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produz a fotossíntese, transformando a energia da luz em matéria<br />
orgânica combustível. O sol também nos oferece a luz e o calor que<br />
geram e mantêm a vida na Terra, a hidroeletricidade e a energia eólica.<br />
Ele é a fonte de energia primordial, que precisa ser explorada<br />
mais racionalmente em futuro próximo.<br />
Além de ser a região da Terra mais favorável para a produção de<br />
biomassa, a América do Sul tem todas as condições para sua exploração,<br />
grandes áreas com clima tropical úmido, terras disponíveis,<br />
mão-de-obra abundante e em grande parte desocupada. A produção<br />
de biomassa oferece tal quantidade de empregos que tornaria o<br />
desemprego, um dos nossos maiores problemas, residual, valorizando<br />
a mão-de-obra no seu conjunto, resolvendo outro grande problema,<br />
o da má distribuição de renda. Além disso, por suas características<br />
de produção descentralizada é um instrumento de democratização<br />
do capital. Visto por esse ângulo, podemos compreender<br />
que a grande crise que afeta a economia e a sociedade mundial tem<br />
solução a partir de uma nova ordem mundial, fundada sobre a energia<br />
renovável e a autodeterminação dos povos.<br />
A substituição dos combustíveis fósseis determinará mudanças<br />
de tecnologia e de padrões de consumo, e deslocamentos de centros<br />
de produção, que produzirão uma revolução geopolítica. Será algo<br />
jamais visto na história da humanidade. Na queda-de-braço que o<br />
mundo vive hoje, e no domínio que o capital financeiro exerce sobre<br />
a produção capitalista mundial e sobre os governos e instituições<br />
internacionais, há de se prever conflitos tremendos para a mudança<br />
na base energética da vida em sociedade na Terra. Daremos um<br />
salto fenomenal para outra civilização. Esse é o ponto essencial no<br />
enfoque do desenvolvimento sustentável, ou, como expressa um de<br />
nossos palestrantes, o geólogo Marcello Guimarães, do autodesenvolvimento,<br />
que ele conceitua e defende no seu texto.<br />
Não há por que os países denominados “em desenvolvimento”<br />
esperarem pelos “desenvolvidos”, para equacionarem o problema da<br />
energia. A solução destes para a crise energética mundial tem sido<br />
o cartel, com sua manipulação de preços, e a guerra para o controle<br />
das áreas de reserva e de produção de petróleo. Sua política<br />
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