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Lara Adrian - CloudMe

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Tiamat World<br />

38<br />

Midnight Breed 05<br />

<strong>Lara</strong> <strong>Adrian</strong><br />

afirmou de novo Lex. —Quero te servir o melhor que possa, Pai.<br />

Uma brincadeira agora, mas Yakut girou sua descabelada cabeça para olhar Lex por cima do<br />

ombro.<br />

—Dá-me palavras, menino. Eu não tenho nenhuma obrigação de confiar em suas palavras.<br />

Ultimamente não posso ver que me tenha devotado nada mais.<br />

—Como espera que eu seja eficiente se não me mantêm melhor informado?<br />

Quando esses olhos matizados de âmbar com suas estilhaçadas pupilas se estreitaram<br />

afiadamente sobre ele, Lex se deu pressa em acrescentar:<br />

—Corri até o guerreiro nos campos. Ele me disse sobre os recentes assassinatos dos Gen<br />

Um. Disse que a Ordem tinha contatado com você pessoalmente para te avisar do perigo<br />

potencial. Deveria haver me participado isso, pai. Como capitão de sua guarda, mereço ser<br />

informado.<br />

—Merece o que?— a pergunta saiu dos lábios de Yakut. —Por favor, Alexei… me diga só o<br />

que sente que merece.<br />

Lex permaneceu em silêncio.<br />

—Nada a acrescentar, filho?— Yakut moveu sua cabeça em um ângulo exagerado, sua boca<br />

mostrou um sorriso sarcástico. —Uma acusação semelhante me foi lançada há anos pelos lábios<br />

de uma estúpida mulher que pensava poder apelar a meu sentido de obrigação. A minha<br />

misericórdia, possivelmente. Riu entre dentes, voltando sua atenção de novo ao fogo, para<br />

removê-lo de novo nas brasas. —Sem dúvida recorda o que aconteceu.<br />

—Recordo— respondeu com cuidado Lex, surpreso pela seca situação de sua garganta<br />

enquanto falava.<br />

As lembranças formaram redemoinhos junto com as ondulantes chamas da chaminé.<br />

Ao norte da Rússia, no fim do inverno. Lex era um menino, mal tinha dez anos, mas era o<br />

homem de seu precário lar tanto como podia recordar. Sua mãe era tudo o que tinha. A única que<br />

sabia como era realmente, e o queria apesar de tudo.<br />

Tinha se preocupado na noite que havia dito que ia levá-lo para conhecer seu pai pela<br />

primeira vez. Ela disse a Lex que tinha sido um segredo que tinha mantido — seu pequeno<br />

tesouro. Mas o inverno tinha sido duro, e eram pobres. Necessitavam refúgio, alguém que os<br />

protegesse. O campo estava em confusão, inseguro para uma mulher cuidando de um menino<br />

como Lex sozinha. Ela rogou ao pai de Lex que os ajudasse. Prometeu que ele abriria seus braços<br />

em boas vindas uma vez que tivesse conhecido seu filho.<br />

Sergei Yakut lhes tinha dado boas vindas com uma fria ira e um terrível e impensável<br />

ultimato.<br />

Lex recordava as preces de sua mãe a Yakut para que os acolhesse...completamente<br />

ignoradas. Recordava à orgulhosa e bela mulher ajoelhando-se diante de Yakut, rogando que se<br />

não se preocupava com ambos que cuidasse somente de Alexei.<br />

Essas palavras se cravavam nos ouvidos de Lex, inclusive agora: “É seu filho! Não significa<br />

nada para você? Não merece algo mais?”<br />

Tão rápido a cena tinha perdido o controle.

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