Julho - Cenibra

Jornal da CENIBRA | no. 261 | ano 22 | julho | 2007
O CAMINHO
DA SUSTENTABILIDADE
Empregados visitam a RPPN Fazenda Macedônia,
durante as comemorações do Mês do Meio Ambiente Páginas 4, 5 e 6

Imponente
nas águas
Essa é a principal característica da Annona glabra, a graviola-
d’água, como é conhecida. Árvore da família Annonaceae, a mes-
ma da fruta-do-conde, da pinha e da graviola, essa espécie exis-
te em áreas da CENIBRA, em ambientes alagados, onde tem alta
competitividade e capacidade de resistir.
Suas sementes germinam, nos raros momentos de seca, em so-
los que passam muito tempo cobertos por água. Após a germi-
nação, o alagamento da área selecionará quem sobreviverá. Se a
área alagar, as mudas de graviola-d’água sobreviverão, pois resis-
tem à inundação. Mas, se não ocorrer o alagamento da área, as
mudas de graviola-d’água não sobreviverão, pois não conseguirão
competir com as demais plantas que se desenvolvem ao seu redor.
Assim, a perpetuação da espécie ocorre somente em áreas que se
alagam periodicamente.
RetRatos
Os frutos da graviola-d’água são semelhantes ao fruto da gravio-
la comum, mas o sabor não é muito agradável, embora seja muito
importante para a dieta de animais silvestres. A foto ao lado é de
uma árvore que habita a área da CENIBRA situada às margens da
Lagoa Silvana, no município de Caratinga.
Indicadora de ambiente saudável
Esta árvore é citada no livro Árvores de Minas Gerais, do pro-
fessor Ary Teixeira de Oliveira Filho, da Universidade Federal de
Lavras, como raríssima, pois tem sua área de ocorrência muito res-
trita. Normalmente, esta espécie só ocorre no litoral, em mangues,
e é raríssima no interior do continente.
A presença e a manutenção da espécie no interior do continente
mostram a qualidade das águas presentes nas terras da CENIBRA,
tanto nas áreas de plantio quanto de preservação de mata nativa.
Evidência comprovada por meio dos trabalhos de monitoramento
de água e de um estudo realizado pela Empresa, em parceria com
eXPeDIeNte
Diretor-Presidente
Fernando Henrique da Fonseca
Diretor Administrativo e Financeiro
Naohiro Doi
Diretor Industrial e Técnico
Toshiharu Yatomi
Diretor Comercial
Satoshi Miyake
Coordenação de Comunicação Social
Leida Hermsdorff Horst Gomes
Comitê Editorial
Afonso Carlos dos Reis Fioravante
Ana Carolina Farias Mendes
Deuseles João Firme
Érica de Souza Pinheiro Costa
Fernando Palha Leite
José Roberto Gonçalves
Sugestão do empregado Jacinto Moreira Lana
Para sugerir “Retratos” para o Fibra, entre em contato com a
Coordenação de Comunicação Social: Ramal 5038 ou 5582
o Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (UnilesteMG).
Realizado de 2001 a 2006, a pesquisa se propôs a avaliar os re-
cursos hídricos de superfície em três tipos diferentes de cobertu-
ra vegetal: mata natural conservada, plantio de eucalipto e áreas
de pastagens. Os resultados do estudo, que seguiu a classificação
de córregos e lagos de acordo com o Conselho Nacional de Meio
Ambiente (CONAMA), apontaram que as águas dos plantios flores-
tais possuem qualidade superior às águas dos plantios agrícolas, em
termos físicos, químicos e biológicos. Em relação à vazão, a quanti-
dade de água nas bacias drenando eucalipto não difere da quanti-
dade registrada nas bacias de reserva natural ou pastagens.
Redação, Projeto Gráfico
e Editoração Eletrônica
RKG Comunicação
Fotos | Arquivo
Tiragem | 4.500 exemplares
Fale com o Fibra | 31 3829 5038
comunicacaosocial@cenibra.com.br
Sede Fábrica:
BR 381 | km 172 | Belo Oriente
Minas Gerais | CEP 35196-000
Telefone 31 3829.5010 | Fax 31 3829.5260
Belo Horizonte:
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Telefone 31 3235.4041 | Fax: 31 3235.4002
Com a conclusão das obras de expansão, que eleva a capaci-
dade de produção da Fábrica para 1.140.000 toneladas de celu-
lose por ano, é preciso também planejar o crescimento da car-
teira de clientes da Empresa. Objetivo que já é parte integrante
das estratégias e metas traçadas pela Área Comercial para ga-
rantir a venda da produção de celulose CENIBRA no mercado
internacional.
meRcaDo
InvestIr para crescer e
conquIstar novos mercados
“A colocação do volume adicional da produção foi planejada
de acordo com a política da Área Comercial, levando em consi-
deração aspectos como os relacionamentos de longo prazo es-
tabelecidos com os clientes, a importância da celulose CENIBRA
para cada um deles, a rentabilidade das vendas da Empresa, a
regularidade de compras dos clientes e sua capacidade de paga-
mento, a volatilidade de cada mercado, dentre outros”, explica
o Assessor da Diretoria Comercial, Jedaias Salum.
A CENIBRA e o seu agente de vendas, a Itochu, conhecem
profundamente o mercado de celulose, mantendo contato cons-
tante não apenas com os clientes atuais, como também com po-
tenciais. Parte do volume adicional está sendo colocada junto
a clientes atuais, com os quais a Empresa tem uma longa história
de relacionamento e regularidade na compra e venda de
celulose.
A ampliação da capacidade de produção da Fábrica veio em
um bom momento de mercado, o que gera um cenário otimista
em relação às oportunidades que a CENIBRA tem conquistado.
Com o aumento das vendas para clientes atuais e os novos parceiros
conquistados, a Empresa não terá dificuldades em comercializar
as 200 mil toneladas a mais para 2007.
Para enfrentar os desafios do mercado, a Área Comercial da
CENIBRA conta com uma equipe experiente e preparada para
atuar no mercado.
Otimismo para o setor
As indústrias brasileiras fabricantes de celulose foram beneficiadas
neste primeiro semestre. O motivo foi uma combinação
de fatores climáticos e operacionais vistos no mercado externo.
O balanço trimestral positivo divulgado por empresas do setor
impulsionará o valor de mercado destas na Bolsa de Valores de
São Paulo, e o mercado ainda verá novos reajustes no preço da
celulose durante o segundo semestre.
O aumento da demanda pela celulose brasileira contou com
dois fatores externos. O primeiro foi o inverno menos rigoroso no
hemisfério Norte que dificultou o corte de madeira na Europa. O
segundo foi a decisão do governo russo de aumentar os impostos
para a exportação de madeira, o que resultou na redução da
oferta a países escandinavos, China e Japão.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Celulose
e Papel (Bracelpa), Horácio Lafer Piva, que esteve na China no
mês passado, um novo reajuste do insumo utilizado na produção
de papel deverá acontecer, provavelmente, em setembro.
2 3

DestaQUe
cenIBra comemora
mÊs do meIo amBIente
Despertar a consciência ambiental das comunidades vizinhas,
mostrando e acreditando que preservar o meio ambiente é in-
vestir na vida e nas futuras gerações. Esses foram os conceitos
das comemorações do Mês do Meio Ambiente.
Em Antônio Dias, a atração foi o evento que já virou tradi-
ção na região. O 4º Encontro das Águas da Lagoa Teobaldo, pro-
movido pela Associação dos Amigos da Lagoa, com o apoio da
CENIBRA, integrou moradores das comunidades de Bocaina,
Curriola, Olaria, Cocais das Estrelas e Porteira Grande.
“As ações que a empresa realiza são importantes porque le-
vam conhecimento para as pessoas que não sabem da impor-
tância de cuidar do verde e das águas. Fico feliz com o trabalho
de preservação, é muito bom, pois os animais voltaram. Agora
eu vejo jacu, paca e capivara nas redondezas”, conta Flávio
Soares Carvalho, morador de Antônio Dias.
Na Fábrica, como parte das comemorações do Mês do Meio
Ambiente, houve distribuição de mudas de diversas espécies
do Jardim de Plantas Ornamentais. Os empregados puderam
ainda visitar a Reserva Particular de Patrimônio Nacional (RPPN)
Fazenda Macedônia e participar das oficinas de Alimentação
Inteligente, aprendendo receitas de pratos saudáveis e nutri-
tivos, e de Confecção de peças artesanais, a partir de objetos
reciclados.
A Lagoa Grande, no município de Guanhães, por exemplo, foi
a grande atração para os alunos de 3ª e 4ª séries do ensino fundamental
de várias escolas das redes de ensino municipal, estadual
e particular. Recebidos pelos empregados da CENIBRA,
eles realizaram uma caminhada de quase dois quilômetros às
margens da Lagoa, apreciando uma rica e variada diversidade
de plantas e animais. Debaixo de uma imensa e antiga paineira,
os estudantes fizeram também uma estratégica parada para evidenciarem
a presença do homem, relembrando os cuidados que
se deve ter com o patrimônio natural e com lixo produzido. Os
alunos coletaram vidro, lata e muito plástico em torno da paineira,
empacotando e destinando o lixo à coleta da cidade.
Os estudantes receberam ainda informações sobre reflorestamento,
observando o crescimento das 5 mil mudas de árvores
nativas plantadas pela CENIBRA. “Em 2002 a CENIBRA iniciou o
projeto de recuperação das margens da Lagoa Grande que contou
também com a presença de muitos alunos de toda a rede
de ensino de Guanhães no plantio das árvores”, conta o Monitor
Ambiental Édson Valgas, da Assessoria de Meio Ambiente.
Muita música, diversão e conscientização
em preservar a natureza marcaram as
comemorações do Dia do Meio Ambiente durante
o 4º Encontro das Águas da Lagoa Teobaldo
Treinamento no porto
Em Portocel, educação ambiental também faz parte
das ações diárias dos empregados e prestadores de
serviços, tanto que está sendo tema do treinamento
Educação Ambiental e Conduta dos Trabalhadores.
Destinado aos empregados das empreiteiras que trabalham
nas obras de expansão – aproximadamente
700 pessoas – o objetivo é orientar e instruir os prestadores
de serviços a tomarem atitudes que garantam
a segurança no trabalho, preserve a saúde e a qualidade
de vida e o meio ambiente em todas as atividades
realizadas.
O treinamento, que faz parte do cumprimento da
condicionante 7 da Licença de Instalação 381/2006 do
Terminal, emitida pelo Instituto Estadual de Recursos
Hídricos e do Meio Ambiente, é apenas mais um dos
trabalhos ambientais que Portocel realiza. Medidas
como coleta seletiva do lixo; doação do lixo reciclado;
monitoramento do Córrego do Engenho referente
à qualidade de água e fauna aquática; tratamento
de efluente oleoso; coleta do resíduo classe 1
por empresa especializada com disposição em Aterro
Industrial e o programa de abatimento de poeira durante
a obra de expansão por meio de circulação de
caminhão-pipa nas vias são as principais ações que fazem
parte do seu cotidiano.
4 5

DestaQUe PoRtocel
a cenIBra vaI até
as comunIdades
Cinco anos de estrada e muita história boa para contar. Essa é
a bagagem do CENIBRA Móvel. No histórico, viagens que já cru-
zaram de norte a sul o Estado de Minas Gerais, incluindo tra-
balhos até no Estado do Espírito Santo. O veículo, conduzido
pelo Monitor Ambiental Júlio Madeira, já visitou mais de 110
cidades.
A missão não é das mais fáceis: promover o eucalipto como
uma alternativa social, ambiental e econômica para a região do
Leste de Minas Gerais. E também defendê-lo dos mitos e boatos
que este ilustre imigrante adquiriu injustamente ao longo de 100
anos, desde que chegou ao Brasil no início do século XX. Assim,
aonde chega, essa ponte entre Empresa e comunidade divulga
produtos do eucalipto e projetos socioambientais desenvolvidos
pela CENIBRA, além de contemplar a utilização, pelas comunidades,
de sua infra-estrutura para a apresentação de peças teatrais
e musicais, mostra de filmes e realização de palestras, contribuindo
para o crescimento cultural na região em que atua.
Em Portocel, a conscientização ambiental
dos empregados tem estado presente
não apenas durante o trabalho ou
em treinamentos, mas também nos assuntos
em família. Como é o caso do
empregado Moisés Mercier, cujo filho
Douglas Chagas de Castro Mercier conquistou
o 2º lugar na etapa estadual do
36º Concurso Internacional de Redação
de Cartas, para jovens de 9 a 15 anos,
promovido pela União Postal Universal e
os Correios.
A partir da proposta: Imagine que
você é um animal selvagem cujo habitat
está ameaçado pelas mudanças do clima
e do meio ambiente. Escreva uma carta
aos habitantes do planeta para explicarlhes
o que fazer para ajudá-lo a sobrevi-
ver, era hora de trabalhar. A criatividade
e a fantasia permitiram que esse estudante
de apenas 11 anos incorporasse
como personagem o ameaçado micoleão-dourado
para fazer um apelo indignado
ao bicho homem por causa das
mudanças climáticas no planeta.
Apaixonado pela leitura e pela escrita,
desde muito cedo, Douglas já participa
de diversos concursos há algum tempo.
Dessa vez, a dedicação e a persistência
falaram mais alto e o seu trabalho deixou
para trás nada mais, nada menos
que aproximadamente 400 redações
de várias escolas do Espírito Santo, faturando
um rádio-gravador com CD e o
certificado. “A minha participação e premiação
no Concurso serviu de incentivo
No comando do CENIBRA Móvel há cinco
anos, o Monitor Ambiental Júlio Madeira
apresenta o novo visual do interior do veículo
Seja nas Regionais, em escolas, congressos e feiras ambientais,
cavalgadas ou onde quer que aconteça um evento cultural,
lá está a Unidade Móvel de Integração com a Comunidade, que
já percorreu mais de 73 mil km e registrou cerca de 81 mil visitantes
em mais de 170 eventos.
Para 2007, o CENIBRA Móvel desfila na estrada com um novo
visual. O interior do veículo foi totalmente reestruturado, com
prateleiras, displays e paredes revestidos em madeira. O piso
também foi reformado e o carro ganhou ainda banners com
mais informações sobre a rica diversidade de fauna e flora nas
áreas da CENIBRA, a fim de continuar a atender e a disseminar
conhecimento a diversas comunidades.
lIção aprendIda desde cedo
e motivação aos meus colegas e também
a mim. Penso que não devemos temer a
nossa capacidade. Espero que de agora
em diante, os meus colegas também participem,
pois é isso que eu pretendo fazer,
afinal são a nossa capacidade e coragem
que nos torna vitoriosos”, afirma
Douglas Mercier.
desafIo de agIlIdade e precIsão
O dinamismo presente nas atividades
desempenhadas em Portocel mostra
que seus empregados estão sempre
prontos para transformar qualquer desafio
em trabalho de sucesso. Em quase 30
anos de operação, o Terminal – do qual a
CENIBRA é acionária – realizou uma atividade
inédita para atender a dois navios,
trabalhando de forma especial e inovadora
com seis ternos, ou seja, equipes
por porão.
Das duas embarcações, o navio especializado
Star Hoyanger, próprio para o
carregamento de celulose por possuir porões
tipo box shaped (quadrados), operou
com dois ternos no embarque de 22.500
toneladas de celulose. Já o navio convencional
Masuren – que transporta também
outros produtos – é um navio full cuja
O Terminal Especializado de Barra do Riacho foi palco para
mais um encontro dos integrantes do Programa de Harmonização
dos Agentes de Autoridades Federais nos Portos do Espírito
Santo, o Prohage, que tem como objetivo discutir e promover
ações que visam harmonizar e agilizar informações relacionadas
à gestão portuária no Espírito Santo.
Realizada no auditório de Portocel, a reunião, que ocorre a
cada dois meses, contou com a presença de 23 participantes,
dentre autoridades políticas capixabas, representantes de importantes
entidades portuárias, como a Capitania dos Portos,
Companhia das Docas do Espírito Santo, Alfândega do Porto
de Vitória, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Polícia
Federal, além de diretores e gerentes do Terminal.
Os encontros realizados pelos integrantes do Prohage propiciam
uma oportunidade a mais de interação e reconhecimento
dos trabalhos realizados pelas diversas instituições do setor entre
as autoridades presentes. Integração de esforços que é vital
para Portocel trabalhar com mais dinamismo nas ações de
tendência é sempre trabalhar com a sua
capacidade máxima e, neste caso, operar
com quatro guindastes simultaneamente.
Desse modo, operou com quatro ternos
no carregamento de 31.500 toneladas
de celulose, um a mais do que normalmente
acontece com outros navios convencionais
nos dois berços de atracação
do Terminal.
Para que toda a operação fosse realizada
com êxito, foi montada uma operação
especial envolvendo todos os empregados,
além da parceira com Sindicatos
dos Trabalhadores Avulsos e prestadoras
de serviços que disponibilizaram mais caminhões
e empilhadeiras. Isto porque, em
condições normais, a operação de carga
e descarga do Terminal funciona com 14
operadores de equipamentos portuários e
emBarque de novas IdéIas
sete controladores de cargas por turma,
ao contrário deste trabalho inédito que
exigiu o esforço de 39 operadores e 11
controladores. A frota de equipamentos
portuários aumentou de 12 para 14 carretas
e de 26 para 31 empilhadeiras.
Agilidade que reduz custos e tempo. A
ótima performance no navio Masuren representou
uma redução de 13% de horas
trabalhadas em navios convencionais. O
sucesso da operação especial esteve também
na não interrupção das demais atividades
de descarga do terminal de barcaça
de celulose e madeira, operação de carretas
e descarga dos vagões de celulose da
CENIBRA. Um trabalho que agrega valor
ao planejamento de Portocel para o próximo
ano, quando o terceiro berço ficará
pronto e entrará em operação.
trânsito internacional no despacho aduaneiro e em melhorias
no setor portuário, por exemplo, dando continuidade à eficiência
e qualidade dos serviços prestados. “As reuniões são uma
forma de deixar janelas de relacionamento abertas e quem ganha
com isso é a economia do Estado”, comenta o coordenador
do Programa, Antônio Carlos Barletta.
Na ocasião, o Diretor-Superintendente de Portocel, Carlos
Gilberto Marques aproveitou para apresentar aos participantes
do evento as obras de expansão do Terminal, que foram bastante
elogiadas.
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“Oi, bom dia... Bom dia? Bom dia só se for para
você que fica aí na poltrona assistindo TV e tomando
suco de maracujá, mas quem precisa de um suco de
maracujá sou eu para me acalmar e me refrescar do
calor causado por vocês humanos. E eu, Mico-leãodourado,
fico vendo vocês destruindo a mata que é a
minha casa(...) Nesses últimos anos, o calor está tão insuportável
que tudo está muito seco por aqui; a maioria
dos rios até já secaram. Precisamos de um milagre
mesmo para reverter a situação, pois daqui a 40 anos
metade de todas as espécies animais estarão em extinção,
e nós que já estamos na lista teremos grandes
chances de não existir sem um único representante da
espécie (...) Salve-me antes que seja tarde demais.”
Trechos da redação do jovem Douglas
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No camPo
tecnologIa e segurança
para reduzIr custos
A CENIBRA investiu, no início do ano, em novas tecnologias
de cargas com a compra de seis novos semi-reboques rodotrens
de dois fabricantes (Random e Pastre), apostando em uma maior
segurança operacional, inovações tecnológicas e maior capacidade
de carga. Exigências que a Empresa solicitou direto aos fabricantes,
com a implantação de: fueiros embutidos (estruturas
de metal na parte inferior do semi-reboque), que propiciam o
aumento na capacidade de carga transportada e segurança em
trânsito; engate esférico e catraca pneumática, que distribuem a
carga de forma mais homogênea nos semi-reboques e garantem
maior estabilidade ao veículo; rampa na carroceria, para evitar
que a garra, ao pegar a madeira, danifique o chassi; e a utilização
da suspensão bogie, mais resistente e durável em qualquer
tipo de terreno.
“Testamos alguns semi-reboques com características
pioneiras com o objetivo de maximizar a operação e, assim,
mostrar às empresas parceiras alternativas mais
atuais e rentáveis nas atividades de prestação de serviços.
Os resultados preliminares dos testes nos fornecem
esses indicadores e argumentos para uma melhor negociação”,
explica o Coordenador de Logística, Francisco
Faria.
Depois de quatro meses de testes, as vantagens já foram
comprovadas com as caixas de carga maiores e produzidas com
um material mais resistente e mais leve, o que ajudou na redução
do peso dos semi-reboques. Houve um aumento de 13% no volume
e de 9% em tonelagem por viagem, propiciando uma redução
considerável de viagens, aumento da segurança no tráfego e
redução de custos. Estes resultados são tecnologias que serão incorporadas
pelas empresas prestadoras de serviços para que sejam
mais eficientes, com custos menores e transportem madeira
com maior segurança.
Projetada para suportar
grandes impactos, a
suspensão bogie garante alta
resistência e estabilidade em
qualquer tipo de terreno
conhecImento de ponta
O plantio de eucalipto no Brasil já ocupa
mais de 3,5 milhões de hectares, e conti-
nua se ampliando. Um dos motivadores
desta expansão é a elevada produtividade
destas florestas, obtida por esforços de
equipes de pesquisa e operacionais de em-
presas e institutos de pesquisas ao longo
dos últimos anos. Ou ainda, a partir de
grupos formados por participantes da iniciativa
privada (empresas) e de instituições
científicas (universidades e institutos de
pesquisa), como é caso Brasil Eucalyptus
Produtividade Potencial (BEPP).
O BEPP é uma rede experimental de
pesquisa, criada em 2000, que investiga
os processos de crescimento do eucalipto,
a partir da manipulação nutricional, hídrica
e dominância. O grupo é coordenado pelo
Professor José Luiz Stape, da Universidade
de São Paulo, em cooperação com a
Colorado State University e o USDA Forest
Service, ambos dos Estados Unidos. Além
da CENIBRA, os estudos são conduzidos
por outras sete empresas brasileiras do
setor: ARACRUZ, Bahia Pulp, International
Paper, Vallourec Mannesmann, Suzano
Bahia Sul, VCP e VERACEL.
Este ano, a CENIBRA sediou o 7º encontro
anual do grupo, reunindo 18 participantes
(professores, pesquisadores
e representantes das empresas). Foram
apresentadas palestras sobre os resultados
parciais de cada experimento e reali-
Durante o 7º encontro anual do BEPP,
o Consultor Técnico, Gualter Guenther (abaixo),
apresentou o experimento da CENIBRA na Regional Guanhães
aos professores, pesquisadores e representantes de empresas
zada uma visita a campo, no experimento
da CENIBRA, na Regional Guanhães.
A partir destas reuniões o grupo vem
avançando no entendimento dos processos
(disponibilidade hídrica, nutricional e
dominância entre as árvores) que controlam
a produtividade dos diferentes genótipos
de Eucalyptus no Brasil e suas interações
com o meio ambiente.
Dentre as principais aplicações práticas
desses conhecimentos podem-se destacar:
quantificação da diferença entre a
produtividade atual das florestas e a produtividade
potencial, a avaliação da precisão
das atuais recomendações de adubação
realizadas pela empresa, avaliação
de risco das mudanças climáticas na sustentabilidade
de produção de madeira e
o uso dos dados para a modelagem da
produtividade dos plantios de eucalipto
no Brasil.
8 9

QUalIDaDe ceNIbRa e VocÊ
a mágIca do
traBalho em equIpe
Eles não estão em busca de transformar
metais em ouro, muito menos desvendar
a fórmula do elixir da vida eterna.
Ao contrário dos alquimistas da Idade
Média, no Departamento de Controle
de Qualidade a magia das atividades do
grupo de CCQ Alquimia está em promover
melhorias nas condições físicas dos
locais de coleta de amostras fora do laboratório.
Para isso, os nove alquimistas do
grupo, ou melhor, laboratoristas e técnicos
de laboratório trabalham com afinco,
desde 2003, no projeto Adequação dos
pontos de amostragem de efluentes
hídricos.
Periodicamente, são colhidas amostras
de efluentes – o resíduo líquido resultante
do processo de fabricação da celulose –
em oito pontos diferentes da Fábrica.
Material que segue para análise em laboratório e serve para o
controle dos níveis adequados de emissão de efluentes hídricos,
verificando a eficiência da Estação de Tratamento Biológico.
Entretanto, durante os trabalhos, seja durante o dia ou à noite,
faça sol ou faça chuva, em alguns casos, a coleta das amostras
é dificultada para os empregados do laboratório, seja pela dificuldade
no acesso, de iluminação ou de adequação do frasco de
coleta utilizado, devido à alta temperatura do local.
O projeto desenvolvido pelo
grupo de CCQ Alquimia visa
garantir a segurança pessoal
nos locais de trabalho
A adequação dos frascos
de coleta (à esquerda)
para suportar altas
temperaturas é essencial
para assegurar o bom
desempenho das análises
em laboratório
Daí a importância do projeto, que tem como objetivo, por
meio de parceria com outros departamentos, realizar as reformas
necessárias para a segurança pessoal nos locais de coleta, a
fim de zerar os riscos de acidentes nesses locais e atender a exigência
das normas para homologação da ISO 17025. Para isso,
o CCQ Alquimia conta com o apoio de uma consultoria especializada
para o aprendizado e o desenvolvimento da metodologia
PDCA.
“A mágica do CCQ Alquimia não é apenas chegar ao final
do projeto, mas trabalhar sempre para manter
aquilo que a Fábrica tem de melhor, que é
a qualidade em todos os processos”, explica
o Secretário do grupo, Humberto Lopes dos
Santos. O Alquimia também é composto por
Viviane Macedo dos Reis, Waldo Dickson, José
Márcio Quintão, Vicente Carlos de São José,
Luana Dias Lacerda, Silvana Maciel, Pollyanna
Coelho e Karina Bicalho.
um papo caBeça
Entre uma conversa, uma atividade lúdica ou dinâmica em
grupo, vem a possibilidade de visualizar um mundo mais amplo
em relação ao que se está acostumado no cotidiano. Promover
essas e outras descobertas do dia-a-dia faz parte do planejamento
de discussões e atividades do Projeto Adolescer, integrante
do Programa Qualidade de Vida – Vivendo Melhor. O projeto iniciou
uma nova edição, mas desta vez de um modo diferente:
convocou os pais, no mês de maio, para um bate-papo durante
uma palestra que abordou o tema Relação Familiar.
Em julho, foi a vez da CENIBRA abrir as portas para mais de
250 adolescentes na faixa etária de 12 a 14 anos, filhos de empregados,
de Governador Valadares, Periquito, Naque, Belo
Oriente e do Vale do Aço. Durante um dia inteiro, eles participaram
de palestras sobre comportamento e sexualidade, ministradas
por estudantes do curso de Psicologia do Unileste-MG e
pela psicóloga Carmem Miranda, e sobre tabagismo e dependência
química, conduzidas pelo Dr. Ubirajara Fernandes Valadares.
Além disso, a organização do evento preparou um momento para
a discussão sobre orientação vocacional
e sobre a responsabilidade e os cuidados
no trânsito para os adolescentes na faixa
etária de 15 a 17 anos, uma turma que já
está quase na idade de adquirir a carteira
de habilitação.
“É preciso resgatar a importância da
família, valor que está se perdendo assim
como o diálogo entre pais e filhos. Se
trouxermos um mesmo tema para discussão
aos dois em momentos diferentes, já
estamos dando oportunidade para a criação
de um diálogo em casa. Resgatar valores,
em uma época de banalização de
alguns preceitos morais e éticos, não é
fácil, mas se a Empresa puder contribuir
com um primeiro passo, a família agradece”,
explica a Assistente Social, Lílian
Venâncio.
A Escola de Música Mozart também
marcou presença e ditou o seu ritmo com
os jovens, oferecendo a oficina de percussão.
Um trabalho para a concentração e
o desenvolvimento de novas potencialidades
a partir da música. Os adolescentes
fizeram ainda uma trilha ecológica às
margens da Lagoa Marola, ressaltando a
consciência socioambiental. A Empresa
ofereceu transporte e alimentação e, após
os encontros, será enviado para as residências
um folder sobre drogas.
Projeto Adolescer - responsabilidade
e consciência para um futuro melhor
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salInhas de oportunIdade
Em 2007, o conhecimento chega de forma mais acessível e
trazendo novas oportunidades de aprendizado para centenas
de pessoas das áreas onde a Empresa atua, com a doação de
mais de 150 computadores para 15 salas do projeto Salinhas de
Informática, do Instituto CENIBRA.
O projeto tem como objetivo contribuir para a melhoria da
qualidade de vida das comunidades, considerando a importância
da informática. Os empregados da área de Tecnologia da
Informação, por meio do Programa de Voluntariado, abraçaram
essa atividade. Com isso, além de disponibilizarem máquinas
que não serão mais utilizadas na Empresa, mesmo estando em
perfeitas condições de uso, os empregados realizam oficinas de
treinamento em tecnologia, montagem e operação de Salinhas
de Informática, reparos em equipamentos, dentre outras atividades
para atender às demandas identificadas pelas comunidades.
Planejamento que é estruturado com base no trabalho das
assistentes sociais do Instituto CENIBRA nas regionais, que realizam
previamente uma triagem nas comunidades para visualizar
as necessidades de cada uma.
“A importância do projeto é mudar, por necessidade de atua-
lização, velocidade e capacidade de processamento o parque de
máquinas da Empresa, possibilitando, ao mesmo tempo, oportunidade
para que diversas comunidades, por meio de entidades
como associações comunitárias rurais, sindicatos, prefeituras,
igrejas, clubes de serviços e escolas, possam ter acesso à informática”,
explica o Diretor-Executivo do Instituto, José Geraldo
Rivelli Magalhães.
Desde 2003, o Instituto CENIBRA já disponibilizou 250 máquinas
e formou 38 Salinhas de Informática com seis micros em
cada uma. Com a nova doação em 2007, o projeto alcança a
marca de 400 computadores doados às comunidades dos municípios
de sua área de atuação. A ampla rede de relacionamentos
que o Instituto CENIBRA possui é que garante o sucesso da iniciativa,
na qual se arranja de forma diferenciada em cada comunidade,
alocando recursos de acordo com a realidade de cada
uma. Um bom exemplo é o projeto Santa Marta, em Ipaba. A
parceria agrícola entre o sindicato rural do município e o Instituto
CENIBRA mostra que, além de milho e feijão, os trabalhadores
estão colhendo também novas oportunidades e novos saberes,
com o acesso à inclusão digital.