18.04.2013 Views

doutrina de santidade - ii - Igreja do Nazareno Comunidade Paulista

doutrina de santidade - ii - Igreja do Nazareno Comunidade Paulista

doutrina de santidade - ii - Igreja do Nazareno Comunidade Paulista

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

observar os três preceitos <strong>de</strong> pobreza, castida<strong>de</strong> e obediência, tal qual os<br />

membros das <strong>de</strong>mais Or<strong>de</strong>ns da <strong>Igreja</strong>. Em geral <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> alta estirpe, os<br />

Cavaleiros tinham direito a três cavalos, a um escu<strong>de</strong>iro e duas tendas. Aceitavamse<br />

também homens casa<strong>do</strong>s, mas sob a condição <strong>de</strong> legarem à Or<strong>de</strong>m meta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

suas proprieda<strong>de</strong>s, e não se admitiam mulheres. Depois vinha um corpo <strong>de</strong><br />

Clérigos, incluin<strong>do</strong> Bispos, Padres e Diáconos, sujeitos aos mesmos votos <strong>do</strong>s<br />

Cavaleiros, e que por especial dispensação não rendiam obediência a nenhum<br />

superior eclesiástico ou civil, a não ser o Grão-Mestre <strong>do</strong> Templo e ao Papa.<br />

Instituiu-se que as confissões <strong>do</strong>s irmãos da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>viam ser ouvidas somente<br />

por clérigos especiais, e assim permaneciam invioláveis os seus segre<strong>do</strong>s.<br />

Também havia duas classes <strong>de</strong> Irmãos Servi<strong>do</strong>res, os cria<strong>do</strong>s e os artífices.<br />

A hierarquia administrativa da Or<strong>de</strong>m era formada pelo Grão-Mestre, o Senescal<br />

<strong>do</strong> Templo, o Marechal como autorida<strong>de</strong> suprema em assuntos militares, e os<br />

Comenda<strong>do</strong>res sob cuja direção estavam as Províncias.<br />

A influência <strong>do</strong>s Templários cresceu rapidamente. Combateram valentemente em<br />

várias Cruzadas, e a mercê <strong>do</strong>s bens toma<strong>do</strong>s <strong>de</strong> seus inimigos venci<strong>do</strong>s, ou<br />

<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s à Or<strong>de</strong>m, chegaram a ser gran<strong>de</strong>s financeiros e banqueiros internacionais,<br />

cujas riquezas tiveram o seu apogeu em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século treze. Os reis da<br />

Europa <strong>de</strong>positavam seus tesouros e riquezas nas arcas <strong>do</strong>s Templários e, no que<br />

não era incomum ocorrer, pediam até mesmo empréstimos à Or<strong>de</strong>m.<br />

Seu papel prepon<strong>de</strong>rante na <strong>Igreja</strong> se po<strong>de</strong> avaliar pelo fato <strong>de</strong> os membros da<br />

Or<strong>de</strong>m serem convoca<strong>do</strong>s para participar <strong>do</strong>s Gran<strong>de</strong>s Concílios da <strong>Igreja</strong>, tal<br />

como o <strong>de</strong> Latrão em 1215 e o <strong>de</strong> Lyon em 1274.<br />

O ex-cavaleiro Esquieu <strong>de</strong> Floyran, o qual, pessoalmente interessa<strong>do</strong> na<br />

<strong>de</strong>smoralização da Or<strong>de</strong>m, contra ela levantou as mais duvi<strong>do</strong>sas acusações. Essas<br />

acusações foram sofregamente aceitas por Felipe IV, que, numa sexta-feira, 13 <strong>de</strong><br />

outubro <strong>de</strong> 1307, man<strong>do</strong>u pren<strong>de</strong>r to<strong>do</strong>s os Templários da França e o seu Grão-<br />

Mestre, Jacques DeMolay, os quais, submeti<strong>do</strong>s à Inquisição, foram por esta<br />

acusa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> hereges. Por meio <strong>de</strong> inomináveis torturas físicas, infligidas a ferro e<br />

fogo, foram arrancadas <strong>de</strong>sses infelizes as mais, contraditórias confissões. O Papa,<br />

<strong>de</strong>sejoso <strong>de</strong> aniquilar a Or<strong>de</strong>m, convocou um concílio em Viena, em 1311, com esse<br />

fim, mas os Bispos se recusaram a con<strong>de</strong>ná-la à revelia; conseqüentemente, o Papa<br />

convocou um consistório priva<strong>do</strong> em 22 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1312, e aboliu a Or<strong>de</strong>m,<br />

conquanto admitin<strong>do</strong> a falta <strong>de</strong> provas das acusações. As riquezas da Or<strong>de</strong>m foram<br />

confiscadas e <strong>de</strong>sviadas para a França.<br />

A tragédia atingiu seu ponto culminante em 14 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1314, quan<strong>do</strong> o Grão-<br />

Mestre <strong>do</strong> Templo, Jacques DeMolay, e Go<strong>do</strong>fre<strong>do</strong> <strong>de</strong> Charney, preceptor da<br />

Normandia, foram publicamente queima<strong>do</strong>s no pelourinho diante da catedral <strong>de</strong><br />

Notre Dame, ante a turba, como hereges impenitentes.<br />

Os Carmelitas ou Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Carmo<br />

No século 12, na Europa, surgiu um movimento <strong>de</strong> leigos que buscavam viver um<br />

cristianismo mais autêntico: muitos <strong>de</strong>les iam a peregrinação à Terra Santa e alguns<br />

se estabeleceram no Monte Carmelo, cita<strong>do</strong> na Bíblia como monte Horeb, local para<br />

on<strong>de</strong> se retirou o profeta Elias, homem <strong>de</strong> fé, para rezar. Por causa disso, passaram a<br />

ser chama<strong>do</strong>s <strong>de</strong> carmelitas ou carmelitanos.<br />

Entre os anos 1206 e 1214, o papa Inocêncio IV aprovou o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>les,<br />

48

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!