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JPeregrino - Alumiar

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4<br />

“É preciso ativar as mãos como<br />

instrumentos terapêuticos em suas<br />

inúmeras possibilidades de execução,<br />

pois a cada transformação externa<br />

com os materiais expressivos<br />

analogamente são geradas transformações<br />

internas.<br />

E neste universo de mãos e<br />

materialidade, construímos nossa<br />

autonomia expressiva e ativamos<br />

nosso processo criativo e desse<br />

modo estas mãos são instrumentos<br />

potenciais de germinação e construção.”<br />

Ângela Philippini<br />

Reverencio amorosamente estas<br />

palavras ao iniciar esta partilha com<br />

os leitores, sobre construir com as<br />

mãos, criar, confeccionar bonecas<br />

de pano de forma simples e lúdica.<br />

Minha experiência em construir<br />

bonecas artesanais nos últimos<br />

anos, sobretudo tem vitalizado a<br />

minha alma de uma forma única e<br />

enriquecedora. Ela me oferece infinitos<br />

presentes: alguns invisíveis,<br />

mágicos, outros, porém, encantadores...<br />

Eu me sinto mais conectada e<br />

integrada ao fluxo da vida, quando<br />

permito que minhas mãos transformem<br />

tecidos e lãs, em algo vivo e<br />

especialmente prazeroso.<br />

Assim também, relembro de outras<br />

pessoas que também fizeram<br />

algumas bonecas comigo, relatos e<br />

experiências muito bonitas e signi-<br />

Peregrino das Letras<br />

Informação, Cultura e Livre Expressão<br />

Construindo bonecas:<br />

Construindo a mim mesma!<br />

ficativas. Penso que vale a pena<br />

compartilhar sobre tal assunto, e<br />

desfrutar da beleza e da agradável<br />

brincadeira contida nesta vivência.<br />

As atividades manuais ajudam-nos<br />

a resgatar o caminho de nossa busca<br />

rumo a individualidade, a recriar<br />

o processo rítmico da respiração,<br />

expandindo nossa consciência de<br />

forma estruturante e harmoniosa.<br />

Considero que estas atividades em<br />

sua complexidade, nos proporcionam<br />

uma ação meditativa, pois os<br />

exercícios rítmicos elaborados na<br />

costura e na confecção de bonecas,<br />

por exemplo, trabalham diversos<br />

aspectos nesse sentido. Penso que<br />

é preciso me isolar (enquanto construo<br />

a boneca), para criar o novo e<br />

continuarmos o processo, ou seja,<br />

vivermos de maneira integrada<br />

conosco e com o mundo. Meditar<br />

significa aquietar-se, estar fora do<br />

caos, para então vivermos sabiamente<br />

nele. Portanto, em minha<br />

vivência com os trabalhos manuais,<br />

inclusive a feitura de bonecas, percebo<br />

que elas nos ensinam a meditar,<br />

utilizando as mãos que apóiam<br />

sobre o coração, estabelecendo<br />

uma ponte entre o pensar e o fazer,<br />

que consequentemente, tem como<br />

elo o sentir; compondo assim um<br />

indivíduo hábil e criativo.<br />

Podemos destacar ainda alguns<br />

objetivos fundamentais que alcançamos<br />

nesta experiência: o desenvolvimento<br />

da autonomia, a<br />

autoconfiança, a capacidade de realização,<br />

gratidão, flexibilidade de<br />

pensamentos frente à vida, aumento<br />

da concentração e da atenção,<br />

dentre outros aspectos importantes.<br />

Confeccionamos as bonecas<br />

fundamentadas na Pedagogia<br />

Waldorf, e ainda utilizamos materiais<br />

naturais como malha de algodão,<br />

lã de carneiro, tecidos variados, feltro,<br />

além de muito respeito, cuidado<br />

e carinho para com o nascimento<br />

da boneca Este trabalho resgata<br />

a importância de construir bonecas<br />

(os), ampliando nossas percepções<br />

sobre a imagem do ser humano, daí<br />

sua grande contribuição terapêutica.<br />

É recomendado para profissionais<br />

da área da educação, psicologia,<br />

terapeutas em geral, estudantes,<br />

pais, avós, e outros interessados.<br />

“Enquanto estou fazendo a boneca,<br />

percebo que toda minha vida<br />

está se reconstruindo. Até pouco<br />

tempo atrás fui bancária, onde tudo<br />

era pré-determinado, e não tinha<br />

oportunidade de desenvolver minha<br />

criatividade. Quando comecei<br />

a confecção da boneca encontrei<br />

muitas dificuldades para fazer a<br />

“cabecinha” dela, e acredito que a<br />

capacidade para criar estava bloqueada<br />

naquele momento. Com o<br />

desenrolar da Oficina de Bonecas,<br />

o contato com as outras pessoas, o<br />

relaxamento das minhas mãos, a<br />

mente fortaleceu-se e assim aconteceu<br />

o processo do trabalho. No<br />

final, percebo uma grande<br />

integração entre todos, as pessoas,<br />

a “vida”que saiu das minhas<br />

mãos e a construção do meu ser através<br />

do trabalho manual.<br />

Mariana (ex-bancária)<br />

Lílian de Almeida Pereira<br />

Bustamante Sá<br />

Pedagoga e Psicopedagoga<br />

Formação em Pedagogia<br />

Waldorf, Arte-Educação e<br />

Socioterapia<br />

lilianbsa@yahoo.com.br<br />

Ribeirão Preto - SP - abril/2009<br />

Guia prático da nova Ortografia<br />

(continuação da edição anterior)<br />

Douglas Tufano<br />

Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa<br />

Uso do hífen<br />

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas,<br />

como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar<br />

a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que<br />

orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas<br />

orientações estabelecidas pelo Acordo.<br />

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas<br />

por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como:<br />

aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro,<br />

entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi,<br />

neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super,<br />

supra, tele, ultra, vice etc.<br />

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.<br />

Exemplos:<br />

anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro-história, mini-hotel,<br />

proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.<br />

Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).<br />

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal<br />

com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:<br />

Aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo,<br />

autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição,<br />

extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto,<br />

semiesférico, semiopaco.<br />

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento,<br />

mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar,<br />

cooperação, cooptar, coocupante etc.<br />

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo<br />

elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:<br />

Anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoproteção, coprodução,<br />

geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, semideus,<br />

seminovo, ultramoderno.<br />

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei,<br />

vice-almirante etc.<br />

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo<br />

elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:<br />

Antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, antissocial, biorritmo,<br />

contrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, microssistema, minissaia,<br />

multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente,<br />

ultrassom.<br />

5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo<br />

elemento começar pela mesma vogal. Exemplos:<br />

anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-inflamatório, autoobservação,<br />

contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque, micro-ondas,<br />

micro-ônibus, semi-internato, semi-interno.<br />

6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo<br />

elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:<br />

hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista,<br />

super-reacionário, super-resistente, super-romântico.<br />

Atenção:<br />

• Nos demais casos não se usa o hífen.<br />

Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante,<br />

superproteção.<br />

• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por<br />

r: sub-região, sub-raça etc.<br />

• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada<br />

por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.<br />

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o<br />

segundo elemento começar por vogal. Exemplos:<br />

Hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,<br />

interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico,<br />

superexigente, superinteressante, superotimismo.<br />

Continua na página 7.

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