A Resolução de Problemas na Formação Inicial e Continuada de ...
A Resolução de Problemas na Formação Inicial e Continuada de ...
A Resolução de Problemas na Formação Inicial e Continuada de ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong> <strong>na</strong> <strong>Formação</strong> <strong>Inicial</strong> e <strong>Continuada</strong> <strong>de</strong><br />
Introdução<br />
Professores<br />
Célia Barros Nunes<br />
Departamento <strong>de</strong> Educação – UNEB/Campus X<br />
celiabns@gmail.com<br />
O presente trabalho traz uma breve reflexão sobre formação inicial e continuada <strong>de</strong><br />
professores <strong>de</strong> matemática interligada à resolução <strong>de</strong> problemas e, para complementá-lo é<br />
apresentada uma proposta <strong>de</strong> pesquisa, numa perspectiva pragmática <strong>de</strong> investigação como<br />
<strong>de</strong>scrita por Fiorentini e Lorenzato (2006). O projeto surge das inquietações da autora com<br />
relação à formação inicial e continuada <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> matemática, <strong>de</strong>sejando, <strong>de</strong>ssa forma,<br />
contribuir com essa formação.<br />
Diz Borralho (1997, p. 131) que “não há ensino <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, nem reforma educativa e<br />
inovação pedagógica sem uma formação a<strong>de</strong>quada para o professor”. Nesse sentido, é<br />
necessário que se faça mudanças urgentes <strong>na</strong> prática <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> muitos professores e essas<br />
mudanças <strong>de</strong>vem acontecer, a princípio, no curso <strong>de</strong> Licenciatura, pois é nele, que o futuro<br />
professor <strong>de</strong>ve apren<strong>de</strong>r Matemática com a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “ensiná-la”. Para tanto, vale reforçar<br />
que o curso <strong>de</strong> Licenciatura <strong>de</strong>verá formar o professor como um profissio<strong>na</strong>l reflexivo e<br />
investigador <strong>de</strong> sua prática.<br />
Não se po<strong>de</strong> ignorar que repensar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores é um passo<br />
indispensável para a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> uma maneira geral, e para o ensino<br />
<strong>de</strong> Matemática, em particular.<br />
Matemática<br />
Uma breve reflexão acerca da formação inicial e continuada <strong>de</strong> professores <strong>de</strong><br />
A principal tarefa da Educação Matemática tem sido a <strong>de</strong> contribuir,<br />
significativamente, para a melhoria das práticas dos professores no que se refere ao ensino e à<br />
aprendizagem da Matemática. De uma maneira mais ampla po<strong>de</strong>-se dizer que sua essência<br />
está <strong>na</strong> Matemática e a partir daí surgem estudos sobre a importância <strong>de</strong> seu ensino; o que é<br />
importante ensi<strong>na</strong>r nos vários níveis(conteúdos e currículo); como ensiná-la; como vê-la num<br />
1
contexto histórico-sócio-cultural; que materiais instrucio<strong>na</strong>is são a<strong>de</strong>quados no seu processo<br />
ensino-aprendizagem; <strong>de</strong>ntre outros estudos, incluindo, nesse contexto, teoria,<br />
<strong>de</strong>senvolvimento e prática relativos ao ensino e aprendizagem da Matemática.<br />
Como nesse contexto estão inseridos os professores, assim, é necessário que eles<br />
estejam bem preparados, com um sólido conhecimento tanto em Matemática como também<br />
em Didática. A Didática <strong>de</strong>ve preparar os futuros professores metodologicamente para sua<br />
prática letiva futura proporcio<strong>na</strong>ndo-lhes estratégias úteis <strong>de</strong> ensino. Ainda, sobre esse<br />
aspecto, Onuchic (1999) pontua que nenhuma intervenção no processo <strong>de</strong> aprendizagem po<strong>de</strong><br />
fazer mais diferença do que um professor bem formado, inteligente e hábil. A sua preparação<br />
e o seu <strong>de</strong>sempenho tem um efeito direto <strong>na</strong> realização dos alunos, pois ninguém tem tanta<br />
influência sobre os alunos quanto os próprios professores.<br />
Os professores não po<strong>de</strong>m exercer seu papel com competência e qualida<strong>de</strong> sem uma<br />
formação a<strong>de</strong>quada para lecio<strong>na</strong>r as discipli<strong>na</strong>s ou saberes <strong>de</strong> que estão incubidos, sem um<br />
conjunto básico <strong>de</strong> conhecimentos e capacida<strong>de</strong> profissio<strong>na</strong>is orientados para sua prática<br />
educativa. Exige-se hoje da profissão docente, competências e compromissos não só <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />
cultural, científica e pedagógica mas, também, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m pessoal e social, influindo <strong>na</strong>s<br />
concepções sobre Matemática, educação e ensino, escola e currículo (PEREZ, 2005).<br />
Resultados <strong>de</strong> estudos, mostram que um dos caminhos viáveis a mudanças <strong>na</strong><br />
Educação perpassa, essencialmente, pela formação <strong>de</strong> professores pois é <strong>na</strong> formação inicial,<br />
bem como <strong>na</strong> continuada que o professor tem possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> auto conhecimento,<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver estratégias pedagógicas e, a partir <strong>de</strong>ssas estratégias promover<br />
dinâmicas <strong>de</strong> aprendizagem diferenciadas.<br />
Entretanto, sabe-se que mudanças nessas dimensões <strong>na</strong> prática docente não acontecem<br />
espontaneamente. A mudança <strong>de</strong>ve acontecer a partir dos cursos <strong>de</strong> Licenciatura, uma vez que<br />
eles têm como propósito central formar professores <strong>de</strong> Matemática para atuarem em diversos<br />
níveis <strong>de</strong> ensino <strong>na</strong> Educação Básica. No que se refere às competências e habilida<strong>de</strong>s próprias<br />
do educador matemático, o licenciado em Matemática <strong>de</strong>verá ter capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />
estratégias <strong>de</strong> ensino que favoreçam a criativida<strong>de</strong>, a autonomia e a flexibilida<strong>de</strong> do<br />
pensamento dos educandos, buscando trabalhar com mais ênfase nos conceitos do que <strong>na</strong>s<br />
técnicas, fórmulas e algoritmos, o que permite presumir que o aluno que enfrenta esse tipo <strong>de</strong><br />
curso <strong>de</strong>ve, também, apren<strong>de</strong>r Matemática com a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “ensiná-la”.<br />
O Curso <strong>de</strong> Licenciatura em Matemática é o momento propício para a construção e o<br />
repensar das concepções dos futuros professores, <strong>de</strong> modo que possam conduzir a uma<br />
2
aprendizagem matemática realmente significativa (PAVÃO, 2006, p.166). Futuros<br />
professores <strong>de</strong> Matemática precisam enten<strong>de</strong>r “o que” apren<strong>de</strong>m, “porquê” apren<strong>de</strong>m e<br />
“como” apren<strong>de</strong>m, para que, então, com segurança, possam guiar seus alunos, futuros<br />
professores, <strong>na</strong> construção <strong>de</strong> novos conhecimentos.<br />
Além <strong>de</strong>sses fatores, o professor no atual contexto, precisa muito mais do que uma<br />
formação inicial, que se sabe, não lhe trará segurança para po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sempenhar suas funções<br />
com eficiência. Ele precisa <strong>de</strong> uma formação continuada que lhe possibilite a<br />
profissio<strong>na</strong>lização, o aperfeiçoamento constante, a reflexão sobre a prática pedagógica,<br />
formação esta realizada em serviço com o objetivo <strong>de</strong> compensar as <strong>de</strong>ficiências da formação<br />
inicial e manter o docente atualizado com relação às tendências atuais pedagógicas.<br />
Outro aspecto a ser consi<strong>de</strong>rado, nessa breve discussão, refere-se ao professor<br />
pesquisador. É extremamente importante a inserção do professor em pesquisas ou grupos <strong>de</strong><br />
estudo e pesquisa que fará com que ele incorpore a reflexão sobre a sua prática, on<strong>de</strong> discutirá<br />
sobre temas pertinentes às necessida<strong>de</strong>s da prática docente e ao seu <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> se apropriar <strong>de</strong><br />
novos conhecimentos, como também, terá a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implementar projetos, partilhar<br />
i<strong>de</strong>ias com colegas e alunos, estimulando discussões em grupo, assumindo, <strong>de</strong>ssa forma, uma<br />
atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> professor pesquisador e reflexivo, ou seja, aquele profissio<strong>na</strong>l que consegue<br />
incorporar o ensino adquirido pela sua experiência, assim como pela experiência dos colegas.<br />
D’Ambrosio e D’Ambrosio (2006) enten<strong>de</strong>m o professor-pesquisador como aquele<br />
que encara a pesquisa como ato <strong>de</strong> construir novas i<strong>de</strong>ias e entendimentos, numa ação que<br />
po<strong>de</strong> resultar em aprendizagem. Acrescentam, ainda os autores, que a pesquisa po<strong>de</strong> gerar<br />
nova compreensão sobre a matemática <strong>de</strong> seus alunos, sobre a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua sala <strong>de</strong> aula,<br />
sobre a sua prática pedagógica, sobre a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu currículo, sobre a matemática em si,<br />
ou sobre a aprendizagem matemática.<br />
A <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong> <strong>na</strong> <strong>Formação</strong> <strong>de</strong> Professores<br />
A <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong> constitui uma dos temas fundamentais, tanto <strong>na</strong> investigação<br />
quanto no <strong>de</strong>senvolvimento curricular em Educação Matemática. É uma das tendências no<br />
âmbito da Educação Matemática que tem ganhado um espaço privilegiado, sobretudo, no<br />
currículo <strong>de</strong> Matemática. Em seus estudos, Stanick e Kilpatric (1989) explicam o papel da<br />
resolução <strong>de</strong> problemas <strong>na</strong> matemática escolar<br />
[...] o papel da resolução <strong>de</strong> problemas <strong>na</strong> matemática escolar é o resultado do<br />
conflito entre forças ligadas a i<strong>de</strong>ias antigas e persistentes acerca das vantagens do<br />
3
estudo da matemática e uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acontecimentos que influenciaram uns aos<br />
outros e que ocorreram no princípio do século XX. A principal razão para a maior<br />
ênfase dada pelos educadores matemáticos ao ensino da resolução <strong>de</strong> problemas é<br />
que, até este século, era assumido que o estudo da Matemática seria, <strong>de</strong> uma maneira<br />
geral, a melhoria do pensamento das pessoas. [...] Por isso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Platão, temos a<br />
i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que, estudando Matemática, melhoramos as capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pensar,<br />
racioci<strong>na</strong>r, resolver problemas com que confrontaremos no mundo real. [...] Os<br />
problemas foram um elemento do currículo <strong>de</strong> Matemática que contribuiu, tal como<br />
outros elementos, para o <strong>de</strong>senvolvimento do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> racioci<strong>na</strong>r (STANICK e<br />
KILPATRICK, 1989, p 7-8).<br />
Vários são os pesquisadores que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m um trabalho <strong>de</strong> ensino-aprendizagem <strong>de</strong><br />
matemática através da resolução <strong>de</strong> problemas (ONUCHIC, 1999; VAN DE WALLE, 2009;<br />
ONUCHIC E ALLEVATO, 2004; NUNES, 2010). Segundo eles, conceitos e procedimentos<br />
matemáticos importantes po<strong>de</strong>m ser melhor ensi<strong>na</strong>dos através da resolução <strong>de</strong> problemas. Isto<br />
é, tarefas ou problemas po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser colocados <strong>de</strong> forma a engajar os estudantes em<br />
pensar e <strong>de</strong>senvolver a matemática importante que precisam apren<strong>de</strong>r.<br />
Ao se trabalhar com resolução <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong>ve-se propor situações em que, para<br />
solucioná-las, os alunos necessitem antecipar e formular resultados inúmeras vezes, formular<br />
justificativas, argumentar e, ao reproduzir, <strong>de</strong>ssa forma, acabem por construir um<br />
conhecimento contextualizado.<br />
Diz Marincek e Cavalcanti (2001) que uma forma <strong>de</strong> garantir que os alunos construam<br />
um conhecimento contextualizado, provido <strong>de</strong> sentido, é que o professor formule ou escolha<br />
cuidadosamente os problemas que irá propor, para que o aluno os consi<strong>de</strong>re como problemas<br />
<strong>de</strong> fato e sinta-se impelido a agir, a falar e a refletir para solucioná-los. Trabalhar em um<br />
ambiente <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas exige também do aluno a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> argumentar e<br />
comunicar suas i<strong>de</strong>ias.<br />
Para apren<strong>de</strong>r matemática é preciso “fazer matemática”. Ao fazer matemática, o aluno<br />
tem a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explorar, justificar, levantar hipóteses, argumentar, generalizar, etc.<br />
Não se po<strong>de</strong> ficar restritos a mera aplicações <strong>de</strong> fórmulas e resultados estabelecidos.<br />
Não há dúvida <strong>de</strong> que o interesse ou envolvimento dos alunos em um problema é<br />
importante, sendo assim, a sua escolha <strong>de</strong>ve ser bem pensada e planejada. O problema <strong>de</strong>ve<br />
ser <strong>de</strong>safiador o suficiente para manter o aluno envolvido, mas não tão difícil a ponto <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sencorajá-lo, uma vez que o problema <strong>de</strong>ve ser gerador <strong>de</strong> novos conceitos e conteúdos<br />
matemáticos e para tal, ele <strong>de</strong>ve ser o ponto <strong>de</strong> partida da ativida<strong>de</strong> matemática, conforme<br />
recomendam (BRASIL, 1998; ONUCHIC, 1999; NUNES, 2010).<br />
4
Diante <strong>de</strong>ssas questões que permitem muitas reflexões sobre a prática pedagógica do<br />
professor, ressalte-se aqui o que Nóvoa, em 2001 disse sobre o professor reflexivo. Segundo<br />
ele, “um professor reflexivo é um professor pesquisador”. Nunes (2010), <strong>na</strong> mesma linha <strong>de</strong><br />
pensamento, ao <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong> como uma metodologia <strong>de</strong> ensino-<br />
aprendizagem da Matemática ressalta<br />
[...] Um professor pesquisador se configura para nós como um professor que<br />
pesquisa quando busca problemas que po<strong>de</strong>m ser utilizados, em sala <strong>de</strong> aula, para<br />
trabalhar <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos tópicos matemáticos pertinentes ao programa planejado;<br />
pesquisa quando i<strong>de</strong>ntifica os focos matemáticos importantes e as gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias<br />
subjacentes; pesquisa quando estabelece as melhores estratégias disponíveis para<br />
resolver os problemas; pesquisa quando prepara as questões com as quais conduzirá<br />
os alunos, durante a plenária, ouvindo-os em suas respostas; pesquisa quando<br />
planeja a formulação rigorosa da nova matemática construída durante essa aula,<br />
tendo os alunos como co-construtores <strong>de</strong>sses novos conceitos e conteúdos (NUNES,<br />
2010, p. 95).<br />
Diante do exposto, a <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong> é uma ferramenta útil para se ensi<strong>na</strong>r e<br />
apren<strong>de</strong>r Matemática. Vale ressaltar que quando se faz uso da resolução <strong>de</strong> problemas <strong>na</strong><br />
perspectiva <strong>de</strong> uma metodologia <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> aprendizagem, po<strong>de</strong>-se constatar que,<br />
intrinsecamente, há uma forte ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação, tanto por parte do professor quanto<br />
por parte do aluno sobre todo o processo.<br />
Nessa perspectiva, indicamos a Metodologia <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem-Avaliação <strong>de</strong><br />
Matemática através da <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong> como uma proposta didática para se trabalhar,<br />
em sala <strong>de</strong> aula. Num trabalho a ser feito em sala <strong>de</strong> aula, parte-se sempre <strong>de</strong> um problema,<br />
tendo como objetivo um foco particular <strong>de</strong> Matemática e, usando estratégias convenientes,<br />
busca-se a solução do problema, com a participação dos alunos, em grupos, tendo eles como<br />
co-construtores do novo conhecimento pretendido para aquela aula.<br />
Ao adotar a Metodologia <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem-Avaliação <strong>de</strong> Matemática através<br />
da <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong>, é importante que o professor, diante <strong>de</strong>la, reflita, investigue e<br />
venha a formular ou escolher cuidadosamente os problemas que irá propor, a fim <strong>de</strong> garantir<br />
que os alunos construam um conhecimento a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> Matemática e que faça sentido. Essa<br />
escolha <strong>de</strong>ve ser bem pensada e bem planejada, assumindo ele, assim, uma postura <strong>de</strong><br />
professor reflexivo.<br />
No processo <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> aprendizagem através da exploração <strong>de</strong> um problema,<br />
enten<strong>de</strong>r as hipótese do problema, tomar <strong>de</strong>cisões para resolvê-lo, estabelecer relações entre<br />
suas variáveis, saber comunicar resultados e ser capaz <strong>de</strong> avaliar criticamente técnicas e<br />
5
concepções utilizadas <strong>na</strong> resolução dos mesmos são aspectos que <strong>de</strong>vem estar presentes ou<br />
serem estimulados (ALLEVATO; ONUCHIC, 2008, p. 2).<br />
A implementação <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> iniciação cientifica a ser <strong>de</strong>senvolvido com<br />
professores <strong>de</strong> matemática <strong>na</strong> UNEB, Campus X<br />
O que comumente se vê no mundo das pesquisas acadêmicas é o professor como<br />
sujeito da pesquisa. Os resultados são, em geral, relatados criticando o conhecimento dos<br />
professores e a sua ação (D’AMBROSIO e D’AMBROSIO, 2006). Po<strong>de</strong>-se afirmar que não<br />
há uma participação mais ativa do professor atuando como pesquisador.<br />
Nesse sentido, sendo os professores peças fundamentais no processo ensino-<br />
aprendizagem, e baseada <strong>na</strong> tese 1 <strong>de</strong>senvolvida <strong>na</strong> UNESP, Rio Claro, em 2010 que teve<br />
como foco a formação do professor <strong>de</strong> matemática como referencial teórico apoiado a dois<br />
outros objetos <strong>de</strong> estudo: a <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong>, como uma proposta metodológica para o<br />
ensino da Matemática e a Geometria e seu ensino, cujo objetivo foi o <strong>de</strong> investigar,<br />
compreen<strong>de</strong>r e evi<strong>de</strong>nciar as potencialida<strong>de</strong>s didático-matemáticas da Metodologia <strong>de</strong> Ensino-<br />
Aprendizagem-Avaliação <strong>de</strong> Matemática através da <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong> nos processos <strong>de</strong><br />
ensi<strong>na</strong>r e apren<strong>de</strong>r Geometria, a autora da tese, em suas reflexões fi<strong>na</strong>is fala emotivamente:<br />
Na condição agora <strong>de</strong> pesquisadora e formadora <strong>de</strong> formadores vejo que cabe a mim<br />
ajudar os professores, em todos os segmentos do seu <strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l,<br />
em sua prática <strong>de</strong> modo a partilhar sua compreensão , tomando-a como ponto <strong>de</strong><br />
partida, buscando corrigir suas concepções errôneas profundamente enraizadas que,<br />
muitas vezes, interferem <strong>na</strong> aprendizagem. [...] E, como toda nova aprendizagem<br />
envolve transferência, cabe a mim, agora, ser uma seguidora e multiplicadora <strong>de</strong><br />
todo conhecimento apreendido. Uma coisa é tida como certa e aprendi com minha<br />
orientadora: “Se não conseguimos ser criativos que sejamos bons seguidores”<br />
(NUNES, 2010, p. 336).<br />
A pesquisa não pára, ao contrário, ela dá indícios <strong>de</strong> muitos outros trabalhos que se po<strong>de</strong> dar<br />
continuida<strong>de</strong>. Por isso, no intuito <strong>de</strong> socializar e multiplicar todo conhecimento adquirido no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da tese, bem como, buscando contribuir com a formação <strong>de</strong> professores <strong>de</strong><br />
matemática, a autora i<strong>de</strong>alizou um projeto <strong>de</strong> pesquisa que pu<strong>de</strong>sse aten<strong>de</strong>r aos seus anseios e<br />
até mesmo tirar aquela i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que, normalmente, as teses <strong>de</strong>fendidas ficam sempre<br />
enclausuradas <strong>na</strong>s prateleiras das universida<strong>de</strong>s.<br />
O Projeto e sua i<strong>de</strong>alização<br />
1 Tese <strong>de</strong>senvolvida pela autora <strong>de</strong>ste texto.<br />
6
É possível construir ou até mesmo reconstruir <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos conceitos e conteúdos<br />
matemáticos <strong>na</strong> formação <strong>de</strong> professores, seja inicial ou continuada? Como possibilitar o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssa ressignificação <strong>de</strong> conceitos e conteúdos matemáticos?<br />
Acreditando que a resposta seja sim, o presente projeto, em execução <strong>de</strong>s<strong>de</strong> agosto<br />
2011, com o apoio da Fundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa (FAPESB) e a Universida<strong>de</strong> do Estado<br />
da Bahia – UNEB, Campus X, se propõe a contribuir com formação inicial e continuada <strong>de</strong><br />
professores <strong>de</strong> matemática no sentido <strong>de</strong> construir e até mesmo reconstruir <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos<br />
conceitos matemáticos e/ou ressignificá-los utilizando-se <strong>de</strong> uma metodologia <strong>de</strong> trabalho em<br />
sala <strong>de</strong> aula, a Metodologia <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem-Avaliação <strong>de</strong> Matemática através da<br />
<strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong>, em um contexto prático <strong>de</strong> estudo e pesquisa, criando, assim,<br />
possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um novo pensar matemático. Para realizar tais ações, como ponto <strong>de</strong> partida,<br />
preten<strong>de</strong>-se levar em consi<strong>de</strong>ração os saberes que os professores envolvidos, trazem <strong>de</strong> sua<br />
prática docente, <strong>de</strong> forma que ela seja problematizada e venha a ser objeto <strong>de</strong> discussão e<br />
reflexão, uma vez que é a partir <strong>de</strong>ssas discussões e reflexões que o professor po<strong>de</strong>rá<br />
exami<strong>na</strong>r, questio<strong>na</strong>r e avaliar sua prática, tor<strong>na</strong>ndo-o capaz <strong>de</strong> a<strong>na</strong>lisar e enfrentar as<br />
situações do cotidiano escolar.<br />
Refletindo sobre essa realida<strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong>sse projeto será possível traçar metas que<br />
auxiliarão os professores <strong>de</strong> Matemática a melhorar sua prática <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> forma a envolver<br />
os alunos numa aprendizagem significativa, fazendo uso da resolução <strong>de</strong> problemas como<br />
uma metodologia para se trabalhar em sala <strong>de</strong> aula, apresentando-se como um caminho para<br />
se ensi<strong>na</strong>r e apren<strong>de</strong>r Matemática.<br />
Metodologia<br />
Toda pesquisa, como diz Romberg (1992), começa com uma curiosida<strong>de</strong> do<br />
pesquisador que se apresenta como ponto <strong>de</strong> partida para uma investigação. Nesse sentido,<br />
essa pesquisa buscará trabalhar com professores <strong>de</strong> Matemática em formação inicial ou<br />
continuada. Para seu <strong>de</strong>senvolvimento utilizar-se-á a metodologia qualitativa, recorrendo<br />
essencialmente a realização <strong>de</strong> questionários, entrevistas e ação extensionista 2 para,<br />
posteriormente, criar um grupo <strong>de</strong> estudo e pesquisa com os participantes, a fim <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolver a Educação Matemática no campo <strong>de</strong> atuação da pesquisadora, <strong>de</strong> modo a<br />
abordar as atuais tendências em Educação Matemática, uma vez que percebe-se que muitos<br />
2<br />
Realização <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> extensão para os participantes da pesquisa com o intuito <strong>de</strong> incorporar a<br />
<strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong> em processos <strong>de</strong> formação inicial e continuada <strong>de</strong> professores, a fim <strong>de</strong> acompanhá-los<br />
em suas primeiras experiências com esta metodologia.<br />
7
professores, superficialmente, as conhece, no entanto, não se sentem confortáveis em usá-las<br />
<strong>na</strong>s suas práticas <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula. Após estudos <strong>de</strong>ssas tendências, explorar com mais ênfase a<br />
<strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong>.<br />
Além disso, espera-se que com a realização do grupo <strong>de</strong> estudo e pesquisa os<br />
participantes (professores) venham a se engajar no mundo da pesquisa, criando nesses<br />
professores a cultura da reflexão, a cultura <strong>de</strong> se estudar em grupo, <strong>de</strong> forma que os<br />
professores possam ganhar confiança <strong>na</strong> sua atuação como professor, estabelecendo, assim,<br />
uma parceria entre a Universida<strong>de</strong> e as Escolas.<br />
Os questionários supra citados servirão <strong>de</strong> apoio para a <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção dos participantes<br />
no Projeto <strong>de</strong> Extensão, que será <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>dos a professores em serviço e a futuros professores,<br />
especificamente, alunos do curso <strong>de</strong> Licenciatura da UNEB, Campus X.<br />
Metas e Ações<br />
Buscando atingir o objetivo proposto a essa pesquisa, algumas ações foram planejadas,<br />
sendo que algumas <strong>de</strong>las já se encontram em execução, conforme quadro abaixo:<br />
Revisão <strong>de</strong> Literatura Visita às escolas<br />
Contato com os professores<br />
Elaboração do Projeto <strong>de</strong><br />
Extensão<br />
Aplicação do projeto <strong>de</strong><br />
Extensão<br />
Quadro 1 – Metas e Ações<br />
Para dar suporte ao projeto em questão, uma das primeiras ações correspon<strong>de</strong> à revisão<br />
bibliográfica que, por sua vez, está ancorada em teorias baseadas <strong>na</strong> <strong>Formação</strong> <strong>de</strong> Professores<br />
e a <strong>na</strong> <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong>. Estudos <strong>de</strong>ssas teorias já têm sido feito com a criadora do<br />
projeto e suas alu<strong>na</strong>s <strong>de</strong> iniciação científica. Paralela a essa ação, questionário a ser realizado<br />
com os sujeitos da pesquisa se encontra em planejamento, bem como a i<strong>de</strong>alização do Projeto<br />
<strong>de</strong> Extensão.<br />
Aplicação do Questionário<br />
8<br />
Elaboração <strong>de</strong> questionário<br />
Relatório das Ações Apresentação em Congressos,<br />
Seminários, etc
Preten<strong>de</strong>-se fazer visita a algumas escolas públicas da região, como também, <strong>na</strong><br />
própria Universida<strong>de</strong>, para um contato com os professores em formação inicial e continuada,<br />
instigando-os a participarem das ativida<strong>de</strong>s planejadas no projeto em si. Concomitante a esse<br />
trabalho, busca-se elaborar o projeto <strong>de</strong> extensão para ser aplicado no primeiro semestre do<br />
próximo ano. Esse projeto <strong>de</strong> extensão visa trabalhar com os professores <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos<br />
conceitos e conteúdos matemáticos no contexto da Aritmética, da Álgebra e da Geometria,<br />
usando como metodologia <strong>de</strong> trabalho, a metodologia <strong>de</strong> ensino-aprendizagem-avaliação <strong>de</strong><br />
matemática através da resolução <strong>de</strong> problemas, <strong>de</strong>spertando nos professores o prazer em<br />
buscar a emergência da investigação em sua própria prática profissio<strong>na</strong>l como um processo<br />
simultâneo <strong>de</strong> construção e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l.<br />
Vale salientar que esse trabalho <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>senvolvido <strong>na</strong> Universida<strong>de</strong> através <strong>de</strong><br />
encontros presenciais, como também, criar um espaço on-line para que o grupo possa<br />
continuar trocando experiências fora dos encontros. Outro aspecto a consi<strong>de</strong>rar nesse trabalho<br />
é que, durante a execução do projeto <strong>de</strong> extensão, <strong>de</strong>ve-se levar em consi<strong>de</strong>ração não ape<strong>na</strong>s o<br />
conhecimento dos conteúdos com também o conhecimento didático-pedagógico.<br />
Consi<strong>de</strong>rações Fi<strong>na</strong>is<br />
O que se preten<strong>de</strong> com essa pesquisa é estabelecer uma parceria entre a universida<strong>de</strong> e<br />
a escola. Que a universida<strong>de</strong> reconheça a escola como um espaço <strong>de</strong> formação para troca <strong>de</strong><br />
experiências e compartilhamento <strong>de</strong> saberes, tanto por parte do professor pesquisador quanto<br />
por parte dos professores participantes da pesquisa, com possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l.<br />
Referências<br />
ALLEVATO, N.S.G.; ONUCHIC, L.R. Teaching mathematics in the classroom through<br />
problem solving. In: Researh and Development in Problem Solving in Mathematics<br />
Education, ICME, México, 2008, p. 59-70.<br />
BORRALHO, A. O ensino da resolução <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> Matemática por parte <strong>de</strong> futuros<br />
professores: Relações com a sua formação inicial. In: FERNANDES, D.; LESTER Jr., F.;<br />
BORALHO, A.; VALE, I. (Coords.) <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong> <strong>na</strong> formação inicial <strong>de</strong><br />
professores <strong>de</strong> Matemática: Múltiplos contextos e perspectivas. Grupo <strong>de</strong> investigação em<br />
<strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong>, Aveiro, 1997, p. 129-157.<br />
BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacio<strong>na</strong>is: Matemática 3 o e 4 o ciclos:<br />
Matemática. Brasília, 1998.<br />
9
D’AMBROSIO, B. S.; D’AMBROSIO, U. <strong>Formação</strong> <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> Matemática:<br />
professor-pesquisador. Atos <strong>de</strong> Pesquisa em Educação – PPGE?ME FURB, v. 1, n o 1, p. 75-<br />
78, jan/abr. 2006. Disponível em:<br />
FIORENTINI, D. e LORENZATO, S. Investigação em Educação Matemática: percursos<br />
teóricos e metodológicos. Campi<strong>na</strong>s, SP. Autores Associados, 2006.<br />
NÓVOA, A. O professor pesquisador e reflexivo. Entrevista concedida em 13 <strong>de</strong> setembro<br />
<strong>de</strong> 2001. Disponível em: <br />
Acesso em: 20/05/2009.<br />
NUNES, Célia Barros. O Processo Ensino-Aprendizagem-Avaliação <strong>de</strong> Geometria<br />
através da <strong>Resolução</strong> <strong>de</strong> <strong>Problemas</strong>: perspectivas didático matemáticas <strong>na</strong> formação<br />
inicial <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> matemática. Tese <strong>de</strong> doutoramento (não-publicada), Universida<strong>de</strong><br />
Estadual Paulista, Instituto <strong>de</strong> Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro, São Paulo, Brasil,<br />
2010.<br />
ONUCHIC, L. R., ALLEVATO, N. S. G. <strong>Formação</strong> <strong>de</strong> professores – mudanças urgentes <strong>na</strong><br />
Licenciatura em Matemática In. REZENDE, M.C.; NASSER, L. Educação Matemática no<br />
Ensino superior: Pesquisas e Debates. Biblioteca do Educador. Coleção SBEM, vol. 5,<br />
2009a, p. 169-187.<br />
ONUCHIC, L.R. Ensino-Aprendizagem <strong>de</strong> Matemática através da resolução <strong>de</strong> problemas.<br />
In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (org). Pesquisa em Educação Matemática:<br />
Concepções & Perspectiva. São Paulo, SP: Editora UNESP, 1999, p. 199-220.<br />
PAVÃO, Z.M. <strong>Formação</strong> do professor-educador matemático em cursos <strong>de</strong> Licenciatura.<br />
Revista Diálogo Educacio<strong>na</strong>l, Curitiba, vol.6, n o 18, maio/ago. 2006, p. 161-168.<br />
PEREZ, G. Prática reflexiva do professor <strong>de</strong> matemática. In: BICUDO, Maria Aparecida<br />
Viggiani; BORBA, M. (org). Educação matemática: pesquisa em movimento. São Paulo, SP:<br />
Cortez, 2005, p. 250-263.<br />
ROMBERG, T. A. Perspectives on scholarship and research methods. In: GROUWS, D. A.<br />
Handbook of Research on Mathematics Teaching and Learning. New York: Macmillan<br />
Publishing and Company, 1992. cap.3, p.49-64.<br />
STANICK, G.M.A.; KILPATRICK, J. Historical Perspectives on Problem Solving in the<br />
Mathematics Curriculum. In: CHARLES, R.I; SILVER, E.A. (Eds.) The Teaching and<br />
Assessing of Mathematical Problem Solving: Research Agenda for Mathematics Education,<br />
vol.3, Lawrense Erlbaum Associates. Natio<strong>na</strong>l Council of Teachers of Mathematics,1989, p.<br />
1-22.<br />
VAN DE WALLE, J. A. Matemática no Ensino Fundamental: formação <strong>de</strong> professores e<br />
Aplicação em Sala <strong>de</strong> Aula. 6 a edição. Tradução <strong>de</strong> Paulo Henrique Colonese. Editora<br />
Artmed, 2009.<br />
10