Pedro Bandeira - O Mistério da Fábrica de Livros (pdf ... - Português
Pedro Bandeira - O Mistério da Fábrica de Livros (pdf ... - Português
Pedro Bandeira - O Mistério da Fábrica de Livros (pdf ... - Português
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
pessoa soubesse usar a própria imaginação, haveria <strong>de</strong> sentir ali todo o<br />
esforço, todo o carinho <strong>da</strong>s pessoas fantásticas que Laurinha conhecera<br />
naqueles dias! O Wilson, o Aurélio, o <strong>Pedro</strong>, o Rubens, o Roberto, o<br />
Affonso, o Genésio!<br />
Era tudo aquilo que a menina tinha para oferecer a Adriano. Era<br />
apenas um exemplar <strong>de</strong> um livro, mas trazia <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si tanta coisa,<br />
tanta coisa...<br />
— Ah, quando Adriano souber!<br />
*<br />
Laurinha chegou à casa <strong>de</strong> Adriano com o coração batendo forte<br />
gru<strong>da</strong>do ao livro que abraçava.<br />
Olhou em volta, sabendo que o Anjinho estava por to<strong>da</strong> parte,<br />
envolvendo-a, <strong>da</strong>ndo-lhe forças... E aumentando sua esperança. A<br />
esperança <strong>de</strong> ter novamente Adriano consigo, <strong>de</strong> ouvir <strong>de</strong> novo sua voz<br />
sussurra<strong>da</strong> ao ouvido, <strong>de</strong> voltar ao mesmo bosque com ele, <strong>de</strong> sonhar<br />
juntos o mesmo sonho...<br />
expectativa.<br />
Apertou a campainha e aguardou, com o rosto queimando <strong>de</strong><br />
A porta foi aberta, mas não foi Adriano que Laurinha viu.<br />
Por um momento, a menina vacilou, como se tivesse apertado a<br />
campainha <strong>da</strong> casa erra<strong>da</strong> e não soubesse o que dizer para se<br />
<strong>de</strong>sculpar.<br />
A sua frente, estava Lúcia!<br />
Lúcia!<br />
A mesma Lúcia que provocara to<strong>da</strong> sua dor, to<strong>da</strong> sua<br />
<strong>de</strong>sesperança! Lúcia! Ali, na casa <strong>de</strong> Adriano!<br />
Laurinha recuou lentamente e, <strong>de</strong> súbito, virou as costas e pôs-<br />
se a correr, sem sequer olhar para trás.<br />
Correu loucamente, <strong>de</strong>sespera<strong>da</strong>mente, como se fosse possível<br />
fugir do seu <strong>de</strong>sespero.<br />
Nem percebeu que <strong>de</strong>ixara o livro cair na porta <strong>da</strong> casa <strong>de</strong>