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Lara Adrian - CloudMe

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Tiamat World<br />

28<br />

Midnight Breed 05<br />

<strong>Lara</strong> <strong>Adrian</strong><br />

seu pulôver suave de algodão branco, sua pele ainda seguia zumbindo, em carne viva com o<br />

chiado da eletricidade que nadava debaixo.<br />

Renata esfregou as palmas das mãos sobre as mangas de sua camisa, tratando de afugentar<br />

algo da sensação ainda acesa como fogo que viajava pelos seus braços. Muito acordada para<br />

dormir, ela se deteve em seu próprio quarto só o tempo necessário para recuperar um pequeno<br />

contrabando de adagas de seu baú de armas. O treinamento sempre tinha demonstrado ser um<br />

ponto de bem vinda para sua inquietação. Ela desfrutava das horas do castigo físico ao qual infligia<br />

a si mesmo, feliz pelo treinamento rigoroso de exercícios que levava a cabo, com o intuito de<br />

levantar-se.<br />

Da terrível noite em que ela se encontrou inundada no mundo perigoso de Sergei Yakut,<br />

Renata tinha aperfeiçoado cada músculo de seu corpo a sua condição máxima, trabalhava<br />

servilmente para assegurar-se de que era tão aguda e letal como as armas que levava cobertas no<br />

envoltório de seda e veludo que agora sustentava na mão.<br />

Sobreviver. Esse simples pensamento de guia tinha sido seu farol do momento em que era<br />

uma menina inclusive mais jovem que Mira. E tão somente… Uma órfã abandonada na capela de<br />

um convento de Montreal, Renata não tinha nenhum passado, nenhuma família, nenhum futuro.<br />

Ela somente existia, só isso.<br />

E para a Renata, isso tinha sido suficiente. Era suficiente, inclusive agora. Sobretudo agora,<br />

que navegava pelo mundo subterrâneo do reino traiçoeiro de Sergei Yakut. Havia inimigos por<br />

todos os lados, ao redor dela neste lugar, tanto escondidos como visíveis. Inumeráveis formas de<br />

que ela desse um passo em falso, para equivocar-se. Infinidade de oportunidades para ela de<br />

desgostar ao desumano vampiro que segurava sua vida nas mãos e terminar morta, sangrando.<br />

Mas nunca sem uma briga.<br />

Seu mantra dos dias tempranos da infância serviu a ela de maneira acertada aqui: Sobreviver<br />

outro dia. Depois outro e outro.<br />

Não havia nenhum espaço para a brandura nesta equação. Nenhum direito de emissão para<br />

a piedade ou a vergonha ou o amor. Especialmente, não para o amor, de nenhuma espécie.<br />

Renata sabia que seu afeto por Mira — que alimentava o impulso que lhe dava forças para nivelar<br />

o caminho da menina, para protegê-la como a alguém de sua própria família — provavelmente ia<br />

custar lhe muito caro no final.<br />

Sergei Yakut tinha perdido pouco tempo explorando essa debilidade nela, Renata tinha as<br />

cicatrizes para demonstrar.<br />

Mas ela era forte. Não tinha encontrado nada nesta vida que não pudesse suportar,<br />

fisicamente ou de outra maneira. Tinha sobrevivido a tudo isso. Afiada e forte, letal quando tinha<br />

que ser.<br />

Renata saiu alojamento do albergue e caminhou a grandes passos através da escuridão para<br />

um dos edifícios periféricos anexos que estavam atrás. O caçador que originalmente tinha<br />

construído o bosque composto evidentemente tinha adorado seus cães. Um velho canil de<br />

madeira estava de pé atrás da residência principal, disposto como um estábulo, com um amplo<br />

espaço que se reduzia ao centro e quatro baias de acesso controladas alinhadas em ambos os

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