2ª avaliação da unidade gabarito das questões ... - Colégio Oficina
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15.<br />
COLÉGIO OFICINA<br />
d) O texto alude à prisão vivencia<strong>da</strong> por Mandela na África do Sul. O poema saú<strong>da</strong> o tom de revanche que se<br />
instaurou na África, após a libertação do líder. Mandela instigou nos sul-africanos um sentimento de ódio e<br />
ressentimento, uma espécie de “racismo às avessas”.<br />
e) Buscando chegar de forma direta e convincente nos leitores, o poema usa uma linguagem simples e coloquial,<br />
acentuando assim o seu aspecto proselitista. A Poesia aparece como uma arma do oprimido contra o opressor,<br />
que será o leitor potencial do texto.<br />
GABARITO: B<br />
Está presente no texto:<br />
2010Salvador/3ªs/Provas/Gabarito/20100924_ <strong>2ª</strong> Avaliação_Português_3ªUnid.doc /lau<br />
PARA OUVIR E ENTENDER "ESTRELA"<br />
(Cuti)<br />
Se o Papai Noel<br />
não trouxer boneca preta<br />
neste Natal<br />
meta-lhe o pé no saco!<br />
a) Uma visão irreverente sobre a comemoração do Natal. Há uma afirmação do natal como festa eminentemente<br />
branca, por isso a reação do eu-poético.<br />
b) Uma visão favorável ao caráter consumista que se faz presente nas tradicionais festas religiosas, de maneira geral.<br />
c) Um eu-lírico provavelmente afrodescendente, que se dirige, provavelmente, a um interlocutor também afrodescendente.<br />
Ele instiga uma reação à reali<strong>da</strong>de discriminatória presente na socie<strong>da</strong>de.<br />
d) Ironia em relação a um elemento pertencente ao ícone capitalista presente no texto, com a expressão “meta-lhe o<br />
pé no saco!”. Esta ironia, tira do texto o seu caráter literário.<br />
e) A temática do racismo e <strong>da</strong> exclusão social. Estes temas norteiam to<strong>da</strong> a coletânea dos Cadernos Negros. Os<br />
autores sempre trabalham a questão racial de forma ostensivamente radical.<br />
GABARITO: C<br />
QUESTÃO EXTRA<br />
(UFRN-RN) O fragmento textual que segue, retirado <strong>da</strong> narrativa A terceira margem do rio, de João Guimarães<br />
Rosa, servirá de base para a questão extra.<br />
Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo<br />
ausência: e o rio-rio-rio — o rio — pondo perpétuo [grifo nosso]. Eu sofria já o começo <strong>da</strong> velhice — esta vi<strong>da</strong> era<br />
só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por<br />
quê? Devia de padecer demais.<br />
De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar o vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse<br />
sem pulso, na leva<strong>da</strong> do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo <strong>da</strong> cachoeira, brava, com o<br />
fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranquili<strong>da</strong>de. Sou o culpado do que nem sei, de<br />
dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E fui tomando ideia.<br />
ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1976.<br />
No quadro do Modernismo literário no Brasil, a obra de Guimarães Rosa destaca-se pela inventivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
criação estética.<br />
Considerando-se o fragmento em análise, essa inventivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> narrativa roseana pode ser constata<strong>da</strong> através<br />
do(a)<br />
a) recriação do mundo sertanejo pela linguagem, a partir <strong>da</strong> apropriação de recursos <strong>da</strong> orali<strong>da</strong>de.<br />
b) aproveitamento de elementos pitorescos <strong>da</strong> cultura regional que tematizam a visão de mundo simplista do<br />
homem sertanejo.<br />
c) resgate de histórias que procedem do universo popular, conta<strong>da</strong>s de modo original, opondo reali<strong>da</strong>de e fantasia.<br />
d) son<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> natureza universal <strong>da</strong> existência humana, através de referência a aspectos <strong>da</strong> religiosi<strong>da</strong>de<br />
popular.<br />
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