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Maria Madalena e o Santo Graal A Mulher do Vaso ... - Escola da Luz

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cristã sagra<strong>da</strong>, porque foi toca<strong>do</strong> pelas mãos de Jesus. Na ver<strong>da</strong>de, ele é o mais sagra<strong>do</strong> e<br />

impalpável artefato de to<strong>da</strong> a civilização ocidental.<br />

Por mais estranho que pareça, porém, a Igreja Católica Romana sempre demonstrou<br />

pouco entusiasmo pelo <strong>Graal</strong> e suas len<strong>da</strong>s. Foi sugeri<strong>do</strong> por Arthur E. Waite e outros<br />

estudiosos <strong>do</strong> assunto que o mistério <strong>do</strong> <strong>Graal</strong> e de seus adeptos oferece uma alternativa à<br />

versão orto<strong>do</strong>xa <strong>do</strong> cristianismo e que a competência <strong>do</strong>s sacer<strong>do</strong>tes desse "outro" cristianismo<br />

deriva diretamente de Jesus, dispensan<strong>do</strong> a sanção <strong>da</strong> Igreja. Portanto, não é surpresa que<br />

essa instituição tenha sempre tenta<strong>do</strong> suprimir o <strong>Santo</strong> <strong>Graal</strong> e suas len<strong>da</strong>s!<br />

A Fé <strong>do</strong>s Nossos Pais<br />

Qualquer versão <strong>do</strong> cristianismo que ofereça uma alternativa às <strong>do</strong>utrinas orto<strong>do</strong>xas <strong>da</strong><br />

Igreja é vista como um anátema. Essa é a definição de heresia. A controvérsia <strong>da</strong> heresia é que<br />

ela não depende <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de, mas <strong>do</strong> fato de a <strong>do</strong>utrina estar ou não de acor<strong>do</strong> com as<br />

afirmações oficiais <strong>da</strong> fé. Os indivíduos educa<strong>do</strong>s na orto<strong>do</strong>xia cristã foram cui<strong>da</strong><strong>do</strong>samente<br />

ensina<strong>do</strong>s a aceitar as <strong>do</strong>utrinas pela fé e sempre as admitiram como ver<strong>da</strong>de única. No<br />

entanto, desde os primeiros tempos, houve numerosas versões paralelas <strong>do</strong> cristianismo, ca<strong>da</strong><br />

uma delas com suas próprias crenças e interpretações <strong>da</strong>s mensagens <strong>do</strong>s Evangelhos. Com o<br />

passar <strong>do</strong>s séculos, a mensagem de Cristo institucionalizou-se.<br />

Pouco a pouco, foram sen<strong>do</strong> desenvolvi<strong>da</strong>s <strong>do</strong>utrinas que nem sempre refletem a fé<br />

<strong>do</strong>s primeiros cristãos judeus que habitavam a Palestina <strong>do</strong> primeiro século.<br />

A versão oficial <strong>do</strong> cristianismo, que evoluiu gradualmente e foi sistematiza<strong>da</strong> por<br />

concílios <strong>da</strong> Igreja nos séculos III e IV d.C., baseou-se no consenso <strong>do</strong>s membros mais antigos<br />

presentes nessas assembléias, em geral pressiona<strong>do</strong>s pelo impera<strong>do</strong>r romano reinante e por<br />

outras facções políticas. Tais concílios votaram pela articulação de <strong>do</strong>utrinas como a natureza<br />

<strong>da</strong> Trin<strong>da</strong>de, a divin<strong>da</strong>de de Jesus, a virgin<strong>da</strong>de de <strong>Maria</strong> e a própria natureza <strong>da</strong> divin<strong>da</strong>de.<br />

Eles selecionaram <strong>do</strong> cânon ju<strong>da</strong>ico as escrituras que seriam considera<strong>da</strong>s canônicas pelos<br />

cristãos, bem como os evangelhos e as epístolas <strong>da</strong> Igreja primitiva que deveriam ser incluí<strong>do</strong>s<br />

na Bíblia. Foram esses patriarcas que decidiram quais eram os evangelhos que refletiam os<br />

ver<strong>da</strong>deiros ensinamentos e a biografia de Jesus e quais eram as cartas de Paulo e <strong>do</strong>s

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