Maria Madalena e o Santo Graal A Mulher do Vaso ... - Escola da Luz
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acadêmicos em literatura compara<strong>da</strong>, lingüística e estu<strong>do</strong>s medievais e bíblicos, enxuguei as<br />
lágrimas e comecei a pesquisar a heresia, presumin<strong>do</strong> que logo encontraria meios de refutá-la.<br />
O livro envolvera muitas áreas <strong>do</strong> meu interesse pessoal e <strong>da</strong> minha formação profissional:<br />
religião, civilizações medievais, arte, literatura e simbolismo. Eu havia ensina<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>s bíblicos<br />
e educação religiosa durante vários anos, por isso conhecia bem o terreno em que estava<br />
pisan<strong>do</strong>.<br />
No início, imaginei que desmascarar a heresia seria uma tarefa simples. Fui<br />
diretamente às pinturas <strong>do</strong>s artistas cita<strong>do</strong>s pelos autores de O <strong>Santo</strong> <strong>Graal</strong> e a linhagem<br />
sagra<strong>da</strong> como coniventes com a heresia <strong>do</strong> <strong>Graal</strong>. Examinei os símbolos naqueles trabalhos,<br />
comparan<strong>do</strong>-os com as marcas-d'água <strong>do</strong>s albigenses (hereges que se disseminaram no Sul<br />
<strong>da</strong> França entre 1020-1250 d.C.) que eu havia encontra<strong>do</strong> alguns anos antes em uma obscura<br />
obra de Harold Bayley, The Lost Language of Symbolism (A linguagem perdi<strong>da</strong> <strong>do</strong> simbolismo).<br />
Fiquei desconcerta<strong>da</strong> ao descobrir que as produções <strong>da</strong>queles artistas medievais continham<br />
claras referências que reforçavam a heresia <strong>do</strong> <strong>Graal</strong>. Incapaz de refutá-la com base nesse<br />
fato, prossegui em minha busca.<br />
A pesquisa acabou por me levar às profundezas <strong>da</strong> história européia, <strong>da</strong> heráldica, <strong>do</strong>s<br />
rituais <strong>da</strong> maçonaria, <strong>da</strong> arte medieval, <strong>do</strong> simbolismo, <strong>da</strong> psicologia, <strong>da</strong> mitologia, <strong>da</strong> religião e<br />
<strong>da</strong>s Escrituras ju<strong>da</strong>icas e cristãs. Em to<strong>do</strong>s os lugares nos quais procurava, encontrava<br />
evidências <strong>do</strong> feminino que haviam si<strong>do</strong> perdi<strong>da</strong>s ou nega<strong>da</strong>s pela tradição ju<strong>da</strong>ico-cristã e <strong>da</strong>s<br />
várias tentativas de devolver à Noiva a sua antiga e acalenta<strong>da</strong> condição. Quanto mais eu me<br />
envolvia com o material, mais claro ficava que existia algo de real nas teorias propostas no livro<br />
que eu lera. E, aos poucos, fui me renden<strong>do</strong> aos <strong>do</strong>gmas centrais <strong>da</strong> heresia <strong>do</strong> <strong>Graal</strong>, a<br />
mesma teoria que eu havia me proposto a desacreditar.<br />
Ao selecionar o material para este livro, trabalhei basea<strong>da</strong> na teoria de que onde há<br />
fumaça há fogo. Quan<strong>do</strong> tantas evidências de fontes tão numerosas e diversas podem ser<br />
reuni<strong>da</strong>s para comprovar uma única hipótese, há uma boa razão para levá-la a sério. Portanto,<br />
poderia mesmo existir alguma ver<strong>da</strong>de nos rumores que persistiram por <strong>do</strong>is mil anos e que<br />
vieram à tona mais recentemente, para que to<strong>do</strong>s pudessem ver, nos filmes Godspell - A<br />
esperança, Jesus Cristo superstar e A última tentação de Cristo, os quais mostram o<br />
relacionamento de Jesus e <strong>Maria</strong> <strong>Ma<strong>da</strong>lena</strong> como algo muito significativo e com uma intimi<strong>da</strong>de<br />
to<strong>da</strong> especial.