versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

More documents

Recommendations

Info

de um anjo... um anjo sujo, eu sei, mas eu não sou delicado. VERLAINE Não estou preocupado com nada disso. Gosto quando vejo você ao sol... tomando banho de sol em nosso pequeno jardim... sua cara de criança... num corpo desajeitado, de adolescente que ainda está crescendo... sua voz com esse sotaque da província... RIMBAUD Já disse que logo estarei falando como qual quer parisiense. VERLAINE Isso é tão importante para você, Rimbaud? RIMBAUD Nada é importante para mim. Porque eu vi demais! E a visão se revia pelos ares. Porque eu tive demais. Sons da cidade, à tarde, e ao sol, e sempre. Porque eu soube demais. As paradas da vida. Ó Sons e Visões. Partida entre afetos e ruídos novos. No bosque tem um pássaro. Tem um relógio que não toca nunca. Tem uma brecha no gelo com um ninho de bichos brancos. Tem 201
202 uma catedral que sobe e um lago que desce. Tem uma pequena carruagem abandonada na moita , ou que passa correndo, decorada. Tem uma troupe em trajes de comédia, espiada pela trilha da floresta. E então, quando você tem fome e sede, tem sempre alguém que te manda passear . Eu sou o andarilho da grande estrada entre os bosques anões; o rumor das represas cobre meus passos. Eu me demoro vendo a triste fuligem doura da do pôr-do-sol. Eu bem podia ser a criança abandonada no cais de partida para o alto-mar, o caipira rodando as alamedas, sua cabeça roçan do o céu. Os caminhos são ásperos. Nas horas amargas, imagino bolas de safira, de metal. Eu sou o mestre do silêncio! VERLAINE Você mandava cartas. Falava dos meus versos... Comentava todos eles... RIMBAUD Eu desprezo os seus antigos versos, Verlaine. Você precisa soltar o verso, deixá-lo livre. VERLAINE Ele pode escapar.
Page 2 and 3:
Trilogia do Discurso Moderno ÓPERA
Page 4 and 5:
Trilogia do Discurso Moderno ÓPERA
Page 6 and 7:
Apresentação “O que lembro, ten
Page 8 and 9:
crítico, denunciaram preconceitos
Page 10 and 11:
A Coleção Aplauso, que tende a ul
Page 12 and 13:
Se algum fator de sucesso da Coleç
Page 14:
para José João Cury, com afeto e
Page 18 and 19:
Introdução Em amor não há pudor
Page 20 and 21:
tino não foram agraciados, haverã
Page 22 and 23:
jesuítica irlandesa do autor. Elas
Page 24 and 25:
Mais do que isso, trata-se de um vo
Page 26 and 27:
Em todas as peças de Alcides Nogue
Page 28:
ÓPERAJOYCE Alcides Nogueira músic
Page 31 and 32:
30 CENA 2 - CORO DA ABERTURA JAMES
Page 33 and 34:
32 NORA Uma vida que é tão certa.
Page 35 and 36:
34 Que não tem mais pé! Que tem t
Page 37 and 38:
36 JAMES Nora, Nora, Nora, deixa de
Page 40 and 41:
CENA 4 - A PARTIDA DE JAMES E DEDAL
Page 42 and 43:
a cantora de um bom cabaré! Com ch
Page 44 and 45:
o cristia nismo - o lar, as virtude
Page 47 and 48:
46 CENA 7 - INTERLÚDIO DE AMOR NOR
Page 49 and 50:
48 porcarias que sempre quis escuta
Page 51 and 52:
50 poço da civilização que nunca
Page 54 and 55:
CENA 9 - A CARTA DE NORA NORA ESCRE
Page 56:
ecebido na vida... Uma carta sacana
Page 59 and 60:
58 Posso entrar? JAMES NORA Mandei
Page 62 and 63:
CENA 13 - JÁ CANSEI DE ARRASTAR CH
Page 64 and 65:
com lar? Com ar? Com cabarés? Não
Page 66 and 67:
DEDALUS Que dois sacanas!!!! Que do
Page 68 and 69:
ELA SE PERTURBA COM A PALAVRA TESÃ
Page 70 and 71:
JAMES PÁRA. OLHA PARA O INFINITO.
Page 72 and 73:
DEDALUS Fora! Fora! Aqui você não
Page 74 and 75:
SILÊNCIO SÚBITO. DEDALUS JOGA O A
Page 76:
OS DOIS Na ponta da cobra focinho d
Page 79 and 80:
78 ram o pau na minha boca e gritar
Page 82:
GERTRUDE STEIN, ALICE TOKLAS & PABL
Page 85 and 86:
84 - assim como caminhamos para a d
Page 87 and 88:
86 citações dos artistas evocados
Page 89 and 90:
88 centro do diálogo, Nogueira lev
Page 91 and 92:
90 Para entender o homem brasileiro
Page 93 and 94:
92 Porque disso se trata. Ao evocar
Page 95 and 96:
Toda a ação da peça acontece em
Page 97:
96 com suas mulheres cobertas de lu
Page 102 and 103:
e San Francisco. Estudos: Psicologi
Page 104 and 105:
e perdido. Acontece que Picasso que
Page 106 and 107:
ALICE Era uma voz diferente de qual
Page 108 and 109:
Cala a boca, Picasso! GERTRUDE PICA
Page 110 and 111:
PICASSO Olha o quadro que eu pintei
Page 112 and 113:
ALICE Eu pensei: se ele a chama de
Page 114 and 115:
PICASSO Gertrude, vem posar! (OLHAN
Page 116 and 117:
mos nosso lado feio... Minha mãe p
Page 118 and 119:
salmon... Acompanhando, fundos de a
Page 120 and 121:
RETRATO . GERTRUDE E ALICE REAGEM,
Page 122 and 123:
GERTRUDE (EMOCIONADA) Ainda estão
Page 124 and 125:
ALICE (PARA A PLATÉIA) Este é um
Page 126 and 127:
gem de provar essa comida. Uma chic
Page 128:
ALICE Que rosto horrível é esse?
Page 131 and 132:
130 PICASSO Um tanque de guerra cam
Page 133 and 134:
132 PICASSO Mas ninguém lê Gertru
Page 135 and 136:
134 ALICE Deus a abençoe pela ment
Page 137 and 138:
136 GERTRUDE Eu vou comprar tudo pa
Page 139 and 140:
138 ALICE Não, lindona, a guerra a
Page 141 and 142:
140 (PARA A PLATÉIA) Um Bonde cham
Page 143 and 144:
142 iremos para a Dinamarca e verem
Page 145 and 146:
144 GERTRUDE CHEIRA A COLA TAMBÉM.
Page 147 and 148:
146 meus olhos não sejam de peixe-
Page 149 and 150:
148 GERTRUDE Não se esqueça nunca
Page 151 and 152: 150 era o Sim. Isso era muito impor
Page 153 and 154: 152 GERTRUDE SAI DA MESA E VEM PARA
Page 155 and 156: 154 GERTRUDE Eu me interesso. E iss
Page 157 and 158: 156 A IMPORTÂNCIA DOS BAIANOS NA O
Page 159 and 160: 158 apreciar pinturas, o que não d
Page 161 and 162: 160 GERTRUDE Picasso, eu quero dize
Page 163 and 164: 162 go... Vamos ao campo, vamos às
Page 165 and 166: 164 PICASSO (PARA A PLATÉIA) Ela f
Page 167 and 168: 166 com tanta calma quanto possíve
Page 170 and 171: PÓLVORA & POESIA Para Cláudio Fon
Page 172 and 173: Introdução Alguns dizem que a cri
Page 174 and 175: Talvez sua história me tenha ensin
Page 176 and 177: Pólvora e Poesia Alcides Nogueira
Page 178 and 179: CENA 1 AS DUAS CADEIRAS ESTÃO COLO
Page 180: VERLAINE Qui m’emporte Deçà, de
Page 183 and 184: 182 um segundo tiro, acidental. Ele
Page 186 and 187: Uma cidade que nasceu morta. E, ago
Page 188 and 189: campo, o horizonte, o Tudo! Mas ain
Page 190 and 191: ensaios de mim que estão aí... Di
Page 192 and 193: RIMBAUD SE LEVANTA DA CADEIRA E SEG
Page 195 and 196: 194 CENA 2 VERLAINE EM UM PONTO, CO
Page 197 and 198: tornadas preciosas. Uma bagagem com
Page 199 and 200: 198 VERLAINE Conhece as minhas pala
Page 201: 200 RIMBAUD Você também está imp
Page 206 and 207: ao filho dele... geração após ge
Page 208 and 209: fantasias, sendo eu aquele que sabe
Page 210 and 211: RIMBAUD Ele é a tonta azeitona, a
Page 212 and 213: VERLAINE (BERRANDO) Rimbaud! Durma,
Page 214 and 215: VERLAINE (SEM JEITO, TIRANDO UM PAN
Page 216 and 217: RIMBAUD Eu mergulho nas águas do P
Page 218: Um menino tristonho arremesse o seu
Page 222 and 223: VERLAINE Quando entrei na minha cas
Page 224 and 225: o barco, Verlaine... agora não há
Page 226 and 227: VERLAINE Poetas não precisam disso
Page 228 and 229: RIMBAUD Há alguns livros interessa
Page 230 and 231: VERLAINE Três de julho. Meu amigo.
Page 232 and 233: sempre. Vamos continuar a viver jun
Page 234 and 235: CENA 4 LUZ SOBRE VERLAINE EM UM PON
Page 236 and 237: mos fugindo desde o início dos tem
Page 238 and 239: se matar?... Eu te conheço, Verlai
Page 240 and 241: RIMBAUD Quem fez besteira foi você
Page 242 and 243: As Iluminações! RIMBAUD VERLAINE
Page 244 and 245: RIMBAUD (EMPURRANDO VERLAINE COM VI
Page 246 and 247: RIMBAUD Eu conheci Verlaine há cer
Page 248 and 249: VERLAINE Deus, concede a mim o priv
Page 250 and 251: Índice Apresentação - Hubert Alq
Page 252 and 253:
Créditos das fotografias José Peq
Page 254 and 255:
Luís Alberto de Abreu Até a Ú
Page 256:
A Dona da História Roteiro de Joã
show all

versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?