabilidades de seus autores<br />
e, não são expressão oficial deste<br />
veículo de comunicação, salvo indicação<br />
explícita neste sentido.<br />
É expressamente proibida a reprodução<br />
parcial ou total desta publicação<br />
sem a prévia autorização.<br />
Cursos – Oficinas -<br />
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Abril<br />
4 – Seminário de Reiki –<br />
Ribeirão Preto / SP – Informações:<br />
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Ribeirão Preto - SP - abril/2009<br />
Capa<br />
Contatos<br />
Peregrino<br />
das Letras<br />
Direção<br />
José Roberto Ruiz - MTb 36.952<br />
jrruiz@jperegrino.com.br<br />
jrruiz@alumiar.com<br />
Redatora<br />
Mariza Helena R. Facci Ruiz<br />
marizahrfruiz@jperegrino.com.br<br />
marizahrfruiz@alumiar.com<br />
WebDesign<br />
Francisco Guilherme R. Ruiz<br />
franciscogrruiz@yahoo.com.br<br />
francisco_ruiz@alumiar.com<br />
Endereço para correspondência:<br />
Av. Guilhermina Cunha Coelho,<br />
350 A6 - Ribeirão Preto - SP /<br />
Brasil / 14021-520<br />
Telefones<br />
(16) 3621 9225 / 9992 3408<br />
Sites<br />
www.jperegrino.com.br /<br />
www.alumiar.com<br />
e-mail:<br />
falecom@jperegrino.com.br<br />
falecom@alumiar.com
Peregrino<br />
das Letras<br />
Ribeirão Preto - SP - abril/2009 Informação, Cultura e Livre Expressão<br />
3<br />
De Peregrino para<br />
<strong>Alumiar</strong><br />
“Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas”<br />
Rubem Alves<br />
No Houaiss, um peregrino é um indivíduo andante, que viaja, que<br />
empreende longas jornadas.<br />
No mesmo Houaiss, alumiar quer dizer dar à luz, iluminar ou ficar iluminado,<br />
dar ou adquirir conhecimento, cultura, esclarecimento.<br />
Logo, o peregrino não encontra obrigatoriamente o que busca.<br />
<strong>Alumiar</strong>, por outro lado, não deixa dúvidas de que significa dar a alguém<br />
todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade, inclusive cultura: conjunto<br />
de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes que distinguem um grupo social.<br />
Portanto, penso que é significativa a mudança de nome do jornal Peregrino das Letras para <strong>Alumiar</strong>.<br />
A partir de maio, o jornal, que sempre focou a qualidade de vida e valores humanos, ao ampliar seu espectro,<br />
acrescentando ao seu conteúdo artigos sobre Educação, ficará sensivelmente enriquecido, devido à nova<br />
amplitude alcançada no espectro possível sobre todos os futuros assuntos abordados pelo jornal, além de<br />
permitir a novos profissionais a possibilidade de se exprimirem sobre os diversos e mais variados temas que<br />
possam acrescentar algo ao cabedal de conhecimento inerente a cada um dos leitores.<br />
Em uma de suas entrevistas, o admirável escritor, filósofo e educador Rubem Alves diz o seguinte: Por que os<br />
seres humanos se educam? A primeira razão por que os seres humanos aprendem é para sobreviver. Nós<br />
aprendemos ferramentas de sobrevivência. Todos os saberes são ferramentas de sobrevivência. É para isso que<br />
a gente aprende. Os nossos saberes têm que ter um objetivo prático. Para que servem? Para dar competência para<br />
sobreviver. Outra coisa é que a gente aprende não só para sobreviver, mas para sobreviver bem. Nós temos<br />
padrões estéticos de beleza, de prazer, de busca. Isso faz parte da vida humana. Vida humana não é só viver, mas<br />
é vida com toda a sua exuberância cultural.<br />
Tendo sido sempre um leitor assíduo do Peregrino das Letras, pretendo continuar lendo <strong>Alumiar</strong> por saber<br />
que seu conteúdo sempre me proporcionou o que Rubem Alves chama de ferramentas e brinquedos (um resumo<br />
do que é Educação): “ferramentas” são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-adia<br />
e “brinquedos” são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e<br />
alegria à alma.<br />
Portanto, para mim, o jornal <strong>Alumiar</strong> será sempre asas, e não gaiola, que me permitirão voar (tal peregrino<br />
alado) pelos caminhos (e conhecimentos) do mundo.<br />
Antônio Carlos Tórtoro<br />
www.tortoro.com.br<br />
ANUNCIAR<br />
falecom@alumiar.com<br />
(16)<br />
3621 9225<br />
9992 3408
4<br />
“É preciso ativar as mãos como<br />
instrumentos terapêuticos em suas<br />
inúmeras possibilidades de execução,<br />
pois a cada transformação externa<br />
com os materiais expressivos<br />
analogamente são geradas transformações<br />
internas.<br />
E neste universo de mãos e<br />
materialidade, construímos nossa<br />
autonomia expressiva e ativamos<br />
nosso processo criativo e desse<br />
modo estas mãos são instrumentos<br />
potenciais de germinação e construção.”<br />
Ângela Philippini<br />
Reverencio amorosamente estas<br />
palavras ao iniciar esta partilha com<br />
os leitores, sobre construir com as<br />
mãos, criar, confeccionar bonecas<br />
de pano de forma simples e lúdica.<br />
Minha experiência em construir<br />
bonecas artesanais nos últimos<br />
anos, sobretudo tem vitalizado a<br />
minha alma de uma forma única e<br />
enriquecedora. Ela me oferece infinitos<br />
presentes: alguns invisíveis,<br />
mágicos, outros, porém, encantadores...<br />
Eu me sinto mais conectada e<br />
integrada ao fluxo da vida, quando<br />
permito que minhas mãos transformem<br />
tecidos e lãs, em algo vivo e<br />
especialmente prazeroso.<br />
Assim também, relembro de outras<br />
pessoas que também fizeram<br />
algumas bonecas comigo, relatos e<br />
experiências muito bonitas e signi-<br />
Peregrino das Letras<br />
Informação, Cultura e Livre Expressão<br />
Construindo bonecas:<br />
Construindo a mim mesma!<br />
ficativas. Penso que vale a pena<br />
compartilhar sobre tal assunto, e<br />
desfrutar da beleza e da agradável<br />
brincadeira contida nesta vivência.<br />
As atividades manuais ajudam-nos<br />
a resgatar o caminho de nossa busca<br />
rumo a individualidade, a recriar<br />
o processo rítmico da respiração,<br />
expandindo nossa consciência de<br />
forma estruturante e harmoniosa.<br />
Considero que estas atividades em<br />
sua complexidade, nos proporcionam<br />
uma ação meditativa, pois os<br />
exercícios rítmicos elaborados na<br />
costura e na confecção de bonecas,<br />
por exemplo, trabalham diversos<br />
aspectos nesse sentido. Penso que<br />
é preciso me isolar (enquanto construo<br />
a boneca), para criar o novo e<br />
continuarmos o processo, ou seja,<br />
vivermos de maneira integrada<br />
conosco e com o mundo. Meditar<br />
significa aquietar-se, estar fora do<br />
caos, para então vivermos sabiamente<br />
nele. Portanto, em minha<br />
vivência com os trabalhos manuais,<br />
inclusive a feitura de bonecas, percebo<br />
que elas nos ensinam a meditar,<br />
utilizando as mãos que apóiam<br />
sobre o coração, estabelecendo<br />
uma ponte entre o pensar e o fazer,<br />
que consequentemente, tem como<br />
elo o sentir; compondo assim um<br />
indivíduo hábil e criativo.<br />
Podemos destacar ainda alguns<br />
objetivos fundamentais que alcançamos<br />
nesta experiência: o desenvolvimento<br />
da autonomia, a<br />
autoconfiança, a capacidade de realização,<br />
gratidão, flexibilidade de<br />
pensamentos frente à vida, aumento<br />
da concentração e da atenção,<br />
dentre outros aspectos importantes.<br />
Confeccionamos as bonecas<br />
fundamentadas na Pedagogia<br />
Waldorf, e ainda utilizamos materiais<br />
naturais como malha de algodão,<br />
lã de carneiro, tecidos variados, feltro,<br />
além de muito respeito, cuidado<br />
e carinho para com o nascimento<br />
da boneca Este trabalho resgata<br />
a importância de construir bonecas<br />
(os), ampliando nossas percepções<br />
sobre a imagem do ser humano, daí<br />
sua grande contribuição terapêutica.<br />
É recomendado para profissionais<br />
da área da educação, psicologia,<br />
terapeutas em geral, estudantes,<br />
pais, avós, e outros interessados.<br />
“Enquanto estou fazendo a boneca,<br />
percebo que toda minha vida<br />
está se reconstruindo. Até pouco<br />
tempo atrás fui bancária, onde tudo<br />
era pré-determinado, e não tinha<br />
oportunidade de desenvolver minha<br />
criatividade. Quando comecei<br />
a confecção da boneca encontrei<br />
muitas dificuldades para fazer a<br />
“cabecinha” dela, e acredito que a<br />
capacidade para criar estava bloqueada<br />
naquele momento. Com o<br />
desenrolar da Oficina de Bonecas,<br />
o contato com as outras pessoas, o<br />
relaxamento das minhas mãos, a<br />
mente fortaleceu-se e assim aconteceu<br />
o processo do trabalho. No<br />
final, percebo uma grande<br />
integração entre todos, as pessoas,<br />
a “vida”que saiu das minhas<br />
mãos e a construção do meu ser através<br />
do trabalho manual.<br />
Mariana (ex-bancária)<br />
Lílian de Almeida Pereira<br />
Bustamante Sá<br />
Pedagoga e Psicopedagoga<br />
Formação em Pedagogia<br />
Waldorf, Arte-Educação e<br />
Socioterapia<br />
lilianbsa@yahoo.com.br<br />
Ribeirão Preto - SP - abril/2009<br />
Guia prático da nova Ortografia<br />
(continuação da edição anterior)<br />
Douglas Tufano<br />
Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa<br />
Uso do hífen<br />
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas,<br />
como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar<br />
a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que<br />
orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas<br />
orientações estabelecidas pelo Acordo.<br />
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas<br />
por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como:<br />
aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro,<br />
entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi,<br />
neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super,<br />
supra, tele, ultra, vice etc.<br />
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.<br />
Exemplos:<br />
anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro-história, mini-hotel,<br />
proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.<br />
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).<br />
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal<br />
com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:<br />
Aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo,<br />
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição,<br />
extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto,<br />
semiesférico, semiopaco.<br />
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento,<br />
mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar,<br />
cooperação, cooptar, coocupante etc.<br />
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo<br />
elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:<br />
Anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoproteção, coprodução,<br />
geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, semideus,<br />
seminovo, ultramoderno.<br />
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei,<br />
vice-almirante etc.<br />
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo<br />
elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:<br />
Antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, antissocial, biorritmo,<br />
contrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, microssistema, minissaia,<br />
multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente,<br />
ultrassom.<br />
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo<br />
elemento começar pela mesma vogal. Exemplos:<br />
anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-inflamatório, autoobservação,<br />
contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque, micro-ondas,<br />
micro-ônibus, semi-internato, semi-interno.<br />
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo<br />
elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:<br />
hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista,<br />
super-reacionário, super-resistente, super-romântico.<br />
Atenção:<br />
• Nos demais casos não se usa o hífen.<br />
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante,<br />
superproteção.<br />
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por<br />
r: sub-região, sub-raça etc.<br />
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada<br />
por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.<br />
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o<br />
segundo elemento começar por vogal. Exemplos:<br />
Hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,<br />
interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico,<br />
superexigente, superinteressante, superotimismo.<br />
Continua na página 7.
Peregrino<br />
das Letras<br />
Ribeirão Preto - SP - abril/2009 Informação, Cultura e Livre Expressão<br />
5<br />
Falsas impressões dos pais<br />
Mais uma vez inicio o artigo falando sobre o amor e<br />
a capacidade de amar. Sem o amor o homem definha. O<br />
amor é o sangue espiritual da vida que precisamos, é a<br />
força que guia de uma maneira saudável, boa, dá sentido<br />
à vida. Sem a capacidade de amar, a vida seria vazia,<br />
sem sentido, banal. Dentro de cada alma existe a ânsia<br />
de ser amada, quando esta ânsia alcança a consciência,<br />
muitas vezes é confundida com a capacidade de amar.<br />
No entanto, são duas coisas bem diferentes. É possível<br />
que um ser humano sinta a necessidade de ser amado e<br />
não tenha desenvolvido ainda a capacidade de amar,<br />
esteja desprovido do amor. Pois, quanto maior o desejo<br />
de ser amado, maior o egoísmo, mais envolvido consigo<br />
mesmo se encontra, mais retraído, temeroso, ansioso<br />
limitado e cego aos outros. Isto gera uma ansiedade<br />
e uma dependência por se sentir amado. E quanto mais<br />
ansioso, dependente e preso a isto o homem fica, menor<br />
é a sua capacidade de amar. Menos ele é capaz de<br />
abrir o canal interno para a força lubrificante do amor,<br />
de maneira que ela possa fluir e lubrificar a alma. Sem<br />
esta força lubrificante a estiagem da alma não pode ser<br />
evitada. Essa seca interior faz a pessoa sentir como se a<br />
vida não tivesse sentido.<br />
Uma das formas com que mantemos estes fluxos<br />
desviados, os canais obstruídos, é a maneira como nós,<br />
quando crianças, registramos as impressões do primeiro<br />
ambiente, no qual os pais ou seus substitutos, e as<br />
demais pessoas importantes no mundo da criança, foram<br />
vistas e sentidas pela própria criança. Vejamos, a<br />
avaliação da criança é limitada, a experiência emocional<br />
que recolhe dos seus pais é muito distorcida, ou seja,<br />
ela pode ver seus pais como bons ou maus, fortes ou<br />
fracos, dignos de admiração ou desprezo etc. Ela vê<br />
certos aspectos deles, algumas tendências e não pode<br />
perceber a personalidade como um todo. Estas percepções<br />
limitadas falseiam a imagem destes pais. É uma<br />
imagem carregada na maioria das vezes de forma inconsciente<br />
e quase sempre é contrária à sua opinião e<br />
percepção intelectual, porém, ela influencia as suas<br />
ações, rege suas reações à vida, aos outros e a você<br />
mesmo. Se você decide fazer uma investigação mais<br />
detalhada, procure a área de maior problema em sua<br />
vida e vá desvendando passo a passo até encontrar a<br />
sua conclusão errônea sobre seus pais ali, ou melhor,<br />
a ligação entre estes problemas e a sua percepção de<br />
seu pai, sua mãe, ou dos dois ou de alguma outra<br />
pessoa que estava por perto na sua infância, plantada,<br />
enraizada. Uma vez percebida, pode-se alterar as<br />
atitudes e consequências.<br />
O remédio é tomar consciência de como realmente<br />
se sente em relação a todas as pessoas de sua família,<br />
ou daqueles que são importantes para você. Investigar<br />
essas falsas impressões e comparar com sua percepção<br />
intelectual. Depois começar a pensar se realmente<br />
você os vê como seres humanos vivos e dinâmicos,<br />
ou se sua impressão é somente o aspecto limitado,<br />
fragmentado de uma pessoa inteira.<br />
Reveja alguns pequenos episódios e veja se você<br />
se sente magoado ou com raiva de um deles, ou dos<br />
dois, veja você na sua raiva se pode vê-los como seres<br />
humanos vulneráveis, cegos e com problemas.<br />
Como eu vejo meus pais? Pesquise você mesmo<br />
minuciosamente, se não conseguir sozinho, procure<br />
ajuda de um profissional que possa ancorar você durante<br />
esta etapa, que possa ver junto com você, com<br />
quem você possa contar.<br />
Lembre-se que quanto mais podemos ver e associar<br />
causa e feito em nossas vidas, mais podemos amadurecer<br />
depressa e a vida nos responde de maneira<br />
mais bela e harmoniosa. Esta é uma das maneiras mais<br />
rápidas de crescer. Participe da vida pela consciência<br />
em fazê-lo, esteja presente pelo prazer de viver e amar.<br />
Com amor e luz.<br />
Fonte: Jornal CorpoMente – Feira de Santana –<br />
outubro/2003.<br />
Claubete Nóbrega<br />
Terapeuta Corporal/Transpessoal<br />
claubetenobrega @terra.com.br<br />
ANUNCIAR<br />
falecom@alumiar.com<br />
(16)<br />
3621 9225<br />
9992 3408
6<br />
NATURA<br />
Bosque...<br />
Orquestra de cascatas,<br />
coral de tuins, sabiás, bem-te-vis<br />
Glauca natureza,<br />
encanto para a minha alma brumal<br />
Telúrica manhã<br />
de passividade transcendental<br />
Momentos que ficam<br />
da fugacidade dos prazeres<br />
Emoções reais só vêm da Criação!<br />
Meditação,<br />
conformismo pelas coisas crucificantes<br />
Verde, brisa, águas<br />
translucidamente oxigenando<br />
minha esperança cheia de porquês morrentes<br />
Bosque, alamedas sem rosas róseas<br />
da juventude álacre de sonhos<br />
Natura, filtra minhas mágoas!...<br />
no amanhã de mesmices convencionais<br />
Céus e terra (!) não me deixem só... implexa nas<br />
minhas cãs de desilusão.<br />
Cléo Reis<br />
cleoreispoema@hotmail.com<br />
Peregrino das Letras<br />
Informação, Cultura e Livre Expressão<br />
A arte de lapidar gemas está em<br />
revelar a beleza escondida dentro<br />
do cristal. Começando com um golpe<br />
penetrante na pedra, seguido de<br />
corte após corte, o lapidador gradualmente<br />
liberta em total expressão<br />
a beleza interna encarcerada<br />
dentro da grande pedra.<br />
A alma, o aspecto de qualidade,<br />
do ser humano emerge na expressão<br />
ativa de uma maneira similar.<br />
Assim como o escultor explica sua<br />
arte como a eliminação de tudo na<br />
pedra que não pertence ao que é<br />
pretendido na escultura, também o<br />
aspirante espiritual estabelece a eliminação<br />
de tudo que é não-self –<br />
tudo que é contrário à alma. Conhecendo<br />
o que pertence ao não-self<br />
ele se assemelha ao escultor no<br />
sentido de que ambos possuem clara<br />
visão do que é para ser revelado<br />
e que deve ser mantido em lugar<br />
muito alto na consciência enquanto<br />
acontece o processo de revelação.<br />
Aprender a ver a beleza interna<br />
de uma pessoa, de uma situação,<br />
de um ambiente, ou de uma circunstância<br />
não é sempre fácil. A vida,<br />
Ribeirão Preto - SP - abril/2009<br />
A beleza interna<br />
como é vivida na terra, tende a acumular<br />
camadas sobre camadas de<br />
substância material até que a essência<br />
espiritual interna fique escondida<br />
assim como os grãos de milho<br />
estão escondidos pela casca. Este<br />
mundo exterior de aparências é frequentemente<br />
confundido com a<br />
verdadeira realidade, e a procura por<br />
beleza repousa sobre aparências<br />
externas.<br />
Como em todas as metas que<br />
pretendemos alcançar é necessário<br />
treinamento adequado, tal também<br />
acontece quando o objetivo é a revelação<br />
da beleza. Aprendemos a<br />
reconhecer a beleza e auxiliar no seu<br />
total florescimento procurando por<br />
detrás dos planos externos onde<br />
vivemos nossas vidas. Podemos<br />
encontrar esta beleza interna permanecendo<br />
silenciosos em um breve<br />
momento ou um encontro casual.<br />
Caso contrário em um ambiente<br />
sombrio podemos repentinamente<br />
ser atingidos por uma substância<br />
sutil que espera por reconhecimento.<br />
A beleza interna está sempre presente,<br />
mas latente e aguardando<br />
nossa descoberta quando procuramos<br />
por ela em locais inesperados<br />
e indo de encontro à vontade de<br />
sermos surpreendidos.<br />
Muito se fala que a beleza é a<br />
maneira que a divindade encontra<br />
para expressar-se através da forma.<br />
A forma é planejada para servir, não<br />
Triangles - Bulletin no. 162 - December 2007<br />
como um recipiente, mas como lentes<br />
através da qual a beleza interna<br />
pode atravessar – dos reinos superiores<br />
aos inferiores, em um completo<br />
preenchimento de um círculo<br />
de fluxo de energia e para uma finalidade<br />
que nós não podemos compreender<br />
completamente.<br />
A rede de triângulos que envolve<br />
o planeta, conduzindo energia<br />
de luz e benevolência através do<br />
mundo, é um poderoso agente na<br />
revelação da beleza interna. Por estar<br />
trazendo qualidades espirituais<br />
como luz e benevolência da latência<br />
para a potência na expressão humana,<br />
a beleza do reino interno está<br />
sendo trazida numa revelação surpreendente,<br />
e o comando: deixe<br />
emergir o avivamento interno está<br />
cumprindo sua meta.<br />
(Tradução livre de José Roberto<br />
Ruiz e Mariza Helena Ribeiro Facci<br />
Ruiz)<br />
Nota: Triângulos é uma atividade<br />
de serviço mundial através da<br />
qual pessoas se unem por meio do<br />
pensamento em grupos de três para<br />
criar uma rede planetária de triângulos<br />
de luz e boa vontade. Usando<br />
uma oração mundial, a Grande<br />
Invocação, eles invocam a luz e o<br />
amor como um serviço à humanidade.<br />
Informações adicionais podem<br />
ser obtidas em: www.triangles.org.
Peregrino<br />
das Letras<br />
Ribeirão Preto - SP - abril/2009 Informação, Cultura e Livre Expressão<br />
7<br />
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internacionais de contabilidade<br />
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26 capítulos que abordam tópicos<br />
diferentes do padrão internacional<br />
de contabilidade. Cada<br />
capítulo é subdividido em duas<br />
partes. Uma delas traz o resumo<br />
comentado da norma em questão<br />
e a outra, comparações com<br />
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ensinamentos dessa sociedade,<br />
que já foi um dia secreta, são considerados<br />
o cume da Tradição<br />
Esotérica Ocidental. No entanto,<br />
muitos dos livros disponíveis<br />
sobre o assunto são opressores<br />
ou complexos demais para leitores<br />
que estão apenas se iniciando<br />
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Guia prático da nova Ortografia<br />
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:<br />
além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente,<br />
pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casado, recém-nascido,<br />
sem-terra.<br />
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos:<br />
amoré-guaçu,<br />
anajá-mirim, capim-açu.<br />
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam,<br />
formando não<br />
propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo<br />
Rio-São Paulo.<br />
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:<br />
Girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé.<br />
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de<br />
palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:<br />
Na cidade, conta-<br />
-se que ele foi viajar.<br />
O diretor recebeu os ex-<br />
-alunos.<br />
Resumo: Emprego do hífen com prefixos<br />
Regra básica<br />
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.<br />
Outros casos<br />
1. Prefixo terminado em vogal:<br />
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.<br />
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.<br />
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.<br />
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.<br />
2. Prefixo terminado em consoante:<br />
• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.<br />
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.<br />
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.<br />
Continuação na página 4.<br />
Observações<br />
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, subraça<br />
etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.<br />
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:<br />
circum-navegação, pan-americano etc.<br />
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por<br />
o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.<br />
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.<br />
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como<br />
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.<br />
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno,<br />
sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.<br />
Nesta edição finalizamos a nossa seção do ‘Guia prático da nova Ortografia’. Como a implantação<br />
no Brasil iniciou-se em janeiro deste ano e, por ainda tratar-se de um tema polêmico, nossa intenção foi<br />
a de somente fornecer um rápido entendimento das mudanças em nossa língua. Só para relembrar os<br />
países que atualmente têm o português como língua oficial são: Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e<br />
Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.
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Peregrino<br />
das Letras<br />
Informação, Cultura e Livre Expressão<br />
São Jorge e o dragão, 1504<br />
Raffaelo<br />
Sanzio<br />
(1483 – 1520) – Rafael<br />
Pintor e arquiteto italiano cujas<br />
obras representam a mais completa<br />
expressão dos ideais do alto<br />
Renascimento. Entre 1504 e 1506,<br />
Rafael viveu principalmente em Florença,<br />
onde sua pintura tornou-se<br />
mais sofisticada sob a influência de<br />
Leonardo e Michelangelo. Muitos dos famosos quadros da Virgem com o<br />
Menino são deste período. Em 1508, o papa Júlio II convidou-o para ir a<br />
Ribeirão Preto - SP - abril/2009<br />
A madona e o menino, 1505<br />
Roma, onde permaneceu o resto da vida. Entregou-se à realização de uma encomenda papal de grande prestígio:<br />
a decoração com afrescos de vários recintos (Stanze) do Vaticano. No primeiro deles, a Stanza della Segnatura,<br />
Rafael pintou uma das suas maiores obras, A Escola de Atenas (1509 – 11). Durante o restante de sua carreira era<br />
tão requisitado que boa parte de sua obra foi realizada com o auxílio de um grupo de assistentes. Nos últimos<br />
anos, a qualidade de sua obra pode ser melhor observada nos retratos, em que rivaliza com Leonardo na sutileza<br />
da caracterização. Destacou-se também consideravelmente como arquiteto, sucedendo a Bramante como responsável<br />
pela catedral de São Pedro, em 1514.<br />
zendeiros.<br />
Cachorro-do-mato<br />
A ficha do bicho<br />
Nome popular: Cachorro-do-mato, graxaim, lobinho.<br />
Nome científico: Cerdocyon thous.<br />
Onde vive: Da Venezuela ao sul do Brasil.<br />
O que come: Aves, frutas, insetos, ataca galinheiros.<br />
Quanto pesa: 8 quilos.<br />
Quanto vive: 10 anos.<br />
Filhotes: Três a seis, gestação de 55 dias.<br />
Esse cachorro medroso, que se esconde das pessoas, come gafanhotos,<br />
besouros e frutinhas do mato e no auge da ousadia invade galinheiros,<br />
foi falsamente acusado de ser o ‘chupa-cabra’, um animal lendário,<br />
inventado no México, e depois acusado de matar cabras, carneiros e até<br />
bois e cavalos na América Central e no interior do Brasil. O ‘chupa-cabra’<br />
não existe, pois são mortes por fatores variados que lhe são atribuídas,<br />
mas, se existisse, jamais poderia ser esse cachorro-do-mato, que não tem<br />
porte sequer para atacar uma cabra.<br />
Comum em qualquer mata, inclusive na periferia das cidades, em cativeiro<br />
esse animal gosta mesmo é de banana e mais ainda de maçã, mas<br />
dificilmente fica manso e nunca vem buscar a comida na mão da gente, por<br />
mais que conheça o tratador.<br />
Vivendo isolado ou no máximo com a companheira, o cachorro-domato<br />
é bastante perseguido pela crença de que ataca as criações, mas não<br />
chega a correr risco, porque é muito prolífico, chegando a ter seis filhotes<br />
por parto. Como os pais são dedicados, o que é regra entre os canídeos, é<br />
comum todos os filhotes sobreviverem, o que garante uma população<br />
estável, compensando os cachorros-do-mato mortos pelos sitiantes e fa-<br />
Fonte: 100 Animais Brasileiros – Luiz Roberto de Souza Queiroz