FLORA-MEDICA
FLORA-MEDICA
FLORA-MEDICA
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
91<br />
CARYOPHYLEAS<br />
Saponaria officinalis L.<br />
Saboeira,<br />
DeSC. — Caule erecto, nodoso; folhas ovaes, lanceoladas;<br />
sesseis ; flores côr de rosa pallida, em panicula<br />
terminal; raiz cylindrica da grossura de um<br />
dedo, nodosa, etc.<br />
P. US. — Raiz, folhas e summidades floridas.<br />
As folhas colhem-se antes da floração, as raizes<br />
no outono e, depois de lavadas, cortam-se em bocados<br />
e seccam-se na estufa.<br />
Propriedades e noções chimicas. — A saponaria<br />
é quasi inodora. As folhas e a raiz têm sabor amargo,<br />
um pouco salgado, e ligeiramente acre. Agitadas<br />
na agua fazem-n'a espumosa á maneira do sabão,<br />
d'onde o seu nome vulgar de sàboeira. O caule é de<br />
um sabor adocicado.<br />
Contém: saponina (C 2S H 28 0 16 ), resina acastanhada<br />
e molle e uma materia crystallina, amarga, solúvel<br />
na agua, no alcool e no ether.<br />
A saponina é uma substancia parda-clara, transparente,<br />
inodora, de sabor primeiramente nullo e<br />
depois acre, muito solúvel na agua, insolúvel no<br />
alcool. Sob a influencia dos ácidos, desdobra-se em<br />
sapogenina e glycose. Emulsiona as resinas, óleos e<br />
camphora. O pó é esternutatorio.<br />
Acção physiologica e usos therapeuticos. — Como