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Tiamat World<br />
18<br />
Midnight Breed 05<br />
<strong>Lara</strong> <strong>Adrian</strong><br />
haveria repercussões rápidas, com graves conseqüências.<br />
Renata fechou a porta depois que entrou no quarto. Tirou os coldres de suas armas e<br />
colocou as pistolas e as adagas cuidadosamente em cima do antigo baú que se encontrava ao pé<br />
da cama. Tinha dores pelo corpo, seus músculos e ossos estavam gritando pelo uso anterior de sua<br />
mente. Seu pescoço estava tenso, cheio de nós que lhe fizeram fazer uma careta de dor quando<br />
ela tentou uma massagem para desfazê-los.<br />
Deus, ela necessitava um pouco de paz dessa dor.<br />
Um suave ruído de arranhões se escutou do outro lado da parede. Este chiado em seus<br />
ouvidos pareciam como se fossem unhas em um quadro—negro, fazendo que sua cabeça se<br />
sentisse tão sensível como um sino de cristal.<br />
—Rennie?. A voz de menina de Mira era suave, apenas um pequeno sussurro manso<br />
chegando através dos ocos da madeira. —Rennie… é você?<br />
—Sim, ratinho—, respondeu Renata. Ela foi até a cabeceira e apoiou a bochecha contra a<br />
madeira lisa da parede. —Sou eu. O que está fazendo ainda acordada?<br />
—Não sei. Não podia dormir.<br />
—Mais pesadelos?<br />
—Uh-huh. Sigo… vendo-o. Aquele homem malvado.<br />
Renata suspirou, ao ouvir a vacilação nessa admissão débil. Ela pensava no banho quente<br />
que estava a só uns poucos minutos fora de seu alcance. Dando a bem vinda a solidão que ela<br />
necessitava mais que nada em momentos como esse, onde as conseqüências de sua capacidade<br />
psíquica, — a mesma coisa que lhe tinha salvado a vida há dois anos neste remoto lugar, de terras<br />
florestadas, parecia decidida a lhe dar uma patada no traseiro.<br />
—Rennie? Escutou novamente a voz tranqüila de Mira. —Está aí?<br />
—Estou aqui.<br />
Ela imaginou a cara inocente através das uniões de madeira. Ela não tinha que ver a menina<br />
para saber que Mira provavelmente tinha estado sentada ali na escuridão todo este tempo,<br />
esperando para ouvir quando Renata voltasse, e assim não se sentisse tão sozinha. Ela tinha sido<br />
bastante sacudida os últimos dias – o que era compreensível, levando em conta o que tinha<br />
testemunhado.<br />
OH, esqueça o maldito banho, pensou Renata severamente. Engolindo a dor que passou por<br />
cima de sua pele, quando ficou de pé, se aproximou e tirou um livro do Harry Potter da gaveta de<br />
sua mesa de noite.<br />
—Ei, ratinho? Eu também não estou conseguindo dormir. E se vou aí te visitar e leio para<br />
você por um momento?<br />
O grito alegre de Mira soou apagado, como se ela teve que cobrir a boca com o travesseiro<br />
para não alarmar à família inteira com seu estouro.<br />
Apesar de sua dor e fadiga, Renata sorriu.<br />
—Vou tomar isso como um sim.<br />
* * * *