Pedro Bandeira - O Mistério da Fábrica de Livros (pdf ... - Português
Pedro Bandeira - O Mistério da Fábrica de Livros (pdf ... - Português
Pedro Bandeira - O Mistério da Fábrica de Livros (pdf ... - Português
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
— Amanhã, o papel fabricado com o seucalipto será entregue a<br />
uma porção <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong> nossa fábrica. A primeira entrega, se não me<br />
engano, vai ser feita à Gráfica Editora Hamburg...<br />
Aurélio.<br />
— Hamburg? Que empresa é essa?<br />
— É uma parte <strong>da</strong> "fábrica" <strong>de</strong> livros, Laurinha — brincou<br />
Os olhinhos <strong>de</strong> Laurinha brilharam: o seu plano parecia<br />
possível! Olhou <strong>de</strong> lado. O Anjinho estava maior ain<strong>da</strong>. Já estava quase<br />
do tamanho do Aurélio!<br />
— Você po<strong>de</strong> me dizer on<strong>de</strong> fica essa gráfica?<br />
— Posso — disse Aurélio, esten<strong>de</strong>ndo um cartão para Laurinha.<br />
— Este é o en<strong>de</strong>reço <strong>da</strong> gráfica. Se você for lá, fale com o Wilson. E um<br />
amigo meu...<br />
— Obriga<strong>da</strong>, Aurélio!<br />
E a menina <strong>de</strong>u uma beijoca no rosto do gerente <strong>da</strong> fábrica <strong>de</strong><br />
papel. Em segui<strong>da</strong>, aceitou a carona que o gerente Aurélio lhe oferecia e<br />
foi leva<strong>da</strong> para casa.<br />
O Anjinho, que já estava quase do tamanho <strong>da</strong> porta, entrou na<br />
casa <strong>de</strong> Laurinha como que por mágica, e ouviu junto com ela a<br />
pequena bronca <strong>da</strong> mãe pelo atraso <strong>da</strong> menina.<br />
Naquele fim <strong>de</strong> tar<strong>de</strong>, Laurinha mal pô<strong>de</strong> concentrar-se nos<br />
estudos. No dia seguinte, sua idéia ia ser posta em prática. Adriano que<br />
se preparasse!<br />
Antes <strong>de</strong> apagar a luz para dormir, Laurinha <strong>de</strong>u mais uma<br />
olha<strong>da</strong> no Anjinho. Anjinho! Estava enorme! Ninguém tinha notado sua<br />
presença, como o próprio Anjinho dissera. Ele pouco falara, enquanto a<br />
menina estivera ocupa<strong>da</strong> primeiro com a fábrica <strong>de</strong> papel e <strong>de</strong>pois com<br />
as lições. Mas parecia feliz!<br />
— Boa noite, Anjinho!<br />
— Boa noite, Laurinha...<br />
Para pegar no sono, a menina imaginou mais alguns <strong>de</strong>talhes<br />
sobre a "gran<strong>de</strong>" idéia. No escuro, ela não percebeu que o Anjinho<br />
crescia mais um pouco...