17.04.2013 Views

análise eletromiográfica dos músculos flexores do joelho

análise eletromiográfica dos músculos flexores do joelho

análise eletromiográfica dos músculos flexores do joelho

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS FLEXORES DO<br />

JOELHO EM CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA FATIGANTE<br />

Mauro Gonçalves 1 , Ricar<strong>do</strong> Mitsuo Yamaguti 1 , Sarah Regina Dias da Silva 1,2 , Adalgiso Coscrato<br />

Car<strong>do</strong>zo 1, 3 , Kleber Parada 4<br />

1 Laboratório de Biomecânica – Universidade Estadual Paulista –UNESP – Rio Claro-SP.<br />

2 Centro Universitário Claretiano – CEUCLAR – Batatais – SP.<br />

3 Departamento de Ciências da Saúde – Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP – Baixada Santista-SP.<br />

4 Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP<br />

Resumo: O objetivo deste estu<strong>do</strong> foi analisar por meio da eletromiografia o processo de fadiga <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong><br />

semitendinoso, bíceps da coxa (cabeça longa) e gastrocnêmio (cabeça lateral) em contrações isométricas. Dez<br />

voluntárias saudáveis com idades entre 18 e 29 anos executaram flexão isométrica <strong>do</strong> <strong>joelho</strong> durante um minuto, com<br />

50%, 60% e 70% da carga máxima em único dia. Foram analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> os valores de slope e intercepto das freqüências<br />

média e mediana. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> mostraram que o slope <strong>do</strong> músculo semitendinoso apresentou diferenças significativas<br />

em relação aos outros <strong>músculos</strong> nas cargas de 60% e 70%, indican<strong>do</strong> maior contribuição deste músculo devi<strong>do</strong> a<br />

diferenças na anatomia <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> estuda<strong><strong>do</strong>s</strong> e ao ângulo de flexão <strong>do</strong> <strong>joelho</strong> utiliza<strong>do</strong>. Pode-se concluir que<br />

exercícios isométricos de flexão <strong>do</strong> <strong>joelho</strong> a 90º privilegiam o músculo semitendinoso, sen<strong>do</strong> necessários menores<br />

ângulos de flexão para <strong>análise</strong>s específicas <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> bíceps da coxa e gastrocnêmio.<br />

Palavras Chave: <strong>flexores</strong> <strong>do</strong> <strong>joelho</strong>, eletromiografia, fadiga.<br />

Abstract: The objective of this study was to analyze through electromyography the fatigue process of the<br />

semitendinosus, biceps femoris and gastrocnemius muscles during isometric contractions. Ten female healthy subjects<br />

between 18 and 29 years executed isometric knee flexion during one minute, with 50%, 60% and 70% of the maximum<br />

load in one day. The mean power frequency and median frequency slopes and intercepts had been analyzed. The slopes<br />

values of the semitendinosus muscle presented differences in relation to the other muscles in loads of 60% and 70%,<br />

indicating higher contribution of this muscle due the differences in the anatomy of the studied muscles and to the angle<br />

of knee flexion. It can be concluded that isometric exercises at 90º knee flexion privileges the semitendinosus muscle,<br />

and minors flexion angles for specific analyses of the muscles biceps femoris and gastrocnemius could be studied.<br />

Keywords: knee flexors, electromyography, fatigue.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Em <strong>joelho</strong>s saudáveis a ação agonista <strong>do</strong><br />

músculo quadríceps gera uma força de<br />

deslizamento da tíbia sobre o fêmur com<br />

simultânea ação antagonista <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong><br />

posteriores da coxa promovida pelos reflexos<br />

espinhais. Estes reflexos, incluin<strong>do</strong> a inibição<br />

recíproca, modulam a quantidade de co-atividade<br />

[1] produzin<strong>do</strong> assim a estabilização da articulação<br />

[2] e auxilian<strong>do</strong> o ligamento cruza<strong>do</strong> anterior<br />

(LCA) na manutenção da estabilidade articular [3,<br />

4, 5].<br />

Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> demonstram que fraqueza ou<br />

padrões atípicos de ativação <strong><strong>do</strong>s</strong> ísquiotibiais<br />

aumentam o risco de lesões no <strong>joelho</strong>, tais como a<br />

ruptura <strong>do</strong> LCA [6] durante treinamentos,<br />

atividades esportivas e altas cargas de trabalho.<br />

Alguns pesquisa<strong>do</strong>res como Wojtys e Huston [7]<br />

acreditam que o gastrocnêmio também promove<br />

estabilidade à articulação <strong>do</strong> <strong>joelho</strong>, resistin<strong>do</strong> à<br />

força de deslizamento da tíbia durante a ação <strong>do</strong><br />

quadríceps na extensão de <strong>joelho</strong> [8]. Padrões<br />

atípicos e uma ineficiente atuação muscular podem<br />

estar relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> entre outros fatores com a fadiga<br />

muscular.


Durante o processo de fadiga, as unidades<br />

motoras disparam em velocidades crescentes para<br />

compensar a diminuição da força, decorrente da<br />

fadiga de outras unidades motoras e manter o nível<br />

de tensão muscular [9]. Este comportamento é<br />

evidencia<strong>do</strong> pelo aumento da amplitude <strong>do</strong> sinal<br />

eletromiográfico [10]. Também a fadiga pode ser<br />

analisada por meio <strong><strong>do</strong>s</strong> parâmetros espectrais da<br />

eletromiografia (EMG), em particular aquelas<br />

promovidas durante contrações isométricas [11].<br />

Durante contrações isométricas e isotônicas, a<br />

fadiga é caracterizada por um aumento na<br />

amplitude e uma diminuição das freqüências<br />

mediana (FM) e média (FMed) [12]. Parâmetros de<br />

freqüência <strong>do</strong> sinal eletromiográfico podem ser<br />

analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> em função <strong>do</strong> tempo por meio de<br />

regressões lineares, tanto em contrações<br />

isométricas quanto isotônicas. Destas regressões,<br />

são frequentemente estuda<strong><strong>do</strong>s</strong> os valores de<br />

coeficiente de inclinação (slopes) [13, 10] e<br />

interceptos ou valores iniciais (onde x = 0),<br />

utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> para diferenciação <strong><strong>do</strong>s</strong> tipos de fibras<br />

musculares em determina<strong><strong>do</strong>s</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> [14].<br />

Consideran<strong>do</strong> a importância da ação <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

<strong>músculos</strong> <strong>flexores</strong> <strong>do</strong> <strong>joelho</strong>, bem como os danos<br />

que uma ativação insuficiente pode trazer<br />

decorrentes de fraqueza ou da fadiga, seu estu<strong>do</strong><br />

passa a ser fundamental. Portanto, identificar<br />

indica<strong>do</strong>res de resistência muscular, que<br />

futuramente poderão ser úteis como formas de<br />

comparação quan<strong>do</strong> submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> a programas de<br />

treinamento ou reabilitação torna-se importante.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, o objetivo <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> foi<br />

avaliar o comportamento <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> <strong>flexores</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>joelho</strong> em diferentes intensidades de contração<br />

isométrica realizadas durante 1 minuto.<br />

MATERIAIS E MÉTODOS<br />

Participaram deste estu<strong>do</strong> 10 voluntários<br />

<strong>do</strong> gênero feminino com idades entre 18 e 29 anos,<br />

fisicamente ativas, sem antecedentes de <strong>do</strong>enças<br />

músculo-esqueléticas, to<strong><strong>do</strong>s</strong> universitários e de<br />

antropometria semelhante. Antecipadamente ao<br />

experimento os voluntários foram orienta<strong><strong>do</strong>s</strong> sobre<br />

as atividades a serem realizadas e assinaram um<br />

termo de consentimento em submeter-se às<br />

mesmas. Este estu<strong>do</strong> foi previamente aprova<strong>do</strong><br />

pelo Comitê de Ética em Pesquisa local.<br />

Para captação <strong><strong>do</strong>s</strong> sinais eletromiográficos<br />

foram utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> eletro<strong><strong>do</strong>s</strong> de superfície<br />

(LECTEC), com revestimento de cloreto de prata<br />

com 2,8cm de largura, 3,7cm de comprimento,<br />

com distância intereletro<strong><strong>do</strong>s</strong> de 3 cm, dispostos<br />

sobre os <strong>músculos</strong> bíceps da coxa (cabeça longa),<br />

semitendinoso e gastrocnêmio (cabeça lateral), <strong>do</strong><br />

membro inferior <strong>do</strong>minante, posiciona<strong><strong>do</strong>s</strong> com<br />

adaptação <strong>do</strong> protocolo emprega<strong>do</strong> por Delagi et<br />

al. (1981) (Figura 1). Com intuito de evitar<br />

possíveis interferências na captação <strong>do</strong> sinal<br />

eletromiográfico, realizou-se previamente à<br />

colocação <strong><strong>do</strong>s</strong> eletro<strong><strong>do</strong>s</strong>, tricotomia, abrasão com<br />

lixa fina e limpeza da pele com álcool no nível <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

<strong>músculos</strong> estuda<strong><strong>do</strong>s</strong>. Os voluntários foram,<br />

também, devidamente conecta<strong><strong>do</strong>s</strong> a um eletro<strong>do</strong> de<br />

referência posiciona<strong>do</strong> sobre o processo estilóide<br />

<strong>do</strong> rádio, <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong>minante.<br />

Os sinais EMG foram obti<strong><strong>do</strong>s</strong> por meio de<br />

um módulo de aquisição de sinais biológicos<br />

(Lynx ® ) foi calibra<strong>do</strong> com um ganho em 1000<br />

vezes, o filtro de passa alta em 20Hz e o filtro de<br />

passa baixa em 500Hz, assim como um software<br />

específico (Aqda<strong><strong>do</strong>s</strong>-Lynx ® ) calibra<strong>do</strong> com uma<br />

freqüência de amostragem de 1000 Hz.


O teste foi realiza<strong>do</strong> no equipamento LEG<br />

CURL (BODY SOLID ® ) (Figura 2), na qual os<br />

voluntários foram posiciona<strong><strong>do</strong>s</strong> em decúbito<br />

ventral com o <strong>joelho</strong> flexiona<strong>do</strong> a 90º para a<br />

realização <strong><strong>do</strong>s</strong> testes. Primeiramente foi<br />

determinada a contração isométrica voluntária<br />

máxima (CIVM) de cada voluntário e após um<br />

intervalo não menor que 30 minutos, foram<br />

realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> os testes de contração isométrica<br />

durante 1 minuto a 50%, 60% e 70% da CIVM<br />

escolhidas aleatoriamente para cada teste. Os testes<br />

foram executa<strong><strong>do</strong>s</strong> em único dia e entre eles houve<br />

um intervalo de 30 minutos. Para a <strong>análise</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

sinais eletromiográficos foram utilizadas rotinas<br />

específicas em ambiente MatLab (MathWorks ® )<br />

com a qual obteve-se a FM e FMed, e os valores de<br />

slope e intercepto da regressão linear entre a<br />

atividade EMG e o tempo de execução. Para a<br />

<strong>análise</strong> estatística <strong><strong>do</strong>s</strong> valores de slope e intercepto<br />

de FM e Fmed <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> semitendinoso, bíceps<br />

da coxa e gastrocnêmio nas diferentes cargas<br />

(50%, 60% e 70%) foram feitos testes de<br />

normalidade e homogeneidade e pelos resulta<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

Slope FM (Hz. s-1 )<br />

0.0<br />

-0.1<br />

-0.2<br />

-0.3<br />

-0.4<br />

-0.5<br />

-0.6<br />

♦<br />

Slope Frequência Mediana<br />

50 60 70<br />

*<br />

Cargas (% CIVM)<br />

Semi Bíceps Gastro<br />

obti<strong><strong>do</strong>s</strong>, optou-se pelo teste de Kruskal-Wallis com<br />

nível de significância estabeleci<strong>do</strong> para p


Intercepto FM (Hz)<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

* diferença significativa em relação ao músculo bíceps da coxa na mesma carga.<br />

† diferença significativa em relação à carga de 70% (semitendinoso).<br />

Gráficos 3 e 4 - Valores <strong><strong>do</strong>s</strong> interceptos de FM e Fmed <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> semitendinoso, bíceps da coxa e<br />

gastrocnêmio.<br />

Os valores de intercepto da FM (Gráfico<br />

3) foram maiores para o músculo gastrocnêmio<br />

em relação ao músculo bíceps da coxa cabeça<br />

longa a 50%, 60% e 70% da CIVM. O músculo<br />

semitendinoso também apresentou maior valor de<br />

intercepto da FM a 60% da CIVM em relação a<br />

70% da CIVM. Os valores de intercepto da FMed<br />

(Gráfico 4) apresenta maior valor para o músculo<br />

gastrocnêmio em relação ao músculo bíceps da<br />

coxa cabeça longa a 50% da CIVM e não<br />

apresentou diferença significativa (p


ângulo de flexão <strong>do</strong> <strong>joelho</strong>, apresentan<strong>do</strong> menores<br />

valores de torque quanto maiores os ângulos<br />

emprega<strong><strong>do</strong>s</strong>. Por outro la<strong>do</strong>, o músculo<br />

semitendinoso possui as fibras musculares<br />

posicionadas paralelamente ao seu comprimento e<br />

que possivelmente possui maior número de<br />

sarcômeros em série devi<strong>do</strong> ao seu maior<br />

comprimento de fibra [15], enquanto o músculo<br />

bíceps da coxa é um músculo unipena<strong>do</strong>, com<br />

menor comprimento de fibra. Esse ângulo de<br />

penação aumenta durante a flexão <strong>do</strong> joeho,<br />

fazen<strong>do</strong> o músculo bíceps da coxa diminuir sua<br />

contribuição em ângulos maiores que 45º, e a<br />

partir <strong><strong>do</strong>s</strong> 60° o músculo semitendinoso é o maior<br />

contribuinte com a manutenção <strong>do</strong> torque e tensão<br />

da flexão de coxa [15]. Sen<strong>do</strong> assim, os maiores<br />

valores de slope encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> para o músculo<br />

semitendinoso podem estar relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> com sua<br />

maior participação na contração isométrica em<br />

90°.<br />

O músculo gastrocnêmio é um músculo<br />

biarticular e atua como acessório na flexão <strong>do</strong><br />

<strong>joelho</strong> [18]. No presente estu<strong>do</strong>, pode-se notar que<br />

o mesmo apresenta os menores valores de slope,<br />

demonstran<strong>do</strong> um inexpressivo desenvolvimento<br />

<strong>do</strong> processo de fadiga durante o teste, sen<strong>do</strong><br />

justificada então por uma menor contribuição na<br />

flexão <strong>do</strong> <strong>joelho</strong>. As intensidades de carga<br />

impostas apresentaram efeitos diferentes para os<br />

<strong>músculos</strong>, visto que a 50% estes apresentam<br />

atividade pre<strong>do</strong>minantemente semelhantes, com<br />

evidente atividade para o músculo semitendinoso<br />

nas maiores cargas. No entanto, o aumento das<br />

cargas apresentou menor efeito na atividade<br />

<strong>eletromiográfica</strong>, o que pode estar relaciona<strong>do</strong> à<br />

proximidade <strong><strong>do</strong>s</strong> valores de carga utilizada [13,<br />

19]. Somente o músculo semitendinoso<br />

apresentou diferenças significativas frente ao<br />

aumento da carga e reforça a hipótese de que sua<br />

contribuição na manutenção da tensão aumenta<br />

para suportar o aumento da carga.<br />

Os valores de intercepto apresentaram<br />

diferenças significativas entre o músculo<br />

gastrocnêmio e o bíceps da coxa. Os maiores<br />

valores de intercepto <strong>do</strong> músculo gastrocnêmio<br />

pode ser explica<strong>do</strong> pela sua maior proporção de<br />

fibras musculares <strong>do</strong> tipo II (67%) de contração<br />

rápida em relação ao músculo bíceps da coxa<br />

(33%) [17], apesar da menor contribuição <strong>do</strong><br />

gastrocnêmio na flexão de coxa. Estu<strong>do</strong> de Kupa<br />

et al., [14] indica que <strong>músculos</strong> com maior<br />

proporção de fibras musculares de contração<br />

rápida (tipo II) demonstram maiores valores de<br />

intercepto por terem maior secção transversa e<br />

maiores velocidades de condução <strong><strong>do</strong>s</strong> potenciais<br />

de ação.<br />

Embora o presente estu<strong>do</strong> tenha permiti<strong>do</strong><br />

analisar o comportamento <strong><strong>do</strong>s</strong> slopes e interceptos<br />

das FM e FMed, <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> semitendinoso,<br />

bíceps da coxa e gastrocnêmio durante exercício<br />

isométrico, estu<strong><strong>do</strong>s</strong> futuros deveriam considerar<br />

outros <strong>músculos</strong> e em diferentes ângulos de flexão<br />

<strong>do</strong> <strong>joelho</strong>, com o objetivo de aumentar o<br />

conhecimento sobre os mesmos e possibilitar a<br />

criação de outros protocolos para a avaliação da<br />

resistência muscular localizada e verificar o efeito<br />

de treinamentos e reabilitação sobre estes<br />

<strong>músculos</strong>.<br />

CONCLUSÃO<br />

Constata-se que o músculo semitendinoso<br />

apresenta maior efeito <strong>do</strong> tempo de execução e da<br />

intensidade da contração durante a flexão<br />

isométrica <strong>do</strong> <strong>joelho</strong> a 90º. Exercícios isométricos<br />

de flexão de coxa com esta angulação privilegiam


o músculo semitendinoso, sen<strong>do</strong> necessários<br />

menores ângulos de flexão <strong>do</strong> <strong>joelho</strong> para analisar<br />

a ativação específica <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> bíceps da coxa<br />

e gastrocnêmio.<br />

REFERÊNCIAS<br />

[1] Hansen EA, Andersen JL, Nielsen JS,<br />

Sjogaard G. Muscle fibre type, efficiency,<br />

and mechanical optima affect freely chosen<br />

pedal rate during cycling. Acta Physiol.<br />

Scand. 2002; 176(3): 185-94.<br />

[2] Solomonow M, Baratta R, Zhou BH, Shoji<br />

H, Bose W, Beck C, D'Ambrosia R. The<br />

synergistic action of the anterior cruciate<br />

ligament and thigh muscles in maintaining<br />

joint stability. Am. J. Sports Med. 1987;<br />

15(3): 207-13.<br />

[3] Baratta R, Solomonow M, Zhou BH, Letson<br />

D, Chuinard R, D'Ambrosia R. Muscular<br />

coactivation. The role of the antagonist<br />

musculature in maintaining knee stability.<br />

Am. J. Sports Med. 1988; 16(2): 113-22.<br />

[4] Kellis E, Katis A. Hamstring antagonist<br />

moment estimation using clinically<br />

[5]<br />

applicable models: Muscle dependency and<br />

synergy effects. J. Electromyogr. Kinesiol.<br />

2006.<br />

Osternig LR, Caster BL, James CR.<br />

Contralateral hamstring (biceps femoris)<br />

coactivation patterns and anterior cruciate<br />

ligament dysfunction. Méd. Sci. Sports.<br />

Exerc. 1995; 27(6): 805-8.<br />

[6] Tsepis E, Vagenas G, Giakas G, Georgoulis<br />

A. Hamstring weakness as an indicator of<br />

poor knee function in ACL-deficient<br />

patients. Knee Surg. Sports Traumatol.<br />

Arthrosc. 2004; 12(1): 22-9.<br />

[7] Wojtys EM, Huston LJ. Neuromuscular<br />

performance in normal and anterior cruciate<br />

ligament-deficient lower extremities. Am. J.<br />

Sports Med. 1994; 22(1): 89-104.<br />

[8] Tibone JE, Antich TJ, Fanton GS, Moynes<br />

DR, Perry J. Functional analysis of anterior<br />

cruciate ligament instability. Am. J. Sports<br />

Med. 1986; 14(4): 276-84.<br />

[9] DeVries HA. Method for evaluation of<br />

muscle fatigue and endurance from<br />

electromyographic fatigue curves. Am. J.<br />

Sports Med. 1968; 47(3): 125-35.<br />

[10] Oliveira A, Gonçalves M, Car<strong>do</strong>zo A,<br />

Barbosa F. Exercício rosca bíceps:<br />

influencia <strong>do</strong> tempo de execução e da<br />

intensidade da carga na atividade<br />

<strong>eletromiográfica</strong> de <strong>músculos</strong> lombares.<br />

Rev. Port. Cien. Desp. 2006; 6(2): 170-8.<br />

[11] Kumar S, Narayan Y. Spectral parameters<br />

of trunk muscles during fatiguing isometric<br />

axial rotation in neutral posture. J.<br />

Electromyogr. Kinesiol. 1998; 8(4): 257-67.<br />

[12] Webber CL, Jr., Schmidt MA, Walsh JM.<br />

Influence of isometric loading on biceps<br />

EMG dynamics as assessed by linear and<br />

nonlinear tools. J. Appl. Physiol. 1995;<br />

78(3): 814-22.<br />

[13] Car<strong>do</strong>zo AC, Goncalves M.<br />

Electromyographic fatigue threshold of<br />

erector spinae muscle induced by a<br />

muscular endurance test in health men.<br />

Electromyogr. Clin. Neurophysiol. 2003;<br />

43(6): 377-80.<br />

[14] Kupa EJ, Roy SH, Kandarian SC, De Luca<br />

CJ. Effects of muscle fiber type and size on<br />

EMG median frequency and conduction<br />

velocity. J. Appl. Physiol. 1995; 79(1): 23-<br />

32.<br />

[15] Makihara Y, Nishino A, Fukubayashi T,<br />

Kanamori A. Decrease of knee flexion<br />

torque in patients with ACL reconstruction:<br />

combined analysis of the architecture and<br />

function of the knee flexor muscles. Knee<br />

Surg. Sports Traumatol. Arthrosc. 2006;<br />

14(4): 310-7.<br />

[16] Travnik L, Pernus F, Erzen I. Histochemical<br />

and morphometric characteristics of the<br />

normal human vastus medialis longus and<br />

vastus medialis obliquus muscles. J. Anat.<br />

1995; 187 ( Pt 2): 403-11.<br />

[17] Johnson MA, Polgar J, Weightman D,<br />

Appleton D. Data on the distribution of<br />

fibre types in thirty-six human muscles. An<br />

autopsy study. J. Neurol. Sci. 1973; 18(1):<br />

111-29.<br />

[18] Rasch P, Burke RK. Cinesiologia e<br />

anatomia aplicada : a ciência <strong>do</strong><br />

movimento humano. Rio de Janeiro:<br />

Guanabara Koogan 1977.<br />

[19] Housh TJ, deVries HA, Johnson GO, Housh<br />

DJ, Evans SA, Stout JR, Evetovich TK,<br />

Bradway RM. Electromyographic fatigue<br />

thresholds of the superficial muscles of the<br />

quadriceps femoris. Eur. J. Appl. Physiol.<br />

Occup. Physiol. 1995; 71(2-3): 131-6.<br />

e-mail: maurog@rc.unesp.br<br />

ricar<strong>do</strong>_yamaguti@hotmail.com

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!