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Tiamat World<br />
44<br />
Midnight Breed 05<br />
<strong>Lara</strong> <strong>Adrian</strong><br />
Ela estava unida com o laço de sangue? Poderia ser ela possivelmente a companheira de<br />
Raça deste monstro?<br />
Todas as acusações que Nikolai tinha preparado para lançar a Sergei Yakut tiveram uma<br />
morte repentina em sua garganta. Ele ficou olhando fixamente, com seus sentidos da Raça<br />
turvados e trincados, mais acordados ao ver o sangue da fêmea que gotejava dos lábios e enormes<br />
presas de Yakut. O aroma dela atravessou o quarto, fechando com força no cérebro de Niko. Ele<br />
não esperava um contraste tão estranho ao de sua conduta fria, mas o aroma de seu sangue era<br />
uma mescla quente, embriagadora e intoxicante de sândalo e fresca chuva de primavera. Suave,<br />
feminino. Excitante.<br />
A fome se apertou no estômago de Nikolai, uma reação visceral que teve que lutar<br />
duramente para conter. Ele disse a si mesmo que era simplesmente sua natureza da Raça<br />
sobressaindo. Havia poucos entre os de sua estirpe que podiam resistir à chamada de sereia de<br />
uma veia aberta, mas quando seus olhos travaram no olhar fixo sem pestanejar de Renata através<br />
da distância, um novo calor explodiu dentro dele. Inclusive mais forte que a primitiva sede de<br />
alimentar-se.<br />
Ele a desejava.<br />
Inclusive enquanto estava deitada debaixo de outro macho, permitindo ao macho beber<br />
dela, Nikolai tinha fome dela com uma ferocidade que o sobressaltou. Unida pelo sangue a outro<br />
ou não, Niko queimava por ter Renata.<br />
Que, até com seu próprio flexível código de honra, sentiu deslizar algo próximo ao desprezo<br />
pelo Yakut.<br />
Niko teve que sacudir-se mentalmente para desprender-se dessa visão perturbadora,<br />
voltando bruscamente sua atenção aos problemas que tinha à mão.<br />
—Você tem um sério problema —, disse ele ao vampiro Gen Um, apenas capaz de conter<br />
seu desprezo. —Na realidade, suponho que você tem aproximadamente três dúzias deles,<br />
apodrecendo aí em seu bosque.<br />
Yakut não disse nada, só o resplendor de sua transformação, do olhar escuro a um âmbar de<br />
desafio. Um grunhido se ondulou por ele antes que voltasse a cabeça para sua comida<br />
interrompida. A língua de Yakut deslizou do meio de seus lábios para lamber as espetadas que<br />
tinha deixado no pescoço de Renata, selando as feridas e as fechando.<br />
Só então, quando a língua de Yakut percorreu sua pele, ela afastou o olhar de Niko. Ele<br />
acreditou ver alguma tranqüilidade, um pouco de resignação, passar através de seu rosto nos<br />
segundos antes que Yakut se levantasse e a liberasse. Uma vez livre, Renata se moveu ao canto do<br />
quarto, puxando sua camisa de volta a uma certa aparência de ordem.<br />
Ela ainda estava vestida com sua roupa de antes, ainda descalça, como tinha estado fora.<br />
Ela devia ter vindo diretamente aqui depois do que tinha se passado entre Niko e ela.<br />
Tinha procurado Yakut por proteção? Ou por simples comodidade?<br />
Jesus. Niko se sentiu igual a um asno quando lembrou beijá-la da forma em que o fez. Se ela<br />
estava unida por sangue a Sergei Yakut, essa união era sagrada, íntima… exclusiva. Não admirava<br />
que ela tivesse reagido como tinha feito. Os beijos de Nikolai teriam sido um insulto e degradação