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Maria Madalena e o Santo Graal A Mulher do Vaso ... - Escola da Luz

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As invasões in<strong>do</strong>-arianas (aproxima<strong>da</strong>mente 355 a.C.) introduziram a idéia <strong>da</strong> suprema<br />

dei<strong>da</strong>de masculina, cuja fúria precisava ser aplaca<strong>da</strong>. Com o passar <strong>do</strong>s séculos, os cultos<br />

basea<strong>do</strong>s em um deus masculino de poderes ilimita<strong>do</strong>s foram substituin<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>ração <strong>da</strong><br />

magnânima deusa.<br />

Na Palestina, no início <strong>da</strong> articulação patriarcal <strong>do</strong> Deus invisível como Senhor e<br />

masculino, os profetas assumiram o antigo papel de ungir o rei, função que antes era reserva<strong>da</strong><br />

às sacer<strong>do</strong>tisas reais <strong>da</strong> Grande Deusa. No século XI a.C., o povo de Israel persuadiu seu Deus<br />

(contra a voz <strong>da</strong> razão, segun<strong>do</strong> os relatos conti<strong>do</strong>s nas Escrituras) a permitir que tivessem um<br />

rei, como faziam seus vizinhos pagãos. Jeová relutou em concor<strong>da</strong>r, pois queria ser o único<br />

Deus de Israel. Contu<strong>do</strong>, acabou ceden<strong>do</strong> e, finalmente, deu permissão ao profeta Samuel para<br />

ungir Saul (cerca de 1220 a.C.) e, mais tarde, Davi (1000-960 a.C.) como reis de Israel. É<br />

importante observar que Davi se casou com Micol, filha <strong>do</strong> rei Saul, segun<strong>do</strong> a antiga tradição<br />

de alcançar a majestade por meio <strong>do</strong> casamento com uma filha <strong>da</strong> casa real. Nos séculos que<br />

se seguiram, a prerrogativa de ungir o rei foi <strong>da</strong><strong>da</strong> aos sacer<strong>do</strong>tes <strong>do</strong> Templo de Jerusalém.<br />

Com o advento <strong>da</strong> suprema dei<strong>da</strong>de masculina, que substituiu a deusa nas civilizações<br />

<strong>do</strong> Oriente Próximo, o rei assumiu o papel de representante <strong>da</strong> dei<strong>da</strong>de, assim como as<br />

sacer<strong>do</strong>tisas reais representavam a Grande Deusa no passa<strong>do</strong>. Um poema escrito em torno de<br />

2100 a.C., na Suméria, refere-se a Marduque, a dei<strong>da</strong>de reinante na Babilônia, como "o Noivo<br />

<strong>do</strong> meu bem-estar". Os poetas e profetas hebreus a<strong>do</strong>taram essa imagem de Deus intimamente<br />

liga<strong>do</strong> ao seu povo (Ezequiel 16; Oséias 2; Isaías 54,62; Jeremias 2, 3). E no Novo Testamento<br />

grego, os quatro Evangelhos estão repletos de menções ao tema <strong>do</strong> Noivo referin<strong>do</strong>-se a<br />

Jesus.<br />

No Novo Testamento existem muitas evidências de que Jesus compreendeu a íntima<br />

relação matrimonial entre Deus e a comuni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> aliança e de que ele próprio a<strong>do</strong>tou,<br />

conscientemente, o papel de Noivo/Rei de seu povo. Os Evangelhos deixam claro que Jesus<br />

não veio para acabar com o <strong>do</strong>mínio de Roma. As parábolas ali conti<strong>da</strong>s incluem repeti<strong>da</strong>s<br />

referências ao tema <strong>do</strong> casamento, e Jesus é, com freqüência, representa<strong>do</strong> como o Noivo.<br />

Jesus, o Noivo

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