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Maria Madalena e o Santo Graal A Mulher do Vaso ... - Escola da Luz

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o potro de uma jumenta (Zacarias 9:9 - NVI).<br />

No tempo <strong>do</strong>s livros Gênesis e Crônicas era costume um líder carismático que viesse<br />

em paz chegar monta<strong>do</strong> em um jumento, ao passo que um rei guerreiro montava um cavalo de<br />

guerra e portava armas. O rei Davi fez com que seu filho Salomão montasse seu próprio<br />

jumento real quan<strong>do</strong> foi ungi<strong>do</strong> rei de Israel (1 Reis 1:33-38). O Jesus de Marcos anuncia sua<br />

missão como Rei <strong>da</strong> Paz, entran<strong>do</strong> em Jerusalém monta<strong>do</strong> no potro de uma jumenta. Mas, ao<br />

mesmo tempo, ele proclamava ser o herdeiro de Davi, uma atitude de enorme significa<strong>do</strong><br />

político. Anunciava o cumprimento <strong>da</strong> profecia de Zacarias: "Seu rei decretará a paz entre as<br />

nações; seu império estender-se-á de um mar a outro" (Zacarias 9:10).<br />

A <strong>Mulher</strong> <strong>do</strong> <strong>Vaso</strong> de Alabastro<br />

Betânia era uma pequena vila localiza<strong>da</strong> no contraforte sudeste <strong>do</strong> Monte <strong>da</strong>s Oliveiras.<br />

Em Zacarias 14, vemos a expectativa apocalíptica de que, quan<strong>do</strong> o Senhor fosse salvar Israel<br />

de seus inimigos, ele iria ao Monte <strong>da</strong>s Oliveiras: "Naquele dia, os pés Dele se apoiarão no<br />

Monte <strong>da</strong>s Oliveiras, a leste de Jerusalém" (Zacarias 14:4). Essa profecia elevou o monte à<br />

condição de local de expectativas messiânicas. Era a Betânia que Jesus retornava to<strong>da</strong>s as<br />

noites após visitar Jerusalém durante a semana <strong>da</strong> Páscoa ju<strong>da</strong>ica. E ali ele foi ungi<strong>do</strong> pela<br />

mulher <strong>do</strong> vaso de alabastro.<br />

Essa história <strong>da</strong> unção de Jesus pela mulher em Betânia é um <strong>do</strong>s eventos mais<br />

importantes relata<strong>do</strong>s nos Evangelhos <strong>do</strong> Novo Testamento. Deve ser extremamente<br />

significativa, uma vez que é menciona<strong>da</strong> nos quatro Evangelhos canônicos. Ela representa,<br />

sem dúvi<strong>da</strong>, a expressão mais íntima <strong>da</strong> associação com o Eros nos relatos sobre a vi<strong>da</strong> de<br />

Jesus e, só por esse motivo, mereceria uma investigação mais cui<strong>da</strong><strong>do</strong>sa. Contu<strong>do</strong>, esse fato<br />

raramente recebeu a devi<strong>da</strong> consideração. Qual era o significa<strong>do</strong> <strong>da</strong>quela atitude? Não seria<br />

provável que a mulher que ungiu Jesus no banquete em Betânia fosse a mesma mulher que o<br />

encontrou no jardim, perto <strong>da</strong> tumba, ao raiar <strong>da</strong> manhã <strong>da</strong> Páscoa?<br />

Certa noite, de acor<strong>do</strong> com Marcos 14:3, "quan<strong>do</strong> Jesus se achava em Betânia,<br />

senta<strong>do</strong> à mesa... entrou uma mulher trazen<strong>do</strong> um vaso de alabastro". Essa atitude pode ser<br />

compreendi<strong>da</strong> como um reconhecimento profético de Jesus como o Messias, o Ungi<strong>do</strong>, ação

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