Pedro Bandeira - O Mistério da Fábrica de Livros (pdf ... - Português
Pedro Bandeira - O Mistério da Fábrica de Livros (pdf ... - Português
Pedro Bandeira - O Mistério da Fábrica de Livros (pdf ... - Português
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Wilson acen<strong>de</strong>u seu cachimbo calmamente. Tirou uma bafora<strong>da</strong><br />
e olhou sorri<strong>de</strong>nte para a menina:<br />
— Um livro? E por que com o papel que eu acabei <strong>de</strong> receber?<br />
Você quer dizer "com o mesmo tipo" <strong>de</strong> papel que eu acabei <strong>de</strong> receber,<br />
não é?<br />
— Não, seu Wilson! - exigiu teimosamente a menina. — Tem <strong>de</strong><br />
ser com as mesmas folhas que o senhor acabou <strong>de</strong> receber!<br />
cachimbo:<br />
— Com as mesmas folhas? Por que isso?<br />
— E que essas folhas foram fabrica<strong>da</strong>s com o meucalipto!<br />
Wilson quase se engasgou com a bafora<strong>da</strong> que ia tirando do<br />
— Com o seu o quê?!<br />
— Com o meucalipto. É uma história meio complica<strong>da</strong>. Vai<br />
precisar <strong>de</strong> um livro inteirinho para contá-la. E este livro que eu quero<br />
que o senhor fabrique. Vai se chamar "O primeiro amor <strong>de</strong> Laurinha"...<br />
— Hum... bom nome, para um livro! — comentou Wilson. —<br />
Você está com o original aí?<br />
— Original? Que original?<br />
— O texto do livro, ora! Laurinha ficou meio sem jeito:<br />
— Mas eu não tenho nenhum texto comigo, seu Wilson. Eu<br />
quero que o senhor fabrique o livro todinho! Afinal, isto não é uma<br />
fábrica <strong>de</strong> livros?<br />
— <strong>Fábrica</strong> <strong>de</strong> livros? Isto não existe!<br />
— Como não existe? E quem é que fabrica os livros?<br />
— Ah, ah, ah, isto é um mistério, Laurinha! Um mistério que<br />
você vai ter <strong>de</strong> <strong>de</strong>sven<strong>da</strong>r sozinha!<br />
A menina <strong>de</strong>sanimou:<br />
— Ai, quanto mistério! Eu já tinha <strong>de</strong> resolver o mistério do<br />
Anjinho. Agora, é o mistério <strong>da</strong> fábrica <strong>de</strong> livros!<br />
— <strong>Mistério</strong> do Anjinho? Que história é essa?<br />
— Deixe pra lá, seu Wilson! Isso faz parte <strong>da</strong> minha história. É<br />
um <strong>da</strong>nado <strong>de</strong> um mistério que eu não consigo imaginar uma solução!<br />
O Anjinho fez bico, e encolheu um bom pe<strong>da</strong>ço.