Maria Madalena e o Santo Graal A Mulher do Vaso ... - Escola da Luz
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Egito tenha si<strong>do</strong> empreendi<strong>da</strong> pelo "outro José", José de Arimatéia, e a "outra <strong>Maria</strong>", <strong>Maria</strong><br />
<strong>Ma<strong>da</strong>lena</strong>, após a crucificação, para proteger <strong>do</strong>s romanos e <strong>do</strong>s filhos de Herodes o filho ain<strong>da</strong><br />
não nasci<strong>do</strong> de Jesus. As discrepâncias na história e a óbvia lacuna de uma geração podem ser<br />
facilmente compreendi<strong>do</strong>s à luz <strong>do</strong> perigo que ron<strong>da</strong>va a linhagem exigin<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o segre<strong>do</strong><br />
possível quanto ao seu esconderijo - e em decorrência <strong>do</strong> tempo que transcorreu antes que o<br />
relato fosse redigi<strong>do</strong>. Parece ser mais um caso de um mito que foi se forman<strong>do</strong>, uma vez que a<br />
ver<strong>da</strong>de era perigosa demais para ser conta<strong>da</strong>.<br />
A Conexão Merovíngia<br />
Alguns indícios sugerem que o sangue real de Jesus e <strong>Maria</strong> <strong>Ma<strong>da</strong>lena</strong> acabou<br />
circulan<strong>do</strong> nas veias <strong>do</strong>s monarcas merovíngios <strong>da</strong> França. O termo "merovíngio" talvez seja<br />
ele próprio um fóssil lingüístico. As tradições <strong>da</strong> família real <strong>do</strong>s francos mencionam um<br />
antepassa<strong>do</strong> de nome Meroveu (Mérovée, em francês). Mas a palavra "merovíngio" se separa<br />
foneticamente em sílabas facilmente reconhecíveis: mer e vin, <strong>Maria</strong> e videira. Assim<br />
decomposta, seria possível considerá-la uma alusão à "Videira de <strong>Maria</strong>" ou talvez à "Videira <strong>da</strong><br />
Mãe".<br />
O emblema <strong>do</strong> rei merovíngio Clóvis era a flor-de-lis (íris, em inglês). O nome latino <strong>da</strong><br />
flor <strong>da</strong> íris, típica de países <strong>do</strong> Oriente Médio, é gladiolus, ou "pequena espa<strong>da</strong>". A flor-de-lis de<br />
três folhas <strong>da</strong> casa real <strong>da</strong> França é um símbolo masculino, na ver<strong>da</strong>de uma imagem gráfica <strong>do</strong><br />
compromisso <strong>da</strong> circuncisão, no qual estão implícitas to<strong>da</strong>s as promessas de Deus a Israel e à<br />
casa de Davi. Thomas Inman discute exaustivamente a natureza masculina <strong>da</strong> "flor de luz" em<br />
Ancient Pagan and Modern Christian Symbols (Símbolos cristãos modernos e pagãos antigos),<br />
<strong>do</strong> século XIX. Não deixa de ser engraça<strong>do</strong> que esse mesmo símbolo masculino, a "pequena<br />
espa<strong>da</strong>", seja hoje o emblema internacional <strong>do</strong> escotismo!<br />
A afirmação de que esse símbolo representa a Trin<strong>da</strong>de é uma racionalização basea<strong>da</strong><br />
em sua imagem de três elementos em um só. Esse "lírio" de três pontas é um antigo símbolo<br />
de Israel: os remates de duas colunas fálicas <strong>do</strong> Templo de Salomão, Jaquim e Boaz foram<br />
entalha<strong>do</strong>s com "trabalhos em forma de lírio" (1 Reis 7:22). O famoso trevo de São Patrício<br />
pode ser um símbolo legítimo <strong>da</strong> Trin<strong>da</strong>de, mas penso que a flor-de-lis se refere especifica-<br />
mente à linhagem <strong>da</strong>vídica de Israel e que tenha si<strong>do</strong> usa<strong>da</strong> como emblema pelos reis<br />
merovíngios na Europa.