2ª avaliação da unidade gabarito das questões ... - Colégio Oficina
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COLÉGIO OFICINA<br />
07. Assinale a alternativa correta:<br />
a) O texto VI refere-se à mesma época do texto Senhora de José de Alencar.<br />
b) Tal qual Aurélia, o eu poético, no texto VI se deixará dominar pelos valores patriarcais <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.<br />
c) O sentimento de culpa vivenciado pelo eu poético resulta do conflito entre o seu papel de mulher na socie<strong>da</strong>de<br />
patriarcalista e a sua ânsia de respeito e liber<strong>da</strong>de, enquanto em Senhora deve-se à tentativa de Aurélia de<br />
esconder seu amor por Seixas.<br />
d) No texto VII, a descrição do cenário e <strong>da</strong> protagonista se constrói através <strong>da</strong> escolha de um vocabulário que<br />
explora os elementos visuais.<br />
e) Há, no texto VII, a presença <strong>da</strong> denotação, por esse texto ser predominantemente poético.<br />
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GABARITO: C<br />
Fabiano, encaiporado, fechou as mãos e deu murros na coxa. Diabo. Esforçava-se por esquecer uma infelici<strong>da</strong>de,<br />
e vinham outras infelici<strong>da</strong>des. Não queria lembrar-se do patrão, nem do sol<strong>da</strong>do amarelo. Mas lembrava-se, com<br />
desespero, enroscando-se como uma cascavel assanha<strong>da</strong>. Era um infeliz, era a criatura mais infeliz do mundo. Devia<br />
ter ferido naquela tarde o sol<strong>da</strong>do amarelo, devia tê-lo cortado a facão. Cabra ordinário, mofino, encolhera-se e<br />
ensinara o caminho. Esfregou a testa sua<strong>da</strong>, enruga<strong>da</strong>. Para que recor<strong>da</strong>r vergonha? Pobre dele. Estava então<br />
decidido que viveria sempre assim? Cabra safado, mole. Se não fosse tão fraco, teria entrado no cangaço e feito<br />
misérias. Depois levaria um tiro de embosca<strong>da</strong> ou envelheceria na cadeia, cumprindo sentença, mas isto era melhor<br />
que acabar-se numa beira de caminho, assando no calor, a mulher e os filhos acabando-se também. Devia ter furado<br />
o pescoço do amarelo com faca de ponta, devagar. Talvez estivesse preso e respeitado, um homem respeitado, um<br />
homem. Assim como estava, ninguém podia respeitá-lo. Não era homem, não era na<strong>da</strong>. Aguentava zinco no lombo<br />
e não se vingava.<br />
RAMOS, Graciliano. Vi<strong>da</strong>s secas. 74. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.<br />
Assinale a proposição que não esteja de acordo com o texto. Considere o texto inserido na obra.<br />
a) O texto apresenta o monólogo interior do personagem, que se desespera ante o imperativo de absorver a<br />
agressão alheia para evitar maiores <strong>da</strong>nos.<br />
b) O quadro <strong>da</strong> seca e do sertão é portentoso em “Vi<strong>da</strong>s Secas” e termina por reduzir as reflexões de Fabiano a<br />
meros reflexos do mundo exterior.<br />
c) A narração neste romance se dá em terceira pessoa. O narrador fala de seus personagens, entre eles, Fabiano,<br />
mas sabe fazê-lo com tal isenção e senso de intimi<strong>da</strong>de que temos a impressão de que o narrador desaparece e<br />
deixa o personagem em seu lugar.<br />
d) A predominância de orações coordena<strong>da</strong>s dá ao texto um ritmo em que se “visualizam” e como que<br />
cinematograficamente desfilam, diante do leitor, as reflexões íntimas do personagem.<br />
e) O sol<strong>da</strong>do amarelo e o patrão são símbolos <strong>da</strong> incomunicabili<strong>da</strong>de entre as classes sociais. Ela, na reali<strong>da</strong>de, é<br />
síntese de to<strong>da</strong>s as adversi<strong>da</strong>des, de que participam o latifúndio, o Estado, o primarismo agrário, etc.<br />
GABARITO: B<br />
TEXTO VIII<br />
Esméria voltou para casa com o coração palpitante de assombro e com o espírito, embora perturbado, aceso em<br />
sinistras ideias e bárbaros projetos. (...)<br />
Esméria tranquilizava-se tanto quando lhe era possível, contando com o braço de ferro do Hércules africano;<br />
mas adiava ain<strong>da</strong> a sua entrevista com ele, receosa de que por temor ou generosi<strong>da</strong>de Alberto se opusesse ao<br />
5 envenenamento dos dois meninos. (...)<br />
Este crime nefando estava decidi<strong>da</strong>mente resolvido pela malva<strong>da</strong> escrava, que ain<strong>da</strong> mais se assanhara com a<br />
perspectiva do futuro que o Pai Raiol mostrara em grosseiro quadro a seus olhos.<br />
Só lhe faltava à oportuni<strong>da</strong>de para o medonho atentado, e foi ain<strong>da</strong> o desmoralizado e vil senhor quem lha<br />
proporcionou. (...)<br />
2010Salvador/3ªs/Provas/Gabarito/20100924_ <strong>2ª</strong> Avaliação_Português_3ªUnid.doc /lau<br />
MACEDO, Joaquim Manuel de. As Vítimas-algozes: quadros <strong>da</strong> escravidão. São Paulo: Scipione, 1988, p. 135.<br />
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