UMA TEIA DO SABER: - Unesp

Estando no século XXI, se torna necessário que o arte educador seja capaz
de falar sobre a arte de seu tempo e espaço. É necessário que o professor tenha
acesso a materiais adequados com indicações para buscarem métodos
contemporâneos de ensinar linguagens artísticas contemporâneas.
A partir dos anos 60, houve a desmaterialização da arte. Novos conceitos,
novos suportes, até mesmo o conceito substituindo o objeto como por vezes foi
idealizado na arte conceitual. Essa desmaterialização da arte, foi tema da XXIII
Bienal Internacional de São Paulo em 1996, trazendo à tona o seguinte
questionamento: De que maneira este relâmpago cultural onipresente nos idos da
década de 60 mantém seu poder ofuscante trinta anos depois?
A desmaterialização da arte no final do milênio não é somente o
tema de uma exposição, mas uma das próprias condições da obra de arte.
Se a arte exibe de maneira perseverante sua desencarnação, é porque,
nos melhores casos, opta por se desembaraçar de invólucros. (…)
Na década de 60, essa situação configura-se com ênfase (…)
Propostas radicais como as da minimal art, conceptual art, land art, arte
povera, fluxus, performances (multiplicam-se os casos esquadrinhando
outras latitudes) vêm à luz nesta época, antevendo ou acompanhando as
grandes mobilizações sociais. 2
Na década de 80 essa desmaterialização e fragmentação da arte se reforçou
ainda mais com a tecnologia invadindo o cotidiano das pessoas. Mas, por que em
pleno século XXI, ainda não temos esta perspectiva na escola?
A pessoa que nasceu a partir da década de 80, já nasceu em um mundo
digitalizado, pós moderno, globalizado, onde tudo é voltado para a informação e
comunicação. Muitos daqueles que nasceram nesta época e moram nas grandes
metrópoles, desde seus primeiros dias de vida estão envolvidos por: babá eletrônica,
termômetro eletrônico, vídeo e fotos do seu nascimento disponibilizados num
berçário virtual via internet, móbiles que piscam e emitem sons ao serem tocados,
pouco mais adiante o mundo da televisão, videogames, computador... infinitas
tecnologias ao seu redor com as quais se aprende a conviver tranquilamente.
2 AGUILAR, Nelson. Universalis 96. UOL, 1996. Disponível em:
. Acesso em 13 de dezembro de
2007.
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