FLORA-MEDICA
FLORA-MEDICA
FLORA-MEDICA
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
76<br />
ca e contundida, ou sêcca e pulverulenta, applicada<br />
sobre a pelle, produz uma viva irritação, rubefacçâo<br />
e mesmo producçao de phlyctenas.<br />
Acção geral. — Em doses therapeuticas, a raiz da<br />
bryonia é purgativa; provoca, a principio, suores,<br />
lividez da face, nauseas, e, duas a quatro horas depois<br />
da ingestão, dejecções abundantes e muito aquosas,<br />
sem determinar irritação intestinal nem tenesmo.<br />
-ri - i • • •<br />
m igualmente vomitiva; mas esta acção e menos<br />
constante que a purgativa.<br />
Goza tarnbem de propriedades diuréticas. Em<br />
doses elevadas é um drástico muito enérgico ; produz<br />
dejecções serosas abundantes, vómitos acompanhados<br />
de sede; o pulso pequeno e irregular; ha estupor, convulsões<br />
tetânicas, priapismo, opisthotonos, exophtalmia,<br />
retracção das paredes abdominaes, abaixamento<br />
de temperatura, cora resfriamento rápido e a<br />
morte.<br />
Em alguns indivíduos, as dejecções sâo supprimidas<br />
e morrem n'um estado semelhante ao que produz<br />
a forma sêcca do cholera (Cornevin).<br />
Na espécie humana presenciou Jonathan Pereira<br />
um caso de envenenamento pela bryonia, apresentando<br />
os symptomas do cholera.<br />
Galtier refere a historia de uma parturiente, que,<br />
tendo tomado um clyster preparado com 30 gr. de<br />
bryonia, com o fim de fazer seccar o leite, morreu<br />
no fim de quatro horas.<br />
USOS therapeuticos.—Como purgante é já conhecido<br />
de Hippocrates, Dioscorides, etc.